quarta-feira, 11 de setembro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/09/2013

11 de Setembro de 2013

Ano C


Lc 6,20-26

Comentário do Evangelho

Jesus promete o Reino de Deus

Depois da escolha dos Doze entre os discípulos, Jesus desce da montanha e para num lugar plano, em que numerosa multidão de discípulos, judeus e pagãos o esperam, pois foram para ouvi-lo e ser curados por ele. É o cenário da universalidade da missão da Igreja.
O nosso texto de hoje é o início do “Sermão da planície” (6,20-49). As quatro bem-aventuranças são acompanhadas de quatro lamentações. De certo modo, todo o sermão da planície é um desdobramento do discurso programático de Jesus, na Sinagoga de Nazaré (4,16-30).
O que é prometido nesta introdução do sermão é a transformação da realidade terrena e passageira. O Reino de Deus é objeto desta promessa. Os “pobres” (v. 20) aqui tem um duplo significado: são os que passam fome e os que choram por causa de seus sofrimentos, mas também os discípulos perseguidos por causa de sua fé em Jesus Cristo. As lamentações estão em paralelo com as bem-aventuranças: os ricos são os que levam uma vida confortável sem se preocupar com os outros (vv. 24-25; ver Lc 16,19-31). Jesus não promete resolver os dramas socioeconômicos do povo, nem livrar os discípulos da perseguição. Promete o Reino de Deus, que através de seus valores vividos são capazes de transformar o coração do ser humano e a realidade.
A recompensa de quem, por amor, vive a fidelidade no seguimento de Jesus Cristo é o próprio Deus e a participação na vida divina.
Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, faze-me solidário com os mais pobres deste mundo, e ensina-me a partilhar, de modo que chegue até eles a esperança e a alegria que Jesus veio nos trazer.

Vivendo a Palavra

O ‘Sermão da Planície’ é a versão que Lucas apresenta do ‘Sermão da Montanha’, em Mateus. Mais didático, Lucas contrapõe aos ‘felizes’, os ricos e aqueles que são bem aceitos pelo mundo – os dois caminhos que nós temos pela frente, para fazermos nossa opção radical de vida. Qual deles é o nosso?

Reflexão

O mundo nos prega valores que não são do Reino de Deus. Se formos viver de acordo com os valores do mundo, seremos egoístas e buscaremos unicamente a nossa própria satisfação. Porém, se quisermos viver de acordo com os valores do Reino de Deus, deveremos ser capazes de amar e, em nome do amor, buscar a felicidade, a satisfação e o bem estar de todos, e denunciar com coragem profética todos os que vivem e pregam os valores que não são do Reino de Deus. As conseqüências dessas posturas são que os que vivem de acordo com os valores do mundo, terão a consolação do mundo, e os que vivem de acordo com os valores do Reino, terão a consolação do Reino.

Meditação

O que se faz em sua comunidade em favor dos pobres, dos que passam fome? - Como é praticada a justiça em seu meio? - Conhece alguém que é rico e sabe usar seus bens em favor dos mais necessitados? - Por quem seremos saciados? Dê exemplo de alguém que é pobre mas sente-se feliz.

