ANO A
Lc 10,1-12
Comentário do Evangelho
O discípulo é portador da paz.
Setenta ou setenta e dois, dependendo do manuscrito, é o número dos enviados. Baseando-nos em Gênesis 10, que diz ser setenta o número das nações que compõem a humanidade, podemos dizer que nossa perícope diz respeito à universalidade da missão da Igreja, enviada pelo seu Senhor, “a toda cidade e lugar para onde ele mesmo devia ir” (v. 1). Trata-se de colheita (v. 2), pois o agricultor é Deus (cf. Jo 15,1); é Deus quem faz a boa semente frutificar (cf. Mc 4,26-29). Para esta missão universal é que Jesus dá as orientações. O conteúdo do anúncio é a proximidade do Reino de Deus, anúncio que deve ser feito mesmo em situações adversas (cf. vv. 9.11). Como o discípulo não é maior que o Mestre, os discípulos enviados devem ter presente a possibilidade de hostilidade, resistência e rejeição da missão cristã: “Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos” (v. 3; ver também: vv. 10-11). Mas não se paga o mal com o mal, por isso o discípulo é portador da paz, que é dom do Cristo Ressuscitado: “… dizei primeiro: ‘A paz esteja nesta casa!’” (v. 5). Na rejeição, sacudir o pó da sandália (v. 11), isto é, não se deixar abater pelo fracasso, pois a segurança e a força vêm do Senhor.
Fonte: Paulinas em 03/10/2013
COMENTÁRIO DO EVANGELHO
A MESSE É GRANDE, MAS OS TRABALHADORES SÃO POUCOS
Tendo já enviado os Doze apóstolos em missão (Lc 9,1-6), agora, Jesus envia um grupo maior e mais heterogêneo: o número varia entre 70 e 72. No Antigo Testamento, equivale à lista das nações pagãs (Gn 10) ou ao número dos colaboradores de Moisés (Nm 11,16-30). Os apóstolos têm a tarefa de preparar a chegada de Jesus. Eles são precursores. O trabalho de evangelização é imenso. Faltam missionários. Por isso, é preciso muita oração. Além disso, o clima é de tensão e perseguição.
A única segurança dos discípulos é Deus, pois eles devem ter estilo de vida pobre e despojado. Jesus tem pressa: eles não podem perder tempo em outras conversas pelo caminho. Devem permanecer na mesma casa, para evitar a tentação de buscar a casa dos ricos.
A mensagem transmitida é simples e contundente: o Shalom de Deus, a paz. A lei da hospitalidade deve ser usada a favor da missão, mas há a possibilidade da rejeição. Faça-se, então, um gesto profético de protesto: bater o pó das sandálias. A tarefa a ser desenvolvida: preparar a chegada de Jesus, curar os doentes e anunciar que o Reino de Deus está próximo. Vamos também nós em missão!
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa
Fontes: https://catequisar.com.br/liturgia/artigos/liturgiadiaria/ e https://comeceodiafeliz.com.br/evangelho/aproximou-se-de-vos-o-reino-de-deus-05102023
Vivendo a Palavra
Nós somos os discípulos de hoje. O Mestre nos envia a anunciar aos irmãos a Boa Notícia de que o Reino do Céu já está em nós (ainda que não em sua plenitude). O anúncio deve ser feito a todos, mesmo àqueles que não nos receberem – ‘sacudindo a poeira’, isto é, sem guardar ressentimentos.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2013
VIVENDO A PALAVRA
Nós somos os discípulos de hoje. O Mestre nos envia a anunciar aos irmãos a Boa Notícia de que o Reino do Céu já está em nós (ainda que não em sua plenitude). O anúncio deve ser feito por nosso testemunho de vida a todos, mesmo àqueles que não nos receberem, sem guardar ressentimentos.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2019
Reflexão
Jesus escolheu outros setenta e dois discípulos, que não eram os Apóstolos e os enviou à sua frente aos lugares onde ele deveria ir, nos mostrando, assim, que a obra evangelizadora da Igreja não é uma atividade exclusiva dos que pertencem à sua hierarquia, mas é compromisso de todos os que lhe pertencem, que são Igreja, porque todos são, pela graça do batismo, operários da messe do Senhor. E os leigos e leigas, de um modo especial, estão sujeitos às ameaças do mundo por isso são enviados como cordeiros no meio de lobos, uma vez que irão testemunhar, no meio do mundo, os valores que não são do mundo, despertando para si o ódio do mundo, que rejeita o Reino de Deus que é anunciado.
