segunda-feira, 4 de novembro de 2013

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/11/2013

04 de Novembro de 2013

Ano C


Lc 14,12-14

Comentário do Evangelho

É preciso renunciar ao anseio de recompensa ou retribuição.

Trata-se de uma refeição na casa de um fariseu, num sábado (cf. v. 1), dia dado pelo Senhor para celebrar o dom da vida, através da obra da criação, e a libertação do país da escravidão. A instrução é motivada pela observação de Jesus de que “os convidados escolhiam os primeiros lugares” (v. 7). A parábola utiliza a imagem do casamento, em que os lugares já eram predeterminados.
Há duas lições: o lugar é recebido de quem convidou para a festa (cf. v. 8-11). A segunda lição, nosso texto de hoje, é um convite à generosidade: quando der um banquete, convide aqueles que não podem retribuir (cf. vv. 12-14). É preciso renunciar ao anseio de recompensa ou retribuição: “Se amais os que vos amam, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim. Fazei o bem aos que no-lo fazem, que graça alcançais? Até mesmo os pecadores agem assim… E se emprestais àqueles de que quem esperais receber, que graça alcançais? […]. Fazei o bem e empresteis sem esperar coisa alguma em troca” (Lc 6,32-35).
Carlos Alberto Contieri,sj
ORAÇÃO
Pai, coloca no meu coração um amor desinteressado e gratuito, que saiba ser generoso sem esperar outra recompensa a não ser a que vem de ti.

Vivendo a Palavra

O Mestre ensina a lição da gratuidade em todas as nossas ações. Gratuidade significa o total desprezo por qualquer tipo de retribuição, mesmo que seja o simples reconhecimento ou a gratidão. O Amor que vivemos deve ser espontâneo, indiscriminado, gratuito e livre.

Recadinho


Talvez alguém esteja querendo dizer:
Mas também não precisamos exagerar! Tudo bem. Nem tanto ao mar, nem tanto à terra! O problema é que nossa caridade muitas vezes está... no mundo da lua! - Como é minha caridade para com o próximo? - Você não acha que há mais felicidade em fazer alguma coisa para alguém do que receber favores? - Tenho prazer, alegria, em me sentir útil ao próximo e à comunidade? - Sabe agradecer a quem lhe faz algum bem? - Teve experiências de muita gente ingrata em seu contexto de vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R

REFLEXÕES DE HOJE


04 DE NOVEMBRO - SEGUNDA

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS PARA O PRÓXIMO DOMINGO

Liturgia comentada
E serás feliz... (Lc 14,12-14)
Desconcertante esse Mestre! Duras as suas palavras! Ele insiste em trafegar na contramão do mundo. A cada passo, seu Evangelho denuncia sem disfarces o nosso paganismo...
Agora, vem Jesus com uma nova “receita de felicidade”: dar a quem não pode retribuir, emprestar a quem não pode pagar, acumular um crédito que só se salda além da morte...
Ora, amado Mestre, quem disse que estamos assim tão preocupados com o “outro mundo”? Quem lhe garante que ainda cremos nessas realidades espirituais? A turma está de olho, mesmo, é no pão-nosso-de-cada-dia! Gastamos todo o tempo e todo o sangue para “faturar”, poupar, acumular, fazer render. Os pobres nos incomodam com todo esse pedinchório: chegamos a mudar de calçada para escapar daquelas mãos vazias! Erguemos altos muros para mantê-los à distância.
E vem o amado Mestre a nos dizer que a felicidade é de outra natureza? Quer dizer, então, que um bom pé-de-meia não garantirá nossa felicidade? Uns bons amigos no Governo não facilitarão a nossa vida? Umas companhias alegres e descompromissadas não farão mais divertidas as nossas noitadas? Um título de sócio patrimonial não nos trará a paz interior?
Bem, lá no íntimo, sabemos que o Mestre tem razão. Mas quem disse que nós fazemos questão de encarar a verdade? Estamos tão acostumados a mentir. Tão afeitos a participar da vida social como de um baile de máscaras! “Adivinhe quem sou?”
Mas só o Mestre sabe quem somos. Ele sabe também quem podemos vir a ser. Sabe que por trás de um Agostinho gozador se esconde um santo em potencial. Por baixo de um Saulo odioso se oculta um Paulo apaixonado. Ele sabe...
Aliás, por falar em pobres, não somos também nós mendigos de amor? Não somos coxos, estropiados, errando em círculos pelo deserto da vida? Não somos cegos andarilhos que perderam o rumo do próprio lar? Não estamos famintos de um alimento que dure para sempre?
Por isso mesmo, é a nós que o Senhor convida: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor!” Bendita a fome que nos leva à sua mesa! Bendita a pobreza que nos faz seus convidados!
Orai sem cessar: “Preparas uma mesa para mim...” (Sl 23,5)
Texto de  Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
A gratuidade é a marca do coração de quem serve a Deus
A gratuidade é a marca do coração daqueles que servem a Deus com pureza de coração. É fazer uma coisa sem esperar que, com isso, possa ter algo em troca.
“Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir” (Lc 14,13-14a).
A Palavra de Deus ao nosso coração é para refletirmos o sentido da gratuidade na vida de um cristão, na vida de um homem, de uma mulher que buscam viver a vontade do Senhor. A gratuidade é viver e fazer as coisas sem esperar nada em troca: recompensa, elogio, reconhecimento, valorização. 
Meus irmãos, as relações que estabelecemos uns com os outros são marcadas por essa mentalidade mercantilista, capitalista, do “é dando que se recebe”, “eu faço isso para receber aquilo”. E a pergunta que alguém sempre lhe faz é: “O que eu ganho com isso? O que eu levo em troca?”.
Essa mentalidade nós levamos para nossa relação com Deus: “Eu faço isso para Deus me dar aquilo”, “Eu vou fazer desta forma para receber o dobro do Senhor”. Às vezes, as pessoas querem fazer um negócio com Deus, querem ser reconhecidas, recompensadas pelas orações que fazem, pelos sacrifícios que fazem, pelos esforços. “Deus tem que me recompensar! Ele tem que me dar o dobro!”.
Não, meus irmãos! A gratuidade é a marca do coração daqueles que servem o Senhor com pureza de coração. E na nossa relação uns com os outros precisamos aprender a fazer assim também! Não faça as coisas, não faça “banquetes” – no bom sentido da palavra! – para ser chamado e reconhecido pelos outros.
Busque fazer a sua caridade, busque viver com intensidade o seu gesto de amor para com o outro sem esperar nenhuma retribuição, sem aquele coração que, de repente, diz assim: “Eu só dei! E o que foi que recebi?”. Se você dá algo a alguém, se você quer fazer algo em favor de alguém, que nunca seja esperando algo em troca, porque senão você já perdeu todo o sentido da caridade, foi um comércio aquilo que você fez, um negócio.
Negócios são assim: você faz para receber. Amor não! Amor ao próximo, amor caridade, amor evangélico nós fazemos sem esperar nada em troca.
Deus abençoe você!

