domingo, 4 de agosto de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 05/08/2013

5 de Agosto de 2013

Ano C


Mt 14,13-21

Comentário do Evangelho

Vós mesmos dai-lhes de comer

O texto da multiplicação dos pães tem uma forte conotação eucarística: “... tomou os cinco pães e os dois peixes… pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões” (v. 19).
Diante da precariedade do lugar e pela hora já adiantada, os discípulos querem despedir as multidões para que possam comprar comida. Jesus provoca os discípulos: “Vós mesmos dai-lhes de comer!” (v. 16). É a oportunidade de poderem compreender que o alimento que sustenta o povo de Deus ultrapassa o estreitamento material. A vida entregue ao Senhor é o verdadeiro alimento do povo que o Cristo reúne: “Trabalhai não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que perdura até a vida eterna, alimento que o Filho do Homem vos dará. […] O pão que eu darei é a minha carne para a vida do mundo” (Jo 6,27.51).

Carlos Alberto Contieri, sj
ORAÇÃO
Pai, abre meu coração para a solidariedade, a fim de que, diante de meu semelhante necessitado eu sinta a alegria de partilhar com ele o que me deste.

Vivendo a Palavra

É missão nossa o cuidado com os irmãos peregrinos. Se os filhos de Israel reclamavam a Moisés no deserto, Jesus não espera nem mesmo que seus ouvintes manifestem a fome. Ele corre na frente e realiza o sinal dos pães que se multiplicam. Ele quer que façamos o mesmo para nossos irmãos!

Meditação

Em sua comunidade paroquial há pessoas que passam fome? - Como sua comunidade vive a realidade da partilha? - Partilham-se realmente os bens ou apenas as sobras? - Encontram na partilha a verdadeira razão de viver? - Em seu contexto de vida nota algum desperdício de bens?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

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1 - “Cinco pães e dois peixinhos...” -Diac. José da Cruz