Fonte: CNBB em 03/10/2013
Reflexão
Assim como os Doze foram enviados em missão na Galileia, Jesus agora envia os setenta e dois (ou setenta) discípulos a evangelizar a Judeia. São setenta, como os povos que compunham a humanidade, sinal de que a Boa-Nova deve estender-se ao mundo inteiro. Despojados de segurança e comodidades, vão à frente de Jesus para preparar a sua chegada. Este é o sentido de todo o apostolado da Igreja, pois é Jesus quem deve ocupar o centro da missão. Devem levar a paz também aos ambientes hostis (ovelhas entre lobos), mas não perder tempo com pessoas de má vontade (cf. v. 6). A tarefa deles é a mesma de Jesus: anunciar a Boa Notícia do Reino e curar os doentes. Vão sentir que é imenso o trabalho a realizar, por isso deverão pedir a Deus mais missionários para a grandiosa obra de expansão do Reino.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/10/2019
Reflexão
Assim como os Doze foram enviados em missão na Galileia, Jesus agora envia os setenta e dois (ou setenta) discípulos para evangelizar a Judeia. São setenta, como os povos que compunham a humanidade, sinal de que a Boa-Nova deve estender-se ao mundo inteiro. Despojados de segurança e comodidades, vão à frente de Jesus para preparar a sua chegada. Esse é o sentido de todo o apostolado da Igreja, pois é Jesus quem deve ocupar o centro da missão. Devem levar a paz também aos ambientes hostis (ovelhas entre lobos), mas não perder tempo com pessoas de má vontade (cf. v. 6). A tarefa deles é a mesma de Jesus: anunciar a Boa Notícia do Reino e curar os doentes. Vão sentir que é imenso o trabalho a realizar, por isso deverão pedir a Deus mais missionários para a grandiosa obra de expansão do Reino.
Oração
Ó Jesus, enviado do Pai, escolhes expressivo número de discípulos e os convidas a pedir ao “Senhor da colheita” muitos trabalhadores para sua colheita. Depois, tu os envias a toda parte, para que preparem tua chegada. Partam despojados, conscientes de que terão de enfrentar oposições. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 30/09/2021
Reflexão
Assim como os Doze foram enviados em missão na Galileia, Jesus agora envia os setenta e dois (ou setenta) discípulos a evangelizar a Judeia. São setenta, como os povos que compunham a humanidade, sinal de que a Boa-nova deve estender-se ao mundo inteiro. Despojados de segurança e comodidades, vão à frente de Jesus para preparar a sua chegada. Este é o sentido de todo o apostolado da Igreja, pois é Jesus quem deve ocupar o centro da missão. Devem levar a paz também aos ambientes hostis (ovelhas entre lobos), mas não perder tempo com pessoas de má vontade (cf. v. 6). A tarefa deles é a mesma de Jesus: anunciar a Boa Notícia do Reino e curar os doentes. Vão sentir que é imenso o trabalho a realizar, por isso deverão pedir a Deus mais missionários para a grandiosa obra de expansão do Reino.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)
Reflexão
«Pedi (...) ao Senhor da colheita que mande trabalhadores para sua colheita»
Rev. D. Ignasi NAVARRI i Benet
(La Seu d'Urgell, Lleida, Espanha)
Hoje Jesus nos fala da missão apostólica. Porém «escolheu outros setenta e dois e enviou-os, dois a dois» (Lc 10,1), a proclamação do Evangelho é uma tarefa «que não pode ser delegada a uns poucos especialistas» João Paulo II: todos estamos chamados a essa tarefa e, todos vamos sentirmos responsáveis dela. Cada um desde seu lugar e condição. O dia do Batismo nos disseram: «Sois Sacerdote, Profeta e Rei para a vida eterna». Hoje mais que nunca, nosso mundo precisa do testemunho dos seguidores de Cristo.
