quarta-feira, 13 de setembro de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 12/09/2023

ANO A


Lc 6,12-19

Comentário do Evangelho

É na oração que é concebida a escolha dos Doze.

Trata-se de uma segunda etapa no chamado dos doze apóstolos. O primeiro relato do chamado foi junto ao mar da Galileia (5,1-11). Os “doze” (v. 13), significa que eles representam todo o Israel, as doze tribos (ver: Lc 22,28-30). Há, como se pode notar, dois grupos doravante: o grupo maior dos discípulos e o grupo dos Doze. O auditório amplo, aí presentes judeus, pagãos e enfermos, já sinaliza para a universalidade da missão da Igreja.
A escolha dos Doze é precedida de uma longa oração de Jesus sobre a montanha. A montanha é o lugar do conhecimento de Deus, lugar de sua revelação; o monte é o lugar onde é dado ao ser humano conhecer os desígnios salvíficos de Deus. É na oração que é concebida a escolha dos Doze. Dizer isso não significa que a oração nos exime de equívocos. Ao nome de Judas é acrescentada a observação de que ele se tornou o traidor. O ser humano é livre e, muitas vezes, submetido a muitos condicionamentos. Isso pode fazer com que ele não persevere no caminho que, inicialmente, aceitou trilhar.
Ao tocar Jesus, as pessoas se sentiam tocadas pela força que saía dele e curava a todos. É a força do Espírito Santo da qual ele foi revestido e que move toda a sua existência terrestre.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 10/09/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

JESUS CHAMOU SEUS DISCÍPULOS E ESCOLHEU DOZE


Como é costume acontecer no Evangelho de Lucas, as grandes decisões tomadas por Jesus nascem de uma noite de oração. O local do encontro com Deus é a montanha, ambiente tradicional da manifestação do divino. Jesus está para realizar duas importantes ações. Dentre os seus vários discípulos, ele escolhe doze para enviá-los como missionários.
É isso que significa apóstolo: enviado, missionário. Jesus escolheu este número de caso pensado: é o número das tribos e do novo povo de Deus. Em todas as listas do Colégio Apostólico, Pedro está em primeiro lugar; Judas Iscariotes, em último, como traidor. O ambiente é a Galileia: mais precisamente, em torno do lago de Genesaré.
São homens concretos, com grandes virtudes e enormes fragilidades. A segunda decisão de Jesus diz respeito ao Sermão da Planície. Lucas o inicia com um sumário, no qual o evangelista sintetiza a pregação da palavra e as ações taumatúrgicas e libertadoras.
A amplidão geográfica de onde provém a multidão é imensa: gente de toda a Judeia e do litoral de Tiro e Sidônia. A palavra de Jesus é confirmada por Deus, por meio dos milagres.
Dom Paulo Jackson Nóbrega de Sousa

Vivendo a Palavra

Os Doze foram escolhidos e chamados depois de uma noite em oração, isto é, velada na presença do Pai Amado. Também nós fomos chamados pelo nome e como fruto da perfeita unidade entre o Filho e o Pai. Nós temos consciência de que a fé, muito mais do que privilégio, é compromisso com toda a obra do Pai?
Fonte: Arquidiocese BH em 10/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

Os Doze foram escolhidos e chamados depois de uma noite de vigília, em oração, isto é, toda ela passada na presença do nosso Amado Pai. Também nós somos chamados pelo nome, como fruto da unidade entre o Filho e o Pai. Será que nós temos consciência de que a fé, muito mais do que privilégio, é missão e compromisso com toda a obra do Pai?
Fonte: Arquidiocese BH em 10/09/2019