 

Padre Roger Araújo


Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.Facebook Twitter
http://homilia.cancaonova.com/homilia/a-gratuidade-e-a-marca-do-coracao-de-quem-serve-a-deus/
LEITURA ORANTE


Lc 14,12-14 - Uma festa para os pobres



Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre,
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade) 
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Lc 14,12-14  e observo pessoas. Procuro compreender o ensinamento de Jesus Mestre.
Depois Jesus disse ao homem que o havia convidado: 
- Quando você der um almoço ou um jantar, não convide os seus amigos, nem os seus irmãos, nem os seus parentes, nem os seus vizinhos ricos. Porque certamente eles também o convidarão e assim pagarão a gentileza que você fez. Mas, quando você der uma festa, convide os pobres, os aleijados, os coxos e os cegos e você será abençoado. Pois eles não poderão pagar o que você fez, mas Deus lhe pagará no dia em que as pessoas que fazem o bem ressuscitarem.

Jesus fala sobre a generosidade desinteressada: convidar os pobres, os que não têm como retribuir. Normalmente, na sociedade, convidam-se pessoas do mesmo nível e que acabam por retribuir. A caridade proposta por Jesus rompe este círculo e dá espaço aos pobres, aos coxos, aos sem aparência, aos cegos...E afirma que este tipo de caridade tem a recompensa de Deus.

2. Meditação (Caminho) 
O que o texto diz para mim, hoje?
 
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições?
Na comunidade da qual participo é assim que as pessoas se relacionam ou há disputa de poder, pessoas que buscam fazer carreira?
Que lugar ocupo eu?
A Conferência de Aparecida nos recorda:
"A vida se acrescenta dando-a e se enfraquece no isolamento e na comodidade. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam da margem a segurança e se apaixonam na missão de comunicar vida aos demais. O Evangelho nos ajuda a descobrir que um cuidado enfermiço da própria vida depõe contra a qualidade humana e cristã dessa mesma vida.  Vive-se muito melhor quando temos liberdade interior para doá-la "Quem aprecia sua vida terrena, a perderá" (Jo 12,25). Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: " que a vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros. Isso é, definitivamente, a missão."(DAp 360).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
 
Meu coração já está em sintonia com todos os santos.
Vivo este momento em silêncio. Depois, concluo:
 
Espírito vivificador,
a ti consagro o meu coração: 
aumenta em mim o amor a Jesus e aos irmãos. 
Faze-me sentir filho amado do Pai. Amém.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós

4.Contemplação (Vida e Missão) 
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
 
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou pensar com amor nas pessoas mais carentes.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
Oração Final
Pai Santo, que a vontade de servir seja o único impulso que nos mova na caminhada. Que estejamos sempre atentos às carências dos irmãos e busquemos partilhar os dons e talentos com que fomos agraciados por Ti, Pai amado, nada retendo para nós. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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