terça-feira, 6 de dezembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 07/12/2022

ANO A


Mt 11,28-30

Comentário do Evangelho

A sabedoria de Deus

“Vinde a mim todos os que desejais, fartai-vos de meus frutos” (Eclo 24,19-21). Jesus é o Sábio, mais propriamente, a “sabedoria de Deus”, que atrai todos a si para instruí-los na Lei de Deus: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e eu vos darei descanso” (v. 28). O “jugo” (ou fardo) era uma peça de madeira que se punha sobre o pescoço do animal para equilibrar o peso. Na tradição bíblica, entre outros significados, ele se refere à Lei (ver: Jr 2,20; 5,5). Ao criticar os escribas e fariseus, Jesus diz que eles “amarram pesados fardos sobre os membros dos homens, mas eles mesmos nem com um dedo se dispõem a movê-los” (23,4). Há um modo de interpretar e pôr em prática a Lei que abate, que tira a alegria, expurga a vida. A Lei de Deus é para a vida e a liberdade: “Se ouves os mandamentos do Senhor teu Deus, andando em seus caminhos e observando os seus preceitos, seus estatutos e as suas normas, viverás e te multiplicarás” (Dt 30,16). “Tomai sobre vós o meu jugo... Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (vv. 29.30). A Lei do Senhor é a Lei do amor: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros como eu vos amei” (Jo 15,12). O amor faz viver, está na origem da vida. O amor é a expressão máxima da vida cristã: “Ninguém teve mais amor do que aquele que dá a vida por seus amigos” (Jo 15,13). O Senhor entregou a sua vida por nós!
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me disposição para pôr em prática as exigências do Reino, assumidas como expressão de minha fé sincera em teu Filho Jesus. Que elas sejam para mim um jugo suave!
Fonte: Paulinas em 11/12/2013

Vivendo a Palavra

Estão sintetizadas com extrema simplicidade as características desejadas por Jesus para os seus seguidores: que nós acolhamos os cansados, aliviemos o peso do fardo de suas vidas e ofereçamos aos homens um coração manso e humilde, onde encontrarão descanso, paz e a alegria verdadeira.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

Estão sintetizadas com extrema simplicidade as características desejadas por Jesus para os seus seguidores: que nós acolhamos os cansados, aliviemos o peso do fardo de suas vidas e ofereçamos aos homens um coração manso e humilde, onde encontrarão descanso, paz e a alegria verdadeira.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/12/2019

VIVENDO A PALAVRA

Ouvindo este texto, temos certeza que Jesus sente conosco as asperezas e dificuldades do tempo em que vivemos – o início do terceiro milênio – e Se oferece como porto seguro para nosso descanso e consolo. Aceitemos o convite com alegria, gratidão, e o estendamos generosamente aos irmãos de caminhada. Vamos, todos, cheios de Esperança, a Jesus de Nazaré – nosso Caminho, Verdade e Vida – a Ele, que é manso e humilde de coração!
Fonte: Arquidiocese BH em 09/12/2020

Reflexão

Existem pessoas que acreditam que a verdade da religião encontra-se num rigorismo muito grande, principalmente no que diz respeito às exigências morais e rituais. Com isso, a religião acaba por ser um instrumento de opressão. Jesus nos mostra que não deve ser assim. Ele veio ao mundo para trazer a libertação do jugo do pecado e da morte e que a verdadeira religião é aquela que liberta as pessoas de todos os pesos que as oprimem na sua existência. O verdadeiro cristianismo é aquele que não está fundamentado na autoridade e na rigidez, mas na humildade e mansidão de coração, por que o seu fundador, Jesus Cristo, manso e humilde de coração, é o Mestre de todo o nosso agir.
Fonte: CNBB em 11/12/2013