REFLEXÕES DE HOJE

11 de SETEMBRO – QUARTA

1 - ALEGRAI-VOS, NESSE DIA, E EXULTAI, POIS SERÁ GRANDE A VOSSA RECOMPENSA NO CÉU” - Olívia Coutinho

2 - Bem-aventurados vós, os pobres. - Claretianos

3 - Jesus inverte a escala de valores-José Salviano

4 - A busca da felicidade - Helena Serpa

5 - Bem-aventurados vós, pobres. Mas, ai de vós, ricos. Padre Queiroz

6 - “Os Bem Aventurados” -Diac. José da Cruz

7 - Bem-aventurados vós, pobres. Mas, ai de vós, ricos. Padre Queiroz

 http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/

Liturgia comentada


O Senhor é fiel... (Sl 145 [144])
Hoje, cedo o espaço a Santo Agostinho, que comentou longamente todo o saltério. Ele reflete sobre a fidelidade de Deus.
“Fiel é o Senhor em todas as suas promessas, e santo em todas as suas obras. Fiel é o Senhor em todas as suas promessas. Pois, o que prometeu e não deu? Existem algumas coisas que prometeu e ainda não deu; mas acredite-se nele, tendo em vista o que já deu. Fiel é o Senhor em todas as suas promessas. Poderíamos acreditar somente em suas palavras. Mas não quis que confiássemos apenas no que dizia, quis obrigar-se por sua Escritura. Seria algo como se dissesses a alguém a quem prometesses algo: ‘Não acreditas em mim, escrevo para ti’. Na verdade, uma vez que uma geração vai, e outra geração vem, e assim transcorrem estes séculos, enquanto os mortais dão lugar aos que são seus sucessores, devia permanecer a Escritura de Deus, e certo documento de Deus, que pudessem ler todos os que passassem e retivessem a garantia de sua promessa.”
O adjetivo “fiel” – que expressa um traço da natureza divina – está ligado ao verbo “confiar”. Quem é fiel merece confiança, aquela aposta que fazemos nele. Se Deus é fiel, posso fiar-me nele, ainda quando isto parece um interminável balé sobre o cabo estendido no abismo. Curiosamente, estamos sempre apostando a vida: a noiva confia no noivo; os passageiros do avião confiam no piloto; os pacientes confiam no médico. E são simples mortais, sujeitos a erros e enganos. E quanto a Deus?...
Santo Agostinho prossegue: “Os homens duvidam, não querem confiar nele a respeito da ressurreição dos mortos e do século futuro, as únicas coisas que ainda faltam ser cumpridas. Quando, se ele acertar as contas com os infiéis, eles se envergonharão? Se Deus te disser: ‘Tens o meu título; prometi o juízo, a separação entre bons e maus, o reino eterno aos fiéis, e não queres acreditar? Lê no meu documento o que prometi, acerta comigo; certamente, ao menos computando o que paguei, podes acreditar que hei de pagar o que ainda devo’”.
Na tradução francesa, um dos livros de Hans Urs von Balthasar foi intitulado “Só quem ama merece confiança”. Por isso mesmo, o Autor traduz um pouco diferente a passagem da 1ª Carta de São João: “Reconhecemos o amor de Deus por nós e, então, pudemos crer”. (1Jo 4,16) Ora, o Deus que nos fez promessas é o mesmo Deus que morreu por nós. Basta isto para apostar nele a nossa vida?
Orai sem cessar: “Eis o Deus que me salva, eu confio e nada temo!” (Is 12,2)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos
Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos, pois passamos a entender que tudo aqui é passageiro, tudo é momentâneo.
“Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos por alcançar as coisas do alto, onde está Cristo, sentado à direita de Deus” (Cl 3,1).
A Palavra do Senhor está nos convidando a olharmos para as coisas do alto, a aspirarmos as coisas do céu, buscarmos as coisas que dão sentido eterno à nossa vida.
Meus irmãos, nós caminhamos preocupados com tantas coisas, parece que estamos construindo a eternidade aqui na Terra. Por mais que sejamos pessoas de fé, de confiança em Deus, por mais que creiamos n’Ele, o nosso coração se encontra preso pelas coisas terrenas. Assim, não voltamos nosso olhar, nossa direção para a eternidade. Quando fazemos isso, qualquer sofrimento, qualquer perda, qualquer situação que passemos aqui nessa terra, assume um outro sentido e um outro significado.
Jesus dá sentido àquilo que passamos e sofremos, pois passamos a entender que tudo aqui é passageiro, tudo é momentâneo, que tudo que vivemos é para esse período longo ou curto de vida na terra, porque nós nascemos para a eternidade, nascemos para sermos de Deus.
As bem-aventuranças proclamadas no Evangelho de Lucas (cf. Lc 6,20-26) chama a atenção para os pobres, para aqueles que têm fome e choram, para aqueles que são odiados pelos homens, porque estes sim serão saciados, consolados, terão em Deus a verdadeira e a única riqueza.
Que não deixemos as nossas ocupações de lado, não deixemos de trabalhar, de cumprir nossos deveres, assumir as nossas responsabilidades, mas façamos bem o nosso trabalho, sem nos esquecer que nós somos do céu e fomos feitos para ele. Que nós tenhamos plena responsabilidade da missão que nos é confiada e busquemos os valores eternos. Que façamos da nossa vida uma condição evangélica de viver.
Não nos esqueçamos, em nenhum momento, daquele que deu a Sua vida por nós, daquele que é o nosso Senhor e Salvador, que é o sentido da nossa vida. Um dia todos nós estaremos com Ele na glória.
Para que isso aconteça, despojemo-nos já do homem velho, corrompido pela mentira, pelo pecado, por todos os desejos que o mundo desperta em nós; e possamos nascer para a vida nova em Cristo.
Deus abençoe você!

