quarta-feira, 30 de março de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 30/03/2022

ANO C


Jo 5,17-30

Comentário do Evangelho

Jesus e o Pai

Há, aqui, uma ampliação das consequências do episódio anterior. Os judeus procuravam matá-lo por duas razões, segundo o nosso texto: por violar o sábado e por dizer que Deus era seu Pai, fazendo-se igual a Deus. Diante da crítica de ter curado em dia de sábado, Jesus responderá: "Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho". A afirmação de Jesus encontra apoio em Dt 5,12-15, em que não se diz que Deus descansa, mas que o homem deve parar o seu trabalho no dia de sábado para fazer memória da saída do Egito. A comunhão com o Pai é que faz com que o Filho faça a obra de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu me deste teu Filho Jesus como caminho para encontrar-me contigo. Reforça minha fé, de modo que, conhecendo mais a Jesus, possa também conhecer-te mais.
Fonte: Paulinas em 13/03/2013

Vivendo a Palavra

Esta é a novidade é vivida e anunciada por Jesus: o Senhor Javé, muito mais do que o Deus dos Exércitos, é Pai! Seu Pai e nosso Pai! Ele se coloca, assim, na posição de Filho e não mais de simples criatura ou escravo. Esta intimidade assustava seus contemporâneos e continua assustando a muitos de nós...
Fonte: Arquidiocese BH em 13/03/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus realiza as profecias, como no exemplo de hoje, a visão de Isaías. É chegada a hora em que até os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus. Ele faz o que o Pai faz e tem o poder de julgar os vivos e os mortos. A leitura orante do Evangelho de João é caminho privilegiado para iluminar a nossa vivência do amor ao Pai, que se concretiza no cuidado com os irmãos.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2019

VIVENDO A PALAVRA

Até que ponto nós ousamos assumir como nossas as palavras de Jesus de Nazaré? Como seguidores, deveríamos incorporar as verdades ditas pelo Mestre: «Meu Pai continua trabalhando até agora e Eu também trabalho.» Será que nos esforçamos para seguir o exemplo de Deus, nosso Pai, e de Jesus de Nazaré? Ou estamos acomodados, satisfeitos com uma fé burocrática, morna e sem o brilho da alegria?
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2021

Reflexão

Jesus começa aos poucos a manifestar a sua origem e a sua natureza divina. Ele de fato é o Filho de Deus, que veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e realizar a sua obra, que é a salvação de todas as pessoas, salvação que significa ressurreição e vida eterna, libertação do jugo do pecado e da morte. Mas esta obra é somente para quem crê que Jesus é o Filho de Deus, é para quem crê que ele veio ao mundo para fazer a vontade do Pai e vê na sua ação a ação divina em favor dos homens, de modo que a fé é essencial para a nossa salvação, para a nossa ressurreição e para que vivamos eternamente.
Fonte: CNBB em 13/03/2013

Reflexão

Entre Deus Pai e Jesus existe perfeita harmonia, comunhão total. O Filho tem acesso às obras do Pai e faz aquilo que o Pai faz. Ora, o Pai ressuscita os mortos e haverá de ressuscitar o Filho. Jesus se apresenta como Filho e ousa anunciar que, por sua voz, os mortos retornarão à vida. Ensina também que o Pai confia de tal modo no Filho, que lhe confere autoridade para julgar o mundo. Seu julgamento é justo, porque faz a vontade do Pai que o enviou. Os doutores da Lei não suportam que uma pessoa, semelhante a eles, se atreva a julgar-se tão próxima de Deus. Acreditam em Deus, mas não aceitam Jesus como Filho de Deus. O conflito entre esses doutores e Jesus se agrava. Desembocará na crucificação do Mestre.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 03/04/2019

Reflexão

Ao curar o enfermo em dia de sábado, Jesus provoca a ira dos judeus. Jesus responde que ele trabalha assim como seu Pai sempre trabalha e que não há restrição de dias para fazer o bem. O Filho vai aprendendo do Pai e fazendo aquilo que o Pai faz. O agir de Jesus está em sintonia com o desejo de Deus. Além disso, expressa sua unidade com o Pai, fruto de uma profunda comunhão de amor entre os dois. Deus se comunica com o ser humano não via leis e preceitos, mas pela vivência do amor. Com frequência desejamos que Deus se adapte aos nossos desejos e se conforme aos nossos sistemas e projetos. É importante se deixar guiar pelos planos do Pai, revelados pelo seu Filho. As ações de Jesus deveriam ser as ações de cada cristão. A fé nele consegue nos manter em pé e firmes na missão que ele nos confiou.
Oração
Ó Jesus, disseste aos teus conterrâneos: “As coisas que o Pai faz, o Filho o faz da mesma forma”. Ao dizer que Deus é teu Pai, te fazes igual a Deus. Essa revelação deixa teus adversários perturbados. Concede-nos, Senhor, a sabedoria para aceitar, em nossa vida, essa verdade de fé. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)
Fonte: Paulus em 17/03/2021

