quarta-feira, 21 de junho de 2023

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 21/06/2023

ANO A


Mt 6,1-6.16-18

Comentário do Evangelho

As boas obras devem ser feitas com discrição

O tema principal do evangelho desta quarta-feira é a discrição com a qual as obras devem ser praticadas: “Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados” (v. 1). Trata-se de não fazer nada por ostentação. Jesus recomenda não dar esmola, jejuar ou rezar de modo ostensivo, como fazem os hipócritas. No nível em que os hipócritas se situam já obtiveram a recompensa deles, isto é, a aprovação dos homens. Positivamente falando, a esmola, o jejum e a oração devem ser feitos em segredo. A ação em segredo não é o mesmo que ação secreta, mas designa toda ação, mesmo pública, que se faz, de fato, diante do Pai. É a intenção profunda que conta, pois a recompensa se situa neste nível.
Carlos Albero Contieri, sj
Oração
Pai, só te agradam as ações feitas na simplicidade e no escondimento. Que eu procure sempre agradar-te, enveredando por este caminho.
Fonte: Paulinas em 19/06/2013

Vivendo a Palavra

Esmola, oração e jejum – que são o jeito de nos relacionarmos com o próximo, com o Senhor e com nós mesmos – devem ser vividos com generosidade, alegria, modéstia e discrição. Partilhar os dons que recebemos do Pai, colocarmo-nos em Sua Presença sempre com gratidão, e lutarmos contra as nossas paixões devem ser, por isto, a nossa regra de vida.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jejum, esmola e oração: representam simbolicamente as nossas relações com nós mesmos, com o outro e com o Pai. Jesus nos ensina que nossas ações não devem ser feitas para serem admiradas, pois perderiam seu valor e estariam recompensadas pelo aplauso que causam, mas devem ser discretas e sem discriminar nenhum irmão – somente Deus as conhecerá. O Mestre assegura que a recompensa será generosa.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/06/2021

Reflexão

O verdadeiro espírito de conversão quaresmal é aquele de quem não busca simplesmente dar uma satisfação de sua vida a outras pessoas para conseguir a sua aprovação e passar assim por um bom religioso, mas sim aquele que encontra a sua motivação no relacionamento com Deus e busca superar as suas imaturidades, suas fraquezas, sua maldade e seu pecado para ter uma vida mais digna da vocação à santidade que é conferida a todas as pessoas com a graça batismal, e busca fazer o bem porque é capaz de ver nas outras pessoas um templo vivo do Altíssimo e servem ao próprio Deus na pessoa do irmão ou da irmã que se encontram feridos na sua dignidade.
Fonte: CNBB em 19/06/2013

Reflexão

Chamar a atenção para as próprias boas obras é tendência bastante comum entre as pessoas. É orgulho e vaidade. Por isso, Jesus nos adverte sobre um perigo real: por trás de muito barulho, pode esconder-se atitude falsa. Como exemplo, ele cita três ações: dar esmola, orar e jejuar. São coisas valiosas, desde que realizadas com reta intenção. Perdem sua eficácia quando alguém as pratica só para receber aplausos. Readquirem valor quando feitas para agradar a Deus, que conhece a intimidade de cada um e pode dar-lhe a devida recompensa. Portanto, pratiquemos as boas obras com discrição e humildade; desse modo, ficamos com a certeza do olhar benévolo de Deus e de sua recompensa. Do contrário, só nos restará acolher dos outros um reconhecimento passageiro e quase sempre mesquinho.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 19/06/2019

Reflexão

Chamar a atenção para as próprias boas obras é tendência bastante comum entre as pessoas. É orgulho e vaidade. Por isso, Jesus nos adverte sobre um perigo real: por trás de muito barulho, pode esconder-se atitude falsa. Como exemplo, ele cita três ações: dar esmola, orar e jejuar. São coisas valiosas, desde que realizadas com reta intenção. Perdem sua eficácia quando alguém as pratica só para receber aplausos. Readquirem valor quando feitas para agradar a Deus, que conhece a intimidade de cada um e pode dar-lhe a devida recompensa. Portanto, pratiquemos as boas obras com discrição e humildade; desse modo, ficamos com a certeza do olhar benévolo de Deus e de sua recompensa. Do contrário, só nos restará acolher dos outros um reconhecimento passageiro e quase sempre mesquinho.
Oração
Ó Jesus, nosso Mestre, explicas por que nos convém praticar as boas obras de modo discreto, sem chamar a atenção do público. Ensina-nos, Senhor, a proceder com humildade, para agradar ao Pai celeste, que conhece o nosso íntimo e pode nos recompensar como lhe aprouver. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 16/06/2021