«A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos» (Lc 10,2): É interessante esse sentido positivo da missão, pois o texto não diz: «Há muito para semear e poucos trabalhadores». Tal vez, hoje teríamos que falar desse jeito, pelo grande desconhecimento de Jesus Cristo e sua Igreja em nossa sociedade. Um olhar esperançado da missão gera otimismo e ilusão. Não nos deixemos abater pela desilusão e a desesperança.
No inicio, a missão que nos espera é, ao mesmo tempo, apaixonante e difícil. O anúncio da Verdade e da Vida, nossa missão, não pode nem deve pretender forçar a adesão, pelo contrário, deve suscitar uma livre adesão. As idéias, devem se propor e não impor, nos lembra o Papa.
«Não leveis bolsa, nem sacola, nem sandálias...» (Lc 10,4): a única força do missionário deve ser Cristo. E para que ele encha sua vida, é preciso que o evangelizador se esvazie de tudo aquilo que não é Cristo. A pobreza evangélica é um requisito importante e, ao mesmo tempo, o testemunho mais crível que o apóstolo pode dar, além de que só esse desprendimento nos fará livres.
O missionário anuncia a paz. É portador de paz, porque leva a Cristo, o Príncipe da Paz. Por isso, «Em qualquer casa em que entrardes, dizei primeiro: A paz esteja nesta casa! Se ali morar um amigo da paz, a vossa paz repousará sobre ele; senão, ela retornará a vós» (Lc 10,5-6). Nosso mundo, nossas famílias, nosso Eu pessoal, têm necessidade de Paz. Nossa missão é urgente e apaixonante.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
- « A fé nasce da mensagem, e a mensagem consiste em falar de Cristo. Por tanto, a predicação da palavra de Deus é necessária para a vida espiritual, como a semeadura é necessária para a vida do corpo» (São Lourenço de Brindes)
- « A testemunha da vida cristã é a primeira e insubstituível forma da missão: Cristo, de cuja missão somos continuadores, é do “Testigo” por excelência, e o modelo da testemunha cristã» (São João Paulo II)
- « O povo santo de Deus participa também da função profética [do ensino] de Cristo (...) e aprofunda o conhecimento da mesma, e se torna testemunha de Cristo no meio deste mundo» (Catecismo da Igreja Católica, n° 785)
Reflexão
Os fiéis laicos no Povo de Deus
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI)
(Città del Vaticano, Vaticano)
Hoje aparece um conjunto de seguidos de Cristo mais amplo que o grupo específico dos doze Apóstolos. Ali, nesse conjunto de “enviados”, estão tanto os Doze —que serão “fiéis ordenados”, sacerdotes, a partir da Última Ceia — como também um grande grupo de “fiéis não ordenados”, quer dizer, fiéis correntes da Igreja, fiéis laicos. Não são duas “classes” ou “categorias”, senão dois modos de pertencer — por meio do Batismo — ao único “Povo de Deus” encabeçado por Cristo.
A relação entre esses dois modos de se incorporar à Igreja deve se entender a partir da relação de confiança entre “pastor” e “rebanho”, significando o mesmo que expressão “Povo de Deus”: Um povo dedicado a Deus que está em caminho, em peregrinação, ao longo da história.
—Ser laico é a forma normal de ser Cristiano e de viver o Evangelho abordando as questões quotidianas deste mundo. Abranger e transformar o mundo no cristianismo: Eis aqui o autêntico apostolado dos leigos!
Meditação
O que sua comunidade faz pelas vocações? - Existe realmente apoio aos que se dedicam a evangelizar? - Procura participar de promoções de cunho vocacional? - Sua presença é presença de paz? - Tem verdadeiro espírito missionário?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 03/10/2013
Meditação
Todos nós, batizados, somos enviados de algum modo para preparar a chegada de Jesus. Para o fazer, precisamos conhecer bem o Mestre, ser desapegados, corajosos e prudentes. Sem nos atrasar com preocupações secundárias, devemos anunciar a mensagem com clareza e fidelidade, criando laços de fraternidade com todos. E vamos tranquilos: Jesus já estará preparando os corações.