Reflexão

A presença de Jesus é incômoda para muitos e por diferentes motivos. No Evangelho de hoje, os judeus não aceitavam a liberdade de Jesus, que fazia o que não era permitido aos sábados e chamava a Deus de Pai. Jesus vem romper com o esquema estabelecido e, obviamente, haverá questionamento e hostilidade por parte daqueles que têm certeza de que o errado é o outro, nesse caso, Jesus. Em sua resposta aos judeus, Jesus tenta clarificar quem ele é e qual é a sua missão. Jesus e o Pai formam uma unidade que pode ser traduzida e entendida como perfeita sintonia. Não há aqui relação de dependência e anulação de um ou de outro; mas profunda cumplicidade e complementariedade. Jesus não vive por si, mas segundo o projeto que o Pai tem para ele. O que move o nosso coração e firma nossos pés na caminhada?
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Meditando o evangelho

PROCURAVAM MATÁ-LO

O ódio crescente contra Jesus e a decisão de matá-lo tinha uma razão bem clara: sua pretensão de fazer-se igual a Deus. Isto se deduzia da liberdade com que trabalhava em dia de sábado. Segundo a teologia da época, só Deus trabalha em dia de sábado para garantir a subsistência da criação e da vida sobre a face da Terra. Os sinais realizados por Jesus, em dia de sábado, tinham características semelhantes, pois estavam estreitamente relacionados com a recuperação da vida.
Nos seus ensinamentos, Jesus jamais chamou-se de "Deus". De fato, sempre falou do Pai, a cuja vontade estava submetido, do qual viera e para o qual voltaria, que o enviou com a missão de restaurar a existência humana corrompida pelo pecado. Sua palavra era perpassada pela consciência de ser Filho. Nunca pretendeu usurpar o lugar do Pai; antes, soube colocar-se no seu devido lugar até o último momento, quando exclamou: "Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito!".
Jesus, porém, tinha consciência de ser o caminho de encontro com o Pai. Quem acolhesse suas palavras, estaria acolhendo as palavras do Pai. Crer nele comportava crer no Pai. Honrá-lo corresponderia a honrar o Pai. Pelo contrário, rejeitá-lo significava rejeitar o Pai.
A teologia rígida dos adversários de Jesus não podia suportar tamanha ousadia. A decisão de matá-lo foi o expediente extremo para eliminar uma pessoa incômoda.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tu me deste teu Filho Jesus como caminho para encontrar-me contigo. Reforça minha fé, de modo que, conhecendo mais a Jesus, possa também conhecer-te mais.
Fonte: Dom Total em 03/04/2019 17/03/2021

