segunda-feira, 15 de abril de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 14/04/2024

ANO B


3º Domingo da Páscoa

Ano B - Branco

“Testemunhas da Ressurreição.”

Lc 24,35-48

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Em nossa assembleia litúrgica o Senhor se manifesta vivo, aquece o nosso coração com sua Palavra, partilha conosco o pão da vida e, abrindo os nossos olhos, nos anima e nos envia ao mundo como testemunhas da vida nova, do perdão e da paz.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste dia consagrado ao Senhor e à memória de sua Páscoa, Ele vem ao nosso encontro, caminha conosco, instrui-nos por sua palavra e se dá a conhecer na fração do pão. Como dom de sua Páscoa, nos oferece a paz que só Ele pode nos conceder.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Em nossa assembleia litúrgica o Senhor se manifesta vivo, aquece o nosso coração com sua Palavra, partilha conosco o pão da vida e, abrindo os nossos olhos, nos anima e nos envia ao mundo como testemunhas da vida nova, do perdão e da paz. Nós, pelo testemunho que nasce pela fé, queremos dar continuidade ao projeto de vida do Deus fiel, anunciando em nome de Jesus a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, neste dia consagrado ao Senhor e à memória de sua Páscoa, Ele vem ao nosso encontro, caminha conosco, instrui-nos por sua palavra e se dá a conhecer na fração do pão. Como dom de sua Páscoa, nos oferece a paz que só Ele pode nos oferecer. Celebramos a páscoa de Jesus Cristo que também se manifesta em todas as pessoas e grupos que promovem a partilha e ajudam a criar laços de comunhão e promovem a paz.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: A fé na ressurreição de Jesus volta a aparecer neste terceiro Domingo da Páscoa, mas com uma exigência que nos faz sentir, no mínimo, diante de um grande desafio. A fé na Ressurreição do Senhor está relacionada com a compreensão das Escrituras. É pelas Escrituras que nós nos encontramos com Jesus, depois de sua ressurreição. Queremos, nesta celebração, glorificar o Pai pela Palavra divina que está entre nós, e suplicar o dom da inteligência para entendermos as Escrituras em vista da conversão de nossas vidas.
Fonte: NPD Brasil em 15/04/2018

NA CRUZ, A VITÓRIA!

Os discípulos buscam respostas aos últimos acontecimentos. Enquanto rezam, vivem uma expectativa. Rezar, e esperar... é atitude do bom cristão. Tomé - por algum compromisso ou desculpa – não participou da primeira reunião. Faltamos também nós, algumas vezes, à Santa Missa, e damos razões diversas. Será que ainda não passamos pela experiência com Jesus como os apóstolos? Na próxima reunião, eis que Tomé estava lá. Ele teve um encontro pessoal com Jesus. Arrependido, “atirou- -se” na misericórdia do Senhor e exclamou: meu Senhor e meu Deus!
Na proximidade com o Ressuscitado, compreendemos que Jesus é Deus. Mas isto o demônio também sabe! A diferença é que nós somos de Jesus, enquanto que o anjo decaído é inimigo. Na Igreja, podemos participar da comunhão com os irmãos. O mundo nos maltrata, ridiculariza nossa fé; deseja que acendamos uma vela a Deus e outra ao príncipe das trevas. Renunciemos essas armadilhas; proclamemos que Jesus ressuscitou: primeiro, com o testemunho e, depois, com palavras.
A tarefa é laboriosa: as pessoas ficam uma hora na Missa, ouvem a homilia de alguns minutos e, em casa, veem televisão por quinze horas. Quem mais lhes fala não pensa os pensamentos de Jesus. Então, acabam optando pelo caminho do mundo e não o da Igreja: o apelo do âncora da TV faz mais adeptos. Há Católicos que “surfam na onda” do médico que orienta a fazer aborto, da feminista que apedreja a Igreja, da apresentadora contrária à sã doutrina. Os inimigos da fé desmoralizam a Igreja que defende a vida. Não raro, querem decidir entre a vida e a morte conforme seu proveito; e desejariam que o Estado pagasse a conta. Não há contrição para a morte dos fracos. É a cultura de morte, como chamou São João Paulo II, na Carta Encíclica Evangelium Vitae.
Nós defendemos a vida. É nosso modo Católico de passar pelo mundo: carregando a Cruz, na Igreja da Cruz! Foi do coração ferido, na Cruz, que brotaram a misericórdia e os Sacramentos. Neste símbolo, no madeiro, Deus marcou a salvação. A Festa da Exaltação da Santa Cruz, em seu prefácio diz: Pusestes no lenho da Cruz a salvação da humanidade, para que a vida ressurgisse de onde a morte viera. E o que vencera na árvore do paraíso, na árvore da Cruz fosse vencido. Antes de ser dor, a cruz é sinal de amor. Um pregador disse: Não foram os cravos que prenderam Jesus àquela Cruz: foi o amor! Veneramos o símbolo não pelo que é, mas pelo que representa. Quando fazemos o Sinal da Cruz, indicamos ao demônio a nossa pertença a Deus. Pertencemos a Deus... na Igreja da Cruz! Por isso somos d’Ele! Tenhamos a bravura de testemunhar.
Os discípulos de Emaús, quando se juntam aos demais, encontram Jesus outra vez. Ele toma uma refeição com eles e lhes transmite a paz. O medo dá lugar à alegria, porque a ressureição de Jesus afasta o mal, vence a morte e dá coragem para o testemunho. Fica conosco, Senhor!
Dom Jorge Pierozan
Bispo Auxiliar de São Paulo

A PAZ DO RESSUSCITADO VENCE OS NOSSOS MEDOS

[…] Queridos amigos, também hoje o Ressuscitado entra nas nossas casas e nos nossos corações, não obstante por vezes as portas estejam fechadas. Entra doando alegria e paz, vida e esperança, dons dos quais temos necessidade para o nosso renascimento humano e espiritual. Só Ele pode afastar aquelas pedras sepulcrais que muitas vezes o homem coloca nos seus sentimentos, nas suas relações, nos seus comportamentos; pedras que sancionam a morte: divisões, inimizades, rancores, invejas, desconfianças, indiferenças. Só Ele, o Vivente, pode dar sentido à existência e fazer retomar o caminho a quem está cansado e se sente triste, desanimado e sem esperança. Foi quanto experimentaram os dois discípulos que no dia de Páscoa estavam a caminho de Jerusalém para Emaús (cf. Lc 24, 13-35). Eles falam de Jesus, mas o seu “rosto triste” (cf. v. 17) expressa as esperanças desiludidas, a incerteza e a melancolia. Tinham deixado as suas cidades para seguir Jesus com os seus amigos, e tinham descoberto uma realidade nova, na qual o perdão e o amor já não eram só palavras, mas tocavam concretamente a existência. Jesus de Nazaré tinha renovado todas as coisas, tinha transformado a vida deles. Mas agora Ele morrera e tudo parecia ter terminado [...]
Entretanto, tinham chegado à aldeia, provavelmente à casa de um dos dois. O viandante forasteiro comporta-se “como se tivesse que ir mais longe” (v. 28), mas depois pára porque lhe pedem com fervor: “Fica conosco” (v. 29). Também nós devemos dizer ao Senhor sempre de novo com fervor: “Fica conosco”. “Quando estava à mesa com eles, tomou o pão, recitou a bênção, partiu-o e deu-lho” (v. 30). A referência aos gestos realizados por Jesus na Última Ceia é evidente. “Então abriram-se-lhe os olhos e reconheceram- no” (v. 31). A presença de Jesus, inicialmente com as palavras, depois com o gesto de partir o pão, dá a possibilidade aos discípulos de O reconhecer, e eles podem sentir de maneira nova quanto já tinham sentido ao caminhar com Ele: “Não ardia porventura em nós o nosso coração quando ele conversava connosco ao longo do caminho, quando nos explicava as Escrituras?” (v. 32). Este episódio indica-nos dois “lugares” privilegiados onde podemos encontrar o Ressuscitado que transforma a nossa vida: a escuta da Palavra, em comunhão com Cristo, e o partir do Pão; dois “lugares” profundamente unidos entre eles porque “Palavra e Eucaristia pertencem-se tão intimamente que uma sem a outra não pode ser compreendida: a Palavra de Deus faz-se carne sacramentalmente no acontecimento eucarístico” (Verbum Domini, 54-55).
Depois deste encontro, os dois discípulos “partiram sem hesitar e regressaram a Jerusalém, onde encontraram reunidos os Onze e os outros que andavam com eles, os quais diziam: “Verdadeiramente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!” (vv. 33-34). Em Jerusalém eles ouvem a notícia da ressurreição de Jesus e, por sua vez, contam a própria experiência, inflamada de amor pelo Ressuscitado, que lhes abriu o coração para uma alegria irreprimível. [...]
Papa Bento XVI
Audiência Geral Praça de São Pedro
11 de Abril de 2012

