sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 02/12/2022

ANO A


Mt 9,27-31

Comentário do Evangelho

Jesus caminha fazendo o bem

Jesus é um pregador itinerante e, por onde passa, vai fazendo o bem, dando boa acolhida aos pecadores (Mt 9,1-8.18-26). Enquanto está a caminho, dois cegos gritam insistentemente por compaixão: “Tem compaixão de nós, filho de Davi” (v. 27). Em casa, o diálogo de Jesus com eles suscita-lhes a fé (cf. v. 28).
O gesto da cura é acompanhado da palavra que o explica: “[Jesus] tocou nos olhos deles, dizendo: ‘Faça-se conforme a vossa fé’” (v. 29). Ao centurião que suplicava pela saúde do seu servo, Jesus disse: “Vai e aconteça como acreditaste” (8,13); será o caso também de outra pagã, uma mulher Cananeia: “Mulher, grande é a tua fé! Seja feito como queres” (15,28). É estabelecida uma relação entre a fé e a cura. A fé não é a causa da cura, mas a confiança em Jesus abre o coração para receber a cura como dom. A fé é a cura de tantos males do coração do ser humano. O nosso texto continua: “E os olhos deles se abriram” (v. 30a) – o que nos faz lembrar uma vez mais Is 35,5 e a promessa dos tempos messiânicos: “E os olhos dos cegos se abrirão”. Aqui, como no texto que dá origem a este relato (Mc 10,46-52), a questão é a fé que faz ver; a fé em Jesus Cristo é verdadeira iluminação. A interdição de não falar a ninguém acerca do acontecido (cf. v. 30b) tem por função evitar equívocos e abrir as pessoas para a novidade, podemos dizer, do messianismo revelado em Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.
Fonte: Paulinas em 06/12/2013

Vivendo a Palavra

A religião nova trazida por Jesus: não mais a imposição de pesadas obrigações rituais, mas a cura, a libertação, a possibilidade de uma Vida Nova para todos. Que nós, desejosos de ser a Igreja do Mestre, sigamos a novidade vivida por Ele, cuidando dos irmãos colocados pelo Pai em nosso caminho.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2013

VIVENDO A PALAVRA

A religião vivida e ensinada por Jesus de Nazaré não era mais a antiga imposição de pesadas obrigações rituais. A grande novidade era a cura, a purificação, a libertação e a possibilidade de uma Vida Nova para todos. Que nós, desejosos de ser a Igreja do Mestre, sigamos essa novidade vivida por Ele, cuidando dos irmãos colocados pelo Pai ao nosso lado nos caminhos desta terra encantada.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2019

Reflexão

Jesus é reconhecido pelos cegos como o Filho de Davi, como aquele que realiza o que foi prometido por Deus a Davi no tempo em que ele era o Rei de Israel, de lhe dar um sucessor no trono. Mas Deus vai muito além do que foi prometido a Davi e instala, por meio de Jesus, o seu próprio Reino no meio dos homens, o Reino que é infinitamente superior ao Reino de Israel do Antigo Testamento e totalmente diferente dele. Mas só percebe a presença deste Reino quem tem fé, quem não é cego, mas tem os olhos abertos para as realidades espirituais.
Fonte: CNBB em 06/12/2013

Reflexão

Pelo órgão da visão, os dois cegos não enxergam Jesus, mas pelos olhos da fé já o reconhecem, ao implorar: “Tem piedade de nós, filho de Davi!”. Os cegos, os aleijados, os doentes, em geral, parecem ter certa facilidade para ver a obra de Deus e acolher o seu enviado, Jesus Cristo. A fé dos dois cegos e seu pedido por compaixão alcançam de Jesus a cura dos olhos e desperta no coração deles um anseio irreprimível de contar o fato por toda a região. Tornam-se, desse modo, anunciadores das maravilhas realizadas pelo Messias no meio do povo. Peçamos a Cristo, o médico divino, que abra nossos olhos e nos faça colaboradores seus: para aliviar o sofrimento alheio e proporcionar alegria aos mais pobres.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 06/12/2019

Reflexão

A cura dos dois cegos é fruto da fé que eles têm no poder de Jesus, o “Filho de Davi”, e da insistente súplica a Jesus, a quem “seguiram gritando”. Os dois cegos expressam seu profundo desejo de enxergar. Querem ser reintegrados na sociedade. Valorizando-lhes a fé sincera, Jesus lhes restitui a visão. Motivo bastante para os recém-curados saírem anunciando por toda a parte a bondade de Deus. Libertados da cegueira, terão novo modo de vida. Se Jesus pede que “ninguém fique sabendo”, é porque eles precisavam de melhor formação antes do anúncio correto a respeito do Messias. Além disso, Jesus quer preservar sua própria vida, não despertando tão cedo a inveja e a ira dos adversários do Reino. Afinal, Jesus tem ainda um longo caminho a percorrer fazendo o bem.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Você procura se fortalecer na fé? - Que meios emprega para isso? - Fortalecendo sua fé, o que você faz para fortalecer seu próximo na fé? Você se considera discípulo de Jesus? - O que faz para ser missionário(a) seu, isto é, anunciador(a) do Evangelho?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 06/12/2013

Meditando o evangelho

TEM COMPAIXÃO DE NÓS!

O milagre que beneficiou os dois cegos prenuncia a experiência dos discípulos do Reino, à espera do Senhor. Urge que o próprio Mestre lhes abra os olhos, de modo a poderem discernir sua presença na história humana.
Ter os olhos abertos é sinal de libertação da tirania do egoísmo, que faz o ser humano centrar-se em si mesmo e ser incapaz de perceber a maravilhosa obra de Deus acontecendo a seu redor. Desfeitas as trevas do erro e do pecado, torna-se possível ao discípulo perceber a revelação divina em acontecimentos singelos, imperceptíveis ao olhar puramente humano. Sem perfeita visão espiritual fica-se impossibilitado de reconhecer o Senhor.
A superação da cegueira começa quando o discípulo volta-se confiante para o Senhor, de quem implora compaixão. É a humildade de quem se reconhece carente da misericórdia divina.
Outro pressuposto é a fé. Ela é, em última análise, o princípio de tudo. Porque crê em Jesus, o discípulo deseja ter "olhos" para vê-lo, quer ser curado de sua cegueira, predispõe-se a fazer tudo quanto for necessário para ver realizado o seu desejo, deixa-se tocar por Jesus e sabe aproveitar do encontro com ele.
Jesus sempre está disposto a curar a cegueira de quem o desejar. Afinal, um dos sinais da presença do Messias na história humana, conforme os profetas anunciaram, consiste exatamente na restituição da vista aos cegos.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.
Fonte: NPD Brasil em 06/12/2013 e 06/12/2019

Oração
Despertai, Senhor, vosso poder e vinde, para que vossa proteção afaste os perigos a que nossos pecados nos expõem e a vossa salvação nos liberte. Vós que sois Deus como Pai, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: NPD Brasil em 06/12/2013

Comentário ao Evangelho

A CURA PELA FÉ

A cura dos cegos pode ser considerada sob dois aspectos. No aspecto físico, a recuperação da vista representou para eles o descortinar de uma perspectiva nova de existência, para além da exclusão e do estigma social de serem tidos como punidos por Deus por causa de pecados próprios ou alheios. Realizar isto já seria um gesto espetacular de Jesus. Entretanto, aconteceu, também, uma outra transformação na vida daqueles homens: a cura da cegueira espiritual. Esta libertação possibilitou-lhes reconhecer Jesus como o Filho de Davi, ou seja, o Messias esperado, e os levou a recorrer a ele na certeza de serem curados. O pedido desses dois cegos foi aceito, porque acreditaram em Jesus e em seu poder.
Só é possível reconhecer o Senhor, na medida em que a cegueira é superada. Isto acontece quando o discípulo recorre ao Mestre e, uma vez curado da cegueira espiritual, torna-se capaz de perceber sua condição messiânica, sem se deter nas aparências exteriores. Ademais, consegue confessá-lo como a presença da misericórdia divina na história humana e a concretização da esperança do povo.
Como os dois cegos, o discípulo deve sempre suplicar ao Senhor para ser curado de sua cegueira espiritual.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Comunidade de Mateus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

___ Você é da comunidade de Mateus?
___ Sim, pertenço a essa comunidade desde o seu início.

___ O episódio desses dois cegos do evangelho de hoje, o que significou para vocês?
___ Na nossa comunidade e também fora dela, predominavam os Judeus e a maioria deles, os mais conservadores não viam em Jesus de Nazaré os sinais messiânicos de que falavam as escrituras através dos profetas...