Reflexão

Chamar a atenção para as próprias boas obras é tendência bastante comum entre as pessoas. É orgulho e vaidade. Por isso, Jesus nos adverte sobre um perigo real: por trás de muito barulho, pode esconder-se atitude falsa. Como exemplo, ele cita três ações: dar esmola, orar e jejuar. São coisas valiosas, desde que realizadas com reta intenção. Perdem sua eficácia quando alguém as pratica só para receber aplausos. Readquirem valor quando feitas para agradar a Deus, que conhece a intimidade de cada um e pode dar-lhe a devida recompensa. Portanto, pratiquemos as boas obras com discrição e humildade; desse modo, ficamos com a certeza do olhar benévolo de Deus e de sua recompensa. Do contrário, só nos restará acolher dos outros um reconhecimento passageiro e quase sempre mesquinho.
(Dia a Dia com o Evangelho 2023)

Reflexão

«Cuidado! Não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus convida-nos a orar para a glória de Deus, com a finalidade de agradar ao Pai, pois foi por isso que fomos criados. Assim o afirma o Catecismo da Igreja: «Deus criou tudo para o homem, mas o homem foi criado para servir e amar a Deus e para lhe oferecer toda a criação». Este é o sentido da nossa vida e o nosso orgulho: agradar ao Pai, comprazer a Deus. Este é o testemunho que Cristo nos deixou. Oxalá o Pai celestial possa dar a cada um de nós o mesmo testemunho que deu do seu Filho no momento de seu batismo: «Este é o meu Filho amado; nele está meu pleno agrado» (Mt 3,17).
A falta de retidão de intenção seria especialmente grave e ridícula se se produzisse em ações como a oração, o jejum e a esmola, pois se trata de atos de piedade e de caridade, quer dizer, atos que —per se— são próprios da virtude da religião ou atos que se realizam por amor a Deus.
Portanto, «cuidado! Não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados. De outra forma, não recebereis recompensa do vosso Pai que está nos céus» (Mt 6,1). Como poderíamos agradar a Deus se o que procuramos à partida é que nos vejam e ficar bem —em primeiro lugar— perante os homens? Não é que tenhamos que nos esconder dos homens para que nos não vejam, trata-se de dirigir as nossas boas obras diretamente e em primeiro lugar para Deus. Não importa nem é mau que os outros nos vejam: pelo contrário, pois podemos edificá-los com o testemunho coerente das nossas ações.
Mas o que verdadeiramente importa —e muito!— é que vejamos a Deus nas nossas atitudes. Devemos, pois, «examinar com muito cuidado a nossa intenção em tudo o que fazemos, e não procurar os nossos interesses se queremos servir o Senhor» (S. Gregório Magno).

Pensamentos para o Evangelho de hoje

- «Se já se acendeu em ti um surto do fogo do amor divino, não queiras manifestá-lo subitamente no exterior; cuidado para deitá-lo ao vento. Manter o forno fechado, para que não arrefeça nem perca calor» (São Carlos Borromeu)

- «Toda expressão penitencial só tem valor aos olhos de Deus se for sinal de um coração sinceramente arrependido. A verdadeira "recompensa" não é a admiração dos outros, mas a amizade com Deus» (Bento XVI)

- «Cristo Jesus fez sempre aquilo que era do agrado do Pai (4). Viveu sempre em perfeita comunhão com Ele. De igual modo, os seus discípulos são convidados a viver sob o olhar do Pai, ‘que vê no segredo’ (Mt 6, 6), para se tornarem ‘perfeitos como o Pai celeste é perfeito' (Mt 5,47)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.693)