Reflexão

Jesus não quis realizar sozinho a obra do Reino, mas chamou apóstolos e discípulos para serem seus colaboradores. Nós, ao contrário, muitas vezes queremos fazer tudo sozinhos e afirmamos que os outros mais atrapalham que ajudam. Com isso, negamos a principal característica da obra evangelizadora que é a sua dimensão comunitário-participativa, além de nos fazermos auto-suficientes, perfeccionistas e maquiavélicos, pois em nome do resultado do trabalho evangelizador, excluímos os próprios evangelizadores, fazendo com que os fins justifiquem os meios e vivendo a mentalidade do mundo moderno da política de resultados, isto porque muitas vezes não somos evangelizadores, mas adoradores de nós mesmos.
Fonte: CNBB em 10/09/2013

Reflexão

Lucas condensa aqui várias informações importantes sobre o ministério de Jesus. A primeira é que ele sobe à montanha e passa a noite inteira em oração a Deus. Nesse colóquio com o Pai, Jesus se prepara para a escolha que está prestes a fazer: selecionar e nomear, dentre seus discípulos, os doze apóstolos, aos quais vai dedicar uma formação especial. Era a maneira de garantir a missão da Igreja. Ao descer da montanha, juntamente com os discípulos, Jesus se depara com outros discípulos e com imensa multidão, sedentos de ouvir sua palavra e serem curados de suas doenças. A escolha dos apóstolos não fez Jesus esquecer as massas aflitas e abandonadas. Uma nota própria de Lucas é a energia boa que de Jesus procede e que é capaz de curar a todos. Claro que “toda a multidão” queria tocar nele!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 10/09/2019

Reflexão

Lucas condensa aqui várias informações importantes sobre o ministério de Jesus. A primeira é que ele sobe à montanha e passa a noite inteira em oração a Deus. Nesse colóquio com o Pai, Jesus se prepara para a escolha que está prestes a fazer: selecionar e nomear, dentre seus discípulos, os doze apóstolos, aos quais vai dedicar uma formação especial. Era a maneira de garantir a missão da Igreja. Ao descer da montanha, juntamente com os discípulos, Jesus se depara com outros discípulos e com imensa multidão, sedentos de ouvir sua Palavra e serem curados de suas doenças. A escolha dos apóstolos não fez Jesus esquecer as massas aflitas e abandonadas. Uma nota própria de Lucas é a energia boa que de Jesus procede e que é capaz de curar a todos. Claro que “toda a multidão” queria tocar nele!
Oração
Ó Jesus, enviado do Pai celeste, passas “a noite inteira em oração a Deus”, por um bom motivo, já que, em seguida, escolhes doze apóstolos como teus imediatos colaboradores na missão. Continua, Senhor, a chamar mulheres e homens, dispostos a entregar a própria vida a serviço do teu Reino. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 07/09/2021

Reflexão

Lucas condensa aqui várias informações importantes sobre o ministério de Jesus. A primeira é que ele sobe à montanha e passa a noite inteira em oração a Deus. Nesse colóquio com o Pai, Jesus se prepara para a escolha que está prestes a fazer: selecionar e nomear, dentre seus discípulos, os doze apóstolos, aos quais vai dedicar uma formação especial. Era a maneira de garantir a missão da Igreja. Ao descer da montanha, juntamente com os discípulos, Jesus se depara com outros discípulos e com imensa multidão, sedentos de ouvir sua palavra e serem curados de suas doenças. A escolha dos apóstolos não fez Jesus esquecer as massas aflitas e abandonadas. Uma nota própria de Lucas é a energia boa que de Jesus procede e que é capaz de curar a todos. Claro que “toda a multidão” queria tocar nele!
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Jesus foi à montanha para orar e passou a noite toda em oração a Deus»

Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet
(Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)

