HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 26/08/2024
ANO B
Mt 23,13-22
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
Quem jura pelo santuário jura por quem nele habita
Ensinar e não praticar parece que tem consequências graves. Escribas e fariseus, de ontem e de hoje, são chamados de hipócritas e acusados de fechar as portas do Reino dos Céus, de não entrar e de impedir que entrem os que desejam. Eram rigoristas conservadores, incapazes de aceitar a prática da misericórdia e de compreender as limitações que cerceiam a liberdade humana.Para eles, quem não está de acordo com a Lei está fora, e estão no erro os que tentam compreendê-los, ajudá-los, caminhar com eles e acolhê-los. Estabelecidas as normas, cumpram-se. Não há espaço para exceções nem para revisão de decisões tomadas. Jesus discute a validade de muitos dos seus ensinamentos e mostra a hipocrisia que há naquilo que eles defendem.Cônego Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2024’, Paulinas.Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/quem-jura-pelo-santuario-jura-por-quem-nele-habita/ e https://www.comeceodiafeliz.com.br/evangelho/-o-que-e-mais-importante:-o-ouro-ou-o-santuario-que-santifica-o-ouro
Reflexão
Dura reprovação ao comportamento dos doutores da Lei e dos fariseus. Os predicativos aplicados a eles são graves: “hipócritas”, isto é, falsos, incoerentes; “guias cegos”, ou seja, aqueles que “veem sem ver” (cf. Mt 13,13) e ainda se consideram aptos a orientar os outros; “loucos e cegos”, quer dizer, desclassificados para qualquer tipo de liderança. Impedem a entrada de pessoas no Reino de Deus, desencadeando violentas perseguições aos primeiros cristãos. Com exigências sobre pormenores da Lei, acabam confundindo a cabeça do povo simples, desviando-o da autêntica vontade de Deus. Realmente, guias cegos! Indignos de confiança. O “ai de vocês” indica severa condenação ao proceder dos líderes religiosos e advertência às comunidades cristãs atuais.(Dia a dia com o Evangelho 2024)https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/26-segunda-feira-9/
Reflexão
«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus»
P. Marc VAILLOT(Paris, França)
Hoje, uma vez mais, o Evangelho mostra como a bondade de Deus que vela por nossa felicidade se transforma. Indica-nos claramente quais são as fontes: a verdade, o bem, a retidão, a justiça, o amor… e todas as virtudes. Avisa-nos também para que não caiamos nas armadilhas —excessos, luxúrias, decepções, em uma palavra, pecados - isso nos impediria de alcançar tal felicidade.Jesus utiliza sua divina autoridade para nos mostrar claramente o carácter absoluto do bem, que devemos perseguir, e o do mal, que devemos evitar a todo custo. Daí, sua viva e amável exortação a respeitar a carta magna da vida cristã: as boas-venturanças, vias que dão o acesso à Felicidade. Paralelamente, encontramos o tom ameaçador utilizado no Evangelho de hoje: as Maldições daqueles atos destruidores que sempre devem ser evitados. O mesmo Coração sagrado, o mesmo Amor é o que dita as Boas aventuranças (cf. Mt 5,1 ss) e as Maldições.É muito importante entender que são tão importantes tanto uns como outros para quem quiser se salvar: «Bem-aventurados» os pobres; os corações sedentos de justiças; as almas misericordiosas… «Ai de vocês!»… quando escandaliza aos outros; quando ensina e não o põe em prática; quando corrompe a doutrina sã; quando desvia aos outros do caminho reto…Jesus completa com firmeza: quanto maior seja sua responsabilidade ante os outros, mais forte será a maldição que recairá sobre vocês. Nosso Senhor, nesta passagem está se dirigindo aos notáveis: «Ai de vocês, escribas e fariseus hipócritas!» (Mt 23,13 ss).Apliquemos a nossas vidas este ensinamento divino. Nossas boas e nossas más ações têm sempre um duplo impacto: um, que recai sobre nós mesmos, pois cada ação nos melhora ou nos assola.; o outro, considerando nossa situação de adultos, pais, mestres, responsáveis sob qualquer aspecto, cada um de nossos atos pode ter repercussões, boas ou más, insuspeitáveis: «A vida não é tempo que passa, senão tempo de encontro» (Francisco).E teremos que prestar contas disso ao amor de Deus!