Oração
Ó Deus, que em São Benedito, o Negro, manifestais as vossas maravilhas, chamando à vossa Igreja homens de todos os povos, raças e nações, concedei, por sua intercessão, que todos, feitos vossos filhos e filhas pelo batismo, convivam como verdadeiros irmãos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Comentário sobre o Evangelho
Jesus envia seus seguidores para proclamar o Reino de Deus
Hoje, perguntamo-nos se talvez nós próprios não devíamos juntar-nos também a este primeiro grupo de enviados pelo Senhor. São coisas do passado? Vinte séculos depois, as coisas não mudaram. Do coração de Deus continua a sair o mesmo queixume: «A seara é grande, mas os trabalhadores são poucos: pedi ao dono da seara que mande trabalhadores para a sua seara». Deus continua a procurar colaboradores no meio do mundo para exortar o mundo.
- «Os setenta e dois voltaram muito contentes». É claro! Há algo melhor do que viver com Jesus, estudar com Jesus,… com Jesus? Onde levares a paz e a alegria, aí estará Cristo a passar. «Ponham-se a caminho!».
Meditando o evangelho
O FIM DO REINO DO MAL
A ação missionária dos enviados teve como resultado a vitória sobre as forças do mal. Eles relatam a submissão dos demônios, pela invocação do nome de Jesus. Por sua vez, o Mestre lhes revela algo parecido: a visão de Satã caindo do céu como um raio, em virtude da ação dos discípulos.
O sentido profundo da atuação desses enviados permanecia-lhes escondido. Parecia-lhes que tudo se resumisse em realizar milagres e proclamar a mensagem do Reino. Jesus, porém, revela-lhes a dimensão oculta do trabalho missionário. Por meio dele, a história humana estava sendo arrancada das mãos espírito mau. Este se tornara impotente para impor-se à humanidade e submetê-la a toda sorte de jugo, sendo o mais grave a possessão demoníaca. Doravante, o ser humano não mais está fadado a ser escravo do mal e do pecado. Pelo poder de Jesus, será possível libertar-se.A novidade é a derrota do espírito do mal pela ação dos enviados, com os poderes recebidos de Jesus. Eles se tornam mediação da misericórdia divina. Porém, deveriam entender isso como um serviço prestado ao ser humano, e não como um privilégio a ser usado arbitrariamente. A atitude correta diante de tudo isto é a do reconhecimento e da gratidão. Deus serve-se de instrumentos frágeis para pôr fim ao reino do mal e fazer triunfar o amor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Espírito do bem, torna-me instrumento da ação misericordiosa do Pai, na história humana, de modo a ser capaz de neutralizar as forças do mal.
Fonte: Dom Total em 03/10/2019 e 30/09/2021
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Pede ao Senhor da colheita
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
No caminho para Jerusalém, Jesus envia seus discípulos, dois a dois, para os lugares por onde ele deveria passar. Ao mesmo tempo em que preparam a chegada de Jesus, fazem um exercício missionário. Devem partir confiantes na Providência, contando com a proteção de Deus, sem muitos recursos de ajuda, sabendo que serão como cordeiros no meio de lobos. Pode acontecer que alguém não os queira receber, que sejam rejeitados em alguma cidade. Quem não os receber ou rejeitar prestará um dia contas a Deus de sua atitude para com os discípulos missionários de Jesus.
2. COMO CORDEIROS ENTRE LOBOS
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
A metáfora da condição dos discípulos é uma forma de descrever o futuro da missão. Ser cordeiros entre lobos não dá margem para dúvidas: a missão está destinada a ser uma batalha desigual, onde toda prudência é pouca. Nada de ilusões!
Humanamente falando, as orientações dadas por Jesus deixavam os discípulos numa situação de fragilidade. A pobreza material levava-os a depender da caridade alheia. Como se sabe, nem todo mundo está disposto a ajudar. Quem depende de esmolas, está sujeito a toda sorte de ironia, gozações e humilhações, sem contar o risco de sofrer agressões físicas. A recomendação de não escolher casa ou cidade onde entrar - os discípulos deveriam ir a toda cidade e lugar por onde Jesus passaria - obrigava-os a visitar até mesmo povoados hostis, especialmente os situados na região da Samaria. Se a hospitalidade em uma cidade lhes fosse recusada, eles não teriam o direito de fazer uso da força ou da violência. Bastava-lhes sacudir o pó das sandálias, e seguir adiante.
