segunda-feira, 12 de setembro de 2022

Santíssimo Nome de Maria - 12 de setembro



Santíssimo Nome de Maria, clamamos a nossa Mãe

Memória

Origens

A festa era apenas realizada em Cuenca, Espanha, quando foi instituída em 1513. Era inicialmente comemorada em 15 de setembro. Em 1587, o Papa Sisto V mudou o dia da celebração para 17 de setembro. O Papa Gregório XV estendeu a festa para a Arquidiocese de Toledo em 1622. Em 1666, os Carmelitas Descalços receberam a permissão para recitar o Ofício do Nome de Maria quatro vezes por ano (dúplice). Em 1671, a festa foi estendida para toda a Espanha.
Após a vitória dos cristãos, conduzida pelo rei Jan III Sobieski da Polônia, sobre os turcos na Batalha de Viena, em 1683, a festa foi estendida a toda a Igreja pelo Papa Inocêncio XI, e atribuída ao domingo após o Nascimento de Maria. Antes da batalha, o rei Jan Sobieski colocou suas tropas sob a proteção da Virgem Maria. Após a batalha, o Papa Inocêncio XI, pretendendo homenagear Maria, estendeu a festa para toda a Igreja.

Importância do Nome

A Sagrada Escritura sempre valorizou muito o nome dos personagens do povo de Deus. O próprio nome de Jesus indica a sua identidade: “Deus salva”, e o Anjo Gabriel o deu a Maria e a José: “Ela dará à luz um filho a quem tu porás o nome de Jesus, porque Ele salvará o povo dos seus pecados” (Mt 1, 21). Certamente, devemos concluir que o santo nome da Virgem Maria não foi dado sem um sentido, e certamente foi dado por Deus por inspiração a seus pais Santa Ana e São Joaquim. E o Arcanjo Gabriel pronuncia o seu nome: “Não temas Maria, porque achaste graça diante do Senhor” (Lc 1,30).

Etimologia

Segundo os etimologistas, o nome Maria pode ter vindo da raiz mery, da língua egípcia que significa muito amada. Outros dizem que provém do siríaco e quer dizer senhora. Mas a probabilidade maior é a que veio do hebraico, e pode ter vários significados: “Estrela do Mar; Esperança; Excelsa; ou Sublime”, entre outros. Não importa, contudo, o real significado, mas o que se tornou a partir do momento que a Mãe do Redentor o recebeu. Poderoso é este nome que deve ser invocado sempre.

Piedade popular

Todo católico ama e pronuncia, muitas vezes, o santo nome de sua Mãe Santíssima, Virgem, Imaculada e Assunta ao céu. Quando rezamos o santo Rosário o pronunciamos sem cessar, clamando a sua ajuda e poderosa intercessão. “Ave Maria, cheia de graça…”, “Santa Maria Mãe de Deus…” E o bom povo brasileiro gosta de colocar em suas filhas este sagrado nome: Maria Isabel, Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria das Dores, Maria do Carmo, Maria… Maria… Maria… Que povo devoto à Virgem Maria!

O Padre Antônio Vieira

“Só vos digo que invoqueis o nome de Maria, quando tiverdes necessidade dele; quando vos sobrevier algum desgosto, alguma pena, alguma tristeza; quando vos molestarem os achaques do corpo, ou vos molestarem os da alma; quando vos faltar o necessário para a vida.
Quando os pais, os filhos, os irmãos, os parentes se esquecerem das obrigações do sangue; quando vo-lo desejarem beber a vingança, o ódio, a inveja; quando os inimigos vos perseguirem, os amigos vos desampararem, e donde semeastes benefícios, colherdes ingratidões e agravos.
Quando os maiores vos faltarem com a justiça, os menores com o respeito e todos com a proximidade; quando vos inchar o mundo, vos lisonjear a carne, e vos tentar o demônio, que será sempre e em tudo; quando vos virdes em alguma dúvida ou perplexidade, em que vós não saibais resolver nem tomar conselho.
Quando amanhecer o dia, sem saberdes se haveis de anoitecer, e quando vos recolherdes à noite, sem saber se haveis de chegar à manhã; finalmente, em todos os trabalhos, em todas as aflições, em todos os perigos, em todos os temores, e em todos os desejos e pretensões, porque nenhum de nós conhece o que lhe convém; em todos os sucessos prósperos ou adversos, e em todos os casos e acidentes súbitos da vida, da honra, e, principalmente, nos da consciência, que em todos anda arriscada e, com ela, a salvação.
E como em todas estas coisas, em cada uma delas necessitamos de luz, alento e remédio mais que humano, se em todas e cada uma recorrermos à proteção e amparo da mãe das misericórdias, não há dúvida que, obrigados da mesma necessidade, não haverá dia, nem hora, nem momento em que não invoquemos o nome de Maria”.