Reflexão

Retidão de intenção

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench
(Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus exige aos fariseus "fazer o bem" com "boa intenção". Para ser pessoas boas, não é suficiente fazer "coisas boas", mas requer-se "fazê-las bem" e realizá-las num "bom contexto". Os fariseus caíram no vízio de fazer coisas que eram boas (dar esmola...) para fingir ser pessoas boas. Esta falta de coerência desgosta a Deus.
O primeiro, é fazer coisas que sejam construtivas para o nosso ser (o meu e o bem dos outros). Por exemplo, dizer uma mentira, é algo destrutivo: me faz mentiroso; e à outra pessoa contamino-lhe a sua inteligência. Só aquilo que é bom, faz boa a minha vontade. Mas, além de um "bom ponto de partida", se requer uma "boa direção" (reta intenção). Se fizer alguma coisa boa, mas com uma intenção ruim, estou, em definitiva, obrando "para" o mal. Devem ser bons portanto, o "que" e o "para que".
Meu Deus, quero te beijar, mas não para "te entregar", mas para me entregar a Ti.

Meditação

Qual seria a recompensa a que se refere Jesus? - Podemos ver aqui a figura de Maria? - O que ela nos ensina? - Conheço alguém que faz o bem sem se preocupar em aparecer? - No silêncio de meu coração, procuro buscar a força de Deus para a caminhada e para fazer o bem?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.
Fonte: a12 - Santuário em 19/06/2013

Meditação

Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles.” Com três exemplos — esmola, oração e jejum — ensinou Jesus que nada devemos fazer simplesmente para atrair aplausos e admiração. Devemos agir por convicção, fazendo o que deve ser feito e pelo motivo certo. Isso vale principalmente em nossos atos religiosos; nada mais ridículo do que a vaidade nas coisas de piedade. Não é preciso esconder-nos; basta que sejamos discretos.
Oração
Ó Deus, fonte dos dons celestes, reunistes no jovem Luís Gonzaga a prática da penitência e a admirável pureza de vida. Concedei-nos, por seus méritos e preces, imitá-lo na penitência, se não o seguimos na inocência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Comentário sobre o Evangelho

O Sermão da Montanha: «Cuidado! não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados»


Hoje Jesus nos pede que nossas obras sejam feitas, sobretudo, para agradar ao Pai. Dê esse prazer a Deus é a razão mais bela para viver. Temos que triunfar na vida? Sim. Mas, em primeiro lugar, por Deus. A admiração dos homens por você se irá apagando rapidamente com o passar do tempo; a admiração de Deus por ti é eterna.
Oxalá que Deus possa dizer de vocÊ: «Éste é meu Filho amado a quem agradeço ».

Meditando o evangelho

A PIEDADE DISCRETA

A piedade judaica valorizava, de maneira especial, três práticas: a esmola, a oração e o jejum. Cada uma apontava para um tipo diferente de relação. A esmola indicava a relação de misericórdia com o próximo, cujas necessidades se tentava remediar. A oração expressava a relação amorosa com Deus, com quem se procurava estar em contínuo diálogo. O jejum se colocava no nível da relação do indivíduo consigo mesmo e consistia na busca do domínio dos instintos e das paixões, de modo a preparar para uma relação cada vez mais correta com Deus e com o próximo.
O discípulo de Jesus não estava dispensado destas práticas tradicionais de piedade. Elas se mantinham válidas quando sua finalidade era garantida. Entretanto, havia no tempo de Jesus quem desvirtuasse seu sentido e se servisse delas para alimentar seu espírito de vanglória.
Jesus tentou precaver seus discípulos desta deturpação da piedade, ensinado-lhes a discrição. Mostrar-se piedoso só para ser visto e louvado pelas pessoas, era inútil e revelava uma motivação hipócrita. A inutilidade resultava da obtenção de louvores por parte dos admiradores, dispensando assim a recompensa divina.
A piedade, neste caso, não atingia seu objetivo. Pelo contrário, quando praticada no escondimento e de maneira discreta, a piedade era observada apenas pelo Pai, de quem proviria a verdadeira recompensa.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, livra-me de praticar a piedade buscando fazer-me admirado pelas pessoas e ensina-me a praticá-la de maneira discreta, para obter a recompensa do Pai.
Fonte: Dom Total em 19/06/2019 e 16/06/2021