Hoje gostaria de centrar a nossa reflexão nas primeiras palavras deste Evangelho: «Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus» (Lc 6,12). Introduções como esta podem passar despercebidas na nossa leitura quotidiana do Evangelho mas, —de fato— são da máxima importância. Concretamente, hoje nos dizem que a eleição dos doze apóstolos —decisão central para a vida futura da Igreja— foi precedida por toda uma noite de oração de Jesus, sozinho, perante Deus, seu Pai.
Como era essa oração do Senhor? Do que se infere da sua vida, deveria ser uma prece cheia de confiança no Pai, de total abandono à sua vontade —«não procuro fazer a minha própria vontade, mas a vontade do que me enviou» (Jo 5,30)—, de manifesta união à sua obra de salvação. Apenas desde esta profunda, longa e constante oração, sempre sustentada pela ação do Espírito Santo que, já presente no momento da sua Encarnação, tinha descido sobre Jesus no seu Batismo; apenas assim, dizíamos, o Senhor podia obter a força e a luz necessárias para continuar a sua missão de obediência ao Pai para cumprir a sua obra vicária de salvação dos homens. A eleição subseqüente dos Apóstolos, que como nos recorda São Cirilo de Alexandria, «O próprio Cristo afirma ter-lhes dado a mesma missão que recebera do Pai», mostra-nos como a Igreja nascente foi fruto desta oração de Jesus ao Pai no Espírito e que, portanto, é obra da Santíssima Trindade. «Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos» (Lc 6,13).
Oxalá toda a nossa vida de cristãos de — discípulos de Cristo— esteja sempre submersa na oração e continuada por ela.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Procura ser, tu próprio, o sacrifício e o sacerdote de Deus. Não desprezes o que o poder de Deus te deu e te concedeu. Reveste-te com o manto da santidade, faz do teu coração um altar, e assim, confiante em Deus, apresenta o teu corpo ao Senhor como sacrifício» (São Pedro Crisólogo)

- «É bonito ver como no grupo dos seus seguidores, todos, a pesar das suas diferenças, conviviam juntos, superando as inimagináveis dificuldades: de facto, o próprio Jesus é a razão dessa coesão, na qual todos se encontram» (Bento XVI)

- «Cristo, ao instituir os Doze, «deu-lhes a forma dum corpo colegial, quer dizer, dum grupo estável, e colocou á sua frente Pedro, escolhido de entre eles. Assim como, por instituição do Senhor, Pedro e os outros apóstolos formam um só colégio apostólico, assim de igual modo o pontífice romano, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si (Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 880)

Reflexão

A Igreja: o sacerdócio ministerial e a Hierarquia

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje lembramos a Cristo rezando toda uma noite antes de eleger —entre seus fiéis— aos doze Apóstolos. Eles —que nunca deixam de ser Povo de Deus— terão uma "missão dentro da mesma missão" da Igreja: alimentar, animar e manter a santidade de todos os fiéis.
Deus chama alguns para o "sacerdócio ministerial": são os "fiéis ordenados". Recebem, com certeza, um poder; mas este é uma "potestade sagrada" para administrar o Pão e predicar a Palavra: um poder para servir. Formam a "Hierarquia", algo que hoje em dia se vê mal porque é visto com categorias mundanas. Mas, na Igreja o elemento hierárquico não é um "status" de privilegiados, mas um "elemento funcional" cujo destino radical é o serviço aos irmãos. "Ministério" significa exatamente serviço. O Papa, justamente, tem por título "O servo dos servos de Deus".
—Jesus, te pedimos pastores com um coração como o teu, Tu que não viestes a ser servido e sim a servir.

Meditação

Jesus passou a noite em oração. Você consegue encontrar tempo para orar? - A que você se sente chamado na Igreja? - Sente a força de Deus para cumprir sua missão? - Procura corresponder ao chamado de Deus em sua vida? - Sente que os outros notam sua vivência da fé?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/09/2013

Meditação

Entre seus muitos discípulos, Jesus escolheu Doze para serem seus apóstolos. Essa palavra, que vem da língua grega, significa “enviado”, “mensageiro”. No ambiente cristão, porém, ela ganhou novo significado. O apóstolo é aquele que pode agir em nome de Jesus, é seu representante; pode, pelo seu poder, ser instrumento de salvação, e não apenas portador de uma mensagem. Feliz quem nele espera!
Oração
Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

Jesus ora a noite toda e escolhe os doze Apóstolos


Hoje Jesus não dormiu: toda a noite rezando! Pelos Apóstolos, que iam apontar poucas horas despois; por todos os cristãos… e por nós, que chegamos à Igreja vinte séculos mais tarde.
—Somos continuadores daqueles primeiros! Por isso Cristo também rezou por nós.