___ Mas esses dois cegos o chamaram de “Filho de Davi”...
___ Pois aí é que está... Os dois que estavam á margem do ambiente religioso, justamente por causa da sua deficiência visual, conseguem “enxergar” em Jesus, algo que os perfeitos da religião judaica não conseguiam enxergar, creem nele enquanto Messias, o Salvador, e legitimam esse título quando o chamam de Filho de Davi.

___ Mas e a cura física, não é ela que aparece como o grande milagre realizado por Jesus?
___ Olha, na nossa comunidade tinham deficientes visuais, mas não foi nenhum deles que Jesus curou, o que não significa que eles não tinham fé, ou que Jesus tinha má vontade de curá-los...

___ Mas então você não conheceu esses dois cegos que começaram a ver naquele dia?
___ Sinceramente não. Mas na comunidade tinham pessoas, mesmo vindos do Judaísmo, que acreditavam em Jesus e junto aos apóstolos davam continuidade á sua missão. Viam nele o Messias prometido, aquele que lhes trouxera uma Salvação que não passava pela questão do Poder institucionalizado, nem da Supremacia de um Povo, nem do Poder de um Rei Libertador. Eles sentiam no coração alegria de terem sidos libertos da “Cegueira Espiritual” dos seus Líderes, e agora viam um mundo totalmente renovado, onde estava presente o Reino que Jesus havia inaugurado...

___ Mas Mateus teria então inventado essa história? Jesus não curou cego algum? Se for assim, muitas pessoas aqui do nosso tempo, vão deixar de acreditar...
___ Claro que Jesus realizou “milagres”, curou cegos, fez andar paralíticos, ressuscitou mortos, fez mudos falarem e aí no seu tempo também com  certeza continua a realizar tais milagres. Entretanto, os milagres aqui do nosso tempo e aí do tempo de vocês, serão sempre sinais de uma Realidade maior que é o Reino de Deus presente na humanidade. A pessoa curada descobre isso e passa a ser discípulo missionário, exatamente como aconteceu na vida desses dois Ex Cegos, que bem antes da cura já viam Jesus com os olhos da Fé presente no coração.

2. Filho de Davi, tem compaixão! - Mt 9,27-31
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Num relato muito simples, São Mateus nos conta que dois cegos se aproximaram de Jesus, gritando: “Tem compaixão de nós, filho de Davi!”. Mais tarde, nossos irmãos do Oriente vão chamar esse grito de “oração do coração”. Em cada palpitação, nosso coração estará dizendo: “Tem compaixão de mim, filho de Davi!”. Jesus lhes pergunta: “Acreditais que eu posso fazer isso?”. Resposta simples e direta: “Sim, Senhor”. Jesus toca nos olhos dos cegos. É o gesto. Em seguida vem a palavra. Neste caso foi palavra de verificação: “Faça-se conforme a vossa fé”. Que aconteça aquilo que eles de fato acreditam. E os olhos deles se abriram. No fim desta primeira semana do Advento, queremos aprender a repetir muitas vezes: “Jesus, filho de Davi, tem compaixão de mim!”. E queremos também que nossos olhos se abram e vejam Jesus já agora para poderem reconhecê-lo quando ele vier em sua glória. Não será o encontro de dois desconhecidos. Ao contrário. Nossos olhos verão aquele que já tínhamos visto muitas vezes nos irmãos e nas irmãs, sobretudo nos mais necessitados. Nossos olhos verão aquele cuja presença experimentamos na celebração dos sacramentos. Nos sacramentos está a resposta à pergunta de Jesus: “Vocês acreditam que eu possa fazer isso?”. Acreditamos, e vemos com os olhos da fé.
Fonte: NPD Brasil em 06/12/2019