Reflexão

Uma dedicada mãe, só pelas reações do seu filhinho, consegue acertar o que ele está sentindo: dores e alegrias. Do mesmo modo Jesus, com sua extrema sensibilidade, observa atentamente o semblante e os gestos dos seus conterrâneos e fica sabendo o quanto eles estão sofrendo. Ora, muitos andam tão curvados sob o peso de obrigações sociais e exigências religiosas, que perdem a alegria de viver e formam um conceito falso a respeito de Deus. Jesus se dispõe a aliviar-lhes o fardo, opondo-se a todo tipo de exploração e opressão. Propõe um caminho de liberdade em que a pessoa seja de fato mais importante do que as leis. O texto nos convida também a não sofrermos sozinhos, mas unirmos nossas dores às de Jesus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 11/12/2019

Reflexão

“Carreguem minha carga”, ou meu jugo. Jugo é um pau que se coloca nos ombros de carregadores para transportar volumes pesados. Jesus usa essa imagem para falar da opressão que pesa sobre a população. Pode referir-se a leis e também ao domínio estrangeiro. Esse peso insuportável vem dos chefes, dos altos impostos, da opressão dos estrangeiros, dos que humilham os pobres, os oprimidos e os desamparados da sociedade. A esse grande número de pessoas acabrunhadas e tristes Jesus oferece acolhimento, apoio, solidariedade. Seu “jugo” são suas exigências, que consistem principalmente em partilhar o que temos, em viver para os outros por amor a Deus e alimentar os mesmos sentimentos dele, que é “manso e humilde de coração”.
Oração
Divino Mestre, Jesus Cristo, tu disseste: “Minha carga é suave e meu fardo é leve”. Olha com predileção para as multidões castigadas pela pobreza, pelo desemprego e pela enfermidade. Revigora--lhes a esperança e aponta-lhes caminhos sólidos para que superem a crise e vivam dignamente. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 09/12/2020

Reflexão

“Carreguem minha carga”, ou meu jugo. Jugo é um pau que se coloca nos ombros de carregadores para transportar volumes pesados. Jesus usa essa imagem para falar da opressão que pesa sobre a população. Pode referir-se a leis e também ao domínio estrangeiro. Esse peso insuportável vem dos chefes, dos altos impostos, da opressão dos estrangeiros, dos que humilham os pobres, os oprimidos e os desamparados da sociedade. A esse grande número de pessoas acabrunhadas e tristes Jesus oferece acolhimento, apoio, solidariedade. Seu “jugo” são suas exigências, que consistem principalmente em partilhar o que temos, em viver para os outros por amor a Deus e alimentar os mesmos sentimentos dele, que é “manso e humilde de coração”.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Quando sinto o cansaço, as dificuldades da caminhada, que atitudes tomo? Busco de fato o consolo e conforto em Deus? - Quando sinto o peso da caminhada procuro aprender com os que me rodeiam? A ajuda de Deus dispensa meu esforço pessoal para superar as dificuldades? - Atenção! A ajuda de Deus não substitui minha ação, mas... fortalece o fatigado(a)... reconforta o(a) fraco(a)... perdoa e cura, estimula-nos a recobrar forças!
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 11/12/2013

Comentário do Evangelho

EU VOS DAREI REPOUSO

Vindo a este mundo, Jesus deparou-se com uma humanidade marcada pela opressão, vítima do pecado e da maldade, e ansiosa de libertação. Esta realidade era patente, sobretudo entre os mais pobres daquele tempo. Ao mesmo tempo em que eram oprimidos pelos romanos, que ocupavam o País, eram vistos com desprezo pelos fariseus e mestres da Lei, por não se dedicarem à religião com a intensidade exigida. Ou, então, eram esmagados com o rigor de uma religião feita de observância escrupulosa de preceitos irrelevantes. Sua pobreza era vista, por alguns, como sinal de castigo divino, já que um dos sinais da bênção divina era, exatamente, a posse de muitos bens. Em suas aflições, não tinham a quem recorrer, pois os grandes do País só sabiam explorá-los, sem lhes oferecer nada em troca.
A presença de Jesus trouxe alento para os pobres. O Reino anunciado por ele fundava-se em relacionamentos fraternos e não admitia a opressão de uns pelos outros. Sendo um Reino de igualdade, ficava superada a visão classista que privilegia alguns e marginaliza os demais. No Reino, os pobres eram bem-aventurados e não malditos, como se pensava. Jesus, em suma, propunha-se a aliviar a carga pesada imposta sobre os mais fracos. Quem se aproximasse dele, haveria de encontrar repouso para as suas aflições.