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Que tua esmola fique escondida
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

que vamos fazer hoje orientados pelo Evangelho de São Mateus? Hoje não vamos fazer! Não vamos fazer nada para sermos vistos e elogiados pelos outros. Tudo o que fizermos será por convicção, e para a glória do Pai que vê as intenções do nosso coração, que vê o que está oculto, que dá a verdadeira recompensa. Praticaremos o que é justo, faremos boas ações. Vamos dar esmolas, rezar e jejuar, ocultamente e com o rosto sempre alegre.
Fonte: NPD Brasil em 19/06/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Ser íntimo diante de Deus é não usar nenhuma máscara
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Tenho um amigo muito fiel à nossa Igreja e dia desses ele m e disse que no seu ambiente de trabalho, no início da jornada de manhã e à tarde, abre a Bíblia que sempre carrega e faz a sua oração e meditação. Ele afirma que os funcionários que trabalham com ele naquela repartição, o respeitam muito e mesmo um e outro que não são da nossa igreja, nunca o criticaram e até o elogiam dizendo que ele é um bom cristão.
Não querendo julga-lo, confesso que pensei nele ao meditar esse evangelho, por uma razão muito simples, talvez nem o faça por mal, mas ele faz questão de mostrar aos outros que é católico e dos praticantes e em sua compreensão isso é um testemunho que precisa ser dado no mundo de hoje. Quando alguém exibe suas qualidades cristãs para os outros, sejam elas quais forem, oração, jejum ou esmola, o maior perigo e tornar-se um moralista e começar a medir as pessoas a partir da nossa “Régua”.
Moralismo é coisa muito perigosa porque, como dizia meu professor de moral, se revirarem bem revirado a vida de uma pessoa considerada a mais santa, vão achar pecado de tudo quanto é tipo, também na minha vida e na vida de cada um de nós, não tem este nem aquele, leigo ou religioso, ninguém escapa. Somos todos carentes do amor e da misericórdia do Pai, então a única referência para o homem é Jesus Cristo, Fiel, Santo, Perfeito, justo e bom. Só Ele e mais ninguém.
Jesus Cristo, ao orientar os seus discípulos sobre esse procedimento discreto nas orações, jejuns e esmolas, quer também poupá-los das “cobranças”, não que não devamos então ser autênticos e coerentes como cristãos, mas que não sintamos a necessidade de vender uma imagem de pessoas virtuosas, orantes, piedosos, porque lá um dia ou outro, podemos cometer algum deslize e daí todos nos olharão com estranheza e indignação. De fato, meu amigo que mencionei no início, recentemente teve problemas com um Filho usuário de drogas, e os amigos e colegas de serviço o questionaram a esse respeito.
Quem se exibe diante dos irmãos e irmãs, vai também se exibir diante de Deus e aí está o outro grande perigo: achar que eu me basto, porque sou esforçado e sempre busco as coisas de Deus, e para eu atingir a Santidade em sua plenitude só falta eu morrer e todos vão reconhecer que sou uma referência e um exemplo a ser seguido.
O problema é que, diante dos irmãos até dá para posar de “bonzinho”, mas diante de Deus isso é impossível, porque Ele nos vê exatamente como somos. Então, o melhor mesmo é seguir as orientações de Jesus, mostre-se diante de Deus como você realmente é. Não tenha medo ou vergonha, seja íntimo de Deus, descubra-se totalmente diante dele. A intimidade com o Pai, recomendada nesse evangelho é isso. Quem reza, faz jejuns e pratica a caridade, não é um super-homem ou super-mulher, mas é alguém humano e fragilizado, sujeito a quedas e infidelidades, e que, apesar disso, é íntimo com Deus e o chama de “Paizinho”, sem medo de discurso moralista.

2. Não pratiqueis vossa justiça na frente dos outros, só para serdes notados - Mt 6,1-6.16-18
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Falem mal, mas falem de mim. Meu objetivo sou eu mesmo e que os outros me vejam. Procuro uma aparência de bondade para causar boa impressão em vista de meus interesses pessoais, sendo o primeiro deles a projeção da minha pessoa. Se conseguir o que quero, já terei recebido a minha recompensa. Mas o Pai, que vê o escondido, não vê nada e não tem para mim nenhuma recompensa. Quem sabe ele me dará tempo para uma verdadeira conversão…
Fonte: NPD Brasil em 16/06/2021

HOMILIA DIÁRIA

As três práticas fundamentais do homem religioso

Três práticas fundamentais de um homem e de uma mulher religiosos. Essas práticas estão na esmola, na oração e no jejum.

