quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/02/2013

14 de Fevereiro de 2013

Ano C

 

Lucas 9,22-25

Comentário do Evangelho

Condições do seguimento

Antes de iniciar a subida para Jerusalém, Lucas nos oferece esta prolepse da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo, que tem por finalidade, nos evangelhos, prevenir os discípulos contra o escândalo da paixão e morte de Jesus, e dispô-los, como também o eleitor, a não desanimarem diante da paixão e morte, mas permanecerem firmes com o Senhor até o fim, para experimentarem a alegria e a força da sua ressurreição. Este anúncio é a oportunidade de alertar os discípulos sobre as condições do seguimento: o caminho é o mesmo que o Senhor vai percorrer, por isso é preciso uma profunda liberdade diante da própria vida (renunciar a si mesmo), para atualizar a entrega de Jesus Cristo. A vida verdadeira não está na defesa das seguranças pessoais, mas na disposição da própria vida: "Quem quiser salvar a sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará". 
Carlos Alberto Contieri,sj

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx

Vivendo a Palavra

Apresentando o testemunho de sua própria vida, o Mestre lembra a seus discípulos que a porta é estreita e o caminho áspero, mas são eles que levam à salvação. Quem quiser segui-lo deve aceitar sua cruz, isto é, como Ele entregar a vida em proveito dos irmãos da caminhada.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

O verdadeiro discípulo de Jesus é aquele que vive como o próprio Jesus e faz dele o modelo de sua vida. Jesus nunca viveu para si, mas sempre viveu para o Pai e para os seus irmãos e irmãs, fazendo do seu dia a dia um serviço a Deus e ao próximo. A exemplo de Jesus, nós devemos passar por esse mundo não para buscar a satisfação dos nossos interesses e necessidades, mas para deixar de lado tudo o que nos impede de ir ao encontro de nossos irmãos e irmãs que precisam de nós, da nossa presença e do nosso serviço, e que também nos impede de ir ao encontro do próprio Deus para vivermos com ele a sua vida.
http://www.cnbb.org.br/liturgia/app/user/user/UserView.php?ano=2013&mes=2&dia=14

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

FAÇA UMA DOAÇÃO AO NPDBRASIL...

1. Seguir a Jesus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos dias de hoje inventaram um CRISTIANISMO sem cruz e sem calvário, criaram um atalho para se chegar a ressurreição, sem que seja preciso passar pelos tropeços e vergonhosa humilhação de se carregar a cruz. Diante de uma sociedade hedionda, que apregoa e incentiva a busca desenfreada de todos os prazeres, era mesmo necessário se criar um Cristo mais "folgado" e menos exigente, para se ostentar a fachada de um Cristianismo milenar, mas adaptado as conveniências humanas.

Nosso Deus não é masoquista, Jesus, o Filho de Deus, nunca buscou o sofrimento físico ou moral, ao contrário, veio para nos dar Vida Plena, isso significa alegria, felicidade e realização humana na vocação do amor. O sofrimento veio como consequência da sua postura séria e da sua fidelidade aos Desígnios Divinos.

Ser cristão é saber perder e morrer a cada dia, como é que isso pode ser aceito e compreendido em uma sociedade tão competitiva onde somos sempre impelidos a vencer e a dominar ? Que morte é essa e que perdas são essas que fala esse evangelho?

A resposta vem da comunidade, melhor lugar para se exemplificar esse ensinamento. Dona Maria - Ministra dos enfermos e das exéquias, já tinha trabalhado arduamente naquela semana, dois velórios na quinta, visita a quatro enfermos na sexta, e no sábado ainda cuidou de uma vizinha enferma que estava acamada e precisava tomar banho não tendo quem o fizesse. No domingo o esposo e os filhos haviam programado um passeio a chácara da Família para um merecido descanso, pois também o esposo e os filhos atuavam na comunidade em trabalhos pastorais... Entretanto...

Justo naquele domingo o Padre convocou os agentes de pastorais para um retiro espiritual e formação, a presença era obrigatória - avisou a coordenadora. Tristeza e desânimo naquela manhã de domingo, cheia de sol e de vida, a família guardou os apetrechos de lazer, roupas de banho para a piscina, varas de pescar, pois na chácara tinha um riozinho que dava bons peixes, a carne do churrasco, e seguiram para a comunidade logo cedo, onde o almoço foi um lanche comunitário em lugar do churrasco. Foi uma perda e tanto, algo morreu dentro deles naquele domingo... O amor pela comunidade e pela Igreja falou mais alto que suas necessidades de lazer, que ficaram para uma próxima oportunidade.

