sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 28/12/2023

ANO B


Mt 2,13-18

Comentário do Evangelho

O novo Israel

O novo é dito com as palavras antigas e evoca o passado de Israel. Jesus é apresentado como o novo Israel e o Novo Moisés. Herodes lembra o Faraó do Egito que mandou matar todos os meninos nascidos dos Hebreus, pois eles representavam uma ameaça (Ex 1,15-22). Como Moisés escapou misteriosamente da morte (Ex 2,1-10) e fugiu para outro país para escapar do Faraó (Ex 2,11-15), do mesmo modo Jesus escapa da crueldade de Herodes (vv. 13-15) e, depois, vai para Nazaré (v. 23). Já desde muito cedo, pouco depois de seu nascimento, a perseguição de Herodes e o massacre das crianças de Belém prefiguram a rejeição de Jesus por parte de Israel.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.
Fonte: Paulinas em 28/12/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

A fuga para o Egito


Ainda na oitava do Natal, a Igreja celebra os Mártires Inocentes: recorda a carnificina patrocinada por Herodes Magno, com o desejo de matar o Messias. Eles foram testemunhas de Jesus, embora ainda pequeninos. O texto coliga duas fórmulas de cumprimento. A primeira é Oseias 11,1: “Do Egito, chamei o meu Filho”, para explicar por que a família de Nazaré vai ao Egito e de lá retorna, enfrentando a precariedade de ter que migrar para um país estrangeiro.
Teologicamente, Jesus realiza o movimento do êxodo: ao retornar do Egito, ele entra na Terra da Promessa; faz, com seu povo, o êxodo para a nova realidade do Reino. É também um modo de dizer que Jesus é o Filho Amado de Deus. A segunda é uma citação de Jeremias (31,15), para falar da morte dos inocentes.
Na verdade, os filhos de Raquel é que choraram a sua morte (Gn 35,19). Jeremias inverte os papéis: Raquel chora a morte dos seus filhos. Ela simboliza a humanidade que não perdeu a capacidade de compaixão, de chorar a perda das crianças que são mortas pelo aborto, pela fome, pelas balas perdidas, pela violência doméstica e por tantas outras causas.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Os retratos da vida se repetem pelos tempos afora. Também hoje os santos inocentes estão morrendo, vítimas da injustiça dos homens, da insensibilidade dos sistemas econômicos, do silêncio dos que se dizem religiosos... Prestemos ao mundo o serviço do testemunho de vida sóbria e modesta, de relações solidárias e misericordiosas com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Aparecem sinais da discriminação sofrida por Jesus. Aqui, o exílio no Egito. Mesmo antes do seu nascimento a cidade de Belém já lhe negara a acolhida. A vida mostraria outros sinais: Jesus viveu a solidão dos desertos, a insegurança dos territórios de fronteira, o preconceito da vida na periferia. Ele viveu assim para que O sigamos com coragem, confiança e alegria. Este é o caminho do cristão – o nosso caminho!
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2017

VIVENDO A PALAVRA

Os retratos da vida se repetem pelos tempos afora. Também hoje os santos inocentes estão morrendo, vítimas da injustiça dos homens, da insensibilidade dos sistemas econômicos e do silêncio dos que se dizem religiosos… Prestemos ao mundo o serviço do testemunho de uma vida sóbria e modesta, de relações solidárias e misericordiosas com os irmãos.

Reflexão

Os Santos Inocentes não chegaram sequer a tomar consciência de si mesmos. Suas vidas não puderam desabrochar. Seus lábios foram impedidos de louvar a Deus. Porém, seu sangue inocente banhou a terra e ficou à espera de outro sangue inocente, o de Jesus, derramado em resgate da humanidade pecadora. Santos Inocentes Mártires: primeiro elo de uma interminável cadeia de outros inocentes, cujas vidas são interrompidas, às vezes por motivos levianos: abortos, guerras e acidentes de várias espécies. A matança dos inocentes deixa na história uma marca repugnante e nos faz repudiar com veemência a insana e cruel atitude de qualquer pessoa que se apodera da vida alheia ou própria, para destruí-la. Senhor da vida é somente Deus. Os Santos Inocentes Mártires são celebrados desde o século VI.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 28/12/2019

Reflexão

Os Santos Inocentes não chegaram sequer a tomar consciência de si mesmos. Suas vidas não puderam desabrochar, seus lábios foram impedidos de louvar a Deus, porém seu sangue inocente banhou a terra e ficou à espera de outro sangue inocente, o de Jesus, derramado em resgate da humanidade pecadora. Santos Inocentes Mártires, primeiro elo de uma interminável cadeia de outros inocentes, cujas vidas são interrompidas, às vezes por motivos levianos: abortos, guerras e acidentes de várias espécies. A matança dos inocentes deixa na história uma marca repugnante e nos faz repudiar com veemência a insana e cruel atitude de qualquer pessoa que se apodera da vida alheia ou própria para destruí-la. Senhor da vida é somente Deus. Os Santos Inocentes Mártires são celebrados desde o século VI.
Oração
Ó Mestre e Senhor, dolorosa página fazendo referência aos Santos Inocentes Mártires! Por prepotência e cegueira de um déspota, os bebês foram cruelmente trucidados. Vem em nosso auxílio, Jesus, e ajuda-nos a promover a vida. Concede que jamais alguém se sinta no direito de tirar a vida do semelhante. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 28/12/2021

