quarta-feira, 26 de junho de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 20/06/2024

ANO B


Mt 6,7-15

Comentário do Evangelho

Pai nosso que estás nos céus


Vida simples, totalmente entregue nas mãos de Deus. Vida simples, sem complicações, nem mesmo nas orações. Na consciência de nossas fraquezas, de nossas mediocridades, de nosso pecado, pedimos ao Pai o perdão, porque também queremos perdoar e ensinar a perdoar; que não nos deixe cair em tentação e nos livre do Maligno. Atentos às necessidades dos outros, pedimos que não nos falte o pão de cada dia. Não falamos muito, mas podemos passar longos tempos em silêncio, na escuta daquele que nos fala ao coração.
Queremos estar simplesmente em contínua união com o Pai, santificando seu nome e fazendo a sua vontade. E no mais, repetindo a invocação “Pai nosso que estais no céu”, preparar a refeição, limpar a casa e lavar a roupa, sair para o trabalho e retornar, ler e estudar, descansar e passear, cultivar as relações com conhecidos e desconhecidos, suportar aguentando e suportar dando apoio a quem nos é pesado, na certeza de que em todas as nossas atividades diárias o Senhor está presente.
Cônego Celso Pedro da Silva,
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/pai-nosso-que-estas-nos-ceus-2/ https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/20-06-2024

Reflexão

Dois aspectos atrelados à oração: a simplicidade e a reconciliação. Rezar sem enfeitar. Nada de palavras rebuscadas ou frases escolhidas a dedo. Pelo que Jesus nos ensina, parece que o Pai celeste desconsidera esses adornos! O que lhe importa é a sinceridade de coração. A oração genuína é o Pai-nosso, pois toca nos pontos essenciais de nossa fé cristã. Na primeira parte, a pessoa reconhece a grandeza e os planos de Deus; na segunda, ela se dispõe a viver digna e fraternalmente com o próximo. Outro dado inerente à oração é o perdão. À medida que perdoamos aos que nos ofenderam, criamos canal aberto para que o Pai nos inunde com seu perdão. Que o Senhor nos proteja contra todo mal e nos mantenha bem sólidos nos seus caminhos.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«O vosso Pai sabe do que precisais, antes de vós o pedirdes»

Rev. D. Emili MARLÉS i Romeu
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, o Senhor quer nos ajudar a crescer em um tema central de nossa vida cristã: A oração. Nos adverte que não devemos rezar como os pagãos que tentam convencer a Deus sobre aquele que querem. Muitas vezes pretendemos conseguir o que desejamos a través da insistência, fazendo-se de "pesado" com Deus, acreditando que seremos capazes de nos fazer ouvir com a nossa verborragia. O Senhor nos lembra que o Pai está constantemente solícito da nossa vida e que, a todo o momento, sabe o que precisamos antes de lhe pedir (cf. Mt 6,8). Vivemos com essa confiança? Estou ciente de que o Pai está constantemente lavando meus pés e que ele sabe melhor do que ninguém o que eu preciso o tempo todo (em grandes e pequenas coisas)?
Jesus nos abre um novo horizonte de oração: A oração de quem se dirige a Deus com a consciência de um filho. O tipo de relação que tenho com uma pessoa determina a maneira na que pedimos as coisas, e também aquilo que posso esperar dela. De um pai, e especialmente do Pai celestial, eu posso esperar tudo e sei que ele cuida da minha vida. Por isso Jesus, que vive sempre como um autêntico filho, nos diz «não fiquem preocupados por sua vida: o que você vai comer» (Mt 6,25). Realmente tenho esta consciência de filho? Dirijo-me a Deus com a mesma familiaridade com que o faço com meu pai ou com minha mãe?
Depois, Jesus nos abre seu coração, e nos ensina como é sua relação/oração com o Pai para que a façamos também nossa. Com a oração do “Pai Nosso” Jesus nos ensina a viver como filhos. São Cipriano tem um conhecido comentário ao “Pai Nosso”, que nos diz: «Devemos lembrar e saber que, quando chamamos “Pai” a Deus, temos que agir como seus filhos, a fim de que ele tenha compaixão de nós, como nós nos temos de tê-lo como Pai».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Se Ele diz que fará o que peçamos ao Pai em seu nome, quão mais eficaz não será a nossa oração em nome de Cristo, se rezarmos com as suas próprias palavras?» (S Cipriano)

- «Os discípulos, seduzidos pela pessoa de Jesus enquanto rezava, pedem-Lhe instruções sobre como rezar: o "Pai Nosso" é a resposta. É uma oração concentrada em sete petições, cheia de significado teológico, em contraste com as palavras vans e verborreia» (Bento XVI)