Confesso que quando reflito este evangelho, conhecido como da multiplicação dos pães, fico intrigado com algo bem simples: o milagre poderia ser muito mais espetacular, se Jesus tivesse mandado as pessoas sentarem-se em grupos, e depois, ao fazer o ritual da benção, os pães e os peixinhos, aparecessem como em um passe de mágica, na mão das pessoas, surgindo do nada. Mas neste milagre há uma palavra chave, de significado muito profundo, trata-se do milagre da multiplicação... Deus criou tudo do nada, diz o livro do Gênesis, mas quando se trata do pão, ele faz questão de multiplicar.
Alguém cedeu o seu lanche, fazendo parceria com Jesus, no ato prodigioso! Mateus nos dá a entender que esse alimento pertencia aos próprios discípulos “Só temos aqui, cinco pães e dois peixes”. A fome da multidão é muito maior do aquilo que podemos dar, será sempre assim, o que temos para dar é muito pouco, para resolver o problema da família, da comunidade, os problemas sociais, a violência, as drogas, o desamparo aos idosos, as crianças pobres, as tristezas do outro, a depressão do irmão, suas angústias e desgraças, doenças e mortes, a idade avançada, diante de tudo isso, a gente até se comove, mas justificamos com aquele pensamento tão nefasto: Sinto muito, nada posso fazer!
Por que dizemos isso, em tantas situações da nossa vida, diante de um irmão que sofre, que chora, que se desespera? Porque não confiamos no que temos, por acharmos muito pouco, vamos ter de nos separar, vou ter de abortar, vou ter de me omitir, vou ter que ficar quieto, nos sentimos impotentes, sem força alguma para mudar a situação, se tivéssemos muito, se tivéssemos poder, se fôssemos respeitados, se estivéssemos no comando, seu fossemos ricos, ah! Tudo seria diferente... Daríamos um jeito nessa situação, resolvendo o problema.
Mas,como nada somos ,e ainda termos tão pouco, é melhor ficar no velho e conhecido “cada um por si, Deus por todos”, queremos sempre despedir as pessoas para que cada uma se vire do seu jeito. É o comodismo e o egoísmo, que domina este mundo da nossa modernidade onde o espírito consumista afirma que, somente quem tem muito, consome muito, pode realizar sonhos e projetos de vida. Jesus desmonta este esquema mesquinho e centralizador, que concentra a riqueza material, nas mãos de uma minoria.
Dai-lhes vós mesmos de comer, eles não precisam ir embora! Após a oração de graças e a benção, começa a ocorrer o milagre: os discípulos começam a distribuir aquele pouco que têm, às multidões. Nos projetos e empreendimentos humanos, quem mais tem é que decide o que fazer só quem tem muito, poderá fazer grandes coisas, no projeto de Jesus a palavra de ordem é partilhar, mesmo que seja o pouco, acreditando que esse pouco, para o próximo vai ser muito.
O milagre, portanto, não está na quantia de pães e peixes, mas no gesto de partilhar, acreditando que naquele momento, o pouco que eu posso dar ou fazer, é exatamente tudo o que o meu próximo precisa. Nesse sentido, os cinco pães e dois peixinhos desse evangelho, pode ser um simples sorriso, dado a quem está triste, um abraço, um beijo ou um aperto de mão, em quem está sofrendo alguma dor, uma mão no ombro de quem está desanimado, uma palavrinha de consolo a quem chora, uma palavra de coragem a quem perdeu a vontade de viver. E pronto, está feito o milagre!
“Você não sabe como foi importante para mim, a sua presença, o seu gesto, naquela hora!” Todos nós já escutamos esta frase, entretanto o que demos ou fizemos foi tão pouco e parecia tão insignificante. Chegamos ao ponto chave da reflexão, quando acreditarmos na força do nosso “pouco“, iremos conseguir mudanças prodigiosas na família, na comunidade e na sociedade, mas não precisa ficar cobrando para que o outro faça a sua parte, um gesto de partilha já é por si suficiente, para promover grandes mudanças, para transformar a miséria em fartura, pois quando dizemos – eu já fiz a minha parte, espero que cada um faça a sua, estamos nos colocando acima das outras pessoas e, portanto no direito de cobrar, e se seguíssemos essas lógica, ditada pelo orgulho e a prepotência, estaríamos perdidos diante de Jesus, que nos ama sempre com um amor sem medidas, sem nunca nos cobrar.
Dos pedaços que sobraram encheram-se doze cestos, e a multidão ficou saciada, o projeto de Jesus de Nazaré parecia tão pouco e ridículo diante da grandeza do Messianismo, sonhado e esperado pelos seus compatriotas, entretanto, a graça que nasceu da Salvação, libertou não só a Israel, mas a todas as nações da terra. Há alguém faminto ao seu lado, de uma fome que vai bem além do estomago vazio, ofereça o seu “pouquinho” com alegria, e creia nesse milagre!

2 - "DAI-LHES VÓS MESMOS DE COMER!" -Olívia Coutinho

O evangelho que a liturgia de hoje  nos apresenta, mostra-nos mais uma vez, a sensibilidade de Jesus, diante a necessidade humana!

A fome de tantos irmãos é uma ferida que sangra constantemente no coração de Jesus, e está em nossas  mãos,  a cura desta ferida! Uma cura, que pode vir  de pequenos gestos de amor!

Quem de nós, não tem “5 pães e dois peixes”?

É difícil acreditar, mas é a mais dura realidade; num mundo de tanta fartura, ainda hoje,  morrem milhares de pessoas vítimas do nosso abandono. São muitos os irmãos, que continuam morrendo  de fome, ou por doenças causadas pela desnutrição, conseqüência do nosso egoísmo,  que nos impede de abrirmos o nosso coração ao amor solidário, o amor que nos leve a partilha.

A todo instante, pessoas  necessitadas de  ajuda,  desfilam diante dos nossos olhos, são  irmãos nossos, pessoas desprovidas do mínimo necessário para a sua sobrevivência.  E quantas vezes, nós, que dizemos seguidores de Jesus, tampamos os nossos ouvidos para não ouvir os seus clamores, preferindo ignorá-los, para nos  isentar  de quaisquer responsabilidade sobre  eles. E assim,  vamos  buscando  mil desculpas para justiçar a nossa impassibilidade, diante a esta triste realidade.

Precisamos  aprender a olhar o irmão com o mesmo  olhar de Jesus,  um olhar que  não apenas constata  a sua  necessidade, como também, ajuda-o a encontrar o caminho que o possibilitará uma vida digna.