LEITURA ORANTE

Lc 6,20-26 - O segredo para ser feliz



- A todos nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, 
no amor e na comunhão do Espírito Santo. 
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes: 
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, 
eu aí estarei no meio deles", 
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar 
e comungar com a vossa Palavra. 
Sois o Mestre e a Verdade: 
iluminai-nos, para que melhor compreendamos 
as Sagradas Escrituras. 
Sois o Guia e o Caminho: 
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento. 
Sois a Vida: 
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos 
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Lc 6,20-26, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Jesus olhou para os seus discípulos e disse:
- Felizes são vocês, os pobres,
pois o Reino de Deus é de vocês.
- Felizes são vocês que agora têm fome,
pois vão ter fartura.
- Felizes são vocês que agora choram,
pois vão rir.
- Felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem. Fiquem felizes e muito alegres quando isso acontecer, pois uma grande recompensa está guardada no céu para vocês. Pois os antepassados dessas pessoas fizeram essas mesmas coisas com os profetas.
- Mas ai de vocês que agora são ricos,
pois já tiveram a sua vida boa.
- Ai de vocês que agora têm tudo,
pois vão passar fome.
- Ai de vocês que agora estão rindo,
pois vão chorar e se lamentar.
- Ai de vocês quando todos os elogiarem, pois os antepassados dessas pessoas também elogiaram os falsos profetas.

Este é um solene discurso de Jesus que abre um grande discurso. É como um eco daquele primeiro na sinagoga de Nazaré. Também Lucas fala da “boa nova” para os pobres: o Reino de Deus, a sua justiça para os pobres, os famintos, os que sofrem e que são rejeitados. Para compreender o texto do Evangelho de hoje, precisamos nos perguntar: Qual a finalidade das bem-aventuranças? Quem são os pobres e os ricos? O que é o Reino de Deus? As bem-aventuranças , aqui expressas na palavra “felizes” é um estilo literário da Bíblia, usado pelos sábios e profetas para anunciar a alegria que relaciona o presente com uma promessa futura. Os destinatários destas promessas são os pobres, ditos também os “anawim”, ou seja, aqueles que dependem dos outros, privados de segurança material e social: os famintos, aflitos, oprimidos. Neste anúncio Jesus não está dizendo que os pobres são felizes pela sua condição carente, mas porque Deus toma a defesa do pobre. Também não é porque o pobre é melhor do que o rico, mas porque Deus é justo, misericordioso e Pai que “faz nascer o sol sobre justos e injustos”. Na verdade as bem-aventuranças de Jesus não significam que ele ratifica, abençoa a situação dos pobres, famintos, aflitos. Isto seria a consagração da injustiça, das diferenças e da prepotência humana,que na verdade, são denunciadas nos “ai de vós”. Nesta narrativa de Lucas, as bem-aventuranças são dirigidas aos discípulos que pelo Reino partilham a condição dos pobres e da rejeição: “felizes são vocês quando os odiarem, rejeitarem, insultarem e disserem que vocês são maus por serem seguidores do Filho do Homem”.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim,
hoje?
Qual palavra mais me toca o coração?
Entro em diálogo com o texto. Reflito e atualizo.
Recordo as palavras dos nossos pastores, em Aparecida, palavras que repercutem as de Jesus: 
“No fiel cumprimento de sua vocação batismal, o discípulo deve levar em consideração os desafios que o mundo de hoje apresenta à Igreja de Jesus, entre outros: (...) a mudança de paradigmas culturais; o fenômeno da globalização e a secularização; os graves problemas de violência, pobreza e injustiça; a crescente cultura da morte que afeta a vida em todas as suas formas.”(DA 185)
Como enfrento estes e outros desafios?
O meu Projeto de vida é o do Mestre Jesus Cristo?

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo com o bem-aventurado Alberione:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento, porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor, para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos, guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.


4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. 
Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou lembrá-la durante o dia. Esta Palavra vai fazendo parte da minha vida, da minha mente, como a chuva 

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Irmã Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, ajuda a tua Igreja a escolher o caminho do teu Reino, o caminho da felicidade. Que nós vençamos as tentações do mundo – vida fácil e cheia de prazeres egoísticos – para exercermos a compaixão para o próximo, o cuidado com os companheiros caídos pelas estradas da vida. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário