sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Quem é Maria


Como era a família de Maria? 


Como foi sua infância?

 E sua formação? 

Como era seu rosto? 

Sua altura? 

Seu temperamento? 

O que fazia antes da Anunciação? 

O que fez depois?

Os evangelistas não escreveram uma biografia de Maria. Para nós, que gostamos de conhecer detalhes da vida de pessoas importantes, isso é um tanto decepcionante. Não só os evangelhos, mas a Bíblia tem uma finalidade bem precisa: testemunhar a fé de um povo que foi chamado por Deus a uma aliança de amor.

O Novo testamento não é a "História de Maria". Quem está em seu coração é Jesus. São poucas as passagens bíblicas referentes à Maria. Mesmo quando é mencionada, normalmente não é ela o centro do acontecimento descrito.O que a palavra de Deus nos mostra é que Maria Santíssima esteve presente, mesmo de forma discreta, nos momentos centrais da História da Salvação: a encarnação, a inauguração do ministério de Cristo, a crucificação e o nascimento da Igreja com a vinda do Espírito Santo.

Encontramos maior número de informações a seu respeito nos evangelhos de Lucas e Mateus, que dedicam mais espaço a infância de Jesus. Além dos dados, na verdade escassos, fornecidos pelos Evangelhos, a tradição cristã extraiu outros dos Evangelhos apócrifos, por exemplo dos referentes à infância de Jesus, como o Proto-evangelho de Tiago, do “Trânsito da Bem-Aventurada Virgem Maria” e do “Apocalipse da Virgem Maria.

O Novo Testamento nos diz que Maria era uma humilde mulher do povo hebreu, era uma pessoa concreta, historicamente verossímil e longe de ser uma invenção fantasiosa. Os dados estritamente biográficos derivados desse texto informam-nos que era uma jovem pertencente à tribo de Judá e a descendência de Davi; nasceu provavelmente em Jerusalém, casou-se com um carpinteiro, José, passando a residir em Nazaré, uma aldeia da Galiléia, da qual saiu para submeter-se ao recenseamento em Belém. Na época de Herodes, deu à luz um filho, Jesus, e foi obrigada a defendê-lo da tirania do rei, primeiro fugindo para o Egito e depois buscando refúgio em Nazaré.

A historicidade de Maria, confirmada por recentes descobertas, faz desta mulher a grande realidade da encarnação de Cristo. O lugar que Maria ocupa na Bíblia é discreto: ela está ali totalmente em função de Cristo e não por si mesma.

A Virgem Maria é um sol que ilumina sem ofuscar; sem fazer milagres na terra, limita-se a ser Mãe. Assim como dá à luz o seu Filho em Belém, no calvário dá à luz espiritualmente a todos nós, que somos irmãos do seu Filho, tornando-se, na figura de João, a Mãe de cada um de nós.



Fonte consultada: Com Maria, a Mãe de Jesus/Murilo S.R. Krieger - São Paulo: Paulinas, 2001


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