A exemplo de Jesus, não podemos fechar os olhos diante as necessidades do nosso irmão, e  muito menos transferir para outros, a nossa responsabilidade para com eles.

Precisamos  conscientizar, de que somos co-responsáveis pela vida do outro, por tanto, não podemos permanecer indiferentes as suas necessidades.

Podemos observar, que quase sempre, o que o nosso irmão busca em nós, não é muito, é sempre algo que está  ao nosso alcance, às vezes, nem é algo material, e sim,  uma palavra de esperança, um tempo para escutá-lo, ou simplesmente um simples sorriso acolhedor!

Como verdadeiros seguidores de Jesus, precisamos colocar em prática os seus ensinamentos, e assim como Ele, estarmos  sempre atentos às necessidades do outro, prontos para ajudá-lo no que for preciso.

De nada adianta, erguermos as nossas mãos para louvar  a  Deus, se  não somos  capazes  de abaixá-las, para erguer um irmão!

O evangelho de hoje  narra o episódio que marcou o milagre da multiplicação dos pães: o milagre da partilha! O ponto fundamental deste acontecimento é o amor, o amor que  leva a partilha.

Sabemos que Jesus, se  quisesse, poderia realizar sozinho a multiplicação dos pães, mas Ele  quis envolver todos os seus discípulos, o que  nos mostra, que Jesus quer agir  no mundo, fazendo do coração humano o seu próprio coração.

Hoje,  Jesus nos encarrega de saciar a fome de tantos irmãos, fome de pão e fome de amor, na certeza de que: colocando em suas mãos o pouco que temos, Ele  transformará  em muito!

Onde existe amor, existe partilha, onde existe partilha, Deus entra, e o milagre da multiplicação acontece!

É nosso compromisso cristão, despertar no outro a necessidade de Deus, mas antes, é preciso saciar a sua fome, criar no seu coração a  necessidade  de Deus,  como fez Jesus: a  partir da necessidade do pão material, Ele criou a necessidade do pão da vida eterna.

Quem partilha com o outro, o pão material, desperta nele, a necessidade de Deus!

FIQUE NA PAZ DE JESUS! – Olívia

Quem confia no Senhor jamais será abandonado
Aqueles que confiam no Senhor jamais serão abandonados. Mas quem não sabe confiar no Senhor, muitas vezes abandona-O por causa daquilo que lhe falta.
“Os filhos de Israel começaram a lamentar-se, dizendo: ‘Quem nos dará carne para comer?”’(Nm 11,4b).
Meus irmãos, hoje a Liturgia com a riqueza da sua palavra, nos chama a atenção para o Livro dos Números, onde o povo de Deus se encontra reclamando, murmurando, porque está passando fome e não tem o que comer.
Deus sempre cuidou do seu povo ao longo do caminho, mas eles preferiram se recordar das cebolas, das coisas que haviam no Egito mas não tinham Deus. Agora, eles têm Deus. Mas sentem, às vezes, a falta disso ou a falta daquilo. E às vezes começam, então, a murmurar.
Nós somos assim também: muitas vezes andamos longe de Deus, mas estamos cercados de coisas materiais, estamos com abundância disso ou daquilo. Aí nos vangloriamos! Sabe por quê? Porque a nossa visão é materialista, é carnal. O que importa para nós é ter as coisas.
Quem é de Deus, não. Às vezes falta isto, falta aquilo… Mas tem Deus. Sabe agradecer, louvar. Sabe que no tempo certo Deus há de prover. E aqueles que confiam no Senhor jamais serão abandonados. Mas quem não sabe verdadeiramente confiar no Senhor, muitas vezes abandona-O por causa daquilo que lhe falta.
Você pode estar passando por algum aperto, por alguma necessidade. Pode até ser que você se encontre desempregado, e não consiga dar a seus filhos aquilo que deseja. Mas eu quero dizer a você, meu filho: “Aguenta firme no Senhor!” Pode lhe faltar tudo, mas que nunca falte a sua fé e confiança no Senhor.
Não murmure. Não reclame. Não comece simplesmente a lamentar e murmurar contra Deus, porque isso só vai tirar a paz do seu coração, só vai abalar sua fé. Quando, na verdade, o que você precisa – mais do que nunca agora – é viver uma experiência de fé. Crescer na fé, na confiança, na convicção de que a Divina Providência do Senhor está do seu lado.
Quero, hoje, convidar você a não desanimar. Se você passa por alguma circunstância difícil na sua vida, por algum aperto, necessidade, coloque no Senhor a sua confiança e não desanime jamais.
Que Deus abençoe você.