Comentário do Evangelho

Um mundo de amor e paz é possível

A narrativa dos discípulos de Emaús é exclusiva de Lucas (cf. 11 abr.). A estrutura da narrativa assemelha-se à estrutura celebrativa da Eucaristia: a escuta da palavra e a partilha do pão, na qual se reconhece a presença de Jesus.
Os dois discípulos retornam a Jerusalém para contar o que havia acontecido no caminho, e comunicam aos apóstolos reunidos o reconhecimento de Jesus na partilha do pão. Quando estão falando, o próprio Jesus aparece no meio deles. O encontro com Jesus é o encontro com a paz. É a paz em plenitude, a paz da participação da vida eterna do Pai, que Jesus traz a todos.
Mesmo depois da crucifixão de Jesus, os discípulos continuavam com dúvidas sobre o sentido de sua vida. Agora se evidencia que Jesus não foi destruído pela morte e sua missão de anunciar a conversão para participar da vida eterna deve ser continuada pelos discípulos em todas as nações. Jesus tem a vida eterna. Ele continua vivo. Não se trata de um espírito, como era admitido aos mortos em várias culturas e religiões, mas continua vivo em sua corporalidade. É o próprio Jesus de Nazaré, com o qual os discípulos conviveram por alguns anos.
Este texto de Lucas tem um sentido catequético para as comunidades de cristãos de origem judaica, as quais devem reler as escrituras sob a ótica da ressurreição, para perceberem a plenitude da vida de Jesus, e o distinguirem do tradicional messias glorioso esperado por Israel. O equivoco desta tradicional expectativa messiânica fica em evidência na fala de Pedro aos "homens de Israel", diante do Templo de Jerusalém, declarando que eles mataram Jesus, o qual, contudo, foi ressuscitado por Deus.
As comunidades de discípulos devem viver na paz, conscientes da presença de Jesus. A paz é aspiração de todos os povos e religiões. Quem faz a guerra contra a paz são os poderosos na conquista de mais riqueza e poder. A paz pode ser encontrada em Jesus, que tem a vida eterna e a comunica a todos.
O anúncio da conversão para o perdão dos pecados tem sua origem na pregação de João Batista. Jesus a assume e a aponta como o caminho para a vida eterna. Trata-se da conversão à prática da justiça, na plenitude do amor, pela qual o pecado é removido do mundo. Na observância da palavra de Jesus, o amor de Deus é plenamente realizado. Os discípulos de Jesus, em todos os tempos e povos, são convocados a testemunhar que um mundo novo onde reinem a paz e o amor, revestido de eternidade, é possível.
José Raimundo Oliva
Oração
Senhor Jesus, que tua paz aconteça na minha vida e na vida das comunidades cristãs, para sermos, assim, testemunhas da tua Ressurreição.
Fonte: Paulinas em 22/04/2012

Comentário do Evangelho

O Crucificado é o Ressuscitado

O evangelho de hoje é a sequência do relato dos discípulos de Emaús. A comunicação espiritual da experiência do Ressuscitado é ocasião em que o próprio Senhor se faz presente (cf. v. 36). Mas sua presença não é evidente a todos e nas mesmas circunstâncias (cf. v. 37). A presença do Ressuscitado não é desvario ou ilusão; ela é real. A experiência que faz sentir uma alegria que perdura para além de um momento aprazível é o modo de conhecer que o Senhor está presente. Nosso texto de hoje afirma uma identidade diferenciada: o Crucificado é o Ressuscitado. Essa é a mensagem contida no convite a olhar as mãos e os pés que trazem a marca da crucifixão. Embora o seu corpo traga as marcas de sua paixão, trata-se de um corpo glorioso para o qual não há lugar onde não possa estar. É um modo de presença que ultrapassa os limites do visível e do imediatamente perceptível. Exige fé. A vida, paixão morte e ressurreição de Jesus Cristo são indissociáveis. A presença do Ressuscitado aguça a memória, convida a reler a história e oferece a hermenêutica que possibilita compreender, na sua finalidade, as Escrituras.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, que tua paz aconteça na minha vida e na vida das comunidades cristãs, para sermos, assim, testemunhas da tua Ressurreição.
Fonte: Paulinas em 24/04/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

A paz esteja convosco!


Os discípulos de Emaús fizeram a experiência do encontro com Jesus ressuscitado e refizeram imediatamente o caminho que já tinham percorrido para anunciar, aos que estavam em Jerusalém, que o Senhor estava vivo. Eles o reconheceram quando, sentados à mesa, ele partiu o pão. Doravante parece ser este o caminho para reconhecermos Jesus presente entre nós: partir o pão. Quando partimos o pão, da Eucaristia e o pão de cada dia, ele se faz presente. Voltaram, foram ao Cenáculo onde estavam os outros e contaram-lhes tudo o que tinha acontecido.
Ainda estavam falando, quando Jesus se pôs no meio deles. Jesus demonstra a todos que é ele mesmo quem está no meio deles, que não é um espírito, porque tem carne e osso, e, para tirar toda dúvida, mostra-lhes as chagas e come um pedaço de peixe assado diante deles. Deu-lhes ainda uma aula de Sagrada Escritura para entenderem que era preciso que se realizasse tudo o que está escrito sobre ele na Bíblia Sagrada.
Eles, apóstolos e discípulos, serão testemunhas do que viam e ouviam. Irão pelo mundo afora anunciando em nome de Cristo a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações, a partir de Jerusalém. Isaías e Miqueias já tinham feito a mesma afirmação, de que de Sião sairia o Ensinamento da Torá e de Jerusalém, a Palavra do Senhor. Os Atos dos Apóstolos reproduzem as palavras de Jesus no sermão de Pedro, no pórtico de Salomão no templo.
Dizia Pedro aos que o ouviam que Deus realizou em Jesus Cristo tudo o que havia anunciado pelos profetas, e convidava todos à conversão para o perdão dos pecados. Percebemos que nem tudo é claro para nós que lemos os relatos da fé dos primeiros cristãos, deixados nos textos sagrados do Novo Testamento.
Estamos nesta terra circunscritos ao tempo e ao espaço. Dificilmente entendemos um corpo ressuscitado que já passou para o outro lado da existência. Não importa, porém, se Jesus ressuscitado comeu peixe de verdade ou se foi só algo para ajudar a fé dos discípulos. O que importa é que ele é o mesmo. É o mesmo Jesus Cristo. Assim será conosco.
Seremos nós mesmos do lado de lá, com alguma coisa diferente. Já aprendemos que a ressurreição não é repetição desta vida. São Paulo escreve que os sofrimentos desta vida não se comparam com o que Deus preparou para nós na eternidade. Esperemos com alegria e confiança. A primeira Carta de São João nos dá ainda um consolo quando nos diz que Jesus Cristo, o justo, é nosso defensor diante do Pai. Não podíamos ter melhor defensor. E a certeza de que estamos nele e ele em nós está na obediência a seus mandamentos. Seus mandamentos são um só: amar, amor a Deus e ao próximo.
Cônego Celso Pedro da Silva,

Vivendo a Palavra

Por quarenta dias, o Cristo Ressuscitado, ainda presente entre os apóstolos, mostra como nós podemos continuar a reconhecê-lo caminhando junto a nós: nas mãos e pés chagados dos irmãos sofredores, nos pobres que passam fome, naqueles que vivem nas prisões, nos hospitais e nas nossas ruas.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/04/2012

Vivendo a Palavra

O espírito perturbado e o coração cheio de dúvidas... A ressurreição de Jesus não está ao alcance do nosso entendimento, mas cabe inteirinha dentro da nossa fé. Entreguemo-nos ao Pai e Ele nos dará o encantamento que precisamos viver diante do seu Dom Maior – o Cristo Jesus que, ressuscitado dos mortos, nos conduz já nesta terra pelos caminhos do Reino do Céu.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

O espírito perturbado e o coração cheio de dúvidas… A ressurreição de Jesus não está ao alcance do nosso entendimento, mas cabe inteirinha dentro da nossa fé. Entreguemo-nos ao Pai e Ele nos dará o encantamento que precisamos viver diante do seu Dom Maior – o Cristo Jesus que, ressuscitado dos mortos, nos conduz já nesta terra pelos caminhos do Reino do Céu.