Meditando o evangelho

JESUS, UNIDO COM O PAI

A liberdade e a familiaridade com que Jesus se referia a Deus, incomodava seus inimigos. Era-lhes insuportável ouvir Jesus chamá-lo de Pai e afirmar sua unidade profunda com o ele, e perceber em sua ação indicações de que, realmente, ele possuía algo próprio de Deus. Caso contrário, seu agir seria inexplicável. Os inimigos decidiram, então, eliminar o Mestre por não suportarem sua presença.
Jesus não minimizou o problema. Sem titubear, proclamou sua radical dependência do Pai, de quem procedia e sob cuja orientação agia. O Pai outorgou-lhe o direito de comunicar vida e confiou-lhe todo o julgamento. Portanto, todas as pessoas, inclusive os adversários de Jesus, estavam na dependência de seu julgamento. Ele haveria de julgar concedendo vida a quem praticou o bem e castigando a quem praticou o mal.
Os que se opunham ao Mestre, que ficassem atentos. Indispor-se contra ele, significava indispor-se contra o próprio Deus. Opção terrivelmente perigosa!
O alerta de Jesus não surtiu efeito. Antes, só fez aumentar a ira de seus opositores e torná-los cada vez mais determinados a levar a cabo o seu intento. A cegueira tirou-lhes a capacidade de discernir. Por isso, quanto mais Jesus tentava alertá-los para a insanidade de seu projeto, tanto mais insistiam em colocá-lo em prática. O tempo daria razão a Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, faze-me compreender que tua união com o Pai prepara o caminho para que também eu viva em comunhão com ele.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. O Pai ama o Filho
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O Dia do Senhor é o melhor dia para levantar o ser humano de sua prostração, porque “a glória de Deus é o ser humano vivo”. Jesus veio para que todos tenham vida. Como o Pai, o Filho trabalha sempre, também no sábado, mantendo viva a criação. “O que o Pai faz, o Filho o faz igualmente”, e dá a vida a quem ele quer.
Fonte: NPD Brasil em 03/04/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Tal Pai tal Filho...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Longe de esconder sua filiação Divina diante dos Judeus, que sempre o ameaçavam quando esse assunto vinha à baila em suas discussões, Jesus afirma categoricamente ser o Filho de Deus e revela que todas as suas ações estão em perfeita sintonia com a vontade do Pai, os dois agem juntos.
Com Jesus falando as claras com eles, ficaria muito fácil perceber que o Pai a quem Ele se refere é o Deus da Aliança, que transmitiu suas Santas Leis a Moisés. Bastaria que quisessem saber mais, e deixassem que seus corações se inquietassem com as palavras de Jesus e rapidamente descobririam a Verdade.
Entretanto os Judeus, que estão distantes da Verdade e o coração fechado para a Boa Nova, se enfurecem ainda mais e querem matá-lo de qualquer jeito, pois violou a Lei do Sábado e ainda por cima chama a Deus de Pai e se faz igual a Ele. Um absurdo... um sacrilégio... uma blasfêmia que justificava a sua condenação.
Ao falar de si, da sua imagem e semelhança com o Pai, do seu agir em conjunto com Ele, da relação extremamente amorosa que há entre os dois, Jesus está falando da relação Deus - Humanidade, Jesus está mostrando com extrema clareza quem é o homem e qual é o seu destino junto de Deus. Jesus está se apresentando como aquele que irá Salvar, redimir e resgatar a imagem e semelhança de Deus, que o homem havia perdido com o pecado e diante desse fato inédito para a humanidade toda, as Leis de Moisés não representavam mais nenhuma novidade.
E essa rejeição por esta Divindade que se Humaniza e reflete quem Ele é nas ações humanas, continua hoje, talvez por outras razões, mas com muito mais intensidade.
O homem da pós-modernidade anda em busca de algo grandioso, mas a sua cegueira espiritual não deixa ver que essa grandiosidade está na própria natureza humana, porque Deus regravou sua imagem em cada um de nós, quando Jesus se encarnou. Nosso Deus não está lá em cima em algum lugar do espaço cósmico, escondido de todos para nos fazer uma surpresa no final da História, Ele está oculto nas entranhas do Ser humano, morando em sua alma e em seu coração, Feliz do Homem que o encontra bem dentro de si, tão perto e tão longe ao mesmo tempo, porque o Homem ainda não se descobriu e não se reconhece como Filho amado de Deus...

2. Procuro fazer não a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou - Jo 5,17-30
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus nos deu o sábado para fazer o bem, e um Pai, que é Deus.
Fonte: NPD Brasil em 17/03/2021

