quinta-feira, 4 de janeiro de 2024

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/01/2024

ANO B



Jo 1,19-28

Comentário do Evangelho

A voz do precursor

Há no evangelho segundo João uma verdadeira cadeia de testemunhos em que um personagem remete a outro e todos apontam para Jesus. João Batista é parte dessa cadeia e está na origem da série de testemunhos que conduzem a Jesus. É bastante provável que o nosso evangelho de hoje retenha uma confusão presente no início da era apostólica, posição defendida pelos seguidores do Batista: se João não seria o Messias. A João é dada a palavra para dizer explicitamente que ele não é o Messias. Ele é o precursor, a “voz” a quem é atribuída a profecia de Isaías, remanejada pelo redator do evangelho, e que encontramos também nos evangelhos sinóticos: “uma voz proclama: no deserto, abri um caminho para o Senhor…” (Is 40,3; Jo 1,23). João é submetido a um interrogatório, que tem uma dupla função: a) esclarecimento: João não é o Messias; b) informação histórica: o movimento começado por João teria alcançado tal notoriedade, a ponto de preocupar as autoridades judias. A missão de João Batista tem sentido enquanto referida ao Cristo, Cordeiro de Deus, presente no meio do seu povo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, teu servo João Batista soube reconhecer o que esperavas dele, e conservou sua postura com extrema humildade. Torna-me teu servidor, nos mesmos moldes de João.
Fonte: Paulinas em 02/01/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

Endireitai o caminho do Senhor


Este é o testemunho de João, quando os judeus lhe enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para lhe perguntarem: “Tu, quem és?” Ele reconheceu e não negou. Reconheceu: “Eu não sou o Cristo”. Eles lhe perguntaram: “Quem, então? Tu és Elias?” Ele disse: “Não sou”. “És tu o Profeta?” Ele respondeu: “Não”. Disseram‑lhe, então: “Quem és? Dize‑nos para que possamos dar uma resposta àqueles que nos enviaram.
Que dizes de ti mesmo?” Ele disse: “Eu sou uma voz de alguém que clama no deserto: ‘Endireitai o caminho do Senhor’, como disse o profeta Isaías”. E aqueles tinham sido enviados pelos fariseus. Eles lhe perguntaram: “Por que, então, batizas se tu não és o Cristo, nem Elias, nem o Profeta?” João lhes respondeu: “Eu batizo com água; no meio de vós está quem não conheceis, aquele que vem depois de mim, de quem não sou digno de desatar a correia de sua sandália”. Isso aconteceu em Betânia, do outro lado do Jordão, onde João estava batizando.
Cônego Celso Pedro da Silva,

VIVENDO A PALAVRA

É essencial que aprendamos com João Batista a sua consciência de quem ele era e qual era a sua missão. A Igreja não é dona da Fonte, mas uma guardiã, com a missão de levar a sua água a todos os povos e nações, anunciando com entusiasmo o Reino do Pai Misericordioso já presente em nós e entre nós.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/01/2018

VIVENDO A PALAVRA

João Batista nos ensina o discernimento a respeito do seu papel na história da humanidade. Ele, admirado e respeitado pelo povo, nega ser o Cristo e assume ser apenas a voz que clama no deserto. Nós, Igreja de Jesus, façamos o mesmo: nós não somos o Cristo, mas vozes de testemunhas que O anunciam ao mundo com entusiasmo e humildade.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/01/2020

Reflexão

Sempre que vemos uma pessoa fazendo o bem, corremos o risco de buscar saber se é legitimo a pessoa fazer aquele bem quando, na verdade, deveríamos usufruir daquele bem e procurar descobrir o amor de Deus que se torna manifesto em tudo o que de bom acontece nas nossas vidas. É esse o caso do evangelho de hoje. Os fariseus não querem usufruir do bem que Deus lhes concede por meio de João Batista, mas enviam sacerdotes e levitas para averiguar se o que João está fazendo é certo ou errado e se ele tinha autoridade para fazer o bem.
Fonte: CNBB em 02/01/2014

Reflexão

No evangelho de João, sacerdotes e levitas são membros do partido farisaico e também contrários a Jesus. Partem de Jerusalém para investigar quem é aquele pregador que está se tornando popular. As autoridades sempre temem os líderes capazes de arrastar multidões e de se tornar ameaça para quem está bem instalado no poder. João não precisa de títulos; não anda em busca de fama e tampouco usa mentiras para enganar o povo. Responde simplesmente que não é o Messias esperado como descendente legítimo de Davi; não é Elias, o profeta que pregou a fidelidade à lei de Moisés; não é o profeta (os judeus esperavam um novo Moisés, o profeta do Êxodo). João Batista testemunha que está chegando uma pessoa que o supera em direitos. Refere-se ao Messias.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 02/01/2018

Reflexão

No Evangelho de João, sacerdotes e levitas são membros do partido farisaico e também contrários a Jesus. Partem de Jerusalém para investigar quem é aquele pregador que está se tornando popular. As autoridades sempre temem os líderes capazes de arrastar multidões e de se tornar ameaça para quem está bem instalado no poder. João não precisa de títulos; não anda em busca de fama e, tampouco, usa mentiras para enganar o povo. Responde simplesmente que não é o Messias esperado como descendente legítimo de Davi; não é Elias, o profeta que pregou a fidelidade à lei de Moisés; não é o profeta (os judeus esperavam um novo Moisés, o profeta do Êxodo). João Batista testemunha que está chegando uma pessoa que o supera em direitos. Refere-se ao Messias.
Oração
Ó Jesus Messias, João Batista foi enviado a fim de preparar a tua vinda. Ele não se considerava superior a ti, nem se julgava o centro de atração das multidões; apenas se definia “uma voz gritando no deserto: preparem o caminho do Senhor”. Ajuda-nos, Senhor, a descobrir nossa verdadeira vocação. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 02/01/2020