VIVENDO A PALAVRA

Na Carta de João, um toque de esperança: pelo Filho unigênito, o Pai perdoou os nossos pecados. Estamos libertados! E no Evangelho, nós nos colocamos entre os Apóstolos e acolhemos a Paz que Jesus ressuscitado oferece. Mais do que acreditarmos no que nos contam os discípulos de Emaús, nós aprendemos com eles a sentir a Presença de Deus!

Reflexão

Quando a comunidade está reunida, realiza-se a experiência pascal, a experiência da presença do Ressuscitado. Esta presença é a manifestação do Deus da Paz, o Deus real, o Deus vivo e verdadeiro, do Deus que é solidário com os homens e está sempre participando de suas vidas, mesmos que eles não sejam capazes de perceber isso. Não é a manifestação de um fantasma qualquer. Esta experiência comunitária da presença do Ressuscitado faz com que a comunidade se torne evangelizadora, testemunha de todos os valores pelos quais Jesus morreu e ressuscitou, se torne testemunha de que de fato Jesus é o Filho do Deus vivo, que cumpriu plenamente a vontade do Pai.
Fonte: CNBB em 24/04/2014 20/04/2017

Reflexão

Pe. José Luiz Gonzaga do Prado

O VENCIDO É VENCEDOR

I. INTRODUÇÃO GERAL

O vencido é vencedor! Na mentalidade de hoje, dificilmente se crê na vitória dos vencidos. Mas é núcleo da fé cristã. Crer em Jesus significa crer na vitória do vencido, na glória do humilhado, no poder do derrotado. Para uns é tolice, para outros é um absurdo, mas é a sabedoria de Deus, é a força de Deus.
O maior fracasso se transformou no maior sucesso. Antes das palavras, os fatos: os apóstolos que, paralisados de medo, abandonaram o Mestre agora estão cheios de vigor. Diante dos fatos não há argumentos, Pedro, antes paralisado de medo diante de uma empregada do chefe, agora se levanta e dá testemunho do Ressuscitado diante da multidão.
A consequência é a necessidade de mudança de cabeça, de mentalidade; é preciso começar a crer que a vida nasce da morte, que o fracassado é esperança de vitória. Isso vai mexer com toda a vida das pessoas e do mundo. A missão agora é anunciar este novo modo de pensar, esta metanoia.
Isso não é uma fantasia; o Ressuscitado não é um fantasma, é o mesmo crucificado. O Cristo, o Messias, a esperança da humanidade é Jesus, é o pobre galileu crucificado. Essa é a única realidade capaz de reverter os caminhos que estão levando a humanidade à morte. O caminho da vida está aberto porque o derrotado saiu vitorioso, o massacrado está vivo e atuante.

II. COMENTÁRIO DOS TEXTOS BÍBLICOS

1. I leitura (At 3,13-15.17-19)

O livro dos Atos dos Apóstolos coloca nos lábios de Pedro o resumo da primeira pregação do cristianismo. Jesus, massacrado pelos donos da situação, foi aprovado por Deus na ressurreição. Ele é o Messias, a salvação da humanidade.
O mesmo Pedro que, diante de uma jovem empregada do sumo sacerdote, tinha negado ser discípulo, agora, cercado pela multidão curiosa que se ajuntou em torno do paralítico curado, acusa essa multidão de ter entregado e renegado Jesus diante de Pilatos, que estava inclinado a libertá-lo.
Ele justifica, contudo, a atitude do povo e das autoridades, que ignoravam quem era Jesus. Agora, porém, está claro. O fato da cura do paralítico, se não também do próprio Pedro, antes paralisado de medo e agora encarando a multidão, testemunha que Javé, o Deus dos antepassados, aprovou e confirmou Jesus como Messias, ressuscitando-o dos mortos.
A conclusão é a necessidade de mudança de mentalidade, de cabeça, a metanoia – metá, como em “metamorfose”, e noia, como em “paranoia”. A mudança de mentalidade é que vai fazer que Deus os livre dos pecados. Apagar os pecados é uma obra de Deus, mas exige que, primeiro, se mude a cabeça.

2. II leitura (1Jo 2,1-5a)

Em algumas comunidades da rede do Quarto Evangelho dizia-se que quem crê em Jesus não peca, pois, segundo o evangelho, ele é o Cordeiro que tira o pecado do mundo e o único pecado é não crer nele (Jo 16,9). Quem crê, portanto, está totalmente isento de pecado. Isso era a consequência prática de dar pouca importância à humanidade de Jesus, à sua morte física, à sua “carne”.
Depois de dizer que, se afirmamos não ter nenhum pecado, estamos enganando a nós mesmos e tachando a Deus de mentiroso, o autor passa a dizer que, se pecamos e reconhecemos nosso pecado, temos um advogado nosso junto do Pai, Jesus, o único justo.
Ele invoca a bondade, a misericórdia, a compaixão, o perdão de Deus pelos nossos pecados. Sua morte verdadeira, seu sangue foram o sacrifício pelos nossos pecados. A palavra ilasmos no Segundo Testamento só ocorre duas vezes e ambas nesta carta de João. No Primeiro Testamento (LXX), a palavra tem geralmente o sentido de sacrifício pelo pecado. O nosso Advogado (aqui Jesus, não o Espírito Santo, cuja possessão possivelmente justificasse a ideia de ausência de pecado) se sacrifica verdadeiramente para conquistar para nós a condescendência do Pai.
O único justo sacrifica verdadeiramente a sua vida pelos nossos pecados, não só pelos nossos, mas pelos de todo o mundo. É na verdadeira morte (sangue) de cruz que ele se torna o Cordeiro que tira o pecado do mundo.
Outra consequência do destaque exagerado dado à divindade de Cristo é não considerar o exemplo do seu comportamento (v. 6) e nem mesmo seus mandamentos. “Quem diz que o conhece, mas não observa os seus mandamentos, é um mentiroso.” Conhecê-lo não é ter noção teórica, nem mesmo momentos sentimentais de intimidade com ele. É ter afinidade, consonância, agir como ele agiu.

3. Evangelho (Lc 24,35-48)

Temos, neste domingo, a narrativa inicial da última aparição de Jesus ressuscitado no Evangelho segundo Lucas.
O relato vem confirmar que o ressuscitado é o mesmo crucificado, não é um espírito, um fantasma, uma alma do outro mundo. Talvez fosse mais interessante traduzir: “Eu sou o mesmo”, em vez de: “Sou eu mesmo”. Os detalhes todos convergem para isso.
O episódio começa com o relato feito pelos discípulos de Emaús: o acontecimento do caminho foi Jesus aproximar-se, ver a decepção dos discípulos diante da cruz, julgar, trazer a luz da Escritura para iluminar os acontecimentos. O reconhecimento, porém, deu-se ao “partir do pão”, no gesto que, com a palavra, significou o agir, que foi assumir novamente aquela morte, causa da decepção.
Quando os discípulos estão reunidos, ao entardecer do domingo, Jesus se põe no meio deles com uma saudação litúrgica: “A paz esteja convosco!” A impressão de estarem vendo o que se costuma chamar de “alma do outro mundo”, fantasma, assombração, deixa-os assombrados, apavorados.
Os sinais da morte de cruz nas mãos e nos pés confirmam que o ressuscitado é o mesmo crucificado, ele continua o mesmo. A alegria se mistura ao medo que os discípulos ainda têm. Não é fácil, mesmo, crer que a vida nasça da morte, que a vitória possa vir da derrota. A alegria, porém, já está presente, na perspectiva de ser mesmo verdade, de ser o ressuscitado o mesmo que foi crucificado.
O peixe, alimento comum da Palestina, muito cedo se tornou símbolo de Jesus e da eucaristia. Não é totalmente fora de propósito interpretá-lo assim no evangelho escrito por volta do ano 85. Jesus come com os discípulos o alimento deles, o alimento que é ele (ICTHYS: Iesous Christos Theou Yios Soter).
Mais uma vez está tudo esclarecido. Agora vem a Escritura com a palavra de Jesus confirmar que este era mesmo o projeto de Deus (Is 53,10): o Messias passar por todo o sofrimento e, só então, ressuscitar dos mortos ao terceiro dia, o dia da aliança de Deus com o povo (Ex 19,16).
Consequência é a missão dos discípulos. O mesmo Deus que suscitou os profetas e o próprio Jesus, agora, depois de sua morte de cruz, o suscita de novo, para que em seu nome seja anunciada indispensável mudança de mentalidade para livrar a humanidade da escravidão do pecado.