Liturgia comentada

Segundo a vossa fé... (Mt 9, 27-31)
Força misteriosa é a fé! Como disse o próprio Mestre, a fé remove montanhas. Aqui e ali, na caminhada de Jesus, ele se defronta com pessoas capazes de apostar tudo no poder de Deus. Podem ser estrangeiros, como o centurião, uma pobre viúva que perdeu o filho único, e chegam a provocar a admiração de Jesus: “Grande é a tua fé!”
Mas os Evangelhos falam também de um apóstolo que só aceitava fazer a aposta da fé naquilo que pudesse ver. E registram, ainda, que em certo lugar Jesus “não pode fazer milagre algum, devido à desconfiança daquele povo. (Mc 6, 5-6.) Afinal, viver da fé parece arriscado demais... É mais fácil alimentar a ilusão de que temos controle de tudo. Ou afundar no desespero, pois o céu está vazio e não há ninguém para cuidar de nós...
No Evangelho de hoje, dois cegos se aproximam de Jesus e pedem “compaixão”. No texto grego, o verbo “eleéson” é da mesma família que o latim “eleemosyna”, de onde nos veio o substantivo “esmola”. Dá para pensar: afinal, eles pediam mesmo a cura dos olhos cegos ou apenas esperavam por algumas moedas? Acabariam surpreendidos ao receber mais do que estavam pedindo?
Seja como for, nós podemos entender que o homem de fé é parecido a um mendigo: estende a mão para Deus na esperança de receber aquilo de que necessita e não pode providenciar por si mesmo. O homem de fé sabe que não é Deus. O ateu pode se enganar neste particular, decidindo assumir nas próprias mãos o controle de sua vida.
Claro, falo do ateísmo prático. O ateísmo daqueles que dizem crer em Deus mas agem como se Deus não existisse. Daí, tanta preocupação com o futuro. Daí, tanto medo da morte. Daí, o excesso de trabalho e a ânsia de acumular recursos materiais...
Quando se tem fé, é possível descansar como a criancinha, pois ela sabe que tudo providenciará o Pai. É possível, sim, dirigir-se a Jesus e dizer que acreditamos de todo o coração que ele pode, se quiser, realizar os nossos impossíveis.
E, ao fazê-lo, certamente ouviremos do Senhor a mesma frase que disse aos dois ceguinhos da Palestina: “Faça-se conforme a vossa fé.” E os nossos olhos se abrirão para a luz...
Orai sem cessar: “Meus olhos estão sempre fixos no Senhor.” (Sl 25, 15)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 06/12/2013

HOMILIA

A CURA DE JESUS

Jesus passou os seus três anos de vida pública pregando o Reino do Pai e operando milagres em benefício daquele povo que sofria muito, por pertencer a uma classe desprivilegiada, muito pobre e excluída.
Um dia, Jesus passava pelas ruas e em determinado local passa por dois cegos, à beira do caminho, que gritam chamando-lhe a atenção. Os cegos acompanham Jesus “que vai saindo de lá”, e vão “gritando”, como são sempre apresentados os cegos nos Evangelhos. O título “Filho de David” designava o Messias e já fora empregado pela Cananéia. Não é plausível que eles soubessem que se tratava do Messias. Mais viável que, desejando um favor, atribuíssem interessadamente, um título que honrava a pessoa: bem David. É mais da psicologia humana, não só daquele tempo, como de hoje: elogiar aquele de quem esperamos um favor.
Jesus primeiro pergunta se eles acreditam que Ele tenha a força de fazer isso. A resposta é singela: “Sim, Senhor”, “meu senhor”. Em resposta, Jesus lhes diz: “faça-se a vós segundo a vossa crença”, e lhes toca os olhos, recuperando eles imediatamente a visão. Depois adverte-os, que ninguém saiba. Mas bastava olharem para eles, para verificar que haviam recuperado a visão, e eles tornam Jesus conhecido em toda a região.
Jesus chega até eles e lhes pergunta:- “Que quereis que vos faça?” - “Que enxerguemos, Senhor! Tende piedade de nós!” Jesus coloca os dedos em seus olhos e diz: “Então, que vejam!” E ficaram ambos curados. Saíram gritando e glorificando a Deus pela graça recebida, por toda aquela região. Daí, Jesus, com as Suas pregações e o Seu amor, começa a mudar a vida de muita gente que passa a segui-lo como discípulos; passando da apatia que os dominava, para a certeza em suas esperanças revividas por aquele homem que lhes falava ao coração e lhes trazia a alegria do Senhor. Abriu-lhes os olhos para a realidade das promessas feitas por Deus aos seus antepassados; que começava a ser cumprida ali, em cada encontro. Abriu os olhos a todos que a Ele se achegaram: os olhos do coração, os olhos da decência, os olhos da bondade, os olhos da partilha, os olhos do perdão, da mesma forma que fez aos olhos dos cegos. O povo que O ouvia foi crescendo, crescendo, que mesmo Ele sendo crucificado todos assumiram o seu lugar na Sua vida. E, passado todo aquele tempo da missão de Jesus, todos enxergaram limpidamente, com exceção dos que foram responsáveis por sua morte e, que até hoje esperam o Messias, que já veio, chama-se Jesus e vive no meio de nós, pelo seu Espírito Santo que Ele nos deixou como advogado e defensor. Por isso, todos os dias e a cada Natal, nós, cristãos, fazemos memória e trazemos Jesus à terra, para lhe demonstrarmos que O amamos, na comemoração do Seu nascimento, apesar de sermos fracos, pequenos, mas lutadores e perseverantes para chegarmos até o fim, para recebermos, através da Sua extrema Misericórdia, o lugar no céu, que Ele prometeu a todos que vivessem os Seus ensinamentos.
Pai, cura-me da cegueira que me impede de reconhecer a presença de tua salvação na minha vida, realizada pela ação misericordiosa de teu Filho Jesus.
Pade Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 06/12/2013

