FELIPE AQUINO FALA
SOBRE O CÓDIGO DA VINCI!!!
A FARSA DE “O CÓDIGO
DA VINCI”
por Prof. Felipe
Aquino
O livro “O Código Da Vinci” é um bestseller (já
vendeu 40 milhões de exemplares), de autoria de Dan Brown, um romancista que
não é historiador, norte-americano, que foi professor de inglês da Philips
Exeter Academy de New Hampshire. O filme, com o mesmo nome, será lançado no
mundo todo a partir de 19 de maio, por um milionário marketing; calcula-se que
será visto por 800 milhões de pessoas. O seu efeito será muito maior do que o
livro.
A trama do romance, que é uma ficção histórica,
pretende mostrar que “o Cristianismo é uma falsidade e uma impostura”, uma
invenção da Igreja Católica, mantida a preço de crimes e guerras ao longo dos
séculos.
Vários objetivos são nitidamente visados pela obra,
que deseja questionar: a veracidade histórica do Cristianismo, a verdadeira
divindade de Jesus Cristo, a confiabilidade histórica da Bíblia, a origem e o
desenvolvimento da fé católica e as reais atividades dos Apóstolos. Deseja-se
mostrar que a cultura judaico-cristã é fundada em uma mentira misógina (aversão
a mulheres).
Pretende-se, na verdade, aproveitar o escândalo que
o livro e o filme provocam nas pessoas para fazer sucesso com um público
carente de formação religiosa, mas ao mesmo tempo ávido de fantasia e de
suspense religioso. O autor emprega a maliciosa tática de encher páginas e
páginas com informações supostamente verdadeiras, mas que na verdade não têm
nenhuma base religiosa, artística, histórica e cultural. Trata-se de uma ficção
travestida de história.
A trama de Brown afirma que Jesus teria sido casado
com Maria Madalena, com quem teria tido uma filha; ambas teriam fugido para a
França por causa da perseguição dos Apóstolos, protegida porém por alguns
defensores. Ali na França geraram uma descendência que teria no século V se
casado com pessoas de sangue real francês dando origem à linhagem dos
merovíngios, do qual surgiu o rei Godofredo de Bulhões. Este rei, descendente
de Jesus e Madalena, teria fundado a sociedade secreta Irmandade do Priorado de
Sião, para proteger a “verdade” sobre Madalena e a sua descendência. Esta
entidade transmite seu segredos em códigos ocultos. Daí aparece a figura de
Leonardo da Vinci (1452-1519), que teria sido membro do Priorado de Sião, assim
como o fisico Isaac Newton e outros. As obras famosas de Da Vinci (Mona Lisa,
Ultima Ceia, Homem vitruviano, etc.) conteriam sinais e símbolos secretos do
Priorado de Sião. Por exemplo, no quadro da “Santa Ceia”, pintado durante três
anos numa parede do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, com nove
metros de comprimento e quatro de altura, a figura junto a Cristo não seria de
São João, mas de Madalena. No entanto, os peritos em arte afirmam que Leonardo
quis retratar o momento no qual Cristo anuncia haver um traidor entre os discípulos.
Jesus teria confiado a chefia da Igreja a Madalena,
mas isto teria sido silenciado pela Igreja e pelos Apóstolos ao longo dos
séculos, usando para isto crimes e guerras; algo que não tem fundamento
histórico algum. O autor prefere confiar mais no enredo do filme “A última
tentação de Cristo” do que nos sérios relatos históricos de vinte séculos de
estudos bíblicos. Nem mesmo os evangelhos gnósticos, usados pelo autor,
evangelho de Felipe e evangelho de Maria (Madalena) afirmam que Jesus era
casado com Madalena e, muito menos, que teria deixado a chefia da Igreja com
ela.
A Igreja Católica é mostrada na obra como uma
grande mentira histórica, invenção do imperador Constantino (séc IV), que teria
feito do Cristianismo uma religião para todo o império, com o objetivo de
unificá-lo, transformando Jesus em Deus no Concilio de Nicéia, em 325, e
substituindo o culto da deusa Vênus por Cristo. O imperador Constantino teria
fundido os ensinamentos cristãos com as tradições pagãs, para que fossem mais
facilmente aceitos pelo povo. Para que tudo isso acontecesse o imperador teria
mandado destruir todos os relatos evangélicos e reescrevê-los, para demonstrar
a divindade e Cristo. Cerca de oitenta evangelhos teriam sido queimados. No
entanto, nenhum registro dos paleontólogos e da história confirmam isto. Assim,
teria sido suprimida a figura da “mulher de Jesus” nos quatro Evangelhos
canônicos, e apresentada uma nova imagem de Madalena como prostituta.