III. DICAS PARA REFLEXÃO

– Segundo a primeira pregação do cristianismo, Jesus, massacrado pelos donos da situação, foi aprovado por Deus na ressurreição. Ele é o Messias, a salvação da humanidade. A salvação passa pela cruz. O Crucificado é “re-suscitado”, Deus lhe dá novamente a missão.
– Crer em Jesus não é crer somente na sua divindade, é crer também na sua humanidade; é crer que o Filho de Deus, o Messias enviado pelo Pai, é Jesus, é o crucificado, é o derrotado, o humilhado, mas vitorioso, por fim. O Cristo é Jesus, o Filho de Deus é Jesus, o Advogado nosso é Jesus.
– A fé no Crucificado “re-suscitado” exige mudança de mentalidade para a libertação dos pecados. O reino do pecado é o da vitória do mais competente, do mais forte, do mais poderoso, do mais brilhante. O sucesso do fracassado, a vida que vem da cruz exigem que se mude esse modo de pensar, senão o pecado continua prevalecendo.
– O Cristo, o Messias, a esperança da humanidade, é Jesus, é o pobre galileu crucificado. Essa é a única realidade capaz de reverter os caminhos que estão levando a humanidade à morte. O caminho da vida está aberto porque o derrotado saiu vitorioso, o massacrado está vivo e atuante.
– Buscar somente a satisfação imediata, o prazer ou o bem-estar do momento – o que hoje é comum até mesmo em movimentos religiosos –, não leva a nada, não traz salvação, nada muda, apenas reforça o egoísmo avassalador. Sem humildade, sem uma disciplina, sem a pessoa se pôr limites, sem entender o que a cruz significa, nada se constrói e tudo se destrói.
– Celebramos a entrega que Jesus faz de si à pior das mortes, entrega que trouxe a plenitude da vida. Quando Jesus viu que os inimigos queriam dar-lhe a morte de cruz, apesar do pavor que isso lhe causava, não recuou, entregou-se. Como pão partido e vinho repartido, ele se faz alimento da verdadeira fraternidade universal.
Fonte: Paulus em 22/04/2012

Reflexão

Jesus ressuscitado continua aparecendo aos apóstolos e discípulos, no final do Evangelho de Lucas. A eles, ainda medrosos e cheios de dúvida, o Ressuscitado lhes mostra os sinais da crucificação e come com eles para removê-los da incredulidade. Jesus lhes diz: “Paz para vocês!”. É desejo de plenitude de vida. Assustam-se e pensam ver um espírito. A resposta: “Um espírito não tem carne nem ossos como vocês estão vendo que eu tenho”. As comunidades lucanas entenderam que o nosso Deus não é apenas um espírito, ou então um fantasma. O Ressuscitado tem carne e ossos e tem fome. É o Crucificado que permanece entre nós com as marcas dos cravos. Não é um Deus “desencarnado”. As primeiras comunidades iniciaram sua caminha- da na fé e no testemunho do Ressuscitado em meio a dúvidas e incertezas. Mas, aos poucos, foram crescendo e amadurecendo na fé e no compromisso. Crer e aderir ao Ressuscitado não é algo que acontece de forma mágica de um dia para outro. É um processo que nos amadurece aos poucos, a partir da mesa da partilha. Na partilha do pão, Jesus é reconhecido. O Ressuscitado marca sua presença: na comunidade reunida que celebra e partilha a palavra e o pão; na família unida em torno da mesa; nos grupos organizados em defesa da vida; nas políticas públicas em prol da superação da fome e da miséria.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 15/04/2018

Reflexão

Jesus ressuscitado continua aparecendo aos apóstolos e discípulos, no final do Evangelho de Lucas. A eles, ainda medrosos e cheios de dúvida, o Ressuscitado mostra os sinais da crucificação e come com eles, para removê-los da incredulidade. Jesus lhes diz: “Paz para vocês!”. É desejo de plenitude de vida. Assustam-se e pensam ver um espírito. A resposta: “Um espírito não tem carne nem ossos como vocês estão vendo que eu tenho”. As comunidades lucanas entenderam que o nosso Deus não é apenas um espírito, ou então um fantasma. O Ressuscitado tem carne e ossos e tem fome. É o Crucificado que permanece entre nós, com as marcas dos cravos. Não é um Deus “desencarnado”. As primeiras comunidades iniciaram sua caminhada na fé e no testemunho do Ressuscitado em meio a dúvidas e incertezas. Mas, aos poucos, foram crescendo e amadurecendo na fé e no compromisso. Crer e aderir ao Ressuscitado não é algo que acontece de forma mágica, de um dia para outro. É um processo que nos amadurece aos poucos, a partir da mesa da partilha. Na partilha do pão, Jesus é reconhecido. O Ressuscitado marca sua presença na comunidade reunida que celebra e partilha a Palavra e o pão; na família unida em torno da mesa; nos grupos organizados em defesa da vida; nas políticas públicas em prol da superação da fome e da miséria.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo!»

Rev. D. Jaume GONZÁLEZ i Padrós
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho ainda nos situa no domingo da ressurreição, quando os dois de Emaús regressam a Jerusalém e, ai enquanto uns e outros contam que o Senhor se lhes apareceu, o mesmo Ressuscitado se lhes apresenta. Mas sua presença é desconcertante. Por um lado provoca espanto, até o ponto que eles «Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um espírito» (Lc 24,37) e, por outro, seu corpo traspassado por cravos, a lançada é um testemunho eloquente de que é o mesmo Jesus, o crucificado: «Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um espírito não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho»(Lc 24,39).
«Faz brilhar sobre nós a luz do teu rosto, Senhor», canto o salmo da liturgia de hoje. Efetivamente, Jesus, «Então ele abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras» (Lc 24,45). É todo urgente. É necessário que os discípulos tenham uma precisa e profunda compreensão das Escrituras, já que, como disse São Jerônimo, «ignorar as Escrituras é ignorar Cristo».
Mas esta compreensão da palavra de Deus não é um fato que se possa administrar privadamente, ou com sua congregação de amigos e conhecidos. O Senhor desvelou o sentido das Escrituras à Igreja naquela comunidade pascal, presidida por Pedro e os outros Apóstolos, os quais receberam o encargo do Mestre de que «e no seu nome para o perdão dos pecados, a todas as nações, começando por Jerusalém» (Lc 24,47).
Para serem testemunhas, por tanto, do autêntico Cristo, é urgente que os discípulos aprendam —em primeiro lugar— a reconhecer seu Corpo marcado pela paixão. Precisamente, um autor antigo nos faz a seguinte recomendação: «Todo aquele que sabe que a Pascoa foi sacrificada para ele, entende que sua vida começa quando Cristo morre para nos salvar». Além do mais, o apóstolo tem que compreender inteligentemente as Escrituras, lidas à luz do Espírito da verdade derramado sobre a Igreja.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«A Páscoa é, para nós, a festa das festas, a solenidade das solenidades, superior não só às festas humanas e terrenas, mas também às festas do próprio Cristo que se celebram em sua honra» (São Gregório Nazianzeno)

- «Como podemos nós ser testemunhas de “tudo isto”? Só podemos ser testemunhas conhecendo a Cristo e, conhecendo a Cristo, conhecendo também a Deus. É um processo existencial, é um processo de abertura de mim, de minha transformação pela presença e força de Cristo» (Bento XVI)

- Como? Cristo ressuscitou com o seu próprio corpo: «Vede as minhas mãos e os meus pés: sou Eu mesmo» (Lc 24, 39); mas não regressou a uma vida terrena. De igual modo, n'Ele «todos ressuscitarão com o seu próprio corpo, com o corpo que agora têm» (575), mas esse corpo será «transformado em corpo glorioso» (576) em «corpo espiritual» (1 Cor 15, 44)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 999)

Reflexão

A ressurreição de Cristo, fundamento da mensagem cristã

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, os Apóstolos são testemunhos de uma realidade que os transformou totalmente: Jesus —tal como constava na Sagrada Escritura— ressuscitou. A fé cristã se mantem ou cai com a verdade do testemunho de que Cristo ressuscitou de entre os mortos. “E se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é sem fundamento, e sem fundamento também é a vossa fé” afirma São Paulo (1Cor 15,14).
Se se prescinde disto, ainda se podem tomar da tradição cristã ideias interessantes sobre Deus e o homem sobre seu ser homem e seu “dever ser” — uma espécie de conceição de religiosa do mundo—, mas a fé cristã fica morta. Por outro lado, que Jesus somente tenha existido ou que, em troca, exista também agora depende da ressurreição. No “sim” ou no “não” esta questão não está em jogo um acontecimento mais entre outros, senão a figura de Jesus como tal.
—Na tua ressurreição, Jesus, alcançamos uma nova possibilidade de sermos homens e um novo futuro para a humanidade.