REFLEXÕES DE HOJE

SEXTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 06/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

Como há confusão dentro do nosso coração!

Como há confusão dentro do nosso coração! Nós nos machucamos demais na vida, porque não a enxergamos como ela merece.

“Dois cegos seguiram Jesus, gritando: ‘Tem piedade de nós, filho de Davi!’” (Mt 9,27).

Os cegos, diz o Evangelho, representam todos nós que vivemos diversos tipos de cegueira na vida. Cegueira espiritual, cegueira emocional, cegueira intelectual; cegueira da própria vivência, que vai da fé à cegueira emocional. Desse modo, com nossas emoções confusas, confundimos sentimentos e acabamos não sabendo qual o sentimento correto devemos seguir.
Como há confusão dentro do nosso coração! Uma verdadeira cegueira intelectual no mundo de hoje, pensamentos confusos e filosofias controversas, assim, muitos acham que tal coisa é de tal forma e são movidos por esse sentimento. Uma verdadeira cegueira espiritual! Desse modo não conseguem ver as coisas de forma mais ampla e são guiados pelo pensamento: “Eu acho o que eu acho, o que eu vejo é o que Deus quer e me vejo assim”.
O problema é que toda a cegueira não guiada, não conduzida, não curada, nos leva aos atropelos da vida. Por sermos cegos em todas as esferas da vida que possamos imaginar, estamos constantemente a nos atropelar e atropelando os outros também por causa da cegueira que nos envolve.
Às vezes, depois de um tempo, percebemos que a cegueira nos mantém muito machucados. E nos machucamos demais na vida, porque não a enxergamos como ela merece.
Enquanto a maturidade não vem ao nosso encontro, enquanto não permitirmos que a maturidade nos visite e faça crescer em nós a nossa visão de mundo, de fé, de Igreja, nós seremos cegos e, muitas vezes, cegos guiando cegos.
Ao passo que, quando a humildade vem ao nosso coração, tomamos consciência da nossa fragilidade. Com isso, podemos perceber que nada sabemos e que precisamos aprender. Quando tomamos consciência disso, também vamos ao encontro do Senhor e pedimos: “Tenha piedade de mim, Jesus! Abra meus olhos, minha mente, meu coração. Permita-me enxergar aquilo que eu ainda não sei enxergar”.
Essa atitude de humildade é, ao mesmo tempo, de tamanha fé, pois só Jesus pode curar a nossa cegueira. Esses dois cegos do Evangelho de hoje abriram seus olhos e puderam ver o que nunca viram antes,  por isso glorificaram a Deus.
Que Deus, hoje, abra nossos olhos, nossa mente e o nosso coração e cure a nossa cegueira.
Que Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 06/12/2013

HOMILIA DIÁRIA

A fé abre os nossos olhos

Então, Jesus tocou nos olhos deles, dizendo: ‘Faça-se conforme a vossa fé’. E os olhos deles se abriram” (Mateus 9,29-30).