Reflexão

Todos os calendários litúrgicos orientais incluem esta festa. Em Roma, ela surge no século V. Vítimas da crueldade de Herodes-pai, muitas crianças são massacradas, por medo de um recém-nascido de quem os magos haviam falado. Herodes-filho, mais tarde, manda cortar a cabeça de João Batista, e por fim zomba do inocente Jesus, que sofre. Herodes-neto ordena decapitar Tiago e aprisionar Pedro. Assim, desde seu nascimento, Jesus encontra total oposição, que se estenderá a seus fiéis seguidores. São estes os pequeninos com quem Jesus se identifica e que fazem parte do seu Reino. Têm a salvação garantida. Neste sentido, a antífona de entrada os apresenta como portadores de conforto e esperança: “Os meninos inocentes foram mortos por causa do Cristo; eles seguem o Cordeiro sem mancha, e cantam: Glória a ti, Senhor!”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)
Fonte: Paulus em 28/12/2022

Reflexão

Todos os calendários litúrgicos orientais incluem esta festa. Em Roma, ela surge no século V. Vítimas da crueldade de Herodes-pai, muitas crianças são massacradas, por medo de um recém-nascido de quem os magos haviam falado. Herodes-filho, mais tarde, manda cortar a cabeça de João Batista, e por fim zomba do inocente Jesus, que sofre. Herodes-neto ordena decapitar Tiago e aprisionar Pedro. Assim, desde seu nascimento, Jesus encontra total oposição, que se estenderá a seus fiéis seguidores. São estes os pequeninos com quem Jesus se identifica e que fazem parte do seu Reino. Têm a salvação garantida. Nesse sentido, a antífona de entrada os apresenta como portadores de conforto e esperança: “Os meninos inocentes foram mortos por causa do Cristo; eles seguem o Cordeiro sem mancha, e cantam: Glória a ti, Senhor!”.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«José levantou-se, de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para o Egito»

Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez
(Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje celebramos a festa dos Santos Inocentes, mártires. Introduzidos nas celebrações de Natal, não podemos ignorar a mensagem que a liturgia quer nos transmitir para definir, ainda mais, a Boa Nova do nascimento de Jesus, com dois acentos bem claros. Em primeiro lugar, a predisposição de São José no desígnio salvador de Deus, aceitando sua vontade. E, por sua vez, o mal, a injustiça que frequentemente encontramos em nossa vida, concretizada na morte martirial das crianças Inocentes. Tudo isso pede-nos uma atitude e uma resposta pessoal e social.
São José nos oferece um testemunho bem claro de resposta decidida perante o chamado de Deus. Nele nos sentimos identificados quando devemos tomar decisões nos momentos difíceis de nossa vida e de nossa fé: «Levantou-se de noite, com o menino e a mãe, e retirou-se para Egito» (Mt 2,14).
Nossa fé em Deus implica a nossa vida. Faz que nos levantemos, quer dizer faz nos estar atentos às coisas que acontecem em nosso redor, porque —frequentemente— é o lugar onde Deus fala. Faz nos tomar ao Menino com sua mãe, quer dizer, Deus faz se nos próximo, companheiro de caminho, reforçando a nossa fé, esperança e caridade. E faz nos sair de noite para Egito, isto é, convida-nos a não ter medo perante nossa própria vida, que com frequência enche-se de noites difíceis de iluminar.
Estas crianças mártires, também hoje, têm nomes concretos em crianças, jovens, casais, pessoas idosas, imigrantes, doentes...que pedem a resposta de nossa caridade. Assim nos o diz João Paulo II: «Em efeito, são muitas, em nosso tempo, as necessidades que interpelam à sensibilidade cristã. É hora de uma nova imaginação da caridade, que se desdobre não só na eficácia da ajuda emprestada, mas também na capacidade de nos fazer próximos e solidários com o que sofre».
Que a nova luz, clara e forte de Deus feito Menino encha nossas vidas e consolide nossa fé, nossa esperança e nossa caridade.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

«O que temes, Herodes, quando ouves que nasceu um Rei? (…). Você mata o corpo das crianças, porque o medo matou o seu coração» (São Quodvultdeus)

- «O Filho de Deus - Verbo eterno - tornou-se filho para que Deus esteja ao nosso alcance. Ele nos ensina assim a amar os pequenos; amar os fracos; respeitar as crianças» (Bento XVI)