Padre Roger Araújo

Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
LEITURA ORANTE

Mt 14,13-21 - Milagre da partilha



Inicio a Leitura Orante, com todos os que se encontram neste ambiente virtual. 
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.Amém. 
Senhor, nós te agradecemos por este dia. 
Abrimos nossas portas e janelas para que tu possas 
Entrar com tua luz. 
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de 
Nossos caminhos, 
As cores de nossas palavras e gestos, 
A dimensão de nossos projetos, 
O calor de nossos relacionamentos e o 
Rumo de nossa vida. 
Podes entrar, Senhor em nossas famílias. 
Precisamos do ar puro de tua verdade. 

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Mt 14,13-21- Jesus ensina a partilhar
Ao ser informado da morte de João, Jesus partiu dali e foi, de barco, para um lugar deserto, a sós. Quando as multidões o souberam, saíram das cidades e o seguiram a pé. Ao sair do barco, Jesus viu uma grande multidão. Encheu-se de compaixão por eles e curou os que estavam doentes. Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: "Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!" Jesus porém lhes disse: "Eles não precisam ir embora. Vós mesmos dai-lhes de comer!" Os discípulos responderam: "Só temos aqui cinco pães e dois peixes". Ele disse: "Trazei-os aqui". E mandou que as multidões se sentassem na relva. Então, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram ainda doze cestos cheios. Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
Sabendo da morte de João Batista, Jesus se retira. Afasta-se daquele lugar, mas não do povo. Ele ama o povo e está atento às suas necessidades. Por isso, diz o Evangelho, "as multidões souberam onde ele estava, vieram dos seus povoados e o seguiram por terra". Era "de tardinha", hora do jantar. Os discípulos sugerem a Jesus que mande o povo embora para comprar algo para comer. Era mais fácil, segundo os discípulos. E Jesus encontra uma saída diferente: "Dêem vocês comida para eles". Neste texto aparecem dois tipos de sociedade: uma que tem como norma o comércio (comprar e vender) e outra em que a prática é a da sociedade de irmãos (dar e partilhar). Na sociedade do comércio, os pobres não têm vez. Na segunda, ninguém é maior e melhor que o outro. Tudo é repartido. Na primeira sociedade a preocupação é multiplicar, aumentar lucros. Na segunda, a preocupação é dividir e que nada falte a ninguém. Jesus abençoou os pães, partiu-os e os deu aos discípulos para que distribuíssem às multidões. Todos comeram, ficaram satisfeitos e ainda encheram 12 cestos dos pedaços que sobraram. Um grande milagre! O banquete da vida!

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Preocupo-me em acumular, multiplicar?
Ou sou daquela sociedade de Jesus em que o que se tem é colocado em comum
Será difícil?
Pode ser. Nesta sociedade em que vemos a cada instante pessoas querendo ter mais, aparecer mais, ser o melhor e maior, em que se ignora as necessidades dos demais, torna-se mesmo difícil, mas não, impossível. Deus dá em abundância a todos. Depende do nosso coração estar aberto ou não para o irmão. Se há abertura, há também a bênção de Deus e abundância para todos. Os bispos em Aparecida afirmam: "A Igreja é comunhão no amor. Esta é sua essência através da qual é chamada a ser reconhecida como seguidora de Cristo e servidora da humanidade. O novo mandamento é o que une os discípulos entre si, reconhecendo-se como irmãos e irmãs, obedientes ao mesmo Mestre, membros unidos à mesma Cabeça e, por isso, chamados a cuidarem uns dos outros (1 Cor 13; Cl 3,12-14)" (DAp 161).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? 
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com a oração dos irmãos, ensinada por Jesus.
Pai nosso que estais nos céus,
Santificado seja o vosso nome. 
Venha a nós o vosso Reino. 
Seja feita a vossa vontade, assim na terra como no céu. 
O pão nosso de cada dia nos dai hoje. 
Perdoai as nossas ofensas 
Assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido 
E não nos deixeis cair em tentação, 
Mas livrai-nos do mal. Amém. 