Essa renúncia e desapego, esse esvaziamento de si mesmo e aniquilamento, são as marcas características do Senhor, e que torna autêntica toda e qualquer ação dessa natureza. Essa linguagem e essa conduta, o mundo jamais compreenderá! Não tiremos a cruz de nossa vida, senão não haverá ressurreição...

2. Condições do seguimento
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Carlos Alberto Contieri, sj - e disponibilizado no Portal Paulinas)
VIDE ACIMA
Oração
Pai, dá-me a firme disposição de renunciar a todos os meus projetos pessoais, para abraçar unicamente o projeto de Jesus, mesmo devendo passar por sofrimentos.

3. O FILHO DO HOMEM
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

Jesus identifica-se com o "Filho do homem", que significa a sua simples condição humana, vulnerável ao sofrimento e à morte. há uma referência à "necessidade" deste sofrimento e morte. O termo "necessidade" não indica um determinismo cego, mas as implicações inevitáveis decorrentes do compromisso libertador assumido por Jesus. Quem assume o anúncio e a luta libertadora despertará, necessariamente, a ira dos poderes opressores constituídos, que, sentindo-se ameaçados em seus privilégios e em suas riquezas, procurarão destruí-lo.

Porém, Jesus revela que ao "humano" foi dada, por Deus, a vida eterna. Salvar sua vida, segundo os critérios da sociedade subjugada pela ideologia do poder, é inserir-se no sistema, adquirir status, riqueza e prestígio, ganhar o mundo. Contudo, quem quiser unir-se ao destino de Jesus, renuncie ao sucesso e à glória do status social e econômico.

Perder sua vida é ser para o outro, não de uma maneira de convívio entre privilegiados, mas principalmente estar a serviço dos mais necessitados e excluídos. O ser para o outro é viver o amor, é encontrar sua vida inserida na eternidade, participando da vida divina.
http://www.npdbrasil.com.br/religiao/evangelho_do_dia_semana.htm#d5

Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre

Postado por: homilia

fevereiro 14th, 2013


Os evangelistas, cada um à sua maneira, referem-se à questão da identidade de Jesus. A interpretação dominante, entre os discípulos oriundos do Judaísmo, era que Jesus seria o Messias davídico esperado conforme a tradição antiga do Primeiro Testamento. Jesus rejeita ser identificado como este Messias (“Cristo”) restaurador do reinado de Davi. É o momento de deixar isto claro.
A partir da interrogação sobre quem Ele é, Jesus identifica-se como o “Filho do Homem”. Esta expressão, muito frequente no livro de Ezequiel, refere-se à comum condição humana, humilde e frágil. Enquanto “humano”, Jesus é vulnerável ao sofrimento e à morte. A “necessidade” deste sofrimento não significa um determinismo, mas as implicações inevitáveis decorrentes do compromisso libertador assumido por Jesus.
Os poderes constituídos necessariamente vão reagir contra a prática salvífica de Jesus e de seus discípulos e procurarão destruí-los. Porém, Jesus revela que ao “humano” foi dada, por Deus, a vida eterna. Perder a vida de sucesso oferecida por este mundo e consagrar-se ao seguimento de Jesus significa a comunhão com o Pai em sua vida divina e eterna.
Para Lucas, o que conta é a ressurreição, não a morte. Mesmo ao descrever a morte com traços vivos, destacando a inocência de Jesus, seu caráter martirial, Lucas não lhe dá o sentido soteriológico. Se, de fato, Lucas é um grego, então se pode ver nisto um motivo para não apelar para a morte expiatória e vicária, pois esta era teologia judaica. No contexto grego de Lucas é muito mais importante ressaltar a ressurreição, pois a morte para os gregos é loucura (1Cor 1,23).
“O Filho do Homem terá de sofrer muito. Ele será rejeitado pelos líderes judeus, pelos chefes dos sacerdotes e pelos mestres da Lei. Será morto e, no terceiro dia, será ressuscitado” (Lc 9,22).
A morte de Jesus como vitória sobre o sofrimento, e sobretudo sobre os poderes da morte – e a de descer aos infernos e lutar com a morte – era uma ideia bem conhecida no Oriente e no Ocidente. Faz parte da mitologia de muitos povos que a aplicavam aos seus heróis. Esta ideia penetrou no Judaísmo tardio e dali passou para o Novo Testamento. Nesta mesma perspectiva, também Cristo tem vencido os poderes da perdição (pecado). Ele conquistou a salvação descendo ao reino dos mortos, libertando os que aí estavam presos desde de Adão até o último homem.
“A concepção é de que Cristo, na hora de sua morte, desce até ali e derrota – numa luta – o príncipe dos demônios. No Novo Testamento encontram-se vestígios desta visão mítica. Em Mt 27,51-53 se narra que no momento da morte de Jesus “a terra tremeu e se fendeu, muitos mortos saíram de suas sepulturas e entraram na cidade”. Assim Jesus, pela sua morte, liberta os mortos que lá estavam presos. Com esta visão mítica, personifica-se o poder que age sobre a morte.
O diabo, a morte e as forças do mal se confundem. A morte de Jesus assim é vista como resgate e a destruição deste poder. Pela sua morte Jesus destruiu a morte (1Cor 15,24.26; 2Ts 2,8; 2Tm 1,10; Hb 2,14). “Assim, pois, já que os filhos têm em comum o sangue e a carne, também ele participou igualmente da mesma condição, a fim de, por sua morte, reduzir à impotência aquele que detinha o poder da morte, isto é, o diabo” (Hb 2,14).
Através de sua morte Jesus destruiu o poder da morte, deixando o ser humano livre. Mas antes da Ressurreição existe a cruz. E Ele quer advertir os seus a que fiquem preparardos para ela. E diz: “Se alguém quer ser meu seguidor, que esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto cada dia para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira e ser destruído?”
Neste tempo quaresmal, cada um de nós está sendo convidado a segui-Lo passando por tudo o que Ele passou, a fim de que no final possamos ressuscitar com Ele para a eternidade.
Padre Bantu Mendonça
http://blog.cancaonova.com/homilia/2013/02/14/
Leitura orante