- «A fuga para o Egito e a matança dos inocentes manifestam a oposição das trevas à luz: 'Ele veio para a sua casa, e a sua gente não o recebeu» (Jn 1,11). Toda a vida de Cristo estará sob o signo da perseguição» (Catecismo da Igreja Católica, n. 530)

Reflexão

Os Santos Inocentes, mártires

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, sobre a manjedoura de Belém se cerne já a sombra da cruz. A anunciam a pobreza do estábulo, a profecia de Simeon sobre o signo de contradição e a espada destinada a traspassar a alma da Virgem e, a persecução de Herodes, que causará a morte das crianças Inocentes Mártires e fará necessária a fugida da Sagrada Família a Egito.
O Filho de Deus —a palavra eterna— se fez tão pequeno como para estar numa manjedoura. Fez-se criança para que Deus esteja ao nosso alcance. Ele nos ensina assim a amar aos pequenos; amar aos débeis; respeitar às crianças. O Menino de Belém nos faz pôr os olhos em todas as crianças que sofrem e são exploradas no mundo, tanto os nascidos como os não nascidos.
—Em todos eles, é o Menino de Belém quem nos interpela. Nestes dias natalinos, oremos para que o resplendor do amor de Deus acaricie a todos estas crianças.

Reflexão

Cultura da morte. O aborto.

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos do Papa Francisco)
(Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje, também as crianças, e as crianças por nascer, os ameaçam o egoísmo, daqueles que sofrem a sombra da desesperança em seu coração, a desesperança que semeia o medo e que leva a matar.
Hoje também, nossa cultura individualista se nega a ser fecunda, se refugia em uma permissibilidade que nivela por baixo, ao que o preço dessa não fecundidade seja o sangue de um inocente. Estamos influenciados por um “teísmo biodegradador” do humano, esse “teísmo spray” que pretende suprimir a grande verdade (o Verbo que se tem encarnado). A proposta cultural que recai sobre si mesmo em uma dimensão egoisticamente individualista, se constrói por traz dos direitos das pessoas, e das crianças. Esses são recursos do Herodes moderno.
Jesus “menino por nascer” nos convoca a coragem. Não queremos degradar-mo-nos na “cultura da facilidade” que nos anula sempre, porque pouco a pouco, termina sendo a cultura da morte.
Queremos reivindicar a presença de Cristo já no seio de sua Mãe!

Recadinho

Herodes teme perder seu trono. Confuso, despistado pelos magos, apela para a ignorância: manda matar as crianças com menos de dois anos. Hoje não é diferente! O que dizer... do aborto, por exemplo? - São só poderosos que querem dominar seu semelhante ou há também pessoas simples que se transformam em dominadoras? O que leva tanta gente a praticar tanta maldade? - Que tipo de ajuda poderiam nos dar os magos que visitaram o Menino Jesus? - Faça uma prece pensando em Maria e José, pais de Jesus.
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/12/2013

Meditação

José, Maria e o Menino têm de fugir para escapar do perigo. Por que Deus não enviou seus anjos para derrotar os inimigos? Por que não fez algum milagre, em vez de mandar que fugissem? As lendas antigas perceberam esse aparente absurdo e, por isso, falam das palmeiras que se inclinavam para oferecer seus frutos, das fontes que surgiam no momento exato. Deus continua agindo igual. E assim o Cristo continuava a assumir a condição humana, menos o pecado. A nós importa acolher o mistério divino e não querer decifrá-lo.
Oração
Ó Deus, hoje os Santos Inocentes proclamaram vossa glória, não por palavras, mas pela própria morte; dai-nos também testemunhar com a nossa vida o que os nossos lábios professam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: a12 - Reze no Santuário - Deus Conosco em 28/12/2022

Meditação

Pelo que sabemos de Herodes, não podemos estranhar mais esta crueldade. Aliás, ainda hoje, com a facilidade das comunicações, sabemos como é comum a crueldade com as crianças. Crueldade de todo tipo, até mesmo nos lares, onde se poderia imaginar que elas estivessem a salvo; são ameaças que tornam inseguro até mesmo o seio materno. Herodes não é apenas uma figura do passado; é do presente, e precisamos resgatar os grandes valores do Reino de Deus.
Oração
Ó DEUS, hoje os mártires Inocentes proclamaram o vosso louvor, não por palavras, mas pela morte; concedei que também nossa vida testemunhe a fé que nossos lábios professam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus, e convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos.

Comentário sobre o Evangelho

Comemoramos os martirizados pela perseguição do Menino Jesus


Hoje, três dias depois do Natal, lembramos daquelas crianças que, sem saber, inocentemente, foram mártires inclusive antes de santo Esteban. Herodes ia buscar Jesus, mas acabou matando a todas as crianças da comarca menos a Jesus.
—Quando o homem persegue a Deus, o homem acaba perseguindo ao homem. Quem joga contra Deus não derrotará a Deus, mesmo que certamente fará sofrer a outros. Em todo caso, Deus recompensa aos “sofridos” por Sua causa.

