segunda-feira, 8 de abril de 2013

Santo Alberto - 8 de Abril








Nasceu na Itália no ano de 1150. Foi dizendo 'sim' a vontade do Senhor. Tornou-se religioso na Ordem Agostiniana, depois padre e superior de uma Comunidade. De 'sim' em 'sim' foi caminhando na vontade do Senhor, que o queria servindo a Igreja de Cristo e ao povo de Deus no Episcopado. Foi enviado como missionário para a Terra Santa, em Jerusalém.
Homem de oração, de vida sacramental, mariano. Apaixonado por Deus, por sua Igreja, pela verdade e pelo mistério pascal.
Entre os cristãos e não-cristãos haviam aqueles que o perseguia, até que no dia da Exaltação da Santa Cruz, ele estava com todo o Clero, e foi apunhalado por um fanático anti-cristão.
Morreu perdoando e unindo o seu sangue ao Sangue de Cristo.
Santo Alberto, rogai por nós!

LEGISLADOR DA ORDEM DOS CARMELITAS

Comemoração litúrgica: 08 de abril

Também nesta data: Santos:  Edésio, Valter de Pontoise e Santa Máxima

Santo Alberto, dos patriarcas de Jerusalém um dos mais eminentes, era natural da Itália, descendente de  uma nobre família do  ducado de Parma.  Jovem  ainda  e  com a  preocupação de salvar a inocência, fez-se  religioso e  entrou  para o convento dos Cônegos de Santo Agostinho, em Mortara, os quais, depois de alguns anos, o elegeram prior  da comunidade religiosa.  Passados três anos, foi indicado para bispo de Bóbbio.  A modéstia e humildade, porém,  não lhe permitiram aceitar esta dignidade.  Poucos anos se passaram  e  a  vontade do Papa Lúcio III prevaleceu, nomeando-o bispo de Vercelli, e durante o espaço de  vinte anos Alberto administrou aquela diocese. Rigoroso contra si próprio, era condescendente para os súditos;   incansável no cumprimento dos  deveres, era dedicado às obras de penitência, oração e caridade.  Espírito muito conciliador, era Alberto o indicado para servir de árbitro em questões de litígio.  Assim o imperador Frederico Barbaroxa se valeu dos seus bons serviços junto à Sé Apostólica em Roma.  Devido a  sua intervenção, cessou uma antiga inimizade entre as  cidades de Parma e  Piacenza.
A fama de sua santidade tinha chegado até a  Síria.  Quando vagou a  Sé  patriarcal de Jerusalém,  o clero daquela cidade concentrou os votos em Alberto para sucessor do Patriarca falecido.  O Papa Inocêncio III  não só aprovou a eleição, mas ainda insistiu com o eleito para que a aceitasse, fazendo-lhe ver que as condições em que se achava a Terra Santa, requeriam um braço forte, se não se preferisse o desaparecimento do cristianismo, diante da pressão fortíssima dos  maometanos.  Alberto, obediente à voz do Sumo Pontífice, entregou a administração da diocese a  um sucessor,  apresentou-se ao Papa e  de Roma  foi para a Palestina.  Estando Jerusalém sob o domínio dos sarracenos, o bispo da metrópole, fixou residência em Acra.   Antes de mais nada, procurou conhecer bem a situação da Igreja naquele país.  Com orações e jejum pediu a luz de cima, para acertar com os meios de  socorrer a cristandade nas suas necessidades. Deus iluminou-o e abençoou-lhe nos trabalhos, de um modo palpável.  Grande número daqueles que tinham abandonado a fé, voltaram ao seio da Igreja, e outros, transviados no caminho do pecado e do vício, contritos se  converteram.  A palavra,  mas antes de  tudo a  santidade  do  bispo,  fizeram com que gozasse do maior  prestígio, não só entre os cristãos, mas ainda entre os inimigos da  cruz, os sarracenos, o que  muito concorreu para a situação da Igreja tornar-se bem mais tolerável.
Além dos trabalhos pastorais, incumbiu-se Alberto da  redação de  uma regra da  Ordem do Carmo.  Os Carmelitas eram eremitas, que moravam no monte Carmelo.  Tinham  por padroeiro o  profeta Elias,  que com os seus discípulos habitara no mesmo lugar.  A regra que Alberto lhes deu, é um documento de  sabedoria e  prudência.  Desde aquele tempo, começou a  Ordem a  tomar grande incremento.
Oito anos durou o patriarcado de  Alberto na Palestina.  Estimado por todos, surgiu-lhe um inimigo, na pessoa de um malfeitor, natural de Caluso, em Piemonte.  Alberto, vendo o mau procedimento daquele homem, tinha por diversas  vezes, por meios  persuasivos, procurado afasta-lo da senda do crime.  Mas, em vez de se  emendar, a vida tornou-se-lhe cada vez mais escandalosa,  chegando ao final o ponto de merecer a pena de excomunhão, com o que o patriarca o ameaçou. Exasperado com a justa energia do Prelado, jurou tirar desforra.  Na festa da Exaltação da Santa Cruz, quando o Patriarca, rodeado de muitos representantes do clero, exercia as altas funções de oficiante do religioso, o criminoso penetrou no recinto sagrado e apunhalou-o. Alberto morreu quase que instantaneamente, pranteado pelos fiéis que o veneravam como Santo, isto no ano de 1214.
 Reflexões
 O exemplo de Santo Alberto ensina-nos como devemos santificar os primeiros momentos do dia. Com a oração nos lábios, saudava a luz do novo dia, convencido de que nada de bom este podia trazer-lhe, sem que Deus o tivesse abençoado.  “Ao acordares, aconselha S. Boaventura -  oferece ao Senhor as primícias dos teus pensamentos e afetos”.  Muita coisa depende desta oferta matutina. O demônio disputa para si estes  momentos preciosos, sabendo muito bem que deles, e o modo de passá-los, depende o dia todo. A oração da manhã é coisa que ninguém deve dispensar.  Ninguém venha dizer que lhe falta tempo para rezar.  Tendo tempo para as refeições, para as conversações e para os divertimentos, não se deve dizer que para rezar, tempo nenhum sobra.  Quanto maior for o trabalho, quanto mais pesada a responsabilidade,  tanto mais precisamos da graça divina.  Fiquemos certos de uma coisa:  Sem a graça de  Deus, nada faremos;  sem a sua bênção, o nosso trabalho nada vale. Em tudo e para tudo, precisamos da assistência divina. “Antes do sol nascer, vos agradecerei, Senhor;  ao amanhecer dou-vos louvor” (Sab 16,28).

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