A partir daí a Igreja Católica teria recusado o
aspecto feminino e sexual da religião cristã. Há uma nítida tentativa do autor
de jogar a mulher e o feminismo contra a Igreja, mostrando-a inimiga da mulher.
Nesta ficção histórica o autor descreve a Igreja Católica, representada pelo
Vaticano e pelo Opus Dei, capaz de todo tipo de crimes, chegando a assassinar
cinco milhões de mulheres (bruxas) e hereges; o que é um absurdo histórico. Em
oposição à mentira e impostura do Cristianismo, o autor apresenta como verdadeira
a religião dos cultos pagãos anteriores ao Cristianismo, que adoravam a
divindade feminina e praticavam o sexo sagrado.
O Opus Dei é apresentado como uma sociedade secreta
a serviço da Igreja e que confronta o Priorado de Sião na busca do Santo Graal
(sangue real), que seria o túmulo de Maria Madalena, onde estariam outros
documentos preciosos escritos por Jesus e deixados para Madalena, escondidos
sob as ruínas do templo de Herodes. Quem tivesse posse desses documentos seriam
poderosos. Os Cruzados teriam tentado encontrar esses documentos mas não
conseguiram porque foram impedidos por um grupo de “nobres cavaleiros da
verdade” chamados de Cavaleiros Templários; que estavam a serviço do Priorado
de Sião. Os Templários teriam encontrado o Santo Graal e teriam negociado com o
Vaticano enormes exigências. Saiba que nesta época a Igreja não tinha a sua
sede no Vaticano e sim no Palácio do Latrão, doado pelo imperador Constantino.
A residência do Papa no Vaticano só foi construída muito mais tarde.
O livro é repleto de erros históricos. Os
descendentes de Maria Madalena na França teriam sido protegidos contra a Igreja
pela Irmandade secreta chamada Priorado de Sião, desde o século IV. No entanto,
a primeira instituição com este nome só surgiu no ano 1100; uma Ordem monástica
católica (Mosteiro de Nossa Senhora de Sião), em Jerusalém, que deixou de
existir em 1617.
O livro quer levar a entender que é necessário a
Igreja Católica reconhecer a sua impostura e os seus crimes, voltando a adorar
a divindade feminina, e assim mudar a sua doutrina moral sobre a sexualidade,
inclusive aceitando o sacerdócio de mulheres e outras coisas.
Há muita invenção, maldade e perversão na obra. No
entanto, os leitores mais despreparados podem ficar com a idéia de que a Igreja
Católica, e em particular o Vaticano e o Opus Dei, é uma Instituição que não é
digna de confiança. Visa-se, portanto, desprestigiar a Igreja.
Se de um lado o livro e o filme de Brown atacam
pesadamente a Igreja e o Cristianismo, por outro lado abre as portas para uma
evangelização junto àqueles que gostarão de saber a verdade. Por isso é
necessário estarmos preparados para apresentar as devidas explicações
históricas e religiosas. Deus, como sempre faz, saberá tirar desse mal algum
bem para a Igreja; ela é invencível, jamais as portas do inferno a vencerão
(cf. Mt 16, 18).
Fontes:
- A Igreja ante o Código Da Vinci, Documento do
Episcopado mexicano (29mar06).
- O Opus Dei e o próximo filme “O Código da Vinci”,
zenit.org 13jan06
- A Verdade por trás de “O Código da Vinci”,
Richard Abanes, Ed. Rideel. SP, 2004
- Decodificando Da Vinci, Amy Welborn, Ed. Cultrix,
SP
- O Pensamento Vivo de Da Vinci, Martin Claret
Editores, 1986, SP
- O Código da Vinci, Dan Brown, Ed. Sextante, SP,
2005
A FARSA DE “O CÓDIGO DA VINCI” II
por Prof. Felipe Aquino
Fontes usadas:
- O Código da Vinci, Dan Brown, Ed. Sextante, SP,
2005
- A Igreja ante o Código Da Vinci, Documento do
Episcopado mexicano (29mar06).