Reflexão

No Evangelho de João, sacerdotes e levitas são membros do partido farisaico e também contrários a Jesus. Partem de Jerusalém para investigar quem é aquele pregador que está se tornando popular. As autoridades sempre temem os líderes capazes de arrastar multidões e de se tornar ameaça para quem está bem instalado no poder. João não precisa de títulos; não anda em busca de fama, tampouco usa mentiras para enganar o povo. Responde simplesmente que não é o Messias esperado como descendente legítimo de Davi; não é Elias, o profeta que pregou a fidelidade à Lei de Moisés; não é o profeta (os judeus esperavam um novo Moisés, o profeta do Êxodo). João Batista testemunha que está chegando uma pessoa que o supera em direitos. Refere-se ao Messias.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Fonte: Paulus em 02/01/2023

Reflexão

As autoridades religiosas de Jerusalém estão incomodadas com João Batista. Tanto assim que enviam uma delegação para submetê-lo a interrogatório. As perguntas são de censura: “Por que você batiza, se não é o Messias, nem Elias, nem o Profeta?”. João coloca-se no seu lugar: ele é a voz que espalha por toda parte a Boa Notícia: “Aplanem o caminho para o Messias”. Jesus vem depois de João, mas é maior do que ele. Já está no meio deles, mas ainda não o perceberam. Por vezes, gastamos tempo e energia em discussões sobre Jesus, como os judeus diante do Batista. Mais importante do que investigar a respeito de Jesus, é aceitá-lo em nossa vida com todas as suas exigências.
(Dia a dia com o Evangelho 2024)

Reflexão

«Mas entre vós está alguém (…) aquele que vem depois de mim»

Mons. Romà CASANOVA i Casanova Bispo de Vic
(Barcelona, Espanha)

Hoje, no Evangelho da liturgia eucarística, lemos o testemunho de João Batista. O texto que precede estas palavras do Evangelho segundo São João é o prólogo em que se afirma com clareza: «E a Palavra se fez carne e veio morar entre nós» (Jo 1,14). Aquilo que no prólogo —a modo de grande abertura— se anuncia, manifesta-se agora, passo a passo, no Evangelho. O mistério do Verbo encarnado é o mistério da salvação para a humanidade: «A graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo» (Jo 1,17). A salvação chega-nos por meio de Jesus Cristo e, a fé é a resposta à manifestação de Cristo.
O mistério da salvação em Cristo está sempre acompanhado pelo testemunho. O próprio Jesus Cristo é o «Amém, a testemunha fiel e verdadeira» (Ap 3,14). João Batista é quem dele dá testemunho, com a sua missão e visão de profeta: «entre vós está alguém que vós não conheceis (…) aquele que vem depois de mim» (Jo 1,26-27).
E os Apóstolos entendem a sua missão: «Deus ressuscitou este mesmo Jesus, e disso todos nós somos testemunhas» (At 2,32). A Igreja, toda ela, e, portanto todos os seus membros têm a missão de serem testemunhas. O testemunho que trazemos ao mundo tem um nome. O Evangelho é o próprio Jesus Cristo. Ele é a “Boa Nova”. E a proclamação do Evangelho por todo o mundo deve ser igualmente entendida como clave do testemunho que une inseparavelmente o anúncio e a vida. É conveniente recordar aquelas palavras do Papa Paulo VI. «O homem contemporâneo escuta melhor quem dá testemunho do que quem ensina (…) ou, se escutam os que ensinam, é porque disso dão testemunho».

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Prestai atenção a estes novos e maravilhosos prodígios: o Sol da justiça purificando-se no Jordão; o fogo imerso na água; Deus santificado pelo ministério de um homem. Hoje toda a criação ressoa com Hinos: 'Bendito aquele que vem em nome do Senhor» (São Proclo de Constantinopla)

- «João Baptista "inclina-se" perante Deus. Isto é exatamente o que o Redentor faz: Deus reside nas alturas, mas inclina-se para baixo. Este olhar para baixo é um agir: transforma-me a mim e ao mundo» (Benedito XVI)

- «A consagração messiânica de Jesus manifesta a sua missão divina (...) `Aquele que foi ungido é o Filho, e foi-o no Espírito que é a Unção´ (Sto. Ireneu de Lyon). A sua eterna consagração messiânica revelou-se no tempo da sua vida terrena, a quando do seu batismo por João (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 438)

Reflexão

«Eu sou a voz de quem grita no deserto: ‘Endireitai o caminho para o Senhor!»