Falando na perspectiva do Reino, a ação missionária oferecida aos setenta e dois discípulos exigia deles serem testemunhas do mundo novo proclamado por Jesus. Aí os bens materiais deveriam ser relativizados, não tendo primazia no coração humano. A solidariedade seria um imperativo, e a violência, banida. Por conseguinte, a reação dos apóstolos diante de situações adversas já seria uma ação evangelizadora.
Oração
Espírito de denodo, bane para longe de mim todo medo diante das dificuldades na missão, e dá-me a mesma coragem e disposição de Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 03/10/2019
COMENTÁRIOS DO EVANGELHO
1. Conversa com Lucas
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)
Nada melhor do que uma conversa (ainda que seja em nosso imaginário) para apimentarmos a nossa reflexão, fomos atrás de um dos 72 enviados
___Assim que vocês foram enviados, Jesus falou aquela frase de caráter vocacional”A messe é grande e os operários são poucos. Por que?
Disc. Anônimo ___Bom, a frase expressa a realidade daquele tempo, depois dos tempos pós-pascais, projetando-se para o futuro e chegando hoje a vocês também, a demanda de pessoas a serem evangelizadas será sempre maior do que os missionários.
___E por que tem que rezar ao Dono da Messe, para que resolva a situação enviando mais operários?
Disc. Anônimo ___ah...isso é importante, ninguém se torna missionário evangelizador por conta própria, se o próprio Senhor não suscitar em seu coração esta graça, em suma, não se trata de um empreendimento humano....
___Ser enviado como cordeiro no meio de lobos, é algo meio desanimador, não é?
Disc. Anônimo ___sim, mas é um alerta que o Senhor nos faz, cordeiro representa a fraqueza, a fragilidade do missionário diante dos poderes do mundo, estaremos sempre em menor número, sempre haverá alguém, alguma força ou ideologia que quer devorar e exterminar quem anuncia a Boa Nova. O texto aponta para os últimos 40 anos do primeiro século, quando a perseguição aos cristãos foi intensa.
___Então hoje estamos livres dos lobos?
Disc. Anônimo ___claro que não! O cordeiro é presa fácil nas garras do lobo, os cristãos discípulos missionários pagam um alto preço pela sua fidelidade nos dias de hoje. Os lobos famintos para destruir a vida, estão por toda parte...
___Há uma série de recomendações para os discípulos, dá para resumir tudo isso, ou cada uma delas têm um significado especial?
Disc. Anônimo ___Primeiramente o texto afirma que o discípulo missionário é um peregrino por este mundo, daí vem as recomendações de desapegar-se de toda e qualquer segurança que esta vida possa nos oferecer.
___E a questão da hospedagem, que não pode ser mudada do começo ao fim da missão?
Disc. Anônimo ___Em encontros de CEBs e outros movimentos populares, as comunidades oferecem hospedagem aos que vêm de fora, nas casas de membros da própria comunidade, imagine você querer um hotel 5 estrelas e acaba pegando uma casa mais modesta? O autêntico discípulo missionário contenta-se como o que lhe oferecem, pois não anda atrás de luxo e grandezas, mas o seu foco é o anúncio da Palavra.
___Finalmente a última e mais intrigante exortação, que negócio é esse, de quando não for bem recebido, saia na rua e rogar uma praga pro Dono da casa, batendo os pés no chão para deixar a poeira? Não parece coisa de cristão, não é?
Discípulo anônimo ___Espere aí, não é praga ou maldição, como muita gente pensa. Esse gesto é um profundo apelo á conversão, pois a pessoa tem o direito de rejeitar a Palavra de Deus, é livre para isso, porém, o discípulo missionário, não pode compactuar com essa recusa e deve mostrar que a pessoa está fazendo uma ruptura com Deus, está recusando o maior dos tesouros que é a sua Palavra. Não deve, portanto, o discípulo missionário calar-se diante dessa recusa, mas de alguma forma mostrar que ouve esta ruptura entre a Palavra de Deus e a Vida daquela pessoa. Um dia, pela graça de Deus aquela pessoa cairá em si, percebendo a besteira que fez ao recusar ouvir a Palavra, se estiver ainda nesta vida, poderá retornar em tempo, mas se for na outra, então o rigor será bem maior, pois, terá plena consciência de que a Verdade lhe foi comunicada, mas só que agora a ruptura é definitiva e NUNCA mais ouvirá Deus lhe falando...