Recadinho

Você procura sentir Deus presente em todos os momentos de sua vida? Mesmo em meio às cruzes e angústias? - Jesus é sempre seu companheiro de caminhada? - Jesus traz a paz! Você vive nesta paz de Deus? - Você se considera um portador de paz a seu ambiente de vida? - Sua presença é sempre alegria?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 24/04/2014 20/04/2017

Comentário sobre o Evangelho

Jesus ressuscitado aparece aos apóstolos: «A paz esteja convosco»


Hoje vemos novamente Jesus ressuscitado diante dos apóstolos. Eles estão se escondendo em uma casa porque estão com medo. Embora as portas estejam fechadas, o Senhor ressuscitado entra lá. Eles ficam com medo: eles acham que vêem um fantasma. Então Jesus mostra a eles suas mãos e pés, com as feridas da crucificação ...Ele até comeu um pouco para ver que ele realmente havia ressuscitado.
-As mãos e os pés de Cristo são perfurados ... Eles são suas mãos, eles são seus pés: não pode ser outro. É você, Jesus!

Comentário do Evangelho

A PAZ ESTEJA CONVOSCO

Os encontros do Ressuscitado com os discípulos começavam, muitas vezes, com o augúrio de paz. O desejo de que houvesse paz entre eles não era pura formalidade. Antes, a saudação de Jesus adquiria uma consistência especial.
Para os discípulos, perturbados com a ressurreição, essa paz consistia em estabelecer um relacionamento correto com o Ressuscitado. Tratava-se de superar o medo, a perplexidade, o espanto, a perturbação, a dúvida, a incredulidade, a desconfiança, e acolher, na fé, o Ressuscitado presente no meio deles. Todos estes sentimentos revelam ausência de paz. Eis por que Jesus é apresentado como quem se esforça por fazer a paz acontecer no coração dos discípulos, em forma de abertura para a fé, de capacidade para reconhecê-lo como o Mestre de outrora, de iluminação da inteligência para penetrar o sentido das Escrituras, de superação da dureza de coração.
Portanto, sem a paz, no sentido querido por Jesus, eles não poderiam abrir-se para a novidade da ressurreição. Só na paz, os discípulos estariam em condições de reconhecer Jesus ressuscitado, e experimentar a comunhão com ele. Este era o primeiro passo a ser dado pelo discípulo no processo de concretizar sua fé no Senhor.
Oração
Espírito de paz, coloca, em meu coração, as disposições adequadas para que eu viva a comunhão com o Ressuscitado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que reunistes povos tão diversos no louvor do vosso nome, concedei aos que renasceram nas águas do batismo ter no coração a mesma fé e na vida a mesma caridade. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 24/04/2014

Meditando o evangelho

SOU EU!

As primeiras comunidades cristãs tiveram dificuldade em ver, no Ressuscitado, o Jesus que havia sido crucificado. A tentação era a de não identificá-los e de tomá-los como duas pessoas distintas. O Evangelho explicita esta identificação aplicando ao Ressuscitado gestos típicos da antiga convivência de Jesus com os discípulos. O Mestre come peixe assado e mel, diante deles. Entretanto, a prova melhor da identidade do Ressuscitado era oferecida pelas Escrituras. Lidas com atenção, ajudavam a comunidade cristã a compreender que o Cristo devia sofrer, mas também haveria de ressuscitar, por desígnio de Deus. Os discípulos teriam a missão de ser anunciadores deste gesto amoroso do Pai para com Jesus, penhor de salvação para toda a humanidade.
A comunidade cristã compreendeu que, se o Ressuscitado não fosse o mesmo Jesus que fora crucificado, a salvação de Deus não a teria atingido. Os pecados da humanidade só foram redimidos porque Jesus foi capaz de vencê-los com sua morte de cruz. No entanto, se a última palavra na vida de Jesus tivesse sido a morte, com seu sabor de derrota, não tinha de se gloriar, pois em nada teria sido diferente dos demais seres humanos.
Quando a comunidade entendeu o verdadeiro sentido do “Sou Eu!” pronunciado pelo Ressuscitado, tornou-se capaz de fazer a conexão entre o passado e o presente e proclamar a fé no Jesus vivo e atuante no meio dela, incentivando-a a superar o medo e a proclamar as maravilhas operadas por Deus em seu Filho Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, tua morte foi penhor de tua Ressurreição. Que eu saiba compreender que o Pai deu vida a ti, que foste crucificado.
Fonte: Dom Total em 20/04/2017

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. REALIDADE DA RESSURREIÇÃO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês)

Após o encontro do túmulo vazio pelas mulheres, Lucas narra as aparições do ressuscitado aos discípulos de Emaús, e, agora, aos onze apóstolos e companheiros. Este texto, exclusivo de Lucas, tem um sentido catequético. As comunidades de cristãos de origem judaica devem reler as escrituras sob a ótica da ressurreição, para perceberem a plenitude da vida de Jesus e o distinguirem do tradicional messias glorioso esperado por Israel. O núcleo da narrativa é a comunicação da paz, a afirmação da realidade corpórea do ressuscitado e o testemunho missionário. As comunidades de discípulos devem viver na paz, conscientes da presença de Jesus. A paz é aspiração de todos os povos e religiões. Quem faz a guerra contra a paz são os poderosos, para conquistar mais riqueza e poder. A paz só pode ser encontrada em Jesus, que tem a vida eterna e a comunica a todos. A vida eterna, ultrapassada a condição temporal, como ressuscitados, envolve a totalidade da pessoa, corpo e alma, e não como um espírito desencarnado. O ressuscitado não é um espírito. Apresentando-se em "carne e osso", identifica-se com o próprio Jesus de Nazaré. É o Jesus que partilhou o pão com o povo, que trouxe paz a todos e que continua presente na comunidade. Agora, os discípulos devem testemunhar a todas as nações a conversão à justiça para a remoção dos pecados (primeira leitura). A conversão à prática da justiça leva à construção de um mundo de paz, liberto do pecado, assumido por Deus. A conversão à justiça é a prática do mandamento do amor (segunda leitura). E pelo amor se entra em comunhão com Deus em sua vida eterna.
Fonte: NPD Brasil em 22/04/2012