Rev. D. Joan COSTA i Bou
(Barcelona, Espanha)

Hoje, o Evangelho propõe à nossa contemplação a figura de João Batista. «Quem és tu?», perguntam-lhe os sacerdotes e os levitas. A resposta de João manifesta claramente a consciência de cumprir uma missão: preparar a vinda do Messias. João responde aos emissários: «Eu sou a voz de quem grita no deserto: Endireitai o caminho para o Senhor» (Jo 1,23). Ser a voz de Cristo, o seu altifalante, aquele que anuncia o Salvador do mundo e prepara a Sua vinda: esta é a missão de João e, tal como dele, de todas as pessoas que se sabem e sentem depositárias do tesouro da fé.
Toda a missão divina tem por fundamento uma vocação, também divina, que garante a sua realização. Tenho a certeza de uma coisa, dizia São Paulo aos cristãos de Filipos: «Aquele que começou em vós tão boa obra há-de levá-la a bom termo, até o dia do Cristo Jesus.» (Flp 1,6). Todos, chamados por Cristo à santidade, temos de ser a Sua voz no meio do mundo. Um mundo que, muitas vezes, vive de costas para Deus e que não ama o Senhor. É preciso que O tornemos presente e O anunciemos com o testemunho da nossa vida e da nossa palavra. Não o fazer, seria atraiçoar a nossa vocação mais profunda e a nossa missão. «Pela sua própria natureza, a vocação cristã é também vocação para o apostolado.», comenta o Concílio Vaticano II.
A grandeza da nossa vocação e da missão que Deus nos destinou não provém dos nossos méritos, mas daquele a Quem servimos. Assim o exprimiu João Batista: «Não sou digno de desatar as correias da sandália» (Jo 1,27). Como Deus confia nas pessoas!
Agradeçamos de todo o coração a chamada a participar da vida divina e a missão de ser, para o nosso mundo, além da voz de Cristo, também as Suas mãos, o Seu coração e o Seu olhar e renovemos, agora, o nosso desejo sincero de sermos fiéis.

Reflexão

Belém: Deus se inclina

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, João Baptista inclina-se ante Deus. É exatamente o que faz o Redentor: Deus reside no alto, mas se inclina para abaixo... O Criador do universo está muito longe de nós: Assim parece inicialmente. Mas depois vem a experiência surpreendente: Olha para abaixo. Este olhar para abaixo é um obrar: Transforma-me a mim e ao mundo.
“Deus se inclina”: Esta é uma palavra profética que na noite de Belém adquiriu um sentido completamente novo. O inclinar-se de Deus assumiu um realismo inaudito e antes inimaginável. Ele se inclina: Vem abaixo como uma criança, incluso até a miséria do estábulo, símbolo toda necessidade. O Criador que tem tudo em suas mãos, de quem todos nós dependemos, se faz pequeno e necessitado do amor humano. Deus está no estábulo!
—Nada pode ser mais sublime, maior, que o amor que se inclina de este modo. A grandeza de Deus se faz visível quando se abrem os olhos do coração diante do estábulo de Belém.

Recadinho

Cumprimos nossos deveres com amor ou apenas por cumprir? - Nosso testemunho de vida colabora para a fé de nossos irmãos? - Fazemos nossa parte para que haja menos injustiça no mundo? Surgem às vezes casos de injustiças em sua comunidade? - Qual deveria ser nossa primeira atitude diante do testemunho negativo de alguém da comunidade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 02/01/2014

Meditação

“Eu não sou o Messias... Eu sou a voz que grita no deserto: Aplainai o caminho do Senhor.” Devia ser extraordinária a figura de João e surpreendente ouvir suas palavras. Tanto que muitos até se perguntavam se ele não seria o Messias, o Salvador esperado. Ao que parece, não era isso que levou sacerdotes e levitas a procurá-lo. Queriam, na verdade, contestar a validade de sua pregação, uma vez que as autoridades religiosas de Jerusalém não o tinham autorizado a ensinar. Mas ele cumpria uma missão e por isso pouco ligou para as contestações.
Oração
Ó Deus, que iluminastes a vossa Igreja com o exemplo e a doutrina de São Basílio e São Gregório Nazianzeno, fazei-nos buscar humildemente a vossa verdade e segui-la com amor em nossa vida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus conosco em 02/01/2023

Meditação

“Este foi o testemunho de João, quando os judeus enviaram de Jerusalém sacerdotes e levitas para perguntar: ‘Quem és tu?’” João, que anunciava a conversão e batizava, nem escondia nem exagerava sua missão. Não queria que o considerassem como o Messias nem como o Profeta por excelência. Apresentava-se, porém, como o encarregado de preparar a chegada do Salvador. Reconhecia que sua função era secundária e transitória, e estava pronto a desaparecer tão logo chegasse quem ele anunciava.
Oração
Ó DEUS, que vos dignastes iluminar vossa Igreja com o exemplo e a doutrina dos Santos bispos Basílio e Gregório, concedei, nós vos pedimos, que aprendamos humildemente vossa verdade e a pratiquemos com fidelidade e amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

João Batista aos fariseus: «Endireitai o caminho para o Senhor!»


Hoje escutamos o maravilhoso testemunho que João Batista dá do Senhor. João era santo e alguns pensavam que ele era o Messias. Mas respondeu que ele era o profeta para preparar a prédica de Jesus: «Retificai o caminho do Senhor»; converta-os e prepare-os para recebe-lo.
—As coisas são assim: o Filho de Deus vem salvar-nos, mas sem ruído, sem imposições. Estejamos atentos!

