AFONSO DE OROZCO
Presbítero da Ordem de Santo Agostinho, Santo
(1500-1591)
Presbítero da Ordem de Santo Agostinho, Santo
(1500-1591)
Nasceu em Ortopesa, Toledo (Espanha).
Era o ano de 1500 e seus pais, católicos fervorosos, puseram-lhe o nome de
Afonso ou Alonso em honra de Santo Ildefonso, que tinha sido defensor da
virgindade de Maria.Estudou em Talavera de la Reina e serviu como menino de
coro na Catedral de Toledo. Teve a música como grande paixão ao longo da sua
vida. Enviado a Salamanca para continuar os seus estudos, sentiu-se atraído
pelo ambiente de santidade do convento dos Agostinianos, tendo entrado na
Ordem, onde fez os primeiros votos em 1523, sendo prior do convento São Tomás
de Vilanova.
Depois de ordenado sacerdote, foi
nomeado pregador da Ordem, ocupando ainda vários cargos como os de prior e
definidor da Província de Castela, a que pertencia. Era duro consigo mesmo, mas
cheio de compreensão para com os outros. Pretendeu ser missionário no México,
mas o seu estado de saúde não lho permitiu, apesar de ter começado a viagem, em
1547.
Quando era superior do convento de
Valladolid, foi nomeado pregador real do imperador Carlos V, depois também de
Filipe II, tendo, por esse motivo, transferido a sua residência de Valladolid
para Madrid, pois a sede da corte também fora transferida para esta Cidade.
Estava-se em 1560. Passou a viver no convento agostiniano, conhecido com o nome
de São Filipe, o Real.
Dotado de uma extraordinária
popularidade mesmo nos ambientes mais diversos, conseguia aproximar-se de
todos, sem distinção. Mereceu a estima do Rei, dos nobres e de grandes
personagens da época. A Infanta Isabel Clara Eugénia deixou o seu testemunho
favorável no processo de canonização; os escritores Francisco de Quevedo e Lope
de Vega fizeram o mesmo.
O conjunto das cartas que escreveu e
recebeu mostra a amplitude das suas relações sociais; mas também o povo simples
e humilde o estimava e admirava o seu estilo de vida; ele a todos ajudava nas
suas dificuldades materiais e morais; gostava ainda de visitar os doentes nos
hospitais, bem como os encarcerados.
Apesar de ter fama de uma vida de
santidade, pelo que o chamavam "o santo de São Filipe", ele não se
sentia confirmado na graça, nem experimentou a vida como um mar de rosas. Com
os escrúpulos a atormentarem-lhe o espírito, sentiu fortemente a tentação de
abandonar a vida religiosa no período da sua formação; sentiu os atractivos do
amor natural, da liberdade, a dificuldade da solidão e o temor das asperezas da
vida religiosa.
Escreveu várias obras em língua latina
e na castelhana, distinguido-se: Vergel
de oración e monte de contemplación, (1544), Desposorio
espiritual (1551), Las
siete palabras de la Virgen (1556), Bonum
certamen (1562), Arte
de amar a Dios e al próximo (1568), La
corona de Nuestra Señora (1588). Os
seus escritos de carácter ascético-místico ressentem-se da sensibilidade da
contra-reforma, própria da época, e neles são abundantes as expressões
afectivas. Grande devoto de Maria, sentia-se impelido por Ela a escrever.
Dedicou-se, de modo particular, a
espalhar o seu amor pela Ordem em que professara, interessou-se pela sua
história e espiritualidade, compondo várias obras sobre esses temas:
"Intruções para os religiosos", um "Comentário à Regra" e a
"Crónica do Glorioso padre e doutor Santo Agostinho, dos santos e beatos e
dos doutores da Ordem" são exemplos disso. Renunciou a todos os
privilégios que podia auferir da sua posição de pregador régio, participando
assiduamente nos actos da comunidade e tendo o comportamento de um simples
frade. Fundou ainda dois conventos de agostinianos e três de monjas
agostinianas de clausura, transmitindo a todos um testemunho de amor pela vida
contemplativa.
Morreu em Madrid a 19 de Setembro de
1591, no Colégio de D. Maria de Aragão, que ele próprio fundara. Foi
beatificado por Leão XIII em 1882. Os seus restos mortais conservam-se no
Mosteiro das Agostinianas em Madrid, chamado do Beato Afonso de Orozco.
Canonizado em 19 de Maio de 2002, Praça
S. Pedro, em Roma.
FONTE: http://www.vaticano.va/
São Alonso de Orozco
Nasce
em Oropesa (Toledo) no ano de 1500. O próprio santo testemunhou que seu nome
veio do céu, já que sua mãe, quando estava grávida, e pensando que nome lhe
poria, escutou uma voz que lhe dizia: "Chamá-lo-á Alfonso", em
memória do Santo Ildefonso de Toledo.