Meditando o evangelho

O MARTÍRIO DOS INOCENTES

A presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente alicerçado num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, punha a nu a perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na violência.
A matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. No coração do rei sanguinário não havia lugar para o amor.
Herodes, em última análise, ousou desafiar o próprio Deus, de quem Jesus era Filho e recebera uma missão. Levantar-se contra o Messias correspondia a rebelar-se contra quem o enviou. Mas Deus não se deixou vencer por Herodes: salvou seu Filho pela ação previdente de José, que se pôs em fuga para o Egito, com o menino e sua mãe.
Na vida de Jesus e de seus discípulos, a perseguição e a morte, por causa do Reino, seriam uma constante. Entretanto, como estão a serviço do Reino do Pai, podem contar com a vitória, uma vez que os prepotentes jamais prevalecerão.
Fonte: Dom Total em 28/12/201328/12/201728/12/2019, 28/12/2021 28/12/2022

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, apesar das perseguições e da morte que deverei defrontar, ponho-me em tuas mãos e me consagro totalmente ao serviço do teu Reino.
Fonte: Dom Total em 28/12/201328/12/201728/12/2019 28/12/2021

Oração
Ó Deus, hoje os santos Inocentes proclamam vossa glória não por palavras, mas pela própria morte; dai-nos também testemunhar com a nossa vida o que os nossos lábios professam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 28/12/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Santos Inocentes
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

A referência máxima para os judeus era Moisés, em suas práticas religiosas e observância das Lei, tudo isso só tinha a Moisés como única referência como Homem de Deus, de quem Deus se serviu para libertar o seu povo da Escravidão do Egito. Mateus, que escreve para Judeus não pode "atropelar" toda uma tradição, acabando com as referências religiosas para falar de Jesus, o novo Libertador do homem. E Mateus nem precisa forçar muito no seu modo de escrever e falar de Jesus, de fato Jesus Cristo é a unidade de toda Escritura pois no antigo testamento, as pessoas e os acontecimentos apontam para ele, com ele toda a escritura tem um único sentido.
O jeito que Mateus encontrou foi fazendo um paralelo de Jesus com Moisés, daí vem os acontecimentos narrados neste evangelho, Moisés, tanto quanto Jesus também sofreu perseguição desde o seu nascimento, o Faraó tinha dado a ordem às parteiras, todo menino dos Hebreus deveria ser morto e jogado as águas do rio Nilo.
Os Poderosos do Egito tinham medo dos Hebreus que estavam aumentando consideravelmente e poderia vir a ser uma ameaça á sua soberania. Também com Jesus vai ocorrer o mesmo, Herodes manda matar todas as crianças recém-nascidas, porque não quer que nasça o novo Rei e Libertador do Povo. E esse processo que começou com a saída do povo do Egito, se repete em Jesus, onde a Sagrada Família também é chamada do Egito e a Revelação é feita a José em sonhos, como outrora outro José Sonhador, levou o seu povo ao Egito em tempos de seca e de flagelo.
Oh benditos Santos Inocentes, que receberam o martírio como Dom Divino, e mesmo sendo crianças recém-nascidas, deram o seu testemunho corajoso dando a vida para preservar a Vida Verdadeira que viria para todo Homem. Uma leitura ingênua desse fato teria do leitor uma recriminação "Como pode Deus consentir  uma desgraça dessa?". Mas o entendimento da reflexão proposta por Mateus perpassa o fato em si, que provavelmente nem seja histórico, pois ele quer revelar aos Judeus que um novo e definitivo Moisés já chegou e está em meio aos homens: Jesus Cristo, Nosso Senhor, aquele que incomoda e abala as estruturas do poder dos homens, porque tem algo muito maior a oferecer: uma libertação plena do homem integral...

2. Ouviu-se um grito em Ramá - Mt 2,13-18
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

A história dos Santos Inocentes é contada por São Mateus na passagem do Evangelho que acabamos de ler. Seria uma reflexão ampliada do que se lê em Jeremias: “Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem”. Raquel, esposa de Jacó, morreu ao dar à luz Benjamin. Foi sepultada no caminho de Belém. Meditando o acontecimento da matança dos Santos Inocentes, São Quodvultdeus, no século quinto, escrevia: “Ao anunciarem os magos o nascimento de um Rei, Herodes se perturba e, para não perder o seu reino, quer matar o recém-nascido. Por que temes, Herodes?… Matas o corpo das crianças porque o medo matou teu coração… Essas crianças morrem pelo Cristo, sem saberem, enquanto seus pais choram os mártires que morrem”. Sem saber, crianças inocentes deram a vida por Jesus. Um rei cruel mandou matá-las. Que elas protejam nossas crianças!
Fonte: NPD Brasil em 28/12/2019