Meditando o evangelho

UMA NOITE EM ORAÇÃO

Passando uma noite toda em oração, no alto de uma montanha, Jesus preparou-se para um momento importante de seu ministério: a escolha do grupo de discípulos, que seriam objeto de sua atenção especial, pois teriam como tarefa levar adiante a sua missão.
Por que esta longa vigília de oração? Estar em oração significava recorrer a Deus e deixar-se guiar por ele, em vista de acertar na escolha a ser feita. Afinal, os discípulos deveriam ficar a serviço do Reino do Pai, e só este poderia oferecer ao Filho os critérios corretos de discernimento. Era fundamental fazer uma escolha acertada.
Os nomes sugeridos pelo Pai correspondiam aos de pessoas comuns, sem qualidades especiais. Humanamente falando, teria sido preferível escolher pessoas mais inteligentes, mais corajosas e dispostas a enfrentar adversidades, menos apegadas a certos esquemas mentais inconvenientes, mais sintonizadas com o modo de pensar de Jesus. Nada disto tinham as doze pessoas que ele escolheu.
Na oração, o Mestre deixou-se convencer pelo Pai a contar com a companhia de homens limitados, para realizar a grande obra da implantação do Reino. Aliás o Pai sempre agira assim. Seria cair na tentação, querer pensar de modo diferente. Neste sentido, a escolha feita por Jesus correspondeu, realmente, à vontade do Pai.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de docilidade nas mãos do Pai, faze-me escolher sempre o que corresponde ao querer divino, sem deixar-me influenciar por meu próprio querer.
Fonte: Dom Total em 10/09/2019 07/09/2021

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A alegria de ser convocado...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nos meus tempos de menino, como todo garoto tínhamos um campinho de futebol no final da rua, onde travávamos verdadeiras batalhas campais correndo atrás de uma bola. Eu gostava de atuar de goleiro, posição não tão disputada e então sempre tinha um lugar garantido quando íamos iniciar a partida e dois escolhiam os times. Mas com o tempo surgiu outro goleiro e daí na hora da escolha eu ficava com o coração na mão, não sabendo se seria escolhido ou não.
Neste evangelho Jesus convoca o time que terá a missão de evangelizar e a seleção é feita entre os seus discípulos, ganhando os escolhidos o nome de apóstolos. Judas Iscariotes estava entre os escolhidos, porque Jesus não chama só os bons, mas sim os que querem comprometer-se com o seu projeto da construção do novo reino. Todo homem chamado por Deus para viver a vocação do amor, esse chamado é natural e está no próprio dom da vida, entretanto, alguns, o Senhor escolhe para serem os seus colaboradores, estes têm uma responsabilidade maior, os cristãos batizados são assim convocados para serem os anunciadores desse Reino Novo, é preciso vestir a camisa, ir a campo para o combate.
Aos escolhidos Deus dá uma força que não vem do humano, mas do Divino, antes da escolha, Jesus estava em oração, isso significa dizer que aquela mesma força libertadora, que saia de Jesus e aliviava as pessoas de seus males, está também presente em cada discípulo. Vivemos em uma sociedade marcada por uma multidão de pessoas que não são livres, a alienação de certas ideologias vem contaminando o coração de muitos, e nesse caso, o anúncio cristão de Jesus e seu evangelho, é a única saída para tantas opressões. Entretanto, essa ação libertadora por excelência, depende de nós...