Comentário do Evangelho

UMA DEFINIÇÃO DE IDENTIDADE

João Batista teve sua parcela de colaboração no projeto de Deus, com uma tarefa aparentemente simples: anunciar a chegada do Messias e predispor o povo para acolhê-lo. Contudo, defrontou-se com sérias dificuldades. A maior delas tocava sua identidade de Precursor. Sua figura ascética levava as pessoas a tomá-lo por Messias. Ele, porém, se esforçava para explicar não ser o Cristo, nem pretender sê-lo, reconhecendo-se apenas como uma voz clamando para que as pessoas se preparassem para a vinda do Messias.
João definia sua identidade confrontando-se com o Messias, que ele nem conhecia. Tinha consciência da superioridade daquele que viria depois dele. Por isso, na sua humildade, reconhecia não ser digno nem mesmo de curvar-se para desatar-lhe as correias da sandálias. Essa consciência mantinha-o livre da tentação de usurpar uma posição que não lhe pertencia.
O realismo de João não o impedia de realizar seu ministério com simplicidade. Ele não era um concorrente do Messias. Não agia por iniciativa própria; apenas fazia o que lhe fora pedido por Deus. Seu compromisso com ele impedia-o de extrapolar os limites do seu ministério. Sua figura só tinha importância por causa do Messias que estava para vir.
Foi a humildade de João que fez dele um grande homem, pois a verdadeira grandeza consiste em reconhecer a própria indignidade diante do Pai e colocar-se a serviço dele.
Fonte: Dom Total em 02/01/201402/01/2018 e 02/01/2023

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, ensina-me a servir ao Pai e a ti, com simplicidade de coração, reconhecendo minha pequenez.
Fonte: Dom Total em 02/01/2014 e 02/01/2018

Oração
Ó Deus, que iluminastes a vossa Igreja com o exemplo e a doutrina de são Basílio e são Gregório Nazianzeno, fazei-nos buscar humildemente a vossa verdade e segui-la com amor em nossa vida. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 02/01/2014

Meditando o evangelho

VOZ QUE CLAMA NO DESERTO

A atuação de João Batista suscitou uma série de dúvidas por parte das autoridades religiosas. Era impossível enquadrá-lo nos esquemas messiânicos da época. Além do mais, não tinha a menor pretensão de desempenhar o papel de Messias. Por isso, a pergunta dos sacerdotes e levitas - "Quem és tu?" - tinha sua razão de ser.
O Batista se recusava a identificar-se com o Messias, e também com certos personagens do passado, cuja vinda era esperada para o fim dos tempos. Nada de confundi-lo com Elias, apesar das semelhanças entre ambos, nem com algum dos antigos profetas.
Recorrendo a um texto do profeta Isaías, João encontrou uma definição adequada para a sua identidade e missão. Ele era, pura e simplesmente, uma voz que clama, convocando todo o povo de Israel para se preparar para a chegada do Senhor.
Entretanto, o Messias prenunciado pelo Batista já estava no meio do povo, embora ainda não tivesse sido reconhecido. Ele existia antes de João, e já o ultrapassara. Mister se fazia reconhecê-lo e acolhê-lo, para não tornar vã a graça de Deus.
O Precursor tinha consciência de já ter concluído a sua missão. Tendo chegado aquele que é maior do que ele, de quem "não é digno de desatar as correias das sandálias", nada mais lhe restava a fazer. Sua voz podia calar-se, pois o que proclamava já se tinha  realizado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito que nos faz ser humildes, ensina-me a seguir o exemplo de João Batista que soube compreender, devidamente, o sentido de sua missão de servidor do Messias.
Fonte: Dom Total em 02/01/2020

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Pregador não era credenciado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___Vocês já foram lá sondar aquele pregador que está soltando o seu vozeirio e atraindo o povo?
___Ainda não Senhor, mas ele é mais um desses loucos que pregam um Messias que está para vir...

___Não dá para facilitar hoje em dia, formem uma delegação e vão lá checar, se ele tem credencial para andar pregando por aí, falando do Messias.
___Sim Senhor, vamos até lá, o Messianismo é assunto nosso, só nós sabemos a história e temos em nossos arquivos a profecia....

Inquirido pela comissão investigatória, o Batista declarou logo de início que não era o Cristo