No Evangelho de hoje, dois cegos estão gritando a Jesus: “Filho de Davi, tem piedade de nós, da nossa cegueira porque não enxergamos”. Diante dos clamores e da insistência dos dois cegos, é Jesus que se volta a eles e pergunta: “Vocês acreditam e têm fé de que eu posso realizar tal coisa?”. E responderam com toda a intensidade da alma e do coração: “Senhor, nós cremos e acreditamos”, e Jesus disse: “Que se realize aquilo que a vossa fé acredita”.
A fé abriu os olhos daqueles dois homens; é isso que a fé realiza em nós. A fé abre os nossos olhos para que possamos enxergar a Jesus. Muitas vezes, vivemos no mundo e enxergamos tudo: problemas, dificuldades, crises, defeitos dos outros, mas não vemos a Jesus; vemos os problemas, mas não vemos as luzes, não enxergamos a graça. E aqueles cegos sem ver fisicamente, eles “viram” que Jesus podia curá-los, com os olhos da alma, olhos da fé, eles enxergavam o que nós, com nossos dois olhos, muitas vezes, não enxergamos.
Não enxergamos a graça de Deus, por isso, a fé produz esta grande cura: abrir os nossos olhos para enxergarmos a Jesus. A fé precisa sempre, em primeiro lugar, abrir os nossos olhos.
Infelizmente, estamos com os nossos olhos fechados ou ofuscados pelas buscas dos prazeres, dos bens materiais, dos nossos interesses egoístas e individualistas e, quando enxergamos a Deus, O enxergamos para que Ele nos sirva, para que sacie os nossos interesses e desejos egoístas.
Muitas vezes, as pessoas me perguntam: “Padre, por que Deus não me escuta?”. Deus escuta aquele que O enxerga e não aquele que só enxerga a si mesmo, Deus escuta aqueles que O buscam para encontrá-Lo e não para satisfazerem os seus interesses e necessidades pessoais.

A fé produz esta grande cura: abrir os nossos olhos para enxergarmos a Jesus

Para esses dois cegos do Evangelho, bastava que Jesus abrisse os seus olhos para que pudessem enxergar mais além, para que pudessem ir mais a fundo, porque, no meio daquela multidão, muitos não viam a Jesus.
Estamos no meio de muitas multidões, a multidão que vai para lá e para cá no trânsito da vida; as multidões que estão nas redes virtuais; as multidões que andam pelos caminhos e pelas estradas as quais passamos.
Não podemos ser mais um no meio da multidão, precisamos, no meio dessa multidão, enxergar a luz, enxergar a Jesus e a graça. Por isso, a minha súplica hoje é: “Senhor, que eu veja. Senhor, tem piedade de mim porque eu sou cego; só vejo o meu umbigo e as minhas necessidades; e não enxergo nem o irmão que está ao meu lado nem vejo a dor e o sofrimento do outro. Não vejo a luz, a direção, a seta que o Senhor, tantas vezes, coloca nas estradas da minha vida”.
Senhor, eu sou cego, tem piedade de mim, que a fé abra os meus olhos, para que possa Te enxergar.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal CançãNova.
Fonte: Canção Nova em 06/12/2019

Oração Final
Pai Santo, que a fé que nós queremos ter nos dê força para vivermos a solidariedade, a compaixão, a generosidade para com os companheiros de peregrinação por este planeta-jardim que nos confiaste para ser cuidado e repartido. E que o façamos com gratidão e alegria, nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a nossa tão desejada Fé nos dê força e alegria para viver a solidariedade, a compaixão e a generosidade para com todos os companheiros de peregrinação por este planeta-jardim, que nos confias para ser cuidado, usufruído e repartido. E que o façamos com humildade, gratidão e entusiasmo, nós Te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 06/12/2019

Nenhum comentário:

Postar um comentário