Santo Ávito (Aventino)
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O eremita Ávito, ou Aventino, como também é
conhecido, chegou a ser chamado de "o Idiota" pelos seus detratores,
por causa de sua humildade e simplicidade. Tinha o espírito tão serviçal e
ingênuo que suas atitudes eram, muitas vezes, consideradas tolas.
Ávito nasceu no final do século V. Era filho de lavradores da região de
Orleans, na França. Cresceu cristão e tornou-se monge eremita do mosteiro
localizado nos montes Pirineus, na região do vale de Larboust, que mais tarde
recebeu o seu nome.
Ao contrário do que julgavam seus colegas, companheiros e parentes, foi
considerado modelo de religioso e nomeado "ecônomo da comunidade".
Mas Ávito desejava a solidão para meditar e rezar. E por isso, certo dia, fugiu
para o interior misterioso e desconhecido de uma floresta, para viver na mais
íntima união com Deus.
Quando o abade Maximino morreu, Ávito foi eleito seu sucessor. Os outros
monges, entretanto, tiveram dificuldade e demoraram algum tempo para
encontrá-lo.
Ávito, a princípio, recusou o posto, por não se achar suficientemente
capacitado. Só aceitou porque recebeu ordem direta do bispo e por exclusivo
senso de disciplina.
Governou o mosteiro por muitos anos e, mesmo assim, a cada oportunidade surgida
refugiava-se em sua floresta, ficando ali por dias e noites seguidos, no mais
rigoroso retiro. Na oportunidade, aproveitava para ensinar o Evangelho aos
montanheses que ainda eram pagãos.
Ávito morreu assassinado pelos bárbaros pagãos, em 530, os quais esconderam o
seu corpo. Porém, alguns séculos depois, suas relíquias foram milagrosamente
recuperadas e colocadas numa igreja construída especialmente para acolhê-las.
O mais antigo documento que testemunha o culto litúrgico dedicado a são Ávito
no dia 13 de junho foi encontrado no breviário de Comminges. Ele é invocado,
especialmente, pelas gestantes na hora do parto, porque, segundo a tradição,
seu nascimento ocorreu durante um parto repleto de dificuldades. A Igreja
autorizou a sua celebração e manteve a data da festa.
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