Minha oração

“Ao teu nome clamamos, Mãe querida. Sabemos que, quando te chamamos, Tu nos ouves e nos socorre. O teu nome tem poder no Céu e na terra, por isso, confiamos em ti e te chamamos: Maria, nossa Mãe!”

Santíssimo Nome de Maria, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 12 de setembro

Na Bitínia, na hodierna Turquia, Santo Autónomo, bispo e mártir. († c. s. III)
- Em Alexandria, no Egipto, os santos Crónides, Leôncio Serapião, que, segundo a tradição, foram lançados ao mar no tempo do imperador Maximino por confessarem o nome de Cristo. († s. III)
- Em Imlech, cidade da Momónia, província da Irlanda, Santo Albeu, bispo, que pregou o Evangelho em muitos lugares desta ilha. († c. 528)
- Em Anderlecht, no Brabante, atualmente na Bélgica, São Guido, que depois de ter sido sacristão da igreja de Mariensee. († c.1012)
- Em Omura, no Japão, os beatos Apolinário Franco, da Ordem dos Frades Menores, e Tomás Zumárraga, da Ordem dos Pregadores, presbíteros, e quatro companheiros, mártires. († 1622)
- Num barco-prisão ancorado ao largo de Rochefort, na França, o Beato Pedro Sulpício Cristóvão Faverge, irmão da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1794)
- Em Seul, na Coreia, São Francisco Ch’oe Kyong-hwan, mártir, que era catequista e, recusando abjurar da fé cristã ante a intimação do governador, foi recluído no cárcere. († 1839)
- Em Trévi, cidade da Úmbria, região da Itália, Maria Luísa (Gertrudes Prósperi), abadessa da Ordem de São Bento. († 1847)
- Em Ruidellots, perto de Gerona, na Espanha, os beatos Emério José (José Plana Rebugent), e Hugo Julião (Julião Delgado Díez), religiosos da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártires. († 1936)
- Em Manlleu, perto de Barcelona, na Espanha, o Beato Miguel de Jesus (Jaime Puigferrer Mora), religioso da Congregação dos Irmãos das Escolas Cristãs e mártir. († 1936)

Fonte:
vatican.va
- vaticannews.va
- Martirológio Romano
- Liturgia das Horas
- Ed. Cléofas

– Pesquisa e redação: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

– Produção e edição: Melody de Paulo

Santíssimo Nome de Maria


Comemoração  litúrgica - 12 de setembro.