2. Passou a noite em oração
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - comece o dia feliz)

No fim do dia, Jesus sobe à montanha e, no dia seguinte, chama os discípulos e escolhe Doze dentre eles aos quais dá o nome de apóstolos. Mateus diz que Jesus deu a eles autoridade de expulsar demônios e curar doenças e todos os males. Marcos diz que Jesus constituiu os apóstolos para expulsarem os demônios e também para ficarem com ele e para pregarem. Somente Lucas diz que Jesus passou a noite toda em oração a Deus e só depois, ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu os Doze. Descendo da montanha, Jesus encontra muitos discípulos e muita gente que vieram para ouvi-lo e para serem curados. Não queriam apenas ser curados. Queriam também ouvir o que Jesus ensinava. Quando se lê no Evangelho de Marcos que Jesus escolheu os Doze para ficarem com ele, o evangelista nos dá um modelo de Igreja e um caminho de espiritualidade. Todos juntos com Jesus, isto é a Igreja. A espiritualidade que anima e motiva os discípulos é também estar com Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 10/09/2019

Liturgia comentada

Teu Nome... (Sl 145 [144])
O Nome de Deus é algo tão sublime, que um dos Dez Mandamentos o envolve de nobreza: “Não pronunciarás o nome do Senhor teu Deus em vão”.(Dt 5,11) Esta salvaguarda foi levada ao extremo de adotar, para o Nome do Senhor, uma grafia impronunciável: o Tetragrama sagrado YHWH. No texto da Escritura, as quatro letras eram lidas como Senhor, Adonai. Mantinha-se distância entre nossos lábios impuros e a santidade do Nome de Deus. Aliás, recentemente, um documento da Santa Sé exortava os católicos a não utilizarem a palavra “Javé” em seus cânticos e preces, como atitude respeitosa para com os irmãos do judaísmo.
Não se trata, porém, de atribuir a qualquer palavra um poder mágico deflagrado por sua pronúncia ou sua grafia. Na mentalidade bíblica, nome e pessoa são duas realidades inseparáveis. Não apenas como a veste e o homem, mas como a pele e a carne. É neste sentido que Paulo repete o primitivo hino litúrgico da Igreja: “Ao nome de Jesus, se dobre todo joelho dos seres celestes, dos terrestres e dos que vivem sob a terra”. (Fl 2,10 – BJ).
Obviamente, Deus não cabe em um nome. Não é possível encerrá-lo em uma palavra, nem tampouco fazer de seu nome uma espécie de mantra ao modo dos hindus. No entanto, como observa uma nota da TOB, o nome de Deus nos serve como um “memorial”, pois nos ajuda a não perder sua memória, permitindo-nos invocá-lo em nossas preces: “Este é meu nome para sempre, e assim me invocareis de geração em geração”. (Ex 4,15b)
As coisas ficaram mais fáceis para os cristãos, que se dirigem ao Pai [Abbá] por Jesus, o Filho, no Espírito Santo. Quando o Filho de Deus se encarnou, nascendo de Mulher, recebeu um nome humano, Jesus, que alude diretamente à salvação oferecida por Deus [Jesus = Yahweh salva, Deus é salvação].
Este nome foi indicado pelo anjo de Deus na Anunciação a Maria de Nazaré: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc 1,31) Como é de praxe na Escritura, o nome aponta para a missão. No caso de Jesus, a salvação da humanidade. Várias vezes, na Bíblia, Deus muda o nome de seus enviados: Abrão torna-se Abraão, Simão torna-se Cefas, Saulo será Paulo. Daí o antigo costume de mudar de nome na profissão religiosa.
Pessoalmente, prefiro dirigir-me a Deus com o nome de Pai, tal como Jesus o fez na oração do Pai-Nosso. Muitos o chamam de “Senhor”, o que pode prender o orante na posição de servo da casa. Ao invocar a Deus como “Pai”, eu me situo como filho e, naturalmente, disposto a amar e obedecer. Em nosso batismo cristão, nós recebemos o nome de... filhos...
Orai sem cessar: “Santificado seja o vosso nome!” (Lc 11,2)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 10/09/2013

REFLEXÕES DE HOJE

TERÇA

Fonte: Liturgia Diária Comentada em 10/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Ouvir o Senhor é o bem maior que podemos conceder à nossa alma

As Palavras de Jesus entram em nós e fazem a graça de Deus acontecer

“Vieram multidões para ouvir Jesus e serem curados de suas doenças e suas enfermidades.” (Lc 6,18)