__Menos mal ----- comentou um dos enviados - mas será que ele não é Elias? João negou.

Não era o Cristo Ungido e esperado por todos, e nem o grande profeta Elias, que iria voltar lá do céu para instaurar o novo Reino, portanto não estava ligado a Religião oficial, não tinha credencial para falar do tal Messias, mas como não havia muito o que fazer, a Comissão decidiu ir embora.
Um deles lembrou que não adiantaria dizer quem João não era, o "Pessoal lá de cima" não iria gostar da resposta. E voltaram a bombardeá-lo para saber quem era, se fosse alguém importante que dissesse logo, pois o Poder religioso precisava monitorar a sua pregação e conceder-lhe um alvará para continuar o trabalho.
Daí a comissão de Sacerdotes e Levitas, vindos de Jerusalém começaram a preocupar-se quando João citou Isaias 40,3 se auto definindo como uma voz que clama no deserto "Preparai os caminhos do Senhor".
Precisavam fazer aquele homem calar a boca, afinal ele era um pregador autônomo sobre o qual eles não tinham nenhum controle, e o povão andava o rodeando pois não pregava a mesmice dos outros pregadores, mas falava de algo novo. Então pensaram em proibir-lhe de batizar e a melhor forma seria fazê-lo ver que não era credenciado para aquilo. Só o Cristo, Elias ou um dos Profetas que estavam para voltar, é que poderiam apresentar um rito novo de purificação. Lugar de se purificar era no templo....
E João aproveitou para dizer que, tudo o que se tinha de rito purificador, que tentava reaproximar o homem de Deus, passaram a ser velharias perto do novo Batismo que Alguém, muito maior que ele estava por fazer.
A comissão voltou até os poderosos e resolveram botar panos quentes em cima do assunto "Vamos esperar esse que ele está anunciando, parece que aí é que está o perigo que nós todos tememos...".
O Reino de Deus não está atrelado a nenhum poder ou instituição deste mundo, mesmo as religiosas, nossa Igreja, tal como João Batista, é apenas uma voz que anuncia a presença do Reino, é apenas um sinal desse Reino que é maior do que qualquer instituição. Aquele que todos nós anunciamos, é infinitamente maior que nós, age em total liberdade e penetra nos corações que desejar, independente de Credo, conhecimento ou posição social da pessoa.
Precisamos saber bem disso, para não termos a tentação de sermos os "Donos" da Santa Palavra que anunciamos.

2. A voz de quem grita no deserto
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

Quem é este João, que está batizando no deserto? Não é o ungido, esperado por todos, chamado de Messias ou de Cristo. Não é Elias, que deve vir antes que chegue o Messias. Não é o profeta por excelência, anunciado por Moisés, quando terminou a travessia do deserto. Tendo chegado à entrada da Terra Santa, Moisés anunciou que Deus faria surgir do meio do povo um profeta semelhante a ele, que transmitiria tudo o que Deus lhe ordenasse. João também não era o profeta prometido por Moisés. Quem é, então, João Batista? O profeta Isaías nos diz quem ele é. Ele é aquela voz que, no deserto, pede que endireitem o caminho para que o Senhor possa passar. Ele é apenas a voz. Quem vai chegar é a Palavra que sai da boca do Pai. Ele prepara o coração do povo para o Dia do Senhor, lavando-o de seus pecados nas águas do Jordão. Na realidade, o Senhor já está no meio de nós, embora nem sempre o reconheçamos. João é o precursor daquele que vem depois. Também nós podemos ser precursores daquele que vem fazer novas todas as coisas.
Fonte: NPD Brasil em 02/01/2018

Liturgia comentada

No meio de vós... (Jo 1,19-28)
Que mistério estaria oculto na pessoa daquele profeta vestido de couro e companheiro das feras do deserto? Que força seria aquela que atraía ao Jordão as multidões de penitentes? É por isso que os fariseus vêm interrogá-lo.
Messias? Elias? Profeta? E João nega. Remete-os à profecia de Isaías e diz ser apenas a “voz que clama no deserto” dos homens, aquela massa que se faz de surda diante dos apelos do Senhor.
Os fariseus querem conhecer melhor a João Batista, mas não conhecem Aquele que pode salvar a todos: o Cristo Senhor. Não é sem uma fina ponta de ironia que João adverte: “No meio de vós está Aquele que não conheceis..” É como se dissesse: querem conhecer aquele que vale pouco, e permanece desconhecido de vocês o Único que vale a pena conhecer...
Nós somos esses fariseus. Erramos igual. Dedicamos nossa vida a conhecer os segredos da matéria, dominar os elementos, investigar as leis do Universo, e não prestamos atenção à sede íntima de nosso coração, que tem sede do amor de Deus. O único amor que pode dar sentido a nossas vidas...
Gastamos os dias e atravessamos as noites a ler os filósofos, a esquadrinhar as teses dos sociólogos e a pesquisar as profecias dos economistas, mas não achamos tempo para conhecer a Palavra de Deus. Tal como os fariseus de Jerusalém, nós nos pretendemos sábios e especialistas, acumulamos alentados volumes em nossa estante, mas o coração permanece vazio do conhecimento do Senhor.
Jesus iria exclamar, em oração: “Eu te dou graças, Pai, porque ocultaste estas coisas aos sábios e prudentes, e as revelaste aos pequeninos.” (Mt 11,25) E nós insistimos em dar a nossos filhos o conhecimento do mundo, mas não nos preocupamos em lhes apresentar a sabedoria do Senhor.
Os santos não são assim. Os santos descobrem a estrada estreita, a “pequena via” de Teresinha de Lisieux. Menina sabida, ela descobre que Deus é Pai, cheio de amor. Por isso mesmo, basta ser a sua criança. Daí em diante, já não precisa fazer força para galgar os degraus da escadaria, pois há um elevador a sua disposição..
Em cada missa, na assembleia que celebra, dizemos em coro: “Ele está no meio de nós!” E quem é Ele? Que significa Ele em nossa vida?
Orai sem cessar: “Na minha noite, Senhor, me fazes conhecer a sabedoria!” (Sl 51 [50],8)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 02/01/2014