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Vou cultivar meu olhar de fé e renovar minhas consciência de Igreja, de família que vive o mandamento do amor.
 

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

Ir Patrícia Silva, fsp


Mt 14,22-36

Reflexão

O fato de Jesus caminhar sobre as águas é causa de assombro para os seus discípulos, principalmente porque, segundo o livro de Jó, somente Deus caminha sobre o mar, de modo que este fato revela aos discípulos que estão diante do verdadeiro Deus que se fez homem e está no meio de nós, mas inicialmente a surpresa é tão grande que gera dúvida em seus corações que, depois de serem iluminados pela fé, os levam ao reconhecimento da pessoa divina que está diante dele. Assim também nós, que recebemos muitas graças de Deus, só o reconheceremos quando nossos corações forem iluminados pela fé, de modo que possamos superar o nosso assombro inicial.
 Pedro afundou na água porque teve medo - José Salviano

Pedro afundou na água porque teve medo. Ter medo é duvidar da providência de Deus. Medo exagerado. Porque só não tem medo quem é doido. É natural sentir medo diante do perigo. Mais ter medo de tudo a todo instante, com pessimismo extremo, é falta de confiança em Deus.  Não nos esqueçamos que crer é condição fundamental para a nossa salvação. Mais não basta  somente crer para já ter a vida eterna garantida.Porque nem todo aquele que diz. Senhor!  Senhor! Entrará no reino dos céus. Então quem terá a vida eterna?  Aquele que faz a vontade do Pai. E qual é a vontade do Pai?  A vontade do Pai é que nos amemos uns aos outros como Ele nos amou. Como nos amamos? Tratando uns aos outros como gostaríamos de ser tratados por eles. Poderia dar um exemplo?  Assim: Você gosta de ser respeitado, então comece primeiro a respeitar os demais.  Veja. O presidente daquela empresa morre de vontade de ser ele mesmo às vezes. Ele tem vontade de soltar o menino ou mesmo o moleque de dentro dele e fazer umas brincadeiras,  principalmente  quando acaba de fechar um grande negócio. Mais ele não pode. Ele tem de manter sua cara de todo poderoso, tem de dar o exemplo, tem de manter-se firme, tem de respeitar para ser respeitado.  O professor que entra na classe brincando, sorrindo, fazendo palhaçada, não será respeitado principalmente por aqueles alunos do fundão da sala. Às vezes é preciso se segurar, pois dá vontade de brincar um pouco, mas,  os especialistas em bagunça vão se aproveitar disso, interpretando como fraqueza, mau exemplo do mestre, e sinal verde para a bagunça. Tratar o outro como você gostaria de ser tratado é isso. Fazer para ele ou eles, exatamente o que você gostaria que eles fizessem a você. Se eu não gosto que me ponham apelido, eu não vou por apelido em ninguém. Uma ajudinha de vez em quando é muito bem vinda. Seja para trocar um pneu, para resolver um problema no computador,  uma mãozinha para eu subir a escada pois estou com o pé engessado, etc. Então, primeiro, vamos depositar ajuda. Parecido com uma aposentadoria. Durante sua vida você contribuiu mensalmente  com uma quantia para quando ficar velho, poder se aposentar. Do mesmo modo, hoje você é jovem ou adulto, e ajuda os idosos a se locomover, na sua doença, etc. Com certeza a vida lhe devolverá todos esses favores e gentilezas que você disponibilizou aos seus irmãos necessitados. Porque você tratou bem aos outros, eles também não terão porque não lhe tratar bem do mesmo jeito.

Sal

http://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br/2013/07/pedro-afundou-na-agua-porque-teve-medo.html

Oração Final

Pai Santo, faze-nos atentos às carências dos irmãos, abertos para ouvir os seus desejos e disponíveis para atendê-los com espontânea generosidade. Mantém-nos humildes e discretos, na certeza de que há maior alegria em dar do que em receber. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

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