
Santo Antônio Maria Gianelli
1789-1846
Fundou as congregações:
Filhas de Maria
Santíssima do Horto
e Oblatos de Santo
Alfonso Maria de Ligório
Antônio Maria Gianelli nasceu em Cereta, perto de
Chiavari, na Itália, no dia 12 de abril de 1789, ano da Revolução Francesa. A
seu modo, foi também um revolucionário, pois sacudiu as instituições da Igreja
no período posterior ao "furacão" Napoleão Bonaparte.
Sua família era de camponeses pobres e nesse ambiente humilde aprendeu a
caridade, o espírito de sacrifício, a capacidade de dividir com o próximo.
Desde pequeno era muito assíduo à sua paróquia e foi educado no seminário de
Genova, onde ingressou em 1807.
Aos vinte e três anos estava formado e ordenado sacerdote. Lecionou letras e
retórica e sua primeira obra a impressionar o clero foi um recital organizado
para recepcionar o novo bispo de Genova, monsenhor Lambruschini. Intitulou o
recital de "Reforma do Seminário". Assim, tranqüilo, direto e com
poucos rodeios; defendia a nova postura na formação de futuros sacerdotes. A
repercussão foi imediata e frutificou durante todo o período da restauração
pós-napoleônica.
Entre os anos de 1826 e 1838 foi o pároco da igreja de Chiavari, onde continuou
intervindo com inovações pastorais e a fundação de várias instituições, entre
elas seu próprio seminário. Em 1827, criou uma pequena congregação missionária
para sacerdotes, que colocou sob a proteção de santo Afonso Maria de Ligório,
destinada a aprimorar o apostolado da pregação ao povo e à organização do
clero.
Depois, fundou uma feminina , de caráter beneficente, cultural e assistencial,
para a qual deu um nome pouco comum, "Sociedade Econômica", e
entregou-a às damas da caridade, destinada à educação gratuita das meninas
carentes. Era, na verdade, o embrião da congregação religiosa que seria fundada
em 1829, as "Filhas de Maria Santíssima do Horto", depois chamadas de
"Irmãs Gianellinas".
Em 1838, foi nomeado bispo de Bobbio. Com a ajuda dos "padres
ligorianos", reorganizou sua própria diocese, punindo padres pouco zelosos
e até mesmo expulsando os indignos.
Também reconstituiu a pequena congregação com o nome de "Oblatos de Santo
Afonso Maria de Ligório".
Aos cinqüenta e sete anos, morreu no dia 7 de junho de 1846, em Piaceza. Na
obra escrita que deixou, expõe seu pensamento "revolucionário": a
moralidade do clero na vida simples e reta de trabalho no seguimento de Cristo.
Reacionária para aqueles tempos tão corrompidos pelo fausto napoleônico das
cortes que oprimiam o povo cada vez mais miserável. Portanto um tema atual, que
deve ser lembrado, sempre, nas sociedades de qualquer tempo.
Antônio Maria Gianelli foi canonizado por Pio XII em 1951 e suas instituições
femininas ainda hoje florescem, principalmente na América Latina. Por esse
motivo é chamado de o "Santo das Irmãs".
Santo Antônio Maria Gianelli | |
Nascimento | No ano de 1789 |
Local nascimento | Itália |
Ordem | Fundador |
Local vida | Bobbio (Itália ) |
Espiritualidade | Fundou a Congregação das Filhas de Maria (Irmãs Gianellinas) e a Congregação dos Missionários (ou Oblatos) de Santo Afonso de Ligório. Nomeado bispo de Bobbio, na Itália, reformou completamente essa diocese, afastando sacerdotes indignos e substituindo-os por outros formados segundo seu espírito inteiramente apostólico. Na Itália, venera-se SANTO ANTÔNIO GIANELLI, bispo de Bobbio e fundador de duas congregações religiosas. De extraordinário nada houve em sua vida, a não ser a fidelidade constante para com os deveres de estado. Foi por isso mesmo que Pio XII o canonizou, apresentando-o como modelo a toda a Igreja, por essa fidelidade nas coisas pequeninas. Viveu entre os séculos XVIII e XIX. |
Local morte | Itália |
Morte | No ano de 1846, aos 57 anos de idade |
Fonte informação | O livro dos santos e Os cinco minutos dos santos |
Oração | Deus, nosso Pai, não fazeis distinção de pessoas. Diante de vós, Senhor, todos somos iguais: ninguém é mais justo, é mais correto, é mais digno que o outro. Diante de vós, frágil é quem se julga forte; pobre, quem se acha rico; nada, quem se considera tudo; tolo, quem se reputa sábio. Ajudai-nos, pois, a construir um mundo em que a dignidade de cada pessoa seja respeitada e garantida. Uma sociedade em que os sentimentos de fé e de esperança prevalesçam sobre os da descrença e da falta de horizontes. Fazei florescer, em frutos de paz, as lágrimas dos corações aflitos. Saciai os que têm fome de justiça, de verdade e de libertação. Nenhuma voz seja calada à força; tropeço algum nos desvie do bom caminho. Nem a abundância nem a necessidade obscureçam nossa dignidade humana. Que se cumpram um a um nossos sonhos de fraternidade. Amém. |
Devoção | À fidelidade constante com seus deveres de estado |
Padroeiro | Dos fundadores |
Outros Santos do dia | Optato de Mileve, Paulo, Cândido e Venâncio (bispos); Licarião, Pedro (presb); Walabonso (diác); Abêncio, Jeremias, Sabiniano, Vistremundo (monges e mártires); Roberto (abade); Antônio M. (cf); Ana do Carmo (virgem); Acácio, Aderico, Eugênia, Valentim, João, Tarásio (mártires). FONTE: ASJ |
Eu não havia lido ainda esta oração de Gianelli e me encantei por ela. Ótima para estes dias que virão, em que recordaremos todos os Santos. Obrigada!
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