Oração
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Senhor Jesus, que eu saiba assumir, com alegria, teu jugo suave e possa encontrar, junto de ti, libertação e repouso para o que me aflige.
Fonte: Dom Total em 11/12/2013

Meditando o evangelho

LIBERTOS DO JUGO

O modo como o sistema religioso da época tratava as pessoas era insuportável para Jesus. A religião, longe de ser motivo de liberdade e alegria, fora reduzida a uma carga pesada, colocada nos ombros da gente simples, numa evidente deturpação da imagem de Deus. Questionando esta situação, Jesus queria recuperar o caráter da religião de Israel, fundada no amor misericordioso de Deus.
Ao falar metaforicamente em "jugo" e "fardo", o Mestre denunciava o processo de desumanização promovido pela religião. A quem se impõe "jugo" e "fardo", se não aos animais? Quem padece esta situação, a não ser as bestas de carga? Pois bem, os incautos fiéis da época foram animalizados, ao serem condenados a penar sob o pesado fardo das imposições da Lei. Era preciso aliviá-los!
Foi o que fez Jesus, convidando-os a romper com os antigos mestres. Ao mesmo tempo, convidou-os a se aproximarem dele: "Venham a mim!", propondo-lhes a Lei nova do amor. Nada de picuinhas ou exigências descabidas. O acesso a Deus proposto por Jesus dá-se pela mediação do próximo. Liberta-se dos antigos esquemas quem deveras faz-se solidário, vive reconciliado e sabe perdoar, deixa-se guiar pelo imperativo da justiça e da verdade, empenha-se em construir um mundo de igualdade e respeito. Tudo o mais torna-se secundário para quem se faz discípulo de Jesus. Para isso, é preciso romper com os que insistem em transformar a religião em instrumento de opressão.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, torna-me cauteloso diante dos que fazem da religião um instrumento de desumanização. Que o convite libertador de Jesus sempre encontre eco no meu coração.
Fonte: Dom Total em 11/12/2019 09/12/2020