HOMILIA

O MARTÍRIO DAS CRIANÇAS

Hoje é o dia dedicado aos Santos Inocentes, que são aquelas crianças que foram assassinadas a mando de Herodes, quando José fugiu com Maria e Jesus para o Egito. Esses pequenos e inocentes mártires foram os primeiros a morrer para que se cumprisse o projeto de Deus com Jesus. E Jesus devia saber disso. A presença de Jesus na história humana despertou a fúria de quem estava firmemente alicerçada num esquema de pecado, posto em xeque pela salvação oferecida à humanidade. A pregação de Jesus desmascarava a injustiça, tornava pública a perversidade dos opressores, revelava a fragilidade de sistemas fundados na opressão e na violência.
A matança dos inocentes de Belém foi uma espécie de antecipação do futuro de Jesus e de seus discípulos. Um frágil recém-nascido foi suficiente para abalar a segurança do prepotente e violento Herodes. Sua decisão de eliminar as crianças da região onde nascera o Messias Jesus visava eliminar no seu nascedouro, tudo o que pudesse pôr em risco a segurança de seu reino. O que leva uma pessoa a matar crianças com menos de 2 anos de idade? Parece algo distante da nossa realidade, mas está mais perto do que pensamos. E aqui eu vou dar dois exemplos de como isso acontece bem perto de nós.
Primeiro pensemos no aborto, que é algo aparentemente sem maiores conseqüências, mas que transforma as pessoas que o praticam em assassinos semelhantes a Herodes. Por que Herodes mandou matar aquelas crianças? Para não perder seu lugar no trono. Por que as pessoas abortam? Para não perderem seu lugar no trono. Uma criança não-planejada representa uma mudança nos planos dos pais, que para não perderem o controle de suas vidas, tornam-se assassinos de um inocente. E isso acontece em todas as classes sociais, da mesma forma que o segundo exemplo...
Algumas crianças vão sendo mortas aos poucos pela ausência ou pela super-proteção dos pais. A ausência física, ou a ausência do exemplo a seguir. As crianças se espelham muito nos seus pais, e todas as atitudes dos pais penetram no inconsciente e refletem no comportamento dos filhos. Crianças não sabem distinguir entre o certo e o errado vão aprendendo à medida que vão vendo e escutando seus pais... E a super proteção priva a criança de desenvolver suas potencialidades... Esse tipo de morte lenta começa na infância, por culpa dos pais.
Cuidar de crianças não é uma tarefa fácil, mas de todas as tarefas, é a mais gratificante. Ser o herói e o exemplo de vida para um filho deveria ser o desejo de todos os pais, pois aquele filho e aquela filha são a continuação da sua vida nesse mundo. Uma árvore boa só pode dar frutos bons, que tem sementes boas, que formarão outras árvores boas.
Pai, sê o guia de minha caminhada, livrando-me de todas as ciladas do mal, e conservando-me incólume para o teu santo serviço.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 28/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

28 de DEZEMBRO

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 28/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Não podemos mais permitir que nenhuma vida seja maltratada!

Não podemos mais permitir que nenhuma vida seja maltratada, nenhuma vida seja eliminada, a começar pela vida de nossas crianças.

”Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos.” (Mt 2, 16)