HOMILIA

A VOZ QUE GRITA NO DESERTO

Aqui temos um verdadeiro interrogatório, feito a uma pessoa que não queria responder. Naquele tempo a espera do Messias, pelos judeus, era angustiante. Era premente a sua chegada para salvá-los, definitivamente, da opressão romana, uma das piores que lhes havia ocorrido.
Os judeus sofriam mais com o jugo romano, do que na escravidão do Egito, principalmente porque os romanos interferiam na sua estrutura religiosa, mas não em sua religiosa. Por isso muitos, vendo como João Batista se apresentava, pensavam ser ele o Messias tão esperado. João era destemido, impetuoso, sagaz, quase mal-educado, parecia um trovão. Configurava aquele desejo dos judeus. Eles esperavam isto mesmo: um homem de fé, forte, que não se intimidasse diante daquele poder dominante, que praguejasse contra eles desmascarando seus atos vergonhosos, fazendo-os cientes de seus erros. Ficaram impressionados com João e foram lhe fazer perguntas.
Naquela época o batismo era comum entre os judeus e na maioria das religiões. Faziam-no com a imersão da pessoa na água, mergulhando-a e retirando-a em seguida. Isto porque o batismo significava purificação. Portanto, João Batista fazia conforme o costume.
Os fariseus, de modo geral e no conceito da sociedade da época, eram pessoas dignas, influentes, cumpridoras da Lei. Representados por seus anciãos, tinham assento no Sinédrio. O mesmo se pode dizer dos doutores da lei, os escribas, que observavam fielmente a Lei Mosaica. Como no meio do trigo sempre existe joio, Jesus criticava aqueles fariseus que não faziam o que exigiam do povo, ou pelo que faziam por vaidade, buscando reconhecimento.
Portanto, os fariseus que enviaram aquelas pessoas a João estavam bem-intencionados. Não tramavam contra ele, não lhe preparavam uma armadilha, desejavam mesmo era saber o sentido daquele batismo. Queriam saber se ali estava surgindo o Messias, anseio que há muito acalentavam. Este foi o motivo das perguntas que fizeram a João. Assim poderiam se organizar, pois tinham poder de articulação inclusive no Templo. Quiseram escutar de João quem realmente era ele. E João foi lacônico nas três primeiras respostas: "Não sou o Cristo", "Não o sou (Elias)", "Não (o profeta)". Até que explode numa interessante resposta à quarta pergunta: "Quem és, para darmos uma resposta aos que nos enviaram? Que dizes de ti mesmo?" E João diz: "Sou a voz que clama no deserto…".
Ora, eles esperavam o Messias, imbuídos de esperança, e João sabia disso. Por que, então, ele bradava no deserto? Não se grita no deserto. Mas o deserto do qual falava era o vazio que haveria de ser preenchido com a presença do Messias. Aquela voz que grita no deserto, brada na esperança de Deus, do Messias. Muitas vezes esta passagem é interpretada como uma voz que clama em vão, mas não é. João não gritava em vão. Gritava no vazio daquela espera, sabendo que o Messias já estava ali. Não foi por acaso que estava no rio Jordão. Ele sabia que aquele era o momento certo, que chegava a hora do Cristo: "Aquele (…) do qual não sou digno de desatar a correia da sandália"
É preciso esclarecer o significado deste ato de desatar a sandália. "E por que, então, batizas, se não és o Cristo nem Elias nem o profeta?" Esse "por quê?" faz com que as pessoas reajam, pensem. E João novamente dá uma linda resposta: "Eu batizo com água. No meio de vós está alguém que não conheceis, aquele que vem depois de mim, do qual não sou digno de desatar a correia da sandália."
Era costume entre os judeus, quando o rapaz não desejasse o casamento com a moça que lhe fora prometida, abrir mão do direito de desposá-la em favor de um irmão que dela gostasse, ou de um descendente direto da família que ele achasse importante. O gesto, considerado bonito, era realizado diante de toda a família, em público. O noivo prometido desatava a correia da sandália do pretendente, a quem entregava aquela que seria a sua noiva. Era um ato excepcional e admirado pelos judeus.
Qual era, então, o grande noivo esperado, prometido? João sabia que era Jesus. Por isso falou que não era digno de desatar a correia de Sua sandália. Quer dizer: não sou digno de passar para esse Homem a honra de esposar a glória de Deus na terra. É isto que João queria falar.
Então, em razão do "por quê?", João desata este lindo discurso: "Sou a voz que clama no deserto…". Está no meio de vocês o legítimo noivo, papel que não sou digno de assumir e para quem tenho de passar. Eu não sou o Messias nem o Elias e nem o profeta. Eu não sou nada. Tenho, neste momento, aquilo que é a minha obrigação: passar a Ele, que está no meio de vocês e que ainda não O conhecem. Não tiveram a honra de desposar essa Boa-Nova, que é o Evangelho, a Nova Aliança de Deus com os homens.
Este é o ponto alto deste Evangelho: João Batista passa a Jesus o comando da Boa-Nova.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 02/01/2014

REFLEXÕES DE HOJE

02 de JANEIRO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 02/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é a direção para a nossa vida

Ele é o caminho, a verdade e a vida!