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O meu jugo é suave - Mt 11,28-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Senhor que veio no Natal e que virá no último dia está aqui, agora. Ele vem e nos chama. “Venham vocês que estão cansados e carregados de fardos pesados. Eu lhes darei descanso.” Ele vem e nos encontra cansados. A tarefa é grande, o trabalho é muito. Não somos preguiçosos. Estamos às vezes desmotivados. Quem nos dará motivos para continuar? Jesus nos convida a aprender com ele, que é manso e humilde de coração. Por ser manso e humilde de coração, vai nos acolher e nos tratar bem. E vai nos ensinar a sermos também nós mansos e humildes de coração no trato com os outros. São Francisco de Sales, na Filoteia ou Introdução à vida devota, compara a mansidão e a humildade de que nos fala Jesus com o óleo da oliveira e o bálsamo que compõem o Santo Crisma. O bálsamo, misturado com o óleo, vai para o fundo e representa a humildade. O óleo fica na superfície e nos lembra da mansidão que nos faz passar por cima de todo sofrimento. “A humildade aperfeiçoa o homem em seus deveres para com Deus”, escreve São Francisco de Sales, “e a mansidão aperfeiçoa o homem em seus deveres para com a sociedade”. O teste para saber se aprendemos de verdade a mansidão e a humildade é a nossa reação diante de alguma ofensa ou de uma palavra que magoe. São Francisco lembra que José do Egito recomendou a seus irmãos que, voltando para casa, não brigassem no caminho. Nos caminhos desta vida, “não nos zanguemos uns contra os outros, mas andemos com os irmãos em espírito de paz e de amizade”.
Fonte: NPD Brasil em 11/12/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Jugo Suave do Mestre
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O evangelho de hoje é um convite muito sério para refletir sobre tudo o que fazemos e principalmente nossos trabalhos pastorais.
Jesus fala de um fardo pesado que nos cansa e traz grande fadiga, naquele tempo era a observância das leis de Moisés, que os Fariseus haviam multiplicado e como Guardiães da Lei, se davam ao direito de cobrar e exigir de toda a assembleia de maneira minuciosa, todos aqueles preceitos.
De igual modo hoje há em nossa igreja o perigo de um ativismo exagerado onde perdemos a noção daquilo que é essencial, que é sempre ter em vista o “Por que” fazemos. Os sintomas de fardo pesado sempre aparecem: são as brigas pelo poder, as discussões, desentendimentos, falta de compreensão e de paciência no relacionamento entre as pessoas de uma equipe, pastoral ou movimento. Uma das equipes de serviço que mais evidencia esse Julgo Pesado, é a equipe de eventos, espelho e reflexo do restante da comunidade. Se nessa equipe faltar: alegria, solidariedade, companheirismo, misericórdia, compreensão, pode saber que o restante das lideranças também está contaminado.
O que Jesus nos pede é para que o busquemos para sentirmos alívio em nosso fardo, e daí aquilo que é uma obrigação, e que vou arrastando entre gemidos, queixas e lamúrias, se torna leve, suave, alegre. Qual o segredo de Jesus? Exatamente o FAZER com e por AMOR. Jesus colocou um julgo diferente dos Fariseus: o Amor que se doa, que serve a todos, e que se entrega. Ele o tomou por primeiro ao carregar a cruz, sem praguejar, sem queixar-se, sem lamuriar-se e sem decepcionar-se com os homens que o condenaram.
Na comunidade há os que exigem e sempre reclamam, há os que querem dominar mas há outros que se entregam, se doam, sempre com alegria, tornando aquela ação prazerosa. Estes são os que fazem por amor, os que buscaram a Jesus e transformaram o peso insuportável das obrigações cristãs, na leveza do Amor que a todos ama e serve, exatamente como Jesus.
Na Comunidade nada façamos por mera obrigação, mas por amor, e chega de nos valorizarmos a todo o momento, afirmando ou pensando que, sem nós o trabalho não será feito. Que o nosso amor cristão se traduza unicamente em serviço, sempre feito na leveza do Amor, que gera em nós esta incontida e santa alegria no Senhor.

2. Eu vos darei descanso - Mt 11,28-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

São Juan Diego é o índio mexicano que viu Nossa Senhora de Guadalupe. Esta semana está bem mariana, o que para os católicos é sempre uma alegria. É sempre uma alegria festejar a Mãe do nosso Salvador, a Mãe de Jesus. Queremos tão bem a Jesus que, quando encontramos sua Mãe, aquela que o deu à luz, logo nos vêm à memória as palavras de Santa Isabel: “Bendito é o fruto do teu ventre!”. Jesus é o fruto do “teu” ventre, do ventre de Maria. É difícil entender que alguém possa aceitar Jesus e rejeitar sua Mãe. E rejeitá-la por quê? Ela não é deusa nem é mais do que Jesus, mas é a Mãe dele, a quem recorremos em nossas necessidades. Ela sempre nos leva a Jesus, a quem carrega no ventre. Em Maria encontramos Jesus e nele, o descanso que procuramos. No dia de hoje, em 1531, Juan Diego, índio pobre e viúvo, de 57 anos, viu pela primeira vez Nossa Senhora, que receberá o título de Guadalupe. Ela o chamou, em sua língua materna, de “Dieguito, meu filho caçula”. No dia 12 de dezembro aconteceu a segunda aparição. Maria pediu que ele colhesse flores na colina chamada Tepeyac. Não era para ter flores, porque fazia muito frio, mas tinha. Juan Diego as levou em seu manto até o Bispo, como prova das aparições. Abrindo o manto, as flores caíram e no tecido estava estampada a figura de Nossa Senhora de Guadalupe. Juan Diego era cristão, sua esposa tinha morrido e ele praticava sua fé com devoção e humildade. Tinha aprendido a ser manso e humilde de coração, como Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 09/12/2020