Ouvir o Senhor é o bem maior que podemos conceder à nossa alma, ao nosso coração e à nossa vida. Quando paramos para ouvi-Lo, nossos ouvidos se dilatam, abrem-se para escutar a Palavra de vida, de transformação, aquela que faz bem à nossa existência. Ouvir Jesus é permitir que a palavra d’Ele entre em nós e faça a graça de Deus acontecer.
Nós, muitas vezes, precisamos de uma palavra de alento, de direção e de esperança, mas, como diz a primeira leitura de hoje, na Carta de Paulo aos Colossenses, “nós não podemos buscar essa palavra em vãs filosofias, em doutrinas falsas que se baseiam em tradições humanas”.
Não é lendo horóscopos, buscando cartas, magias ou qualquer filosofia desse mundo que nós vamos encontrar a palavra de consolo, de cura, de transformação que precisamos. Pode ser até que, por causa da ânsia que vivemos de encontrar uma palavra que nos guie, sintamo-nos até bem quando ouvindo esta ou aquela pessoa, mas ninguém tem palavra de vida eterna a não ser Jesus! Ninguém pode trazer até nós palavras que deem sentido pleno à nossa vida, a não ser Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo; é por isso que aquelas pessoas paravam para ouvi-Lo e eram curadas de suas doenças e enfermidades.
 Aquela multidão, além de ouvir o Senhor, também procurava tocar n’Ele, e cada um que O tocava sentia sair d’Ele uma força que curava, que dava um novo alento, que trazia uma transformação para o seu coração.
Além de ouvir Jesus, abra os seus ouvidos e o seu coração para ouvir as palavras d’Ele, para meditar sobre elas no Evangelho, na Sagrada Escritura. Permita-se ser tocado por Ele, permita que o amor do Senhor toque em você, chegue em você e o Seu toque faça toda a diferença em sua vida. O Seu toque dá uma direção nova para aquilo que estamos precisando.
Hoje, onde quer que você esteja, que um toque de esperança, um toque de amor, um toque de fé chegue até o seu coração. Permita-se ser tocado pelo poder misericordioso de Jesus Cristo.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

É na oração que Deus refaz o nosso coração

“Naqueles dias, Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus.” (Lucas 6,12)

Estamos conhecendo, cada vez mais, Jesus; e quando nós O conhecemos, aprendemos com Ele o que devemos fazer para vivermos a nossa vida em Deus, para crescermos na relação com Ele.
A Palavra está nos mostrando o segredo de Jesus, e o segredo d’Ele é a oração, é crescer na sua comunhão e relação com o Pai, é estar sempre em sintonia com Ele. Nós precisamos ter comunhão com Deus, precisamos viver essa sintonia com Ele, porque não viveremos se não nos aplicarmos à vida em oração.
A oração não pode ser feita somente quando queremos, quando temos tempo, vontade e quando estamos dispostos. Oração é necessidade da alma, do coração e do espírito, oração é necessidade para a vida.
Jesus estava no momento de tomar uma decisão importante, de escolher entre Seus discípulos aqueles que seriam Seus apóstolos. O momento de escolha é o momento que precisamos de luz, sabedoria, direção; é quando precisamos ser guiados pela luz do Alto.