- «A oração dominical é verdadeiramente o resumo de todo o Evangelho´ (Tertuliano). Depois de o Senhor nos ter legado esta fórmula de oração, acrescentou Pedi e recebereis´(Lc 11,9). Cada um pode, portanto, dirigir ao céu diversas orações segundo as suas necessidades, mas começando sempre pela oração do Senhor, que continua a ser a oração fundamental» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.761)

Reflexão

«Se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará»

Rev. D. Joan MARQUÉS i Suriñach
(Vilamarí, Girona, Espanha)

Hoje, Jesus nos sugere um grande e difícil ideal: o perdão das ofensas. E estabelece uma medida muito razoável: a nossa: «De fato, se vós perdoardes aos outros as suas faltas, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará; Mas, se vós não perdoardes aos outros, vosso Pai também não perdoará as vossas faltas» (Mt 6,14-15). Em outro lugar havia mostrado a regra de ouro a da convivência humana: «Tudo, portanto, quanto desejais que os outros vos façam, fazei-o, vós também, a eles» (Mt 7,12).
Queremos que Deus nos perdoe e que os outros também o façam; mas nós nos resistimos em fazê-lo. Custa pedir perdão; mas dá-lo custa ainda mais. Se fôssemos humildes de verdade, não nos seria tão difícil; contudo o orgulho faz com que ele seja trabalhoso. Por isso podemos estabelecer a seguinte equação: a maior humildade, a maior facilidade; o maior orgulho, maior dificuldade. Isto lhe dará uma pista para conhecer seu grau de humildade.
Acabada a guerra civil espanhola (ano 1939), uns sacerdotes ex-reclusos celebraram uma missa de ação de graças na igreja de Els Omells. O celebrante, depois das palavras do Pai Nosso «perdoa nossas ofensas», ficou parado e não podia continuar. Não se via com ânimos de perdoar a quem lhes haviam feito padecer tanto ali mesmo num campo de trabalhos forçados. Passados uns instantes, no meio de um silêncio que se podia cortar, retomou a oração: «assim como nós perdoamos aos que nos ofendem». Depois se perguntaram qual tinha sido a melhor homilia. Todos estiveram de acordo: a do silêncio do celebrante quando rezava o Pai Nosso. Custa, mas é possível com a ajuda do Senhor.
Além disso, o perdão que Deus nos dá é total, chega até o esquecimento. Marginamos muito rápido os favores, mas as ofensas... Se os matrimônios as soubessem esquecer, se evitariam e se poderiam solucionar muitos dramas familiares.
Que a Mãe de misericórdia nos ajude a compreender aos demais e a perdoá-los generosamente.

Reflexão

O “Pai Nosso”: a oração dos filhos de Deus

Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM
(Barcelona, Espanha)

Hoje, os discípulos, seduzidos pela pessoa de Jesus enquanto orava, pedem-lhe uma instrução sobre como orar: O “Pai Nosso” é a resposta a essa solicitação. É uma oração concentrada em sete petições, cheia de sentido teológico, em contraste com a palavrearia e verborréia dos pagãos quando oram.
Para Jesus, orar é falar com o Pai, pelo Espírito que lhe faz exclamar: “Pai!”, a palavra mais meiga pronunciada por um filho. As três primeiras petições centram-se em Deus: Seu reino, sua santidade, sua vontade. As outras quatro estão dirigidas ao homem e as suas necessidades: Pão, perdão, força contra a tentação e o Maligno. Nós, filhos no Filho, centramo-nos também em Deus lhe expressando confiadamente nossas necessidades.
Pai! Que lindo é te chamar com este nome, tendo um só coração (concordes) só uma alma (unânimes), e só uma voz (ao uníssono) com teu Filho amado, nosso irmão Jesus.

Comentário sobre o Evangelho

O Sermão da Montanha: Jesus nos ensina a orar com o "Pai Nosso".


Hoje Jesus ensina-nos a orar. É fácil! Não se trata de fazer grandes discursos para impressionar Deus. Os únicos que impressionar Deus são os humildes, os pequenos ... Jesus veio à Terra pequeno, sem fazer ruido! (é o estilo de Deus). Conversar com Deus é simples. Jesus nos convida a falar com o Pai como Ele: de Filho para Pai. "Pai nosso, que estais no céu ...".
- Háblale com o coração, como a teus pais ...

Meditação

A ideia de Jesus é clara: o mais importante na oração não é falar. Deus conhece nossas necessidades, não precisa ser convencido a nos ajudar. Na oração, com palavras ou sem palavras, o importante é nossa atitude diante do Senhor: amor, confiança, aceitação de nossa dependência. As palavras são úteis se ajudam a nos colocar assim diante dele. Temos de orar sempre para estarmos sempre nessa atitude.
Oração
Ó Deus, força daqueles que em vós esperam, sede favorável ao nosso apelo e, como nada podemos em nossa fraqueza, dai-nos sempre o socorro da vossa graça, para que possamos querer e agir conforme a vossa vontade, seguindo os vossos mandamentos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

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