Liturgia comentada

Encontrareis descanso... (Mt 11, 28-30)
O pecado cansa. Esgota o coração. Corrói a alma. Assim, é em primeiro lugar ao pecador que se dirige o convite de Jesus, ao qual está anexa esta promessa: “Vinde a mim! Eu vos aliviarei... Encontrareis descanso...”
Pense no filho pródigo: deixou a casa paterna e partiu para uma região distante. Lá, “curtiu” a vida, perdeu tudo, até os amigos dos tempos de fartura, e sonha agora com a lavagem dos porcos. Isto cansa.
Não admira que comece a avaliar a conveniência de voltar para casa, ainda que seja como reles empregado. Claro que a vergonha o respeito humano hão de retardar o seu regresso, mas acabará voltando. Ele precisa descansar...
A missão também cansa. Até Jesus aparece cansado de suas andanças, quando o Evangelho de João o surpreende sentado junto ao poço de Jacó (cf. Jo 4, 6.) Como podemos ler nas cartas do apóstolo Paulo, a vida missionária inclui viagens estafantes, oposições surdas, indiferenças, contestações ásperas, colheitas ralas. Isto cansa.
Não admira que muitos missionários tenham desistido de seu ministério, enquanto outros precisaram refugiar-se no silêncio para recuperar o dinamismo perdido. E depois de mergulhar no coração de Cristo, retomaram a missão, muitas vezes chegando à palma do martírio.
Muita gente anda cansada de fazer força e obter resultados pouco animadores. Acontece com os pais que educam filhos rebeldes, imaturos, preguiçosos. Acontece com os educadores que sofrem as consequências de políticas educacionais desastrosas. Acontece com os profissionais da saúde que labutam em hospitais onde falta até o esparadrapo. Isto cansa.
Não admira que haja médicos fabricando pão e psicólogos vendendo pipocas. Não admira que tantos professores tenham perdido o entusiasmo com sua profissão. Não admira que tantos casais já não queiram filhos. Estão cansados de lutar.
Ora, é para todos vocês que Jesus está dizendo: “Vinde a mim!” Esse cansaço encontrará descanso nos braços do Senhor. É ali, na intimidade de Cristo, que o fiel há de recuperar o impulso missionário e os pais descobrirão uma nova capacidade de amar.
Afinal, não era assim que rezava Santo Agostinho? “Senhor, tu nos fizeste para ti, e em vão procura o nosso coração, até que repouse em ti!”
Orai sem cessar: “Descansa junto ao Senhor, espera nele.” (Sl 37 [36], 7)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 11/12/2013