2. O Reino de Deus está próximo de vós - Lc 10,1-12
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)
A viagem de Jesus para Jerusalém é descrita em paralelo com o seu ministério na Galileia. O que aconteceu na Galileia acontece também na estrada. Jesus foi rejeitado em Nazaré e na Samaria. Enviou em missão os Doze e os 72 discípulos. Herodes entra em cena lá e aqui, e os parentes de Jesus interferem. Os 72 são enviados dois a dois para prepararem a chegada de Jesus em diversos lugares. Partem com recomendações claras: Não levem nada, não parem para saudar ninguém e anunciem que o Reino de Deus está próximo”.
Fonte: NPD Brasil em 30/09/2021
Liturgia comentada
Cordeiros no meio de lobos... (Lc 10,1-12)
O lobo é um animal carnívoro. Um predador. Movido pelo instinto, ataca e destrói. O cordeiro é um herbívoro. Seu traço dominante é a mansidão. De espírito gregário, vive em grupo, pacificamente.
Jesus Cristo não podia ter escolhido melhor imagem para significar a missão daqueles que foram encarregados de anunciar a paz. O Messias que Isaías descreveu profeticamente como o cordeiro que se deixa conduzir ao matadouro, ovelha muda que se deixa tosquiar (Is 53), não podia tornar-se um chefe de quadrilha ou um general à frente de uma milícia de conquistadores. O anúncio da Boa Nova não é campanha de conquista, mas proposta de paz.
A sociedade humana não parece ter compreendido bem as intenções de Jesus. Nossas bandeiras e brasões mostram águias e leões, aves de rapina e outros símbolos de força, poder e destruição. A polícia brasileira, que deveria ser por vocação uma organização que se aproximasse do povo para prestar serviços, adota emblemas com caveiras, serpentes e punhais, inspirando medo e repulsa. Nós, Igreja, não podemos ser assim...
Aliás, a própria história da Igreja e sua incontável legião de mártires confirma que Jesus tinha toda razão ao falar de cordeiros entre lobos. Presas entre predadores. Desde a lapidação de Estêvão e a execução do apóstolo Tiago (cf. At 7,58; 12,2), um rio de sangue correu dos corpos dos cristãos perseguidos e torturados. E era com notável alegria que eles se abandonavam aos carrascos, pedindo a Deus que não lhes imputasse tal crime.
Depois disso, como poderíamos assumir uma posição vitimista, infantil, e chorar lágrimas de esguicho porque a Igreja e seus membros sofrem calúnias e perseguição? O próprio Senhor nos avisou que seria assim. Ele nunca nos prometeu rosas, mas foi o primeiro a aceitar os espinhos...
Um de nossos símbolos litúrgicos é o Cordeiro imolado, que ergue o estandarte da vitória. Mas ele traz as marcas de sua Paixão, pois não há ressurreição sem morte. Pena que nossa visão da morte de Jesus no Calvário deixe na sombra sua força, sua coragem, sua ousadia! É bem mais fácil sacar da espada e cortar orelhas... Difícil é seguir sempre adiante, como Cristo, para cumprir a nossa missão...
Orai sem cessar: “Minha cidadela é Deus, o Deus que me é fiel!” (Sl 59,18)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 03/10/2013
REFLEXÕES DE HOJE
QUINTA
Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 03/10/2013
HOMILIA DIÁRIA
Temos sido fiéis aos mandamentos do Senhor?
Façamos um bom exame de consciência e perguntemos ao nosso coração: “Qual é o lugar que os mandamentos do Senhor, nosso Deus, estão assumindo em nossa vida?”
“Este é um dia santo para o Senhor, nosso Deus, não fiqueis tristes, pois a alegria do Senhor será a vossa força.” (cf. Ne 8,10)
Meus irmãos, o capítulo 8, do Livro de Neemias, tem um sentido muito especial para todos nós, porque ele nos aponta o restabelecimento da lei, da ordem e da relação do povo de Deus para com o Senhor.