Ainda estamos celebrando as alegrias do nascimento de Jesus Cristo e a Igreja nos permite contemplar diversas faces da presença de Deus no meio de nós. O relato do Evangelho de hoje, a festa que nós celebramos hoje, é sobre os santos inocentes, crianças de dois anos para baixo que foram assassinadas brutalmente pela maldade de Herodes, que queria matar Jesus, que queria de alguma forma eliminá-Lo. Com medo do seu trono ser ameaçado, por isso, ele mandou perseguir toda e qualquer criança daquela região que tivesse menos de dois anos, na certeza de que, de uma forma ou de outra, mataria Jesus.
José e Maria, avisados pelo anjo, fogem para o Egito e lá vão viver muitos anos, até que Herodes morra e, assim, eles possam voltar a viver em Nazaré.
O que este infanticídio de hoje diz ao nosso coração? Infelizmente, meus irmãos e irmãs, no mundo em que vivemos nem tudo é alegria e festa; nem todas as crianças podem comemorar, celebrar o Natal, ganhar presentes, sorrir… Nem todas as crianças têm pão para comer, roupa para vestir, nem todas as crianças são respeitadas na sua dignidade.
O infanticídio cometido por Herodes continua a acontecer no meio de nós, hoje, de diversas formas. A mais trágica delas ainda é o aborto; um dos crimes mais brutais e desumanos que existem, no qual crianças são assassinadas ainda no ventre de sua mãe. Elas são, na verdade, mártires, como as crianças do Evangelho de hoje.
Algumas crianças não morrem no ventre de sua mãe, mas vão morrendo aos poucos no meio de nós. A desnutrição infantil e a falta de condições dignas levam muitas crianças a se tornarem doentes, vítimas da fome, vítimas da guerra, vítimas das tragédias humanas. Milhões de crianças no mundo inteiro são vítimas de abusos, que vão acabando com a dignidade delas e vão, aos poucos, tirando o sentido da vida de muitas delas.
Hoje, muitos adultos sofrem, porque, quando eram crianças, sofreram este ou aquele tipo de abuso. No dia de hoje, nós queremos levantar a nossa voz, queremos levantar o nosso coração para nos unirmos ao Coração de Jesus em defesa dos nossos pequenos. Não podemos mais permitir que nenhuma vida seja maltratada, que nenhuma vida seja eliminada, a começar pela vida de nossas crianças.
Não podemos mais permitir a prostituição infantil nem o abuso de crianças! Não podemos mais permitir a pedofilia ou qualquer outro crime que tire a dignidade dos nossos pequenos. O reino dos céus é de quem se parece com elas! Nós amamos o sorriso dos pequenos, mas não podemos ter a nossa mente e o coração fechados! E nos comportarmos com indiferença, porque ao nosso lado existem crianças sofrendo.
Não cuidemos só do nosso filho ou da nossa filha. Claro, cuidemos dos nossos em primeiro lugar, a obrigação de cada pai, cada mãe, é cuidar do seu filho e da sua filha. Mas, uma vez que somos filhos de Deus, precisamos cada vez mais unir forças para defender a vida de nossas crianças.
O Natal vai ser apenas uma euforia se resumirmos o sentido natalino a trocarmos presentes, a darmos roupas novas para nossos filhos e brinquedos e nos esquecermos de que milhões e milhões de crianças continuam sendo martirizadas, sofridas e penalizadas pela brutalidade humana.
Deus abençoe e proteja nossas crianças desde o ventre de suas mães!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Oremos pela vida de nossas crianças

Toda a humanidade deveria voltar-se, para salvar a vida das crianças

“Herodes mandou matar todos os meninos de Belém, e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos.” (Mateus 2,16)

Na alegria desse tempo Natalino, não podemos fechar os olhos para a realidade da vida a qual vivemos. O nascimento de Jesus trouxe luz e alegria, mas, também trouxe descontentamento e opositores. Trouxe aqueles que se manifestaram contra à vida, porque Jesus veio para que todos tenham vida em abundância.
Quiseram matar Jesus ainda criança, seus pais fugiram para o Egito para salvar a vida d’Ele. Por causa d’Ele e querendo encontra-Lo, Herodes violento e maldoso, mandou matar todas as crianças. Infelizmente, o que Herodes fez continua acontecendo até nos dias de hoje. Crianças morrem de forma inocente, morrem ainda no ventre de muitas mães, morrem nos primeiros dias de vida, morrem vítimas de violência, de espancamento, vítimas da fome, morrem porque não são amadas, cuidadas e nem tratadas com a dignidade devida.
Não podemos fechar os olhos e achar que, agora no Natal tudo é festa, luz e alegria. Olhando para o mundo do jeito em que ele se encontra, precisamos resgatar vidas, porque é belo saber que Deus nos trouxe a vida, mas Ele veio para que todos a tenham, e “todos” incluem, principalmente, as nossas crianças. Elas precisam, em primeiro lugar, serem amadas, cuidadas, respeitadas, valorizadas e resgatadas. Se a mulher, por algum motivo ou por alguma loucura da vida, não quiser ter um filho, mas, mesmo assim gera-lo; em hipótese alguma ela terá o direito de tirar esse filho. Ainda que outros cuidem dessa criança, o ideal é que a mãe cuide, mas matar jamais.
Jamais a cultura do aborto. Nenhuma permissão para o aborto devemos dar, porém, cuidemos da criança que nasceu; precisamos dar condições mínimas para que essas crianças sobrevivam.
Toda a humanidade deveria voltar-se, para salvar a vida das crianças. Existem campanhas maravilhosas de combate ao aborto e vamos continuar combatendo a favor da vida. A criança quando nasce precisa ser acolhida, amada, cuidada, precisa ter o nosso carinho. Ajudemos, meus irmãos, as famílias mais pobres, ajudemos as mães que passam por dificuldades psicológicas, psíquicas, afetivas e espirituais.
Onde existir uma vida humana, que possamos dar o melhor de nós para ela; não é tomar a criança da ”mão de suas mães”; o ideal é que cada mãe cuide dos seus filhos, mas, o que pudermos fazer para darmos o nosso apoio espiritual, psicológico, afetivo, humano e espiritual; o façamos. Pois, é Jesus que está presente em cada uma dessas crianças.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2017

HOMILIA DIÁRIA

O Reino de Deus nos traz a vida plena

Levanta-te, pega o Menino e Sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o Menino para matá-Lo.” (Mateus 2,13)