HOMILIA

UM CONVITE DE JESUS

Hoje o Senhor claramente nos convida a irmos a Ele: Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso de vossos fardos... E eu pergunto quantos de nós temos nos cansado durante o nosso dia a dia, pelas circunstâncias, seja uma insatisfação pessoal no trabalho, sejam as coisas que acontecem que não saem da forma como desejamos, ou seja, até mesmo o jeito como nós tratamos a quem amamos que por muitas vezes nem é o modo como queremos tratar, mas pela falta de paciência, pelo cansaço físico, mental ou espiritual nos deixamos levar pelas nossas fraquezas e não fazemos o bem que desejamos.
Hoje Jesus nos convida porque conhece o nosso coração e sabe que só n’Ele teremos descanso, pois Ele mesmo justifica isso quando diz Tomai sobre vós o meu jugo e aprendeis de mim, porque sou manso e humilde de coração. Pois o meu jugo é suave e meu fardo é leve.
Jesus não nos convida até Ele para nos condenar, mas nos convida para tirar de nós tudo que não nos faz bem, inclusive nosso sentimento de culpa em relação aos nossos pecados e fraquezas. Ele anseia e deseja muito que O busquemos para nos dar o descanso necessário para uma boa caminhada.
Não importa se estás passando por esta crise, pensando que ninguém se importa, que ninguém se preocupa, o que eu quero dizer-te são Palavras do Mestre: Vinde a mim, todos vós que estais cansados de carregar as vossas pesadas cargas, e eu vos darei descanso. Neste texto Jesus demonstra o seu amor para contigo. Ele se importa contigo e por isso de chama. Faz-te um convite. E este é para os que têm problemas, para os cansados e os oprimidos; os que estão com cargas tão pesadas e tão grandes que não dão conta de carregar sozinhos; os que perderam a esperança até mesmo para esperar; os que estão feridos e com traumas profundos; os que não têm mais caminho, para caminhar; os que perderam o rumo da vida, para os que perderam a direção.
O convite é para ti que estás com o coração quebrado, arrebentado, porque há reabilitação, há cura; é para ti que desperdiçaste a tua vida no mal, pois ainda há possibilidade para fazer o bem; para ti que já não tens mais perspectiva na vida, expectativa de um novo começo; para ti que te sentes desesperado, desprezado; para ti que te sentes doente, perdido na vida; para ti que estás longe, e morto em delitos e pecados.
Talvez tu dias: Minha vida não tem jeito, porque o pau que nasce torto, cresce torto e morre torto”, Mas te digo, Tem sim! Porque o pau que nasce torto, só é torto antes de chegar nas mãos do carpinteiro de Nazaré. Depois de passar pelas Suas mãos saí um móvel precioso raríssimo de encontrar! Ele te oferece uma nova oportunidade. Jesus é o Deus do impossível, é o Deus capaz de fazer: do vilão, um herói; do bandido, um santo; do perseguidor, um defensor do evangelho.
Com as palavras vinde a Mim, Jesus nos chama a confiar n’Ele, a crer. Porque ninguém pode ir, e seguir, sem crer, sem confiar nele.
Ele te chama para que tu tomes sobre ti o jugo d’Ele: tomai sobre vós o meu jugo. Jesus não te engana. Ele não prometeu só mar de rosa, porque aqui o jugo quer dizer que tudo aquilo que Jesus passou tu terás de passar. Assim como Ele foi perseguido, sofreu, maltratado e até pela tua própria família, caluniado, zombado, odiado, abandonado entre ladrões e morto na Cruz mas que três dias depois ressuscitou assim também tu terás de passar pela mesma situação. Na verdade ao discípulo basta ser igual ao mestre. Se a Mim trataram assim, a vós também. Mas não tenhais medo. Eu venci o mundo!
Precisamos aprender d’Ele: e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração. Chama-nos ao discipulado d’ele, sermos seus alunos. Ele quer que eu e tu sejamos seu imitador. Ele passará a ser o teu modelo. Tu precisarás conhecer mais e mais o teu Senhor, as coisas d’Ele, até chegar ao pleno conhecimento. Mas isso só será possível se estiveres perto d’Ele. É por isso que também nos chama para estar perto dEle, junto dEle, para ter comunhão, e intimidade com Ele. É urgente que tu contes tudo para Deus. Ele te dá este privilégio de abrir o peito, a alma, e o coração. E então: achareis descanso para as vossas almas.
Hoje Jesus quero Te louvar pelo meu trabalho, que tem me tirado muito dos nossos momentos de intimidade. Isso, na verdade, tem me feito valorizar cada minutinho que posso beber da graça que é ter tua presença. Dá-me a graça de, durante todo o meu dia, conseguir parar, para escutar e discernir a Tua vontade para as minhas atitudes do meu dia. Dá-me a graça de ser manso e humilde assim como Tu és, Senhor.
Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 11/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

O Senhor conhece o cansaço da nossa alma

O Coração de Jesus é humilde, por isso freia o nosso orgulho, a nossa soberba e a nossa autossuficiência.