Realizou
seus estudos em Talavera, sendo transferido então a Toledo, onde participa do
coro da Catedral, quando então nasce sua grande paixão pela música. Logo se
muda para Salamanca para prosseguir com seus estudos universitários, e é ali
onde sente grande atração pela santidade do Convento de Santo Agostinho, do
qual tomará os hábitos no ano 1523 de Santo Tomás de Villanueva.
Logo
após ser ordenado sacerdote, é nomeado pregador. Ocupou por várias vezes o
cargo de Defensor da Província de Castela. Quis ir ao México em 1547, como
missionário, mais seu desejado empreendimento foi impedido por uma doença. Foi
nomeado em 1554, por Carlos V, e mais adiante por Felipe II, como pregador
oficial da corte.
Logo
após a corte ser transferida para Madri, ele faz o mesmo, vivendo no Convento
Agostiniano de San Felipe el Real.
Nunca
fez distinção entre as pessoas que visitava, sempre gozou de uma extraordinaria
popularidade. Tanto o rei Felipe II como a nobreza o amavam.
Da
mesma maneira, o povo o queria por suas grandes bondades com as pessoas mais
necessitadas que visitava em hospitais e cárceres. É por isso que já em vida o
chamavam O Santo de San Felipe. Em suas Confissões conta como muitas vezes era
tentado a abandonar a vida religiosa e tudo o que isso implicava, se sentia
atraído pelo mundo.
Escreveu
grandes obras, tanto em latim como em castelhano, das quais se destacaram
Jardim de Oração e Monte de Contemplação (1544), Boda Espiritual (1551), As
Sete Palavras da Virgem (1556), Bonum Certamen (1562), Arte de Amar a Deus e ao
Próximo (1568) e A Coroa de Nossa Senhora (1588).
Sempre
teve um grande amor por sua Ordem e buscou conhecer sobre sua história e
espiritualidade. Enquanto foi pregador real não tinha porque submeter-se a seus
superiores, ao qual renunciou, sendo sempre um frei como todos. Fundou dois
conventos de frades e três de monjas agostinianas, deixando-nos um particular
testemunho de seu amor pela vida contemplativa.
Faleceu
no dia 19 de setembro, data na qual os da Ordem de Santo Agostinho o celebram,
em Madri, no colégio Doña Maria de Aragao. Seus restos mortais se encontram no
Mosteiro das Agostinianas de Madri.
Foi
beatificado no ano 1882, pelo Papa Leão XIII. Em seu processo de beatificação
grandes personagens da sociedade e cultura daquela época deram testemunho dele,
como a infanta Isabella Clara Eugenia e os escritores Francisco de Quevedo e
Lope de Vega.
Foi
proclamado santo pelo Papa João Paulo II no dia 19 de maio de 2002.
O
Convento de Santo Agostinho
Este
convento, na história da Espanha, ocupa um lugar sumamente importante, já que
sempre foi conhecido pela santidade de seus moradores e está vinculado ao mundo
da universidade e da cultura.
Por
ele passaram grandes personagens, como São João de Sagahún, Santo Tomás de
Villanueva (o prior que recebeu Alonso de Orozco no noviciado), o venerável
Luis de Montoya, o grande poeta e escritor Fray Luis de León etc.
"O
Santo de São Felipe"
Talvez
na atualidade Alonso de Orozco não seja conhecido como se deveria, mas em seu
tempo sempre gozou de uma grande popularidade de todos, pois soube aproximar-se
a toda classe social sem distinção. Sempre foi conhecido como "O Santo de
São Felipe", pelo convento onde habitava.
Dada
a sua experiência de fé, sempre sentiu a grande necessidade de anunciar
a Jesus Cristo. O povo sempre o amou por suas obras pelos pobres, tanto
material, como moralmente. Visitava os mais desafortunados nas prisões,
hospitais ou conventos pobres.
Sua
vida nunca foi simples, em suas Confissões narra sua dura luta contra a
tentação por abandonar a vida religiosa.
Dom
da vocação
Alonso
de Orozco valorizou muito o dom da vocação, já que se consagrou pela causa do
Evangelho. Seu desejo de ir de missões, que foi impedido por uma doença, foi
uma das manifestações desse desejo de consagração e entrega, até desejar
merecer a graça do martírio.
Sempre
cultivou o amor por sua Ordem e buscou conhecer sua história e sua
espiritualidade. Por este motivo escreveu uma Instrução de religiosos, um
Comentário à Regra e uma Crônica do glorioso padre e doutor da Igreja Santo
Agostinho.
Sempre
esteve disponível a cumprir qualquer função dentro da Ordem. Por sua condição
de predicador real não tinha que se submeter a seus superiores, ao qual
renunciou.
Sempre
zelou para que a Ordem crescesse e foi assim que fundou cinco conventos,
deixando sempre em cada um o testemunho da vida contemplativa.
"Para
dar-nos ânimo e ser para nós exemplo..."
Toda
a vida de Alonso de Orozco, desde sua piedade, seu amor, sua dedicação pastoral
e sua vocação ao serviço, é hoje um grande testemunho de vida para todos os
cristãos.
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