Herodes representa o poder destruidor desse mundo, o poder e a cultura da morte, aquele que persegue e, de fato, quer extinguir tudo aquilo que representa a vida, inclusive, a vida plena que Deus nos trouxe.
Herodes queria matar Jesus porque Ele representava uma ameaça para Herodes, representava uma ameaça para a sua tirania e para todos os tiranos da sociedade porque Jesus é o Senhor da vida.
Jesus não veio para usufruir de qualquer poder humano, de qualquer tirania humana, porque o Reino d’Ele não é desse mundo. O Reino d’Ele é da vida plena e da vida em abundância. E aqueles que não conhecem essa vida se opõem à vida que Deus nos trouxe.
Para tentar matar Jesus, para tentar encontrá-Lo porque Herodes não O conhecia, ele mandou matar todas as crianças da redondeza que tinham menos de dois anos e, por isso, uma grande matança, uma grande tragédia, um grande infanticídio ocorria naqueles arredores para que, de alguma forma, Jesus fosse eliminado.

O Reino de Deus não é deste mundo, o Reino d’Ele é da vida plena e da vida em abundância

Todo atentado contra a vida é um atentado contra Deus, contra Jesus. Toda a forma de eliminar a vida humana, toda a violência vinda de qualquer lado, de qualquer parte; toda a violência vivida que ataca a vida é um ataque a presença de Deus no meio de nós.
Na celebração do Natal, Jesus é aquele que se coloca ao lado dos que têm a vida ameaçada pelas perseguições pela cultura da morte. Jesus é aquele que se coloca ao lado das vítimas, desde o aborto a outros crimes violentíssimos contra a vida: vida de crianças inocentes, vida de crianças no ventre de suas mães, vida de adolescentes e jovens, vida que se manifesta desde a primeira infância até a vida dos nossos idosos que, muitas vezes, estão morrendo por falta de cuidado, estão sendo eliminados pela cultura da morte, a cultura do descarte dos tempos em que vivemos.
Para anunciar Jesus não basta que Ele esteja na nossa vida particular, mas precisamos promover a vida desde a sua concepção até o seu entardecer mais longo.
Toda a vida é manifestação amorosa de Deus, por isso, hoje não celebramos a morte, pelo contrário, denunciamos a morte como algo perverso, enganador, denunciamos aqueles que promovem a morte como inimigos da graça de Deus, porque Ele veio trazer vida para todos.
Cuidemos da vida de nossas crianças, de nossos jovens e de nossos idosos. Promovamos a vida porque a vida que vivemos aqui, com curtos dias, muitos dias, não importa a quantidade de dias, pertence a Deus. A Ele devemos dar contas, no entardecer da vida, do nosso viver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2019

HOMILIA DIÁRIA

Busque promover a cultura da vida

“Levanta-te, pega o menino e sua mãe e foge para o Egito! Fica lá até que eu te avise! Porque Herodes vai procurar o menino para matá-lo.” (Mateus 2,13)

Na celebração deste tempo de Natal, cabe hoje na nossa Liturgia, os Santos Inocentes, esses primeiros mártires que deram sua vida por amor a Jesus ainda pequenos, ainda no ventre de suas mães, ainda recém-nascidos. Herodes mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, conforme o tempo que ele imaginava que Jesus podia ter, conforme lhe foi avisado pelos magos.
Então, essas crianças foram perseguidas porque Herodes queria matar Jesus. É claro, Herodes vê Jesus como um perigo, uma ameaça para ele; Herodes vê em Jesus um empecilho para o seu reino. É por isso que, em vez de se abrir para graça, ele se propõe a perseguir Jesus e até matá-Lo.
Vivemos num mundo, numa sociedade homicida, onde as pessoas, de fato, matam quem se opõe ou quem representa qualquer ameaça para a sua vida. As diferentes formas de homicídios que a nossa sociedade realiza: do aborto, às crianças inocentes que morrem, aos assassinatos e tantas tragédias que marcam a nossa sociedade; é uma oportunidade para refletirmos o valor da vida, porque Deus nos trouxe vida e quer que tenhamos vida em abundância diante das ameaças que a vida sofre. São tantas e, de todas as ameaças da vida temos que fugir, assim como José fugiu para o Egito para salvar e proteger esse menino.

Precisamos salvar o mundo em que estamos, a começar daqueles que, muitas vezes, não têm o direito a uma vida digna