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mt 11,28).

O Mestre Jesus olha hoje para o meu e para o seu coração. O Senhor conhece o cansaço da nossa alma. O Senhor conhece as fadigas que vivemos nesta vida. O Senhor olha para nossa rotina, para tudo aquilo que vivemos, para nossa correria diária, as quais, infelizmente, muitas vezes, nos deixam oprimidos, cansados e angustiados.
O Senhor tem compaixão de nós e nos mostra o caminho da cura, da restauração e da libertação para o nosso coração. Para isso Ele nos faz um convite. Um convite para que descansemos no Seu Coração.
E o que encontramos no Coração de Jesus? O Coração de Jesus é manso e humilde. A mansidão do Coração de Jesus: um Coração que não se deixa agitar, que não perde a ternura e a sobriedade com os agitos da vida. Um Coração que não perde a direção. A mansidão do Coração do Senhor é repouso para tudo aquilo que vivemos de agitação dentro de nós. Jesus olha para nosso interior e quer curar as angústias da nossa alma.
O Coração de Jesus é humilde, por isso freia o nosso orgulho, a nossa soberba, a nossa autossuficiência. Nós que nos “inflamamos” com qualquer coisa, nós que nos “inchamos”, ficamos revoltados, chateados, irados e magoados. Nosso coração que, muitas vezes, fica traumatizado com as afrontas que recebemos da vida, com as decepções que temos com as pessoas, com as negatividades que acontecem ao nosso lado, com as coisas que não dão certo e não saem do jeito que nós quereríamos… O Coração humilde de Jesus nos ajuda a encontrarmos o nosso lugar, a não nos perturbarmos, a não nos inquietarmos com qualquer coisa.
O Coração manso de Jesus, humilde por natureza, nos aponta o caminho e a direção da paz. Tudo o que nós precisamos neste tempo é encontrar paz e repouso para o nosso coração.
Que Deus hoje cure as nossas aflições, aquiete a nossa alma, vença a nossa rotina e nos dê equilíbrio para que o nosso coração viva a sobriedade. Que Jesus, manso e humilde de Coração, se compadeça de nós e nos dê um coração semelhante ao d’Ele.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Jesus é manso e humilde de coração

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28).

Jesus que é manso e humilde de coração, está nos convidando para que encontremos n’Ele o nosso refúgio, o nosso descanso e o nosso sossego. Porque todos nós nos cansamos, nos fadigamos e a vida não tem sido fácil para ninguém. Por isso, que em Deus está o nosso refúgio, o nosso abrigo seguro para que a nossa alma não ande fadigada, cansada, oprimida por tantas situações que lidamos nessa vida.
O convite é para que possamos encontrar no coração de Jesus o repouso para a nossa alma. Deus, nosso Pai, nos criou no amor, e no amor Ele nos cria, nos refaz e nos restaura. No amor somos refeitos em Deus.
O coração de Jesus é o coração amoroso, o coração de Jesus é a plenitude do amor de Deus em nós, é para o coração de Jesus que somos convidados para curar o nosso coração, para restaurar esse coração machucado e ferido que vive tantos dramas, traumas, tantas situações dolorosas, esse coração que se enche de mágoas, rancores, ressentimentos e dores que nos oprimem a cada dia.