Uma vez que esse povo havia sido infiel a Deus, ele fora condenado ao exílio e, agora, está de volta para reconstruir o país, reconstruir a Terra do Senhor; a qual Ele próprio havia dado a essas pessoas. O povo se volta para escutar o governador Neemias e Esdras, o sacerdote do Senhor, que apresenta ao povo, sofrido, machucado e triste, a Lei do Senhor, nosso Deus.
Naquele dia todo o povo se comprometeu a observar a Lei do Senhor, porque o que o havia levado para o exílio, para o sofrimento, para o desterro e para tudo aquilo que vivia de tragédias e desgraças foi o afastamento do Senhor.
Mas Deus teve misericórdia e piedade do Seu povo, conduziu-o da Terra do exílio, como fez da outra vez quando o trouxe da escravidão. O Senhor traz e restabelece novamente o Seu povo na Terra Prometida e ali começa a grande reconstrução, por isso o povo mistura lágrimas com sorrisos de alegria, por estar estabelecido novamente nessa Terra, comprometido a viver a Lei do Senhor.
É muito importante para nós, para nossa família, que hoje façamos um compromisso com Deus; que hoje renovemos a nossa aliança com o Senhor, pois nós, muitas vezes, estamos em um verdadeiro cativeiro por causa dos nossos pecados, porque nos afastamos do Senhor, Aquele que nos salva e nos conduz pela mão.
Nós precisamos ter um compromisso de fidelidade com o Altíssimo, e este compromisso acontece quando colocamos em prática os mandamentos do Senhor. Estes mandamentos não são apenas para serem aprendidos e decorados na catequese. Os mandamentos do Senhor, nosso Deus, são a expressão da nossa aliança e do nosso amor para com o Senhor – o Deus da nossa vida.
Façamos hoje um bom exame de consciência, façamos uma avaliação da nossa conduta e perguntemos ao nosso coração e ao nosso interior: Qual é o lugar que a Palavra de Deus, que os mandamentos do Senhor, nosso Deus, estão assumindo em nossa vida? Nós estamos sendo fiéis a esses mandamentos? Nós estamos sendo fiéis a esta aliança com o Senhor?
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/10/2013
HOMILIA DIÁRIA
Precisamos ser operários do Reino de Deus
“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita.” (Lucas 10,2)
A messe é o mundo! E podemos ver que esse mundo é grande, diversificado, complicado e precisa de operários do Evangelho, de homens e mulheres com disposição de alma, coração e vida para levar o Reino de Deus ao coração dos homens.
Precisamos ser operários do Evangelho. Pois, emissários e operários para as coisas do mundo estão em todas as partes, mas onde estão os operários do Reino de Deus?
A própria Palavra está nos dizendo que os operários são poucos e, às vezes, são omissos, estão divididos, não são comprometidos, são tímidos, temerosos e não estão assumindo a missão. Poucos operários, mas empenhados, assumem a graça de serem, de fato, operários e trabalhadores da vinha do Senhor. Então, o Reino de Deus acontece, inclusive, outros também virão para serem operários da messe do Senhor.
Precisamos de bons operários que trabalhem com empenho e dedicação para que o Reino d’Ele aconteça
A Palavra de Deus está nos provocando, nos chamando e nos convocando para que possamos, de fato, assumir que somos e precisamos ser operários. Mas muitos operários simplesmente se acomodaram.
Precisamos da presença de Deus em todos os campos da vida. Precisamos de Deus nas redes sociais; precisamos da presença de Deus na sociedade; precisamos da presença de Deus no campo da ciência, da política, porém, jamais para fazerem politicagem, jamais para usarem o nome de Deus em vão, mas para que Ele seja amado, adorado e glorificado em tudo o que realizarmos.
No seu trabalho, onde você está, seja como uma formiguinha, mas seja um operário. Usando o seu celular seja um operário, opere e divulgue o Reino de Deus. Nas suas andanças para lá e para cá, seja, de fato, um trabalhador da messe do Senhor.