A oração é a graça de nos esvaziarmos de nós para que Deus seja tudo em nós

Quantas decisões precipitadas já tomamos na vida, quantas decisões tomadas no impulso da carne, impulso da nossa ansiedade que tanto move o nosso coração, o nosso ser! E vamos tomando decisões, ali e aqui, sem nos abastecermos de Deus e da graça d’Ele. Depois, é um “Deus nos acuda!”, porque pagamos caro demais pelo preço das nossas precipitações.
A graça está aqui: não faça nada sem oração, não viva nada sem ser no espírito da oração. Entregue, nas mãos de Deus, não só nas pequenas e grandes inquietações, mas nas decisões todas que você precisa tomar na vida. Ore o tempo que for necessário, mas se abasteça de Deus, encha-se d’Ele.
A oração é a graça de nos esvaziarmos de nós para que Deus seja tudo em nós. Às vezes, falamos, mas, na oração, precisa ter essa intimidade, essa capacidade de escuta, essa capacidade de deixar que Deus fale para nos guiar.
Vamos ver que Jesus, abastecido pela oração, também a levou para os seus, levou para curar os enfermos, os doentes, para que aqueles que vinham ouvir a sua Palavra para serem curados, libertos e restaurados.
O Senhor quer nos curar, libertar e restaurar. O Senhor quer fazer a obra nova em nossa vida, por isso não há graça maior do que O ouvir, pois é na oração que Deus refaz o nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 10/09/2019

HOMILIA DIÁRIA

A oração traz a luz que precisamos para as nossas escolhas

“Jesus foi à montanha para rezar. E passou a noite toda em oração a Deus.” (Lucas 6,12)

Hoje, queremos olhar para Jesus, o mestre da vida. O Mestre é aquele que nos ensina como devemos viver a nossa vida. Somos todos os dias convocados pela vida a tomarmos decisões, a fazemos escolhas. E como nós precisamos cuidar, porque, muitas ou tantas vezes, fazemos escolhas erradas, precipitadas, muitas vezes somos movidos por sentimentos que não são os melhores sentimentos, tomamos decisões a partir de rancor, da raiva, da ira, do ressentimento, mas, sobretudo, pela precipitação do momento.
Como precisamos aprender com o Mestre Jesus que a luz vem da oração; e a oração é que traz a luz que precisamos para as escolhas da vida. Jesus tinha um grupo grande de discípulos, mas, dentre os Seus discípulos, Ele precisava escolher os Seus apóstolos. O Senhor da vida, Jesus, precisava da luz do Pai, a comunhão com o Pai, para que Ele pudesse, na serenidade e na sobriedade da alma, escolher aqueles que o Pai designava.

Precisamos aprender com o Mestre Jesus que a luz vem da oração, e a oração é que traz a luz que precisamos

A luz de Deus vai sempre nos ajudar, mesmo nos erros que nós, muitas vezes, tropeçamos na vida, isso se soubermos nos voltar verdadeiramente para Deus e deixar que Ele ilumine o nosso coração pela força da oração. Não podemos ignorar a oração em nossa vida, não podemos negligenciar a oração de forma alguma.
Estamos cometendo erros, atropelos em escolhas fundamentais da vida, por falta da sobriedade e da oração. Jesus passou a noite inteira em oração para que, na luz do Espírito, pudesse fazer a escolha necessária. Ali, inclusive, entre os doze escolhidos, estava Judas, o traidor. Não é que Judas não devia ser escolhido, ele recebeu a chance e a graça; se ele não correspondeu à graça, que dor para o coração do Senhor, mas que dó para ele que perdeu a oportunidade.
Mesmo, muitas vezes, querendo acertar, podemos errar; e a graça de Deus vai nos iluminar até para corrigirmos os erros que cometemos. Mas não escolha primeiro o erro, escolha a luz e a graça. E a graça de Deus vai nos acompanhar quanto mais nos dedicarmos à oração; a alma se debruçar sobre ela, para que nada seja feito sob o impulso das trevas, sob o impulso do sentimento do coração que não está purificado e iluminado. Por isso, nos refugiemos na oração, porque é lá que recebemos a graça da iluminação interior.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/09/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos o Amor eficaz. Que não nos contentemos apenas em nos sentirmos extasiados em Tua Presença, mas que sejamos sinais vivos do teu cuidado para com todos os irmãos da caminhada. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos o Amor eficaz. Que não nos contentemos apenas em nos sentirmos extasiados em Tua Presença, mas que sejamos sinais vivos do teu amoroso cuidado para com os irmãos da caminhada, todos nós filhos teus, muito amados. Pelo Cristo Jesus, teu Unigênito que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/09/2019

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