Lc 9,22-25 - Assumir a causa de Jesus



Preparo-me para a Leitura Orante, com todos os internautas, com a oração:

Mestre: 
a tua vida me traça o caminho,
a tua doutrina confirma 

e ilumina os meus passos;
a tua graça me sustenta 

e me conduz no caminho do céu.
Tu és perfeito Mestre:
dás o exemplo, 
me ensinas 
e me animas a seguir-te.

1.Leitura (Verdade)
- O que a Palavra diz?
Leio, atentamente, na  Bíblia, o Evangelho do Dia: Lc 9,22-25.
E Jesus explicou: "É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar". Depois, Jesus começou a dizer a todos: "Se alguém quer vir após mim, renuncie a si mesmo, tome sua cruz, cada dia, e siga-me. Pois quem quiser salvar sua vida a perderá, e quem perder sua vida por causa de mim a salvará. Com efeito, de que adianta a alguém ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se e a arruinar a si mesmo?Aquele que quiser seguir a Jesus, participar de sua vida e de sua missão, deverá percorrer o mesmo caminho dele. E ainda, renunciar ao poder, ao reino de um messias glorioso e vencedor. A causa é dele, que afirma: quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira.

2. Meditação (Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Também eu posso seguir Jesus. Assumir a sua causa. Nos momentos de maiores dificuldades vou me lembrar que esta causa é primordial. O seguimento de Jesus requer renúncia, busca de justiça e doação da vida por uma boa causa.Podemos afirmar, a melhor causa. Os bispos, em Aparecida, lembraram muito bem: "Como discípulos de Jesus reconhecemos que Ele é o primeiro e maior evangelizador enviado por Deus (cf. Lc 4,44) e ao mesmo tempo o Evangelho de Deus (cf. Rm 1,3). Cremos e anunciamos “a boa nova de Jesus, Messias, Filho de Deus” (Mc 1,1). Como filhos obedientes à voz do Pai, queremos escutar a Jesus (cf. Lc 9,35) porque Ele é o único Mestre (cf. Mt 23,8). Como seus discípulos, sabemos que suas palavras são Espírito e Vida (cf. Jo 6,63.68). Com a alegria da fé, somos missionários para proclamar o Evangelho de Jesus Cristo e, nEle, a boa nova da dignidade humana, da vida, da família, do trabalho, da ciência e da solidariedade com a criação."(DAp 103).

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor; para...

4. Contemplação (Vida e Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou deixar de lado toda vaidade e reconhecimento humano e ajudar alguém que sofre a carregar a sua cruz.
Esta causa é de Jesus e minha também.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Sugestões:
- Campanha da Fraternidade 2013 - Veja informações no blog:
http://comunicacatequese.blogspot.com.br/

Ir. Patrícia Silva, fsp
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com.br/

http://www.paulinas.org.br/diafeliz/evangelho.aspx
COPIE O LINK ABAIXO E
OUÇA O COMENTÁRIO DO
EVANGELHO DO DIPELAS PAULINAS
http://www.paulinas.org.br/media/biblia/musicas.asp?musica=20130214
Oração Final
Pai Santo, no Reino de Amor em que viveu o teu Filho Unigênito, não há lugar para comodismo, apego ou egoísmo. Faze-nos discípulos solidários, generosos, compassivos e gentis para com todos os teus filhos, especialmente os discriminados pela sociedade dos homens. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php

Nenhum comentário:

Postar um comentário