Deus nos envia no meio de lobos, mas precisamos ser, de fato, ovelhas, porque os lobos estão levando os nossos: os nossos filhos, nossas famílias, mas não podemos deixar de trabalhar para que Jesus seja conhecido, amado, adorado, glorificado e para que o Reino de Deus esteja no meio de nós.
O Reino de Deus está no meio de nós, só precisamos de bons operários que trabalhem com empenho e dedicação para que o Reino d’Ele aconteça.
Não esperemos somente por nós, padres, não esperemos somente pelos nossos queridos bispos que trabalham com tanto empenho, mas assumamos a nossa parte para sermos bons operários da messe do Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/10/2019
HOMILIA DIÁRIA
Operemos o Reino de Deus em nossa vida
“A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita. Eis que vos envio como cordeiros para o meio de lobos.” (Lucas 10,2-3)
Estamos num mundo cercado de lobos, mas o problema não são os lobos, o problema é que as ovelhas, muitas vezes, são ingênuas e se dispersam; o problema é que as ovelhas não se unem para o combate aos lobos ferozes deste mundo. Por isso, o Reino de Deus precisa de operários, de trabalhadores, de homens e mulheres que coloquem a mão na massa para construir o Reino de Deus.
É impressionante como existem pessoas para disseminar o que é errado. O que há de pessoas para disseminar fofocas e mentiras; o que há de operários para operar o mal. Precisamos ser operários do Reino porque, muitas vezes, até quem se dispõe a ser operário do Reino trabalha para os dois reinos; está aqui servindo a Deus, mas também está operando para o mal, está semeando fofoca e discórdia, e o Reino de Deus não acontece, pois até nos dispomos a trabalhar para Deus, mas trabalhamos também para o mal.
Deus precisa de nós para que o Seu Reino aconteça; e o Reino de Deus acontece quando a Palavra é proclamada
Não podemos ser ovelhas travestidas de lobo nem lobos travestidos de ovelhas no meio de nós. Precisamos ser ovelhas, cordeiros do Reino de Deus; precisamos ser como o Cordeiro imolado, ser o cordeiro que se imola e se oferece, precisamos ser o cordeiro que se sacrifica para que o Reino de Deus aconteça na nossa casa, na nossa família, no nosso trabalho, aconteça e se realize no mundo onde nós estamos, no mundo onde nós vivemos. Precisamos anunciar o Reino de Deus.
Não basta pararmos, meditarmos, rezarmos, contemplarmos e dizermos: “Que lindo que Deus está aqui no meio de nós”. O mundo está sofrendo, está dilacerando discórdias, confusões, mentiras e maldades… Ele está precisando de operários para proclamar o Reino.
Encerrando o mês da Bíblia, que nunca se encerre em nosso coração o amor, a paixão e o ardor pela Palavra, porque é a Palavra de Deus que precisa ser proclamada e anunciada, é a Palavra de Deus que precisa entrar em nós e sair de nós para o mundo.
A Palavra de Deus tem que ser anunciada na nossa casa, em nossa família. A Palavra de Deus tem que ser anunciada no mundo em que estamos. É só a Palavra que converte, salva, cura e transforma. Por isso, Deus precisa de nós para que o Seu Reino aconteça; e o Reino de Deus acontece quando a Palavra de Deus é proclamada de cima, até dos telhados.
Usemos, por favor, o que nós temos, use suas redes sociais, suas tecnologias para o bem, para proclamar e anunciar Jesus; e, de uma vez por todas, esteja blindado contra o reino das trevas que, muitas vezes, essas redes trazem para o meio de nós. Blinde-se contra o reino de confusões, de discussões tolas e perdidas, porque não há mais tempo a perder. O tempo que temos é para anunciar e proclamar o Reino de Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 30/09/2021
Oração Final
Pai Santo, acolhe-nos entre os teus mensageiros. Envia-nos o Espírito para que sejamos arautos humildes e alegres, muito mais testemunhas do teu Amor do que professores de uma doutrina, muito mais discípulos do que alunos, muito mais irmãos do que mandatários. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2013
ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, acolhe-nos entre os teus mensageiros. Envia-nos o Espírito para que sejamos evangelizadores humildes e alegres, muito mais testemunhas do teu Amor do que professores de uma doutrina, muito mais discípulos do que mestres, muito mais irmãos do que patrões. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/10/2019
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