O coração de Jesus é humilde, não se deixa levar pelo sentimento de grandeza, não se contamina pelo orgulho

Vinde para o coração de Jesus, porque o coração d’Ele é manso, não é um coração que está agitado pelos ventos e vendavais da vida, é um coração que é sereno e brando. Assim é o coração de Jesus, e é assim que ele também quer fazer com o nosso coração.
O coração de Jesus é humilde, não se deixa levar pelo sentimento de grandeza, não se contamina pelo orgulho, pela avareza ou pela soberba.
O coração de Jesus não se leva pelas ansiedades da vida, e nós que somos tão ansiosos, que estamos com o coração repleto de vaidades, de contrariedades e de situações adversas da vida, precisamos ser curados no coração de Jesus.
Encontremos o nosso refúgio seguro no coração de Deus para sermos curados, aliviados, para olharmos a vida com outros sentimentos e com outro olhar. O olhar da paz, da misericórdia, da mansidão que faz nova todas as coisas. Por isso, encontremos no coração de Jesus o refúgio para o nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal CançãNova.
Fonte: Canção Nova em 11/12/2019

HOMILIA DIÁRIA

Refugiemos o nosso coração em Jesus

“Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso” (Mateus 11,28).

Jesus está olhando para mim e para você, dizendo: “Vinde a mim”. Vir até Jesus é ir, de fato, ao encontro do Senhor. E por que precisamos ir ao encontro do Senhor? Porque todos nós estamos cansados, fatigados, todos nós estamos carregando pesos nesta vida, e precisamos de descanso.
Sabe, nós, muitas vezes, não damos valor ao descanso ou o entendemos de forma errada. Achamos que descansar é deixar o que estamos fazendo simplesmente para nos distrair, para fazer algo diferente. É importante, é o descanso social, é o descanso das obrigações, mas existe um descanso muito mais profundo e necessário: o descanso da alma, do espírito, do coração, é o descanso mental que nós pouquíssimas vezes concedemos a nós mesmos.
Sempre chamo as pessoas a dizerem: descanse a mente, não pense em nada, não deixe a mente sobrecarregada, pesada, porque a vida se torna muito mais pesada, tornamo-nos muito mais doentes e desgastados porque deixamos a mente sempre sobrecarregada.

Jesus quer o nosso coração curado, transformado e descansado

A pessoa está ali sentada no banco da igreja para rezar, e a mente está ali voando, a mente está preocupada e tensionada pelas inquietações da vida. Até na hora de dormir, que é a hora do descanso inteiro da pessoa, não é descanso só do corpo não: “Vou descansar meu corpo”, mas vou descansar meu ser. Como é importante dormir em Deus, como é importante mergulhar em Deus, porque quando descansamos n’Ele somos refeitos, restaurados, curados e libertos.
Precisamos nos refugiar no coração de Jesus para que Ele possa nos curar com a Sua mansidão e humildade, porque somos muito agitados, orgulhosos, teimosos e vaidosos. E todos esses ingredientes fazem de nós pessoas cansadas e fatigadas. Estamos disputando, brigando, questionando, colocando-nos uns contra os outros, estamos nos decepcionando facilmente com as realidades e, por causa disso, a alma se cansa; e então experimentamos a decepção, a frustração, a falta de animação. Mas em Deus encontramos a restauração.
Coloque hoje em Jesus o seu coração. Ele quer o nosso coração curado, transformado e descansado.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 09/12/2020

Oração Final
Pai Santo, permite-nos carregar o fardo e suportar a carga que Jesus nos oferece. Nós os preferimos às seduções da sociedade de consumo em que vivemos, por saber que elas são enganadoras e fugazes. Dá-nos a sabedoria e a coragem dos seguidores do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, permite-nos carregar o fardo e suportar a carga que Jesus nos oferece. Nós os preferimos às seduções da sociedade de consumo em que vivemos, por saber que elas são enganadoras e fugazes. Dá-nos a sabedoria e a coragem dos seguidores do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/12/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, nossa alma tem sede e espera em Ti! Envia o teu Espírito sobre a Igreja de Jesus, para que, reconhecendo a nossa vocação à santidade, nós não a busquemos lá no alto da escada da perfeição, mas a encontremos descendo o caminho da mansidão e da humildade de coração – aquele que foi palmilhado pelo Mestre de Nazaré. Pelo mesmo Jesus, o Cristo teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 09/12/2020

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