Temos que fugir das ameaças da vida e temos que proteger a vida, mas a vida de todos, a vida das nossas crianças, seja no ventre da mãe, seja as crianças que nascem, estão ameaçadas pela fome, estão ameaçadas em muitos países pelas guerras, estão ameaçadas pela desnutrição, estão ameaçadas pela prostituição, onde crianças cada vez mais cedo estão sendo submissas à essa barbaridade.
Não adianta apenas contemplarmos a beleza da vida que Deus nos trouxe, se não nos tornamos profetas da vida, se não vamos salvar a vida das crianças, dos jovens, dos adolescentes, dos idosos, de todos aqueles que os “Herodes” dos nossos tempos, muitas vezes, com atos e atitudes querem matar.
O Senhor veio para nos trazer vida, e nós precisamos ser aqueles que estejam para salvar a vida humana. Precisamos colocar a nossa vida em favor da vida e jamais compartilhar da cultura de morte dos nossos tempos. Precisamos salvar o mundo em que estamos, a começar daqueles que, muitas vezes, não têm o direito a uma vida digna. Há ainda muitos que estão morrendo de fome, há muitos que ainda morrem sem ter o alimento digno de cada dia.
Promover a cultura da vida é favorecer a vida em todos os sentidos e opor-se a toda cultura de morte dos tempos vigentes.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2021

HOMILIA DIÁRIA

Através do seu testemunho, revele Cristo ao próximo

“Quando Herodes percebeu que os magos o haviam enganado, ficou muito furioso. Mandou matar todos os meninos de Belém e de todo o território vizinho, de dois anos para baixo, exatamente conforme o tempo indicado pelos magos. Então se cumpriu o que foi dito pelo profeta Jeremias.” (Mateus 2,16-17)

Meus irmãos, dentro das Oitavas de Natal, hoje, dia 28, comemoramos os Santos Inocentes. Quem foram esses Santos Inocentes? Acompanhamos aqui, no trecho do Evangelho, que Nosso Senhor havia nascido e os magos foram até o rei Herodes para oferecer presentes ao rei que havia nascido. Porém, Herodes ficou confuso: “Mas como assim vocês vieram presentear o rei? Eu sou o rei!”. E os magos não o reconheceram como o rei, mas o rei que havia nascido.
Eles queriam presenteá-lo e combinaram; dizia Herodes: “Então, se vocês encontrarem o rei, me digam porque também quero adorá-Lo”. Na verdade, Herodes queria matar o menino; e aqueles magos encontraram o rei, o verdadeiro rei (Jesus), ofereceram os seus presentes — como conhecemos a história —, e partiram por um outro lado. Não foram avisar Herodes.
Diz a Leitura, que acabamos de escutar, que Herodes ficou furioso por conta disso, ele se sentiu enganado. Então, o que ele fez? Infelizmente, mandou matar as crianças de dois anos para baixo. São esses Santos Inocentes que comemoramos hoje. Eles, sem saber, deram a vida por causa de Cristo.

Que Cristo possa nascer no coração dos incrédulos, através do seu testemunho

Essas crianças que, como diz o Ofício das Leituras hoje, na Liturgia das Horas, sem saber e sem poder balbuciar algumas palavras, proclamaram o Cristo, viveram e deram a vida, apesar da curta vida, mas deram a vida por causa do Cristo.
Meus irmãos, nosso tempo clama por testemunhos de fé. Essas crianças deram testemunho, apesar da curta vida; mal sabiam falar, mas deram a vida pelo Cristo; mal sabiam falar, mas proclamaram o Cristo.
Com as nossas palavras proclamemos Cristo, mas principalmente com o nosso testemunho proclamemos Cristo. Com a nossa fé nos contagiemos uns aos outros. Muitas vezes, é sem falar nada que nós vamos evangelizar muito, aqueles que estão descrentes, aqueles que já se cansaram das palavras.
Tem muita gente assim: descrente porque ouve falar tanto de Cristo, mas não vê Cristo em mim e em você. Precisamos revelar o Cristo, não com as nossas palavras simplesmente, mas com o nosso testemunho.
Que as pessoas, ao olharem para você, digam: “Está ali o Cristo”. Que as pessoas possam olhar para mim e ver também o Cristo. Que o Cristo possa nascer no coração dos incrédulos, através do meu e do seu testemunho.
A bênção do Deus Todo-poderoso. Pai, Filho e Espírito Santo. Amém!
Padre Márcio Prado
Sacerdote da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/12/2022

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um olhar manso e puro, capaz de enxergar nossos irmãos. E nos dá também, Pai amado, desprendimento e coragem para partilhar os dons com que nos cumulaste, aliviando, assim, o sofrimento e a dor dos companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, Jesus escolheu a porta estreita e o estrada áspera que leva à salvação. O mundo consumista em que vivemos nos convida à porta larga e à estrada confortável, mas que conduz à perdição. Fortalece, Pai amado, nossa fé e a vontade de testemunhar o teu Amor aos companheiros de jornada. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo. Amém.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/12/2017

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um olhar manso e puro, capaz de enxergar nossos irmãos. E nos dá também, amado Pai, desprendimento e coragem para partilhar os dons com que nos cumulaste, aliviando, assim, o sofrimento e a dor dos companheiros de caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.


QUE O MENINO JESUS NASÇA,


TODOS OS DIAS EM SEU CORAÇÃO.


Ano Novo é tempo de rever prioridades, abraçar sonhos e preservar as coisas boas.


Feliz 2024!

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