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- «Formamos um só corpo em Cristo, ricos e pobres, escravos e livres, sãos e doentes; e há apenas uma cabeça da qual tudo deriva: Jesus Cristo. E como acontece com os membros de um único corpo, cada um deve cuidar dos outros e de todos» (São Gregório Nazianzeno)
- «Deus —como dom— revelou-nos o seu Santo Nome: devemos guardá-lo na memória, num silêncio de adoração amorosa. No entanto, nenhuma palavra foi tão abusada quanto a palavra "Deus"» (Bento XVI)
- «A superstição é o desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus, por exemplo, quando se atribui uma certa importância mágica a certas práticas, de outra forma, legítimas ou necessárias (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n. 2.111)https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-26
Reflexão
«Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Fechais aos outros o Reino dos Céus»
P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP(San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)
Hoje, o Senhor nos quer iluminar sobre um conceito que em si mesmo é elementar, mas que poucos chegam aprofundar: guiar para o desastre não é guiar à vida, senão à morte. Quem ensina morrer ou matar aos demais não é um mestre da vida, senão um “assassino”.O Senhor hoje está —diríamos— de mau humor, está justamente enfadado com os guias que extraviam ao próximo e lhe tiram o gosto de viver e, finalmente, a vida: «Ai de vós, escribas e fariseus hipócritas! Percorreis o mar e a terra para converter alguém, e quando o conseguis, o tornais merecedor do inferno, duas vezes mais do que vós» (Mt 23,15).Há gente que tenta de verdade entrar no Reino dos Céus, e tirar esta ilusão é uma culpa verdadeiramente grave. Têm se apoderado das chaves da entrada, mas para eles representam um “brinquedo”, algo chamativo para ter pendurado no cinturão e nada mais. Os fariseus perseguem os indivíduos, e “andam a caça” para levá-los a sua própria convicção religiosa; não à de Deus, senão à própria; com o fim convertê-los não em filhos de Deus, senão do inferno. O seu orgulho não eleva ao céu, não conduz à vida, senão à perdição. Que erro tão grave!«Guias —diz-lhes Jesus— cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo» (Mt 23,24). Todo está trocado, revolvido; o Senhor repetidamente há tentado destampar as orelhas e desvendar os olhos dos fariseus, mas diz o profeta Zacarias: «Eles, porém, não quiseram escutar: voltaram-me as costas, revoltados, e taparam os ouvidos para nada ouvir» (Za 7,11). Então, no momento do juízo, o juiz emitirá uma sentença severa: «Nunca vos conheci. Retirai-vos de mim, operários maus!» (Mt 7,23). Não é suficiente saber mais: faz falta saber a verdade e ensiná-la com humilde fidelidade. Lembremo-nos do que disse um autêntico mestre da sabedoria, Santo Tomás de Aquino: «Enquanto louvam a sua própria bravura, os soberbos envilecem a excelência da verdade!».https://evangeli.net/evangelho/feria/2024-08-26
Reflexão
“Não pronunciarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (2º mandamento do Decálogo)
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje, consideramos o 2º Mandamento da Lei de Deus: “Não pronunciarás o nome de Deus em vão”. Na verdade, devemos respeitar o nome do Senhor. Jesus reprova aos escribas e fariseus o fato de abusarem do nome de Deus, dado que — mediante uma casuística complexa que tinham inventado — sabiam encontrar subterfúgios para usar o juramento de modo retorcido (sempre em benefício próprio!).Deus revelou-nos o seu Santo Nome — como um dom— devemos guardá-lo na memória, num silêncio de adoração amorosa. Porém, de nenhuma palavra se tem abusado mais do que da palavra “Deus”. Um só exemplo: no cinto dos uniformes do exército nazi estava gravada a frase “Deus conosco”. Aparentemente, o nome de Deus era honrado, mas —na realidade— era gravemente profanado para os seus próprios fins. Essas profanações do seu nome vão desfigurando o rosto de Deus, até o tornar irreconhecível.—Meu Deus, quero adorar-te invocando muitas vezes o teu Nome “três vezes Santo”, e desejo elevar o teu doce nome de Deus-Homem: Jesus!https://evangeli.net/evangelho-master/feria/2024-08-26
Comentário sobre o Evangelho
Jesus revela a hipocrisia dos fariseus: «Misericórdia quero, e não sacrifícios»
Hoje vemos a Jesus irritado como poucas vezes. E é que fariseus e escribas conseguem o impossível: incomodar a Deus e às pessoas! São dos que “não fazem” e, ao mesmo tempo, “não deixam fazer”. “Não fazem” o que eles mesmos dizem que devemos que fazer: dão mal exemplo. E, ao mesmo tempo, “não deixam fazer” porque fazem fazer (se inventam) muitos ritos que Deus não pede…—O que é, pois, l que Deus pede? «Amor quero e não sacrifícios».https://family.evangeli.net/pt/feria/2024-08-26
Meditação
Jesus condena o formalismo religioso, a valorização demasiada de ideias e tradições humanas. Lembra também que não temos o direito de impor, em seu nome, por nossa decisão, obrigações religiosas que acabam sendo estorvo na caminhada das pessoas. Não podemos atravancar com exigências humanas e nossas ideias próprias a entrada aberta por Ele para a salvação. Como entendemos o Evangelho hoje?OraçãoÓ DEUS, que unis os corações dos vossos fiéis num único desejo, concedei ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que na instabilidade deste mundo nossos corações estejam ancorados lá onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.https://www.a12.com/reze-no-santuario/deus-conosco?data=26%2F08%2F2024&leitura=meditacao
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