- O Opus Dei e o próximo filme “O Código da Vinci”,
zenit.org 13jan06
- A Verdade por trás de “O Código da Vinci”,
Richard Abanes, Ed. Rideel. SP, 2004
- Decodificando Da Vinci, Amy Welborn, Ed. Cultrix,
SP
- O Pensamento Vivo de Da Vinci, Martin Claret
Editores, 1986, SP
INTRODUÇÃO
- “O Código Da Vinci” é um bestseller (já vendeu 40
milhões de exemplares), de autoria de Dan Brown, um romancista que não é
historiador, norte-americano, que foi professor de inglês da Philips Exeter
Academy de New Hampshire.
- O filme movido por um milionário marketing deve
ser visto por 800 milhões de pessoas. O seu efeito será muito maior do que o
livro.
O QUE PRETENDE O AUTOR
1 - mostrar que “o Cristianismo é uma falsidade e
uma impostura”, uma invenção da Igreja Católica, mantida a preço de crimes e
guerras ao longo dos séculos. Criado por Constantino, e não por Jesus Cristo.
2 – Cristo não é Deus; foi feito Deus por
Constantino no Concílio de Nicéia (325)
3 – questionar a veracidade histórica do
Cristianismo,
4 - a confiabilidade histórica da Bíblia.
Constantino queimou 80 evangelhos e reescreveu a Bíblia.
5 - a origem e o desenvolvimento da fé católica e
as reais atividades dos Apóstolos.
6 - a cultura judaica- cristã é fundada em uma
mentira misógina (aversão a mulheres).
7 - aproveitar o escândalo para fazer sucesso com
um público carente de formação
Nota: O autor emprega a maliciosa tática de encher
páginas e páginas com informações supostamente verdadeiras, mas que na verdade
não têm nenhuma base religiosa, artística, histórica e cultural. Trata-se de
uma ficção travestida de história.
A TRAMA DE BROWN
1 - Jesus teria sido casado com Maria Madalena, com
quem teria tido uma filha; ambas teriam fugido para a França perseguidas pelos
Apóstolos.
2 - Jesus teria confiado a chefia da Igreja a
Madalena, mas isto teria sido silenciado pela Igreja e pelos Apóstolos ao longo
dos séculos, usando para isto crimes e guerras.
3 - Na França os descendentes de Jesus e Madalena,
no século V, teriam se casado com pessoas de sangue real francês dando origem à
linhagem dos merovíngios, da qual nasceu o rei Godofredo de Bulhões (1099).
4 – Este rei, descendente de Jesus e Madalena,
teria fundado a sociedade secreta “Irmandade do Priorado de Sião”, para
proteger a “verdade” sobre Madalena e a sua descendência. Teriam criado para
isto os “Cavaleiros Templários”.
5 - Esta entidade transmite seus segredos em
códigos ocultos. Daí aparece a figura de Leonardo da Vinci (1452-1519), que
teria sido membro do Priorado de Sião, assim como o fisico Isaac Newton, Victor
Hugo e outros. As obras famosas de Da Vinci (Mona Lisa, Ultima Ceia, Homem
Vitruviano, etc.) conteriam sinais e símbolos secretos do Priorado de Sião.
6- Há uma nítida tentativa do autor de jogar a
mulher e o feminismo contra a Igreja, mostrando-a inimiga da mulher. A Igreja
Católica, representada pelo Vaticano e pelo Opus Dei, (www.opusdei.org.br)
teria assassinado cinco milhões de mulheres (bruxas) e hereges. (um absurdo
histórico)
7 - O Opus Dei é apresentado como uma sociedade
secreta a serviço da Igreja e que confronta o Priorado de Sião na busca do
Santo Graal (sangue real).
8 - Os Cruzados teriam tentado encontrar esses
documentos mas não conseguiram porque foram impedidos pelos Cavaleiros
Templários, que os encontraram.
MAIS ALGUNS ERROS DO LIVRO E DO FILME
1 - Nem os evangelhos gnósticos, usados pelo autor,
evangelho de Felipe e evangelho de Maria (Madalena) afirmam que Jesus era
casado com Madalena e, muito menos, que teria deixado a chefia da Igreja com
ela.
2 - O Opus Dei só foi fundado em 1928 por S. Josemaria
Escrivá de Balaguer e nunca foi entidade secreta.
3 - A primeira instituição chamada Priorado de Sião
só surgiu no ano 1100; uma Ordem monástica católica (Mosteiro de Nossa Senhora
de Sião), em Jerusalém, que deixou de existir em 1617.
4 – Nenhuma literatura séria coloca Da Vinci como
membro de seita secreta.
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