Também nesta data: São Guido Anderecht,  São Selésio, Santa Vitória Fornari

Uns dias depois do Natal é celebrada a festa do Santíssimo Nome de Jesus. Concordantemente, a Natividade de Nossa Senhora é seguida de um dia em que é glorificado o seu santo Nome. Oito dias depois do Nascimento da Santíssima Virgem, em obediência à praxe dos Judeus, seus santos pais, deram o nome de Maria à sua Filhinha.  A Liturgia estabeleceu a festa do Santíssimo Nome de Maria no decurso da oitava de sua Natividade. A Espanha foi a primeira nação, que,  tendo para isso a aprovação de Roma, em 1513 introduziu a festa, que depois por Inocêncio XI teve sua extensão à toda a IgreJa, em ação de graças pela brilhante vitória por João Sobieski, rei da Polônia< alcançada sobre os turcos, que tinham chegado a assediar Viena, capital da Áustria.
Nomes são símbolos, que na esfera do pensamento, do sentido, da vontade e das paixões se ligam ao esplendor ou à treva, à alegria ou à amargura. Que significa para nós o Nome de "Maria?".
1. Luz e esplendor, o nascer do sol Para nosso mundo interior. É o raio de toda a  virtude da humanidade, da obediência, do recolhimento,  da conformidade com a vontade de Deus e,  princiPalmente, da pureza intacta e ilibada, reflexo este que se manifesta na virgindade real e corporizada em Maria.  Seu nome, qual um farol luminoso, apareceu no meio de um mundo todo materializado e impuro. Em nossa natureza decaída, surgem múltiplos e desordenados desejos; o homem se vê emaranhado em tentações que empolgam seus sentidos, aliciando-os com miragens prometedoras; difícil lhe é depois acusar-se no confessionário das suas quedas  vergonhosas. Quanto mais amor dedicamos à Santíssima Virgem, cujo nome, por si é um raio de puríssima luz, tanto mais se acentua a nossa aversão aos pecados da impureza.
A Sagrada Escritura enaltece o poder da Mãe de Deus sobre os inimigos da nossa salvação e pergunta: "Quem é esta que vai caminhando como a aurora quando se levanta, formosa como a lua, brilhante como o sol, terrível como um exército formado em batalha?" (At, 6-8).   Maria aufere este poder: 1. Da beleza de sua alma< a que nada pode resistir, Reverenciamo-la para que nos livre do mal.   2. Do poder que ligou à sua intercessão. Ela é a padroeira, a Mãe dos filhos de Deus.
2. O nome "Maria" diz amargura. À Mãe do Crucificado, por ter sua alma pregada na cruz, cabe muito bem o nome de "Amarga". A lembrança do mar amargoso dos seus sofrimentos faz-nos estremecer em sentimentos compassivos. Ó Maria, mar de dor e amargura, recebei a nossa gratidão;  muito sofrestes e suportastes, porque grande foi o vosso amor àqueles cuja mãe quisestes ser. Embora vosso nome nos faça lembrar deste mar de amargura, cheio se nos afigura ele de doçura. Doçura é para nós, no meio das atrocidades amargas da vida.
3. Maria é nome de quem é Senhora, Rainha. Na passagem dos israelitas pelo Mar Vermelho, que em suas ondas revoltosas sepultou o exército dos egípcios, Maria, Irmã de Moisés, à frente das mulheres hebréias entoou um canto de vitória, acompanhado de toques de adufes e coros em uníssono. ERa ela a preconizadora da Santíssima Virgem, vencedora do pecado;  símbolo daquela poderosa, à qual Deus Menino se fez súdito. Maria, a Mãe de Jesus, Senhora que é de todas as gerações, nós a louvamos, nós a bendizemos; à sua proteção nos confiamos, a ela nos dirigimos, a Maria NOssa Rainha, Nossa Senhora.
REFLEXÕES
"Para os que foram agraciados em ler a Bíblia no seu original, perceberam que o nome MARIA, está na primeira página. Para ser mais preciso: No Livro do Gênesis, capítulo primeiro, versículo dez. Nós, os crentes, sabemos que nada acontece por acaso. Eram os latinos pagãos, que pensavam que: “O acaso pode mais que a razão” - “Fors plus quam ratio potest”. A distinção consiste em que naquilo que eles julgavam “acaso” nós vemos o Dedo de Deus. Jesus, pelos evangelistas Mateus (V, 18) e Lucas (XVI, 17) nos diz que antes que passem o céu e a terra,  não será omitido um trema, ou pontinho da Lei, sem que tudo seja realizado. Maria, evidentemente, não é um trema, menos ainda um pontinho, é um Nome, sobre o qual foram escritos uma infinidade de livros. O nome Maria, continuará sendo um “sacramentum”, um mistério indecifrável. Porém, o nosso “saber”, o nosso orgulho, não pode ser sobrepujado e assim apelamos para duas SUPOSIÇÕES,  uma  delas significando Senhora e a outra Amada de Deus. Duas definições espetaculares, não fora Maria a Mãe de Deus! A Mãe dos vivificados, por Jesus Vivificador!
Por mais que se louve, por mais que se pretenda bendizer o Santíssimo Nome de Maria, estaremos sempre aquém da real magnitude de MARIA, por sermos limitados e finitos.  Não há, na redondeza da terra, com quem, menos ainda com que, comparar a grandeza incomensurável de Maria.  Pois Maria, não tem similar; MARIA é singularíssima. Maria é Mãe do Criador, Mãe do Incriado; como definir, como explicar?  Brademos alto e bom som: Maria é a Mãe de Deus e nossa. É dar crédito e cair de joelhos." (Carlos Mariano, Livro Oriente - 1998)
"Os espíritos malignos tremem ante a Rainha dos Céus, e fogem como se corre do fogo, ao ouvir seu santo Nome. Causa-lhes pavor o santo e terrível Nome de Maria, que para o cristão é um extremo amável e constantemente celebrado. Não podem os demônios comparecer nem poder por em jogo suas artimanhas onde vêem resplandecer o nome de Maria. Como trovão que ressoa no céu, assim caem derrubados ao ouvirem o nome de Santa Maria. E quanto mais amiúde se profere este nome, e mais fervorosamente se invoca, mais céleres e para mais longe escapam." (Tomás de Kempis)
Fonte: Página Oriente em 2014

Festa do Santo Nome de Maria

O fato de que a Santíssima Virgem leve o nome da Maria é o motivo desta festividade, instituída com o propósito de que os fiéis encomendem a Deus, através da intercessão da Santa Mãe, as necessidades da igreja, agradeçam por seu onipotente amparo e seus inumeráveis benefícios, em especial os que recebem pelas graças e a mediação da Virgem Maria. Pela primeira vez, autorizou-se a celebração desta festa em 1513, na cidade espanhola de Cuenca; daí se estendeu por toda a Espanha e em 1683, o Papa Inocêncio XI a admitiu na igreja do ocidente como uma ação de graças pelo suspensão do sítio a Viena e a derrota dos turcos pelas forças do João Sobieski, rei da Polônia.
Esta comemoração é provavelmente anterior ao ano de 1513, embora não se têm provas concretas sobre isso. Tudo o que podemos dizer é que a grande devoção ao Santo Nome de Jesus, que se deve em parte às pregações de São Bernardino de Siena, abriu naturalmente o caminho para uma comemoração similar do Santo Nome de Maria.

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