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
março 13th, 2013

Muitas vezes vivemos tantas experiências ruins – até mesmo com o próprio pai – que alguém pode dizer, por exemplo: “Meu pai é mau!” ou “Meu pai é um monstro!” ou ainda “Eu tenho medo (ou vergonha) do meu pai”.
Mas, independente do jeito que é – ou foi – o seu pai da terra, o seu Pai do Céu não é mau. Ele não é um monstro. Você não precisa ter medo e nem vergonha d’Ele. O seu Pai do Céu é Amor. E você é filho deste Amor.
Como é importante em nossos dias relembramos isso: somos filhos de Deus. Você é filho de Deus. Somos da mesma família. Temos uma dignidade muito grande: a dignidade de filhos do Céu. Mesmo que você, às vezes, se esqueça disso saiba: você é filho do Pai.
Muitas pessoas em nosso tempo, infelizmente, começaram a viver como filhos de “qualquer outra coisa”, menos como filhos de Deus.
É tão importante olharmos para este Evangelho de hoje e percebermos que a resposta de Jesus, diante daqueles que O criticavam, é uma resposta contundente: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer” (Jo 5,19). O Filho não faz nada por si mesmo. Ele faz somente aquilo que aprendeu do Pai.
Tudo aquilo que vemos na vida de Jesus: o seu jeito, o seu sorriso, a sua misericórdia, os seus ensinamentos, enfim, tudo aquilo que Ele é… É a imagem do Pai!
Como me assusta ver pais que não se empenham em ser exemplo de vida para seus próprios filhos… Pais que vivem ausentes da vida de seus filhos e depois ficam assustados, sem saber a razão pela qual seus filhos se desviaram no vício das drogas, perdidos, longe de Deus, e fazendo coisas que lhe causam tanta vergonha.
Muitos pais que não foram exemplo de fé e de amor para seus filhos, poderão ter de ouvir um dia, da boca deles, aquilo mesmo que Jesus acabou de nos dizer: “Em verdade, em verdade vos digo, o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer”.
O nosso mundo e os nossos filhos, nos dias de hoje, se encontram cada vez mais perdidos, porque os pais estão cada vez mais perdidos! Certa vez, indo a uma delegacia visitar um rapaz, o escrivão que ali trabalhava me disse: “Padre, se um dia o senhor escrever um livro, escreva um livro assim: ‘Pais complicados, filhos idem’”. Porque é ali, com o pai e a mãe, que o filho e a filha vão aprender muitas coisas.
Meu pai faleceu antes de eu nascer. Tive a oportunidade de ouvir muitas histórias a seu respeito. Como eu tenho o mesmo nome que meu pai, Sóstenes, quando eu ia visitar meus familiares em minha terra natal, as pessoas – que conheciam meu pai como “Sostinho” – me perguntavam: “Você é o filho do Sostinho?” Daí eu respondia: “Sim”. Então aquelas pessoas teciam muitos elogios sobre meu pai.
No entanto, as pessoas sempre repetiam que meu pai era um “garanhão”, que “pegava” muitas mulheres… Eu cresci ouvindo isso! Aquilo passou a ser a minha referência. Você acha que eu queria ser padre quando crescesse? Não! “Ser padre” veio muito tempo depois. Eu queria era ser como meu pai, pois havia construído essa imagem dele em meu interior.
Mas, então, eu encontrei a Deus. E este Pai do Céu passou a ser uma referência nova em minha vida. Passou a me ensinar coisas diferentes. E eu tenho certeza de que meu pai da terra, Sóstenes, não queria que eu o tivesse como uma referência de coisas ruins. Tenho certeza que ele queria que eu fosse mais parecido com o Pai do Céu do que com o pai da terra. Porque os nossos pais, aqui da terra, não são perfeitos. Não é?
Hoje é o dia de você reassumir em sua vida este Pai do Céu e a realidade de que você é filho d’Ele. Diante deste Evangelho questione-se se tudo o que você tem feito em sua vida é reflexo, imagem do Pai. Ou melhor: perguntar às pessoas que fazem parte da sua vida, se elas veem o Pai em você.
Essas pessoas serão um “espelho” que revelarão se eu tenho sido – ou não – a imagem fiel do Pai, como um filho fiel, ou se eu sou apenas um “borrão”. Mais ainda: se sou tão somente uma “caricatura” do Pai, ou seja, aquilo que realça o que não é bom. Assim é a caricatura, enquanto a obra de arte mostra a beleza.
Você é chamado a ser como Jesus, Filho que é obra de arte do Pai. Sua imagem fiel.
Padre Sóstenes – Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/03/2013

HOMILIA DIÁRIA

O amor divino faz nova todas as coisas

Permitamo-nos ser amados e cuidados por esse amor divino, permitamos que ele nos cure de todo mal

“O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados” (João 5,20).

A verdade é que o Pai ama seu Filho, e o Filho ama unicamente, de forma singular, o seu Pai. Aqui está um relato de amor maravilhoso e divino: o amor de Deus é um Pai que ama o Seu Filho e o Filho que ama Seu Pai; essa força maravilhosa de amor do Pai e do Filho é que cria todas as coisas.
Por isso Jesus está dizendo: “Meu Pai trabalha sempre, portanto, também eu trabalho”. Se o Pai trabalhou para criar todas as coisas, ali estava o Filho criando; agora, o Pai estava salvando o que se perdera da sua própria criação, e o Filho veio para ser o protagonista do Pai, está no meio de nós salvando aquilo que ele mesmo fez junto com o Pai no poder do Espírito.
Exemplo de amor e comunhão em tudo aquilo que realiza. O Pai não faz nada sem o Filho, e o Filho não faz nada sem o Pai. A comunhão de amor entre eles faz com que a natureza seja única.
Aprendemos, na catequese, que o Pai é Deus, que o Filho é Deus, que o Espírito Santo é Deus, um único Deus e três pessoas distintas que se amam de uma forma singular, um amor que se expande na criação de todas as coisas.
Viemos do amor de Deus, a natureza nasceu do amor de Deus, o mundo criado que contemplamos e admiramos é fruto do amor divino. Quando o amor d’Ele está em nós, somos recriados, refeitos e reestruturados.
Quando o amor de Deus se perde ou não é acolhido, não é aceito, a criação geme e padece. Estamos padecendo, gemendo, é um parto doloroso, porque nos afastamos do amor de Deus que cria e faz nova todas as coisas.
O Filho veio nos trazer esse amor, veio nos apresentar um único remédio e caminho que nos salva: o amor de Deus em nós, que faz nova todas as coisas.
Permitamo-nos ser amados e cuidados por esse amor divino, permitamos que o amor de Deus, ao agir em nós, cure-nos de todo mal.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 03/04/2019