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. VÓS SEREIS MINHAS TESTEMUNHAS!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Certa vez um amigo solicitou minha ajuda para atuar como testemunha a seu favor em um processo trabalhista, antes tive de passar pelo advogado, que sendo um ótimo profissional quis saber em detalhes tudo o que eu iria dizer diante do juiz, caso fosse necessário. Um bom testemunho é feito com firmeza, convicção e clareza de ideia, pois naquele momento a palavra é dele, e o advogado, promotor, juiz, júri, e as partes envolvidas, apenas o ouvem, uma palavra errada ou mal colocada, poderá por a perder todo o processo.
O papel de uma testemunha é convencer quem não presenciou o fato, de que o ocorrido é verdadeiro e não há nenhuma outra interpretação, por isso, se Jesus fosse como um advogado altamente profissional e rigoroso, nem os discípulos e muito menos nós, seríamos constituídos suas testemunhas.
No evangelho desse terceiro domingo de páscoa, para início de conversa o confundiram com um fantasma, e olhe que já era praticamente a terceira aparição do Senhor, à comunidade. Os dois que iam para Emaús o confundiram com um forasteiro, na comunidade, as duas primeiras reuniões foram com as portas fechadas, por medo dos judeus, e ele já tinha aparecido uma vez, no evangelho de hoje, mesmo ouvindo o depoimento dos discípulos de Emaús, e vendo Jesus aparecer diante deles, ficaram assustados e cheios de medo. Jesus falou com eles, mostrou as mãos e os pés, deixou-se tocar, ainda assim não acreditaram, a ponto do próprio Senhor lhes censurar porque estavam preocupados e tinham dúvidas no coração.
Em uma audiência diante de um tribunal, essas testemunhas seriam no mínimo desastrosas, dá até para imaginar o diálogo “Vocês viram Jesus ou não?”. “Não sabemos Meritíssimo, se realmente era ele, parecia um fantasma, a gente o viu e o tocou, ele até comeu um peixe assado, pode ser que seja ele mesmo”. Que “belo testemunho”, não afirma e nem confirma...
No final do evangelho, Lucas afirma que Jesus abriu a inteligência dos discípulos, para entenderem as escrituras. O pensamento humano tem uma tampa, um limite aonde chega a lógica humana depois de investigar e estudar muito alguma questão; dali para frente, há um mistério que só pode ser compreendido por aquele que crê, ou seja, ler as escrituras apenas com a nossa inteligência, fechada no horizonte humano, não vamos entender coisa alguma. Mas se as lermos na perspectiva de Jesus de Nazaré, sua vida, sua história, sua morte e ressurreição, iremos compreender o sentido da vida, porque nele encontramos o nosso verdadeiro DNA, a nossa origem e o nosso fim, em Cristo mergulhamos ao encontro daquele que é a Vida em toda sua plenitude, pois nele fomos recriados, mudou-se a referência.
Herdamos sim, o pecado original de Adão e Eva, mas agora já sabemos a verdade, não há possibilidade de a serpente nos enganar, pois conhecemos aquele que é mais Poderoso e Sábio do que a serpente, nós conhecemos aquele que esmagou o mal com a sua morte e ressurreição, não há duas alternativas, só uma e apenas uma, para quem desejar a Salvação: Jesus Cristo, o Filho de Deus!
Adão e Eva não sabiam o que iria lhes acontecer, não tinham ainda uma referência. Nós temos: Jesus é alguém da Trindade que se fez homem, que se faz ouvir, que se deixa tocar, que senta conosco em uma mesa e faz uma refeição, coloca todas as cartas na mesa, abre o jogo, nada esconde como o tentador e enganador. Joga às claras, ele é a luz do mundo, o único caminho e a única verdade, Ele só não pode decidir por nós, por isso o seu reino e o seu projeto de vida nos são apresentados como uma proposta, cabendo a nós usarmos o livre arbítrio para aceitá-lo ou recusá-lo.
É esse Jesus Cristo Alfa e Ômega, princípio e fim, Senhor absoluto da História e Salvador do Homem, que nos congrega como Igreja, que nos lava de nossas culpas e nos redime dos nossos pecados, que faz de nossas comunidades um pedacinho do céu prometido, mais ainda, conhecendo nossas fraquezas e limites, sabendo que temos muitas dúvidas no coração, nos alimenta com a eucaristia, fala em sua santa palavra, abrindo a nossa inteligência com o seu espírito que vem do alto.
Embora não sejamos confiáveis para serem suas testemunhas, ele mesmo nos qualifica: nossas palavras nunca caem no vazio, pois é ele próprio que fala, e nós, tocados pela graça da eucaristia, conseguimos superar os limites na nossa relação com o próximo, e se quisermos, o nosso amor será sem limites como o de Jesus, basta aceitar e querer. Isso se chama santidade de vida, que permite o entrelaçamento em nós, do humano e divino, aquele que é santo, aceita participar da nossa vida, mesmo com os seus limites e fragilidades.
Uma vez encarnado em Maria de Nazaré, Jesus se encarna de novo em cada homem, e em cada mulher, que esteja disposto a acolhê-lo, para fazê-lo nascer nos corações de outros homens e mulheres, que ainda não o conhecem, é aí que acontece o testemunho, onde o amor é imprescindível!
“Nisso reconhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Qualquer outro testemunho ou revelação, que não trouxer a exigência do amor a Deus e ao próximo, é falso e não será digno sequer de atenção.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Vede minhas mãos e meus pés
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Os discípulos de Emaús fizeram a experiência do encontro com Jesus Ressuscitado e refizeram imediatamente o caminho que já tinham percorrido para anunciar, aos que estavam em Jerusalém, que o Senhor estava vivo. Eles o reconheceram quando, sentados à mesa, ele partiu o pão. Doravante parece ser este o caminho para reconhecermos Jesus presente entre nós: partir o pão. Quando partimos o pão, da Eucaristia e o pão de cada dia, ele se faz presente. Voltaram, foram ao Cenáculo onde estavam os outros e contaram-lhes tudo o que tinha acontecido. Ainda estavam falando, quando Jesus se pôs no meio deles. Jesus demonstra a todos que é ele mesmo quem está no meio deles, que não é um espírito porque tem carne e osso e, para tirar toda dúvida, mostra-lhes as chagas e come um pedaço de peixe assado diante deles. Deu-lhes ainda uma aula de Sagrada Escritura para entenderem que era preciso que se realizasse tudo o que está escrito sobre ele na Bíblia Sagrada. Eles, apóstolos e discípulos, serão testemunhas do que viam e ouviam. Irão pelo mundo afora anunciando em nome de Cristo a conversão para o perdão dos pecados a todas as nações, a partir de Jerusalém. Isaías e Miqueias já tinham feito a mesma afirmação, de que de Sião sairia o Ensinamento da Torá e de Jerusalém, a Palavra do Senhor [...].

3. CONGREGADOS POR JESUS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)

Os discípulos a caminho de Emaús são um retrato da dispersão que se abateu sobre a comunidade, por ocasião da morte de Jesus. Frustrados, voltavam para sua cidade natal, após terem visto esvair-se a esperança de libertação, liderada pelo Messias Jesus. Como eles, muitos outros desiludiram-se com o Mestre e com o projeto de vida que ele havia proclamado. Parecia não levar a nada!
Tudo mudou, quando os discípulos foram capazes de compreender os fatos referentes a Jesus, numa ótica diferente, ou seja, na perspectiva do grande desígnio do Pai: salvar a humanidade. Sob esta luz, a cruz tornava-se sinônimo de vitória, fazendo descortinar nova esperança de libertação, sem as limitações das antigas esperanças. Era tempo de ação!
A decepção dos discípulos devia-se a uma certa dureza de coração que os mantinha cativos em seus esquemas mentais, demasiados estreitos para comportarem o projeto de Deus em toda a sua amplitude.
A descoberta do Ressuscitado despertou no coração dos discípulos a disposição de se deixarem congregar por ele. Por isso, os dois que voltavam para sua cidade, cansados e abatidos, retornam imediatamente para Jerusalém, a fim de reencontrar a comunidade. Era preciso continuar unidos em torno do Senhor Ressuscitado, já que tinham uma missão a cumprir.
Oração
Pai, não permitas que eu caia na tentação de viver distante de meus irmãos e irmãs de fé, pois o Senhor Ressuscitado nos quer todos reunidos em seu nome.
Fonte: NPD Brasil em 15/04/2018

HOMILIA

JESUS ESTÁ PRESENTE

Depois de Jesus se ter aparecido a Maria Madalena e ter dado ordens para que os seus discípulos partam para a Galileia e depois do incidente do encontro de Jesus Ressuscitado com os dois discípulo na estrada de Emáus, aparece finalmente ao grupo reunido para lhes decepar as dúvidas e fortalecer-lhes a fé. Pois a comunidade estava vacilando na sua fé – as perseguições estão no horizonte, ou até acontecendo; o primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a graça. E, então Jesus aparece e lhes diz: A PAZ ESTEJA CONVOSCO.
Prova-lhes a Sua autêntica Ressurreição e lhes confirma na paz. Ele é a paz em plenitude, a paz da participação na vida eterna do Pai, para todos. E para que suas palavras não fiquem somente no ar, mostra-lhes as mãos, o peito e os pés rasgados. Vede minhas mãos e meus pés; porque eu mesmo sou! Apalpai-me e vede que um espírito carne e ossos não tem, como me vedes tendo. Estas palavras indicam que Jesus se apresentou como um homem normal com a mesmas características que tinha na vida mortal que os discípulos tão bem conheciam. Daí que podemos traduzir livremente por sou o mesmo que vocês conhecem, não é outra pessoa a que estais vendo. E em vista disso, anima-lhes a apalpar seu corpo e a ver mãos e pés que estavam com os sinais das chagas.
Se estas palavras têm algum sentido histórico, ele é o de manifestar que Jesus está vivo, que a morte não o venceu, que a vida do além pode ter momentos em que se parece com a vida anterior como se esta seguisse e aquela fosse uma continuação. Sobre o modo de pensar de alguns teólogos que dizem que a ressurreição é uma forma de vida só espiritual, vemos como Jesus se manifesta em corpo vivo e que não existe sentido em afirmar que só o espírito vive e o corpo como que se destrói e não alcança a nova vida.
Como diz o catecismo é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico. Pois o corpo ressuscitado é o mesmo que foi martirizado e crucificado, ele traz as marcas de sua Paixão. Não constitui uma volta à vida terrestre como foi o caso de Lázaro, visto que seu corpo possui propriedades novas que o situam além do tempo e do espaço. Ele passa de um estado de morte para uma outra realidade. Ele participando da vida divina no estado de sua glória de modo que Paulo pode chamar a Cristo de o Homem Celeste. É por isso que Ele tem o poder de transmitir para você e eu a verdadeira Paz. Assim como ontem, Jesus continua dizendo: A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
O convite a tocar e não só ver indica que o corpo presente diante deles tinha aspectos físicos ou que podiam se conformar às leis físicas, à vontade do ressuscitado. As feridas muito mais do que o rosto eram as marcas que determinavam em definitivo a realidade da pessoa na frente deles. Se faltar alguma prova para se certificar de que aquilo era real, comeu uma porção de peixe. Parece que o evangelista queria refutar toda dúvida possível. Mesmo assim existe muitos como Tomé é aqui evocado, não como apóstolo, mas como incrédulo. Por isso, podemos afirmar que existem muitos Tomé que não acreditam porque não têm visto.
Diante do escândalo da cruz que na época era muito maior do que nos dias de hoje, além da sua presença era necessário que Ele provasse ser tudo conforme às Escrituras. Os caminhos de Deus consistem, como afirmava Paulo, em mostrar sua sabedoria e fortaleza no que é loucura e fraqueza para os homens (1 Cor 1, 25). Daí que a maior esperança seja a de ouvir as Palavras e a presença do mestre novamente entre os discípulos, não, mas com um corpo humano, mas sim glorioso embora aparente um Jesus histórico que toque coma e entre dentro de uma experiência íntima com Ele. E diz: A PAZ ESTEJA CONVOSCO!
Canção Nova
Fonte: Liturgia da Palavra em 24/04/2014