Hoje, aprendemos com Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo três práticas fundamentais de um homem e de uma mulher religiosos. Essas práticas estão na esmola, na oração e no jejum. Três elementos importantes para estarmos bem com Deus, para nos relacionarmos com Ele, com nosso próximo e com nós mesmos.
Podemos começar a falar sobre a oração, pois ela é o meio pelo qual nos relacionamos direto com Deus. Às vezes, as pessoas pedem assim: “Padre, ore por mim, reze por mim”. Meu filho, eu posso rezar por você, mas você pode falar diretamente com o Senhor. Daí você me diz assim: “Mas o senhor é mais íntimo d’Ele”.
Qualquer um de nós, que no íntimo do quarto, do nosso interior, dedica o seu tempo sagrado a Deus, será ouvido por Ele. Faça da oração uma prática para a sua vida.
Ao nosso próximo temos de dar o melhor de nós, mas esmola virou sinônimo de sobra. No entanto, esmola é caridade, exercida de forma distante. Muito melhor do que darmos alguma coisa a alguém – porque geralmente damos o que não queremos mais –, temos de dar nós mesmos ao outro, ser presença amorosa na vida dele. Tenha tempo para gastar com as pessoas que estão ao seu lado.
A atenção que damos ao próximo é a nossa melhor forma de exercermos a caridade. Agora, precisamos de disciplina: disciplina interior, autocontrole, vigilância… E o jejum é uma das formas de dizermos: “Controle o instinto, controle o orgulho, a autossuficiência”. Não é dieta, mas jejum!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 19/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos ser justos uns para com os outros

Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus” (Mateus 6,1).

A primeira verdade que a Palavra de Deus, hoje, provoca em nosso coração é que nós precisamos praticar a justiça, precisamos ser justos. A justiça tem várias extensões, e a nossa primeira justiça é para com Deus. Como precisamos ser justos para com Deus, pois Ele nos ama, Ele é Pai e precisamos retribuir esse amor para com Ele.
A forma de sermos justos para com Deus é amando e adorando-O com nossas orações. Quando, no entanto, formos amar a Deus, sermos justos na nossa relação com Ele, não podemos fazer propaganda nem dizer para todo mundo, ainda mais na era virtual, ainda mais hoje, onde tudo é propagado tão facilmente.
Não podemos entrar na capela ou no nosso quarto para rezar, ligar a nossa câmera e dizer: “Estou rezando”. É uma coisa muito íntima, é a nossa relação com Deus, não precisamos propagar para ninguém nem mesmo para a nossa casa.
Eu procuro a maneira de rezar sem que ninguém veja. Há aqueles que gostam de dizer: “Eu rezo mil Ave-Marias. Eu rezo não sei quantos terços por dia”. Precisamos rezar muito, mais do que imaginamos, mas precisamos fazer isso na gratuidade, porque, senão, a grande quantidade de orações que queremos fazer não têm valor evangélico nenhum, porque queremos ser curtidos, valorizados, aplaudidos, lembrados e exaltados, porque realizamos até a nossa oração.

O meio de sermos justos é exercendo a caridade

Precisamos ser justos uns para com os outros, e o meio de sermos justos é exercendo a caridade. Como precisamos praticar a caridade, cuidar dos pobres, dar esmolas! Mas não façamos propaganda, não façamos como aquele prefeito que não fez mais do que a obrigação criando uma creche, mas tem que colocar a placa maior do que tudo para dizer que ele fez.
As nossas obras de caridade, o nosso amor evangélico e o nosso cuidado não podem ser propagados, mas não podemos deixar de fazer, porque nós não só esquecemos, como não nos aplicamos em sermos justos no mundo tão injusto como o mundo em que estamos, onde muitas pessoas são injustiçadas, passam fome, indigências, necessidades, estão sofrendo em hospitais e em tantas outras coisas. Nós esmorecemos, e, nas pouquíssimas vezes que fazemos algo, queremos propagar.
Precisamos contagiar esse mundo com a caridade. Às vezes, eu faço questão de chamar atenção: “Olha, tem pobres precisando de ajuda!”, jamais propagar aquilo que queremos fazer, mas preciso chamar atenção para o que não estamos fazendo.
Precisamos ser justos e praticar a justiça conosco, precisamos fazer penitência, seja pelo jejum ou por outras obras penitenciais, mas sem plaquinha, “Olha, estou de jejum. Olha, estou me penitenciando”.
Olhe para Deus, para aquilo que você pratica pela sua conversão, pelo seu crescimento interior. Se você faz propaganda, você já perdeu o sentido evangélico de tudo que faz.
Deus abençoe você!
Padre Roger Arjo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 19/06/2019