HOMILIA DIÁRIA

A missão de Jesus é semear o bem entre nós

“Em verdade, em verdade vos digo, quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, possui a vida eterna. Não será condenado, pois já passou da morte para a vida” (João 5,24).

A vida eterna é esta: crermos n’Aquele que o Pai enviou, Jesus Nosso Senhor e Salvador. Crer em Jesus é levar a vida em nome d’Ele.
Muitos judeus se opuseram a Jesus, não O acolheram, não O receberam, O rejeitaram e O mataram na cruz. Mas hoje vivemos numa sociedade e, também numa forma de viver a nossa cristandade, somos cristãos que, muitas vezes, ignoramos e não acolhemos a Jesus, não aceitamos a vida que Ele nos trouxe.
O Senhor está dizendo que aqueles que creem n’Ele ressuscitarão para a vida, mas aqueles que praticam o mal ressuscitarão para a condenação. Crer em Jesus não é somente professar uma fé ou dizer: “Olha, eu creio em Deus Pai”. “Creio em Jesus Cristo, Seu filho único”, mas é ter as obras que Jesus praticou, porque muitos creem no Seu nome, mas praticam o mal, vivem no mal, desejam e fazem o mal para o próximo.

Aquele que é de Jesus pratica o bem, semeia o bem e realiza o bem para o seu próximo

É muito importante que a nossa fé, aquilo que professamos com a boca, seja condizente com aquilo que vivenciamos na vida. É preciso que a fé produza obras e frutos. Não podemos de forma alguma, sermos discípulos do Mestre Jesus e praticarmos o mal uns aos outros; mal de todas as espécies e maneiras: do desejar o mal, do fazer o mal, do praticar o mal, do desejar que o outro se dê mal, as verdadeiras maldades que são penetradas no mundo em que vivemos.
É importante deixar que a Palavra de Deus nos purifique porque as raízes do mal estão em nós, as raízes malignas estão em nós. Herdamos, vivemos numa sociedade que pratica o mal e também imitamos os comportamentos errados e malignos que há no meio de nós. Somos influenciados pelo meio que vivemos, mas somos também tentados a praticar o mal.
Aquele que é de Deus, aquele que crê em Jesus realiza as obras do Senhor, é por isso que Jesus começa hoje dizendo: “Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho”. Qual é a obra, o trabalho do Pai, senão edificar o bem, fazer o bem? Porque tudo foi feito com a bondade de Deus, porque Ele viu que tudo era bom.
Semear as sementes do bem é a missão de Jesus, tudo aquilo que o mal veio destruir, Jesus veio para reparar; e aquilo que o mal tem destruído no mundo não podemos continuar semeando, sendo destruídos pelo mal e deixando que ele esteja penetrado em nossas ações, pensamentos e sentimentos.
Aquele que é de Jesus pratica o bem, semeia o bem e realiza o bem para o seu próximo!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 17/03/2021

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a ousadia de penetrar profundamente no sentido desta invocação que fazemos: PAI NOSSO. Que ela traga para a nossa vida as consequências naturais: somos irmãos da humanidade. Cada homem e mulher merece o teu carinho paterno-maternal e, portanto, o nosso amor fraterno. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/03/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos olhos para enxergar e coração manso para acolher o teu Reino de Amor que nos foi trazido por Jesus de Nazaré. Ele, o Cristo, teu Filho Unigênito que se fez humano como nós, ao voltar ressuscitado para os teus braços nos mostrou o caminho da liberdade de Filhos teus, muito amados que somos. Pelo mesmo Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/04/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nossa alma espera em Ti! Enche-nos de entusiasmo pela Vida. Faze-nos participantes ativos da caminhada dos irmãos que colocaste ao nosso lado para a viagem de retorno ao Lar Paterno. Que sejamos generosos e misericordiosos, seguindo os passos do Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 17/03/2021

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