”Eu batizo com água; mas no meio de vós está aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias.” (João 1, 26-27)

Os discípulos de João Batista ficaram encantados com as pregações e com os ensinamentos dele e com tudo aquilo que ele fazia para anunciar o Reino de Deus. Mas João mesmo diz: “Não sou eu! Eu não sou profeta, eu não sou o Messias”. E as pessoas perguntavam: “Mas, quem és afinal?” O povo queria saber quem era João! E este disse: “Eu sou apenas uma voz, que grita no deserto, eu apenas uso a água, como instrumento para lavar, purificar, batizar. Mas o verdadeiro batismo, é Ele que vos dará!”
Meus irmãos, a Palavra de Deus, hoje, nos ajuda a refletir sobre um assunto muito sério. Nós, muitas vezes, buscamos nos pregadores, nos cantores e nas pessoas que nos anunciam Deus e não vamos Àquele que, na verdade, é a unção, é a cura, é a libertação, é o motivo da nossa pregação e de tudo aquilo que nós fazemos. Pregadores passam, vêm e vão, quem permanece é o Senhor nosso Deus!
Por isso, hoje, a nossa atenção, como está nos chamando à atenção João Batista, não deve se voltar para as pessoas, não deve se voltar para este ou para aquele, porque “este prega bem, fala bem, anuncia bem”, mas sim para o Senhor a quem ele anuncia, para o Mestre a quem ele anuncia, para o caminho, para a direção que é Jesus.
Quem sou eu para desamarrar as Suas sandálias? Quem sou eu para chegar aos pés do Mestre? Não é a mim que as pessoas devem vir, mas a Ele, somente a Ele, o Mestre Jesus! Todos nós estamos à procura de uma direção na vida em busca de um sentido para nossa existência, em busca de uma direção para aquilo que fazemos e realizamos.
O ano está se iniciando, que tenhamos um bom propósito para este ano: olharmos para Jesus, fazermos d’Ele o referencial e a direção da nossa vida, não pararmos nas pessoas. As pessoas nos mostram a direção, que as pessoas sejam certas para nós, mas, nós não devemos parar nelas. Nós só encontramos a maturidade da nossa vida espiritual, da nossa relação com Deus, quando não paramos em pessoas, mas quando paramos em Deus.
Se os discípulos de João Batista tivessem parado nele eles não teriam conhecido a salvação; porque João era apenas uma voz; a Palavra, que salva, é Jesus. Nós não paramos nas pregações, nós paramos no Senhor. Ele é o caminho, a verdade e a vida!
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/01/2014

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos conhecer Jesus

Conhecer Jesus; ser batizado por Ele é ser transformado e renovado pela vida que Ele nos trouxe

“João respondeu: ‘Eu batizo com água; mas no meio de vós está Aquele que vós não conheceis, e que vem depois de mim. Eu não mereço desamarrar a correia de suas sandálias’.” (João 1,26-27)

No meio de nós está Aquele que não conhecemos. O mistério do Natal quer nos aproximar de Jesus; Ele já está próximo de nós, está no meio de nós, precisamos nos aproximar d’Ele, acolhê-Lo, amá-Lo, deixar que Ele seja o Senhor, o Mestre das nossas vidas.
Conhecer Jesus precisa ser a meta principal da nossa vida! É O conhecendo que a nossa vida é transformada, iluminada e direcionada. Não é Jesus que precisa nos conhecer, porque Ele já nos conhece muito bem, Ele sabe das nossas necessidades, dificuldades, ansiedades, inquietações e aquilo que nos faz sofrer.
Jesus tem a luz do Céu, a graça do Alto, o amor divino para nos restaurar, o amor que direciona a nossa vida. É preciso que nós conheçamos Jesus de verdade.
Corremos um sério risco de transformar aquele conhecimento superficial, como se fosse um conhecimento real. Alguém pergunta para você: “Você conhece aquela pessoa?”. Você responde: “Conheço sim”. Você sabe o nome dela, sabe onde ela mora, porém, não conhece a essência dessa pessoa. Conhecer Jesus não significa saber o nome d’Ele, sabermos quem são Seus pais, sabermos que Jesus é filho de Deus.
Esse é o conhecimento teórico e superficial. “Conhecer” quer dizer entrar na intimidade, é saber da verdade, é entrar na essência da pessoa e deixar que aquilo que ela tem para nos dar, nos transforme. A essência, o ser, o amor e a graça que vem de Jesus, transformam a nossa vida a cada dia.
Ainda, no princípio de um novo ano, precisamos ter uma direção para a nossa vida, uma luz para conduzir os nossos passos. Queremos conhecer Jesus, precisamos conhecê-Lo, precisamos entrar na intimidade d’Ele, conhecer o Evangelho, a Boa Nova d’Ele. Permitir que a Palavra de Jesus transforme a nossa vida, a nossa realidade e aquilo que somos.
Conhecer Jesus e ser batizado por Ele é ser transformado e renovado pela vida que Ele nos trouxe.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/01/2018

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos permanecer na presença de Jesus

“Então, agora, filhinhos, permanecei nele. Assim poderemos ter plena confiança, quando ele se manifestar, e não seremos vergonhosamente afastados dele, quando da sua vinda.” (1Jo 2,28)

Tudo o que precisamos é permanecer em Jesus. Quem permanece n’Ele não é confundido, não se ilude, não é enganado nem engana ninguém.
Quem permanece em Jesus permanece na vida, na graça e em Deus, por isso a graça de estarmos iniciando um novo ano. Não vamos perder a direção. Passada toda a euforia das festas que celebramos, coloquemos direção na nossa caminhada.
A direção é caminhar com os olhos fixos em Jesus, sem tirar d’Ele o nosso olhar, permitindo que a Sua luz entre em nós, permaneça em nós e direcione os nossos passos.
Muitas vezes, corremos o risco de nos confundirmos no mundo em que estamos. O anticristo ou tudo aquilo que se põe contra Cristo, contra a vida que Ele nos trouxe, o Evangelho que Ele enviou a todo mundo que é anticristo, anti-Evangelho. Precisamos nos prevenir.