HOMILIA

A Liturgia deste domingo nos convida a realizar uma caminhada de fé, acolhendo a Palavra do Senhor e partilhando o pão da vida. A fé será sempre uma caminhada que realizamos, pois, a cada dia descobrimos o quanto ainda temos para caminhar como cristãos. O que não pode acontecer é ficarmos fechados em nós mesmos, em nossas próprias ideias, pois isso impede qualquer progresso humano-cristão. A experiência profunda de fé é o encontro com Jesus ressuscitado.
Os discípulos de Emaús – episódio narrado apenas pelo evangelista Lucas – abandonaram Jerusalém e partiram decepcionados para o seu povoado. No caminho, Jesus os acompanha, mas demoram para reconhecê-lo como o Senhor. Explica-lhes as Escrituras e mesmo assim ainda não o reconhecem. Mais tarde, o reconhecem ao partir o pão.
É bela esta passagem ou fato do Evangelho, pois nos deixa claro que Jesus está vivo e presente junto dos discípulos e da Comunidade, que poderá ser construída, de verdade, se o Cristo for o centro. Assim, à sua volta se constrói a Comunidade cristã, tanto dos discípulos de outrora, como dos cristãos e discípulos de agora.
Quantos elementos importantes brotam daquele fato de Emaús. Um muito importante é saber que a Comunidade se realiza através do encontro e do diálogo, na escuta da Palavra, na união fraterna, na partilha da vida, na fraternidade, no serviço... Esses elementos não somente foram fundamentais naquela hora nas Primeiras Comunidades cristãs, como o são para o tempo de agora. Não há Comunidade se não estiverem presentes os valores do Evangelho e a centralidade da pessoa de Cristo.
Assim cada cristão e cada Comunidade podem realizar o encontro com a pessoa de Cristo. A Comunidade é uma “grande” escola que, vivendo o ensinamento de Cristo, nos ajuda a perpetuar a fé autêntica, firmada na caridade, na solidariedade e na fraternidade.
Todos nós somos convidados a dar testemunho da fé em Cristo ressuscitado. Os discípulos de Emaús não tiveram receio de voltar a Jerusalém, de se encontrarem com os outros discípulos e anunciarem o encontro com o Ressuscitado. Esse é o anúncio do cristão diante da modernidade, no meio da realidade em que vivemos. Dizer que Cristo é a Palavra e encontrar-se com Ele é indispensável em nossa vida.
Tomemos, pois, a firme decisão de escutar o convite divino, aceitando a vida que nos dá pela gratuidade de seu amor, vivendo em sua luz e vencendo a autossuficiência, a frieza, a indiferença para com Deus e sua proposta divina.
Redação “Deus Conosco”

REFLEXÕES DE HOJE

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 24/04/2014

REFLEXÕES DE HOJE

DOMINGO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 15/04/2018

HOMILIA DIÁRIA

Tomemos posse da verdadeira paz de Jesus

Postado por: homilia
abril 22nd, 2012

Depois de Jesus ter aparecido a Maria Madalena, de ter dado ordens para que os Seus discípulos partissem para a Galileia e, de encontrar com dois deles na estrada de Emaús, finalmente o Senhor apareceu ao grupo reunido para lhes decepar as dúvidas e lhes fortalecer a fé.
A comunidade vacila. As perseguições estão no horizonte. O primeiro entusiasmo diminuiu, os membros estão cansados da caminhada e perdendo de vista a mensagem vitoriosa da Páscoa. Parece mais forte a morte do que a vida, a opressão do que a libertação, o pecado do que a graça. Então, Jesus aparece e lhes diz: “A paz esteja convosco!”.
O Senhor prova a eles a Sua autêntica Ressurreição e lhes confirma na paz. Ele é a paz em plenitude. E para que Suas Palavras não fiquem somente “no ar”, Ele lhes mostra as mãos, o peito e os pés rasgados.
“Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Estas palavras indicam que Jesus se apresentou como um homem normal, com as mesmas características que tinha na vida mortal que os discípulos tão bem conheciam. Daí, podemos traduzir livremente por “Sou o mesmo que vocês conhecem, não é outra pessoa que estão vendo”. Assim, Ele os anima a apalpar Seu corpo e a ver Suas mãos e Seus pés que estavam com os sinais das chagas.
Se essas palavras têm algum sentido histórico, é o de manifestar que Jesus está vivo, que a morte não O venceu, que a vida do além pode ter momentos em que se parece com a vida anterior, como se esta seguisse e aquela fosse uma continuação. Sobre o modo de pensar de alguns teólogos, os quais dizem que a ressurreição é uma forma de vida só espiritual, vemos como Jesus se manifesta em corpo vivo e que não existe sentido em afirmar que só o espírito vive e o corpo se destrói e não alcança a nova vida.
Como diz o Catecismo, é impossível interpretar a ressurreição de Cristo fora da ordem física e não reconhecê-la como um fato histórico, pois o corpo ressuscitado de Jesus é o mesmo que foi martirizado e crucificado, trazendo as marcas da Sua Paixão. Não constitui uma volta à vida terrestre como foi o caso de Lázaro, visto que Seu corpo possui propriedades novas que o situam além do tempo e do espaço.
Jesus passa de um estado de morte para uma outra realidade. Ele participa da vida divina no estado de Sua glória, de modo que Paulo pode chamar a Cristo de o “Homem Celeste”. É por isso que Ele tem o poder de transmitir para nós a verdadeira paz. Assim como ontem, Jesus, hoje, continua dizendo: “A paz esteja convosco!”
O convite a tocar – não só a ver – indica que o corpo presente diante dos discípulos tinha aspectos físicos ou que podiam se conformar às leis físicas, à vontade do Ressuscitado. As feridas, muito mais do que o rosto, eram as marcas que determinavam, em definitivo, a realidade da pessoa na frente deles. Se falta alguma prova para se certificar de que aquilo era real, Jesus, então, come uma porção de peixe diante daqueles homens.
Parece que o Evangelista queria refutar toda dúvida possível. Mesmo assim, existem muitos como Tomé, aqui evocado não como apóstolo, mas como incrédulo. Por isso, podemos afirmar que existem muitos “Tomés” que não acreditam, porque não têm visto.
Diante do escândalo da cruz, que na época era muito maior do que nos dias de hoje, era necessário que Ele, além da Sua presença, provasse ser tudo conforme as Escrituras. Os caminhos de Deus consistem, como afirmava Paulo, em mostrar que “a loucura de Deus é mais sábia do que os homens, e a fraqueza de Deus é mais forte do que os homens” (1Cor 1,25).
Que nossa maior esperança seja ouvir a Palavra e acolher a presença do Mestre novamente entre os discípulos; não mais com um corpo humano, mas com um corpo glorioso.
Somos chamados, na liturgia, a mergulharmos numa experiência íntima com o Ressuscitado que nos diz: “A paz esteja convosco!”
Fonte: Canção Nova em 22/04/2012

HOMILIA DIÁRIA

A Palavra de Deus ilumina o nosso caminhar e a nossa vida!

Não basta conhecer a Palavra, é preciso entendê-la. Nós precisamos de um auxílio do alto para que possamos entender a Palavra de Deus para melhor vivê-La em nossa vida!

”Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, e lhes disse: ‘Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia'.” (Lucas 24, 45-46)

Jesus Ressuscitado se manifestou diversas vezes, em diversas ocasiões, aos Seus discípulos para fazê-los se recordarem de tudo aquilo que Ele já havia anunciado a eles antes da Sua Morte, durante o tempo em que caminhou com eles.
Sabem, por mais que escutemos a Palavra de Deus, por mais que Deus fale ao nosso coração, nossa mente, muitas vezes, fica fechada, esquecida. Nós, muitas vezes, somos movidos por um entusiasmo momentâneo; achamos que o que experimentamos em determinado momento foi maravilhoso e o que escutamos na Missa foi muito bom. Mas quem é que se recorda e quem é que grava no coração aquilo que Deus está dizendo para nós?
Nós, muitas vezes, temos uma participação muito passiva e estática na compreensão e na participação daquilo que é o mistério de Deus. Nós escutamos aquilo que Deus fala a nós e nos entusiasmamos, mas depois tudo cai no esquecimento. Por isso, muitas vezes, andamos como esses discípulos do Evangelho: de cabeça baixa, sem entender o que se passa conosco e por que estamos sofrendo tudo isso. Mas se tivéssemos, no depósito do nosso coração, guardado e meditado sobre as palavras que Deus lança ao nosso coração, nós iríamos exorcizar esses demônios, que nos atormentam, deixando o nosso coração triste, desanimado, sem perspectiva de vida, sem esperança, e nunca nos acharíamos os maiores sofredores da Terra. Porque a Palavra de Deus nos dá uma perspectiva nova, ilumina o nosso caminhar e a nossa vida.
Jesus Ressuscitado aparece a Seus discípulos não só para recordá-los dos ensinamentos das Sagradas Escrituras, mas também a fim de abrir a inteligência deles para que possam também entender, compreender e tomar posse da Palavra de Deus.
Permitamos, hoje, que Jesus abra a nossa inteligência; peçamos realmente que o Espírito Santo venha em socorro à nossa fraqueza, para que possamos abrir a nossa mente a fim de entendermos o que Deus quer de nós, o que Ele nos ensina e nos impele a viver, para que tenhamos a luz do alto, para que sejamos testemunhas, em toda a Terra, em todos os lugares em que estamos, da ressurreição gloriosa de Jesus.
Não basta conhecer a Palavra, é preciso entendê-la. Nós precisamos do auxílio do alto para que possamos compreender a Palavra de Deus para melhor vivê-la em nossa vida!
Uma feliz e santa Páscoa para você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 24/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

O Ressuscitado traz a paz que nosso coração necessita

O Ressuscitado traz como dom da vida nova que conquistou para nós, o dom supremo da paz

“Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: ‘A paz esteja convosco!’.” (Lucas 24, 36)

O dom do Ressuscitado que queremos contemplar no dia de hoje, é o dom da paz que vem do coração de Deus, a paz que nossa alma tanto precisa que é, acima de tudo, o consolo, o conforto, a presença de Deus no meio de nós. Ele é a nossa paz!
Todos passamos por muitos conflitos na vida, vivemos situações de desgaste. Muitas vezes, encontramo-nos num estado de inquietação muito profunda na alma, no coração, na cabeça e assim por diante. Inquietamo-nos com muitas coisas e no meio destas inquietações, que fazem parte da nossa vida e da nossa existência, mistura-se uma dose de dúvida, incerteza; cresce em nós uma confusão interior que gera perturbação e tira a nossa paz.
Por este motivo, o Ressuscitado traz como dom da vida nova que conquistou para nós, o dom supremo da paz! A paz que vem d’Ele vence o medo, as aflições, angústias, preocupações, tensões e tudo aquilo que deixa o nosso coração tantas vezes desolado.
Encontrar com o Cristo Ressuscitado é mergulhar profundamente na Sua paz, é deixar o coração encontrar um estado de espírito no qual ele esteja refrigerado, consolado, abençoado e restaurado. Porque, o Cristo Ressuscitado nos traz a paz que vem do coração de Deus!
Não quer dizer que não teremos mais perturbações e inquietações. Mas iremos encarar as situações e inquietações da vida de outra forma. Nós quem estaremos à frente das preocupações e elas não tomarão conta de nós. Tomaremos conta dos nossos problemas, entregando-os no coração e nas mãos de Deus e não permitiremos que eles tomem conta da nossa vida e roubem a paz deste dom tão precioso e necessário para a nossa vida.
Permitamos que a paz do Ressuscitado invada nossa mente, nosso coração, tome conta de todo o nosso ser. Permitamos que a paz do encontro com Cristo traga-nos refrigério, consolo e a paz que nosso coração tanto necessita. Cristo, nossa Páscoa é a nossa paz!
Que a paz de Cristo esteja sempre em nosso coração!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo

HOMILIA DIÁRIA

Peçamos a Jesus a inteligência para compreender as Sagradas Escrituras

Precisamos de inteligência e paz para conhecermos a direção que Deus quer dar para a nossa vida

“Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras.” (Lc 24, 35-48)

O Ressuscitado aparece no meio dos Seus discípulos e traz, em primeiro lugar, a paz: “A paz esteja convosco!”. Nós precisamos demais da paz; é o maior dom que o Céu pode nos dar, e a maior necessidade do nosso coração.
A falta de paz nos deixa na ansiedade, na preocupação, nas tensões, nos medos, nas revoltas e nas agitações da vida. A paz acalma, tranquiliza, nos dá fé, confiança, certeza, esperança, direção e luz interior.
A paz é serenidade da alma que tem uma plena confiança em Deus, e não vive submetida pelos medos e pelas tensões da vida. O mundo vive em alta tensão e nós estamos submersos no meio de todas as tensões: correria do trânsito e das coisas que temos de fazer; a rotina da vida; nossas obrigações; compromissos e responsabilidade; nem descansar nós sabemos fazer e, muitas vezes, não temos tempo para fazer. Estamos sempre com coisas para fazer, por vezes encontramos pessoas conhecidas e dizemos a elas que estamos sempre ocupados demais, atarefados em demasia, e esse contexto, não é um modo de encontrarmos a paz.
Por isso, Ele vem trazer paz ao nosso coração. Às vezes, a pessoa só encontra a paz quando morre; quando está ali enferma e prostrada, porque assim sai da correria, da agitação e de tudo aquilo que avulta o coração e a rouba de si mesma.
Nós só temos a paz quando nos encontramos com a nossa essência; nela Deus vem ao nosso encontro para trazer profundamente a paz que necessitamos. A própria presença de Jesus causa medo e preocupações. Jesus mesmo diz: “Olha, por que está preocupados? Por que tem dúvida; medo e inquietações em vossos corações?”. Estamos assim, porque estamos vivendo no meio de toda incredulidade.
Silenciemos o nosso coração e acalmemos a nossa alma de tudo aquilo que tem nos deixado em devaneios mentais ; e muitas vezes, até tortuosos para que, o Mestre, abra a nossa inteligência.
Temos inteligência para tudo, menos para compreender as Escrituras; o coração de Deus e a direção que Ele tem para dar para a nossa vida.
Acalmemos o coração, permitamos que a paz do Ressuscitado entre em nós, para que Ele nos batize com a Sua paz e possamos ser geradores dessa paz e compreender o quanto somos amados e queridos por Deus, porque é isso que as Sagradas Escrituras nos ensinam e instruem.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Fonte: Canção Nova em 15/04/2018

Oração Final
Pai Santo, abre o coração de tua Igreja para o Amor. E faze-nos aprender, Pai amado, que o nosso amor deve ser como o teu Amor: alegre e espontâneo, indiscriminado e universal, generoso e gratuito, livre e libertador. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/04/2012

Oração Final
Pai Santo, se o Mistério da Ressurreição está acima da nossa compreensão humana e limitada, ajuda-nos a reconhecê-lo por seu fruto – a Paz que foi vivida e ensinada por Jesus de Nazaré, e proclamada em todas as manifestações do Cristo Ressuscitado. Por Ele, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 24/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, se o Mistério da Ressurreição está acima da nossa limitada compreensão humana, ajuda-nos a reconhecê-lo por seu fruto – a Paz que foi vivida, ensinada por Jesus de Nazaré e proclamada em todas as manifestações do Cristo Ressuscitado. Por Ele, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a disposição que deste aos discípulos de Emaús – o desejo incontido de anunciar a presença de Jesus Ressuscitado entre nós, cumprindo as promessas que fizeste a nossos pais: fomos criados como filhos muito queridos e destinados ao teu convívio eterno. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.

Oração
Ó DEUS, o vosso povo sempre exulte pela sua renovação espiritual. Alegrando-se com a restituição da glória da adoção divina, possa, com firme e grata esperança, aguardar o dia da ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. Amém.

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