HOMILIA DIÁRIA

Cresçamos na nossa relação e intimidade com Deus

Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles” (Mateus 6,1).

Na sociedade em que estamos, onde tudo tem que ser mostrado e propagado, onde as pessoas precisam muito de likes, precisam ser reconhecidas por aquilo que estão fazendo, nós, muitas vezes, perdemos a direção evangélica da vida, que é a gratuidade.
Aquilo que fazemos não é para sermos reconhecidos, para sermos louvados, exaltados nem glorificados. De forma alguma, aquilo que fazemos é para Deus que realizamos.
Você pode fazer uma oração pública ou nas suas redes sociais, mas não pode deixar de fazer a sua oração sublime. E qual é a oração sublime? É a oração particular, reservada, aquela que ninguém precisa ver nem saber o que você faz; é aquela intimidade e particularidade que você tem com Deus, que é só sua.
É dela que nos abastecemos e nos alimentamos, a partir dela podemos levar orações para todos os lugares. Agora, quem só reza em público, é para o público que importa, e não para Deus; mas quem, realmente, se comunica com Deus, comunga do coração de Deus, busca-O na sua intimidade e no silêncio, busca Deus no seu momento particular que ninguém vê.

Precisamos fazer sacrifícios, penitências, precisamos jejuar para crescermos na intimidade com Deus

Busquemos o nosso interior, busquemos o nosso quarto mais íntimo, busquemos o nosso lugar mais sagrado, pois é ali que Deus está. Temos que dar exemplos de caridade para este mundo, temos que mostrar para o mundo que precisamos dar esmola, precisamos cuidar dos mais pobres e necessitados, mas não façamos disso uma vitrine ou uma ocasião para nos expormos.
Que a caridade praticada seja testemunho, mas a caridade sublime é aquela que fazemos sem ninguém saber. Façamos a caridade com mais intensidade, gosto e não sigamos a mentalidade do mundo, que é a mentalidade da publicidade, de propagar tudo o que fazemos para que as pessoas vejam.
A mística da relação com Deus é que tudo o que fazemos seja para Ele. Que a intensidade da nossa vida seja vivida, sobretudo, na particularidade do nosso encontro com o Senhor. Precisamos fazer sacrifícios, penitências, precisamos jejuar, mas não para nos mostrarmos ou para parecer que somos heróis. É para crescermos na nossa relação e intimidade com Deus. Não é nunca para chamar a atenção sobre nós.
Que aprendamos o sentido da gratuidade, da relação íntima e profunda com Deus. A vida vai fazer transparecer na transformação interior, nos gestos e nas atitudes, aquilo que vivemos na intimidade. Ou seja, busquemos a oração, o jejum, o sacrifício, a penitência, a caridade e o amor para com o próximo sem fazermos disso publicidade ou propaganda, mas que isso seja, de verdade, um ato do nosso amor para com Deus.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 16/06/2021

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a orar e nos dá força para partilhar com os irmãos os nossos dons e os bens que nos emprestaste. Dá-nos também coragem para vencer os inimigos que habitam nossos corações – vícios, desejos e paixões –, para seguirmos nesta vida os passos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai querido, que és a minha Fonte de generosidade, de carinho e de cuidado com o próximo! Inspira-me para que eu faça o bem a todos os companheiros do caminho – mas o faça de tal jeito, que ninguém saiba quanto me custou. Que eu guarde a discrição, a modéstia, e seja bom, sem procurar parecer que o seja. Eu peço, Pai que muito amo, pelo Cristo Jesus, teu Filho e meu Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/06/2021

Nenhum comentário:

Postar um comentário