Precisamos permanecer em Jesus, pois quem permanece n’Ele não é enganado nem engana ninguém

Muito mais do que um personagem chamado anticristo, são as atitudes anticristãs que estão espalhadas e permeadas no mundo em que estamos. É necessário, mais do que nunca, termos uma postura, uma firmeza evangélica para permanecermos em Jesus, na doutrina d’Ele, para permanecermos no Evangelho de Cristo.
Iniciemos bem este ano da graça que Deus nos dá, iniciemos com um grande propósito. Filhinhos, é hora de permanecermos em Jesus. Como Jesus permanece no Pai e no Espírito, precisamos permanecer n’Ele, precisamos que o nosso coração, os nossos sentimentos e a nossa vida estejam em Jesus.
É essa graça que queremos pedir para todos nós: “Senhor, queremos permanecer no Seu amor. Jesus, queremos permanecer no Seu coração, por isso, dê-nos a graça da fidelidade, da perseverança e de caminharmos sempre nos Seus caminhos”.
Deus abençoe você! Padre Roger Araújo Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/01/2020

HOMILIA DIÁRIA

Professe o nome de Jesus com a sua vida
“João confessou e não negou. Confessou: ‘Eu não sou o Messias’.” (João 1,20)

A Palavra de Deus nos diz, neste dia de hoje, que João confessou. Esse termo homologeo (grego) quer dizer: declarar abertamente. João homologou a sua pertença ao Reino de Deus e a expectativa messiânica. Ele disse e professou abertamente. Sobretudo, João não confessou só com palavras, mas com a vida
João professou quem era Jesus com o seu jeito de vestir, com o seu jeito de comer, com o seu jeito de falar a sua pregação, João confessou o nome de Jesus. E não era um ato meramente formal.
Nós também professamos a nossa fé em Jesus. De modo particular, quando nós, nos domingos ou nas solenidades, professamos o Credo, dizemos que acreditamos em Jesus e em todos os elementos da nossa fé cristã.
Quando vamos a uma missa, professamos o nome de Jesus; quando participamos de uma adoração, dizemos que Jesus é o Senhor. Quando participamos de um batizado, até mesmo nas nossas realidades humanas e civis, dizemos, por exemplo, para o censo brasileiro: “Somos cristãos, somos católicos”. Então, professar o nome de Jesus já é algo muito particular de todos nós, mas não é só uma confissão de um Credo, é a confissão de uma pessoa. É confessar uma pessoa.

Com João Batista, somos chamados a professar e não negar o nome de Jesus

A verdade que nós dizemos diz respeito a uma pessoa, porque, em Jesus Cristo, as verdades não podem ser jamais atos formais, mas, em Jesus, a profissão de fé, no nome d’Ele precisa ser vida, precisa ser traduzida em atos concretos, em comportamento.
“João confessou e não negou”, recordamos aquela passagem onde, no ato da prisão de Jesus, Pedro negou categoricamente Jesus três vezes e, até na última negação, Pedro começou a blasfemar e a praguejar o nome de Jesus.
Que tristeza quando testemunhamos uma pessoa que abandona a fé! Que tristeza quando nós presenciamos pessoas e realidades que não aderem mais a Jesus Cristo, que negam a fé em Jesus Cristo! É uma tristeza! E hoje, com João Batista, somos chamados a professar, e não a negar o nome de Jesus.
Queremos viver a vida de Jesus, queremos que o nome d’Ele, que corresponde à Sua pessoa, seja por nós manifestado, professado e testemunhado no meio desse mundo.
João confessou e não negou: “Eu não sou”, é uma afirmação pela negação; João afirma, justamente, que ele não é o Messias. Ao dizer “Eu não sou Messias”, ele dizia: “Eu sou um mero preparador do caminho do Senhor, da vinda do Messias”.
Como é ruim quando alguém se autoafirma o tempo todo! Como é ruim conviver com uma pessoa que precisa se vangloriar o tempo todo, que busca vanglória, que corre atrás de elogios e reconhecimentos humanos! Como é bom quando encontramos uma pessoa que a sua própria existência, o seu próprio comportamento já diz quem ela é.
João Batista — “Eu não sou Messias, eu sou só o preparador da vinda do Senhor”.
Peçamos a ele a graça dessa humildade, peçamos a ele a graça dessa fidelidade na proclamação do seu nome com a vida e com os atos.
Sobre todos vós, desça a bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Donizete Ferreira
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/01/2023

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a discernir nosso lugar e missão na História da Salvação. Assim como João Batista, que nós não nos coloquemos na posição de Elias ou do Profeta, mas procuremos ser apenas discípulos do único Mestre, Jesus de Nazaré, o Cristo feito homem, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/01/2018

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos assumir com alegria o nosso lugar, ainda que modesto, na História da Salvação, e sabedoria para anunciar ao mundo a Boa Notícia do teu Reinado de Amor já presente em nós e entre nós, trazido pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/01/2020


QUE O MENINO JESUS NASÇA,


TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.


Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar sonhos e preservar as coisas boas.


Feliz 2024!

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