quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA - 09/02/2022

ANO C


Mc 7,14-23

Comentário do Evangelho

É com o coração, e não com as mãos, que os discípulos devem se preocupar.

Na controvérsia sobre o puro e o impuro, Jesus dá um princípio para que os discípulos compreendam que o mal, o que distorce e rompe a harmonia da criação, desfigura o ser humano e o distancia de Deus, se encontra no coração do próprio homem. Se o Levítico ordena separar o puro do impuro (cf. Lv 10,10; 20,24b-25), Jesus parece abolir essa lei, observando que se trata de tradição humana (cf. Mc 7,7.8.9). É com o coração, e não com as mãos, que os discípulos devem se preocupar. O que importa é a pureza do coração. O coração e os rins são para a Escritura a sede do saber e do discernimento, a fonte de uma vida em conformidade ou não com a vontade de Deus. É a pureza do coração, e não simples práticas externas, que revela o grau de engajamento da pessoa em relação ao Reino de Deus. Considerar o mal como algo exterior a si é, no mínimo, um modo de exprimir a incompreensão acerca da realidade do próprio mal e de não assumir a responsabilidade ante as consequências da inclinação enigmática e perversa do coração do ser humano.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, cria, no meu coração, a pureza verdadeira que me permite estar na tua presença, seguro de que minha vida te agrada.
Fonte: Paulinas em 12/02/2014

Vivendo a Palavra

A casa interior – o nosso coração – é o lugar que devemos manter puro e preparado para acolher o Espírito Santo, que nos leva a fazer a experiência do Reino do Pai (ainda não em plenitude). Se não o fizermos, é ali que acontecem os adultérios, isto é, nós misturamos o que é santo com desejos menores – este é o nosso pecado.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2014

VIVENDO A PALAVRA

A casa interior – o nosso coração – é o lugar que devemos manter puro e preparado para acolher o Espírito Santo, que nos leva a viver aqui e agora a experiência do Reino do Pai (ainda que não em sua plenitude). Se não o fizermos, é ali que acontecem os adultérios, isto é, nós misturamos o que é essencial, puro e santo, com inconfessáveis e fugazes desejos perversos. Este é o nosso pecado.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2020

Reflexão

Todos nós somos capazes de ver a influência que a sociedade exerce sobre o comportamento das pessoas e muitas vezes ouvimos pessoas que querem responsabilizar outras pessoas ou a sociedade pelos seus próprios atos. Jesus, no Evangelho de hoje, nos mostra que, na verdade, a responsabilidade do ato compete à própria pessoa, pois a pessoa age de acordo com os valores ou desvios que estão presentes no seu coração. É claro que existe a influência do meio, mas ela só determina a vida da pessoa se encontra eco no seu coração, caso contrário, a pessoa rejeita essa influência.
FonteCNBB em 12/02/2014 11/02/2015

Reflexão

O discurso de Jesus diante da multidão é uma clara resposta aos fariseus e doutores da Lei, fixados na tradição do puro e impuro: “O que sai da pessoa, isso é que a torna impura”. Na sua catequese particular aos discípulos, Jesus “declarava puros todos os alimentos”. A impureza não vem de fora; é elaborada no coração. É aí que nasce todo tipo de malícia. Como se pusesse um espelho diante das pessoas, Jesus apresenta uma lista de pecados. Cada um veja em que precisa se corrigir, convertendo-se para Deus. Os pecados fazem referência principalmente ao relacionamento com o próximo; indicam atitudes que prejudicam o amor fraterno. Ser puro diante de Deus é agir honestamente, favorecer a boa convivência social, auxiliar os necessitados, usar de misericórdia para com todos…
Oração
Ó Jesus, divino Mestre, ensinas a respeito do que realmente torna a pessoa impura. O que a torna impura é o que ela elabora no seu interior. Pensamentos e sentimentos maus, gerados em seu coração, se transformam em atitudes más. Cria em nós, Senhor, condições para só produzir o que é bom. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))
Fonte: Paulus em 12/02/2020

Reflexão

Diante da multidão, Jesus esclarece a questão da lei do puro e impuro: o que torna a pessoa pura ou impura – boa ou má – diante de Deus não são as coisas que entram em contato com ela, mas a atitude do seu coração. É dele (do coração) que saem as traições, as injustiças, a maldade. A impureza não vem de fora, é pensada a partir do coração. Jesus sugere que cada pessoa procure dentro de si mesma a raiz do pecado e a raiz do amor. Isso para dizer que não há alimento puro ou impuro, quando muito há alimentos mais saudáveis e menos saudáveis. Nenhum alimento torna a pessoa impura ou má diante de Deus. O coração da pessoa é feito para amar, só que muitas vezes as pessoas o transformam em fonte de ódio, raiva, intolerância, discriminação, inveja etc., que afastam de Deus e da boa convivência com os irmãos e irmãs.
(Dia a dia com o Evangelho 2022)

Recadinho

Jesus fala de nosso coração! Quanta maldade! Reflita sobre o que Jesus menciona que sai do coração humano: más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo!
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fontea12 – Santuário Nacional e12/02/2014

Comentário do Evangelho

DE ONDE VEM A IMPUREZA?

Jesus buscou recuperar a interioridade e a profundidade da prática da fé, contrapondo-se à exterioridade e superficialidade dos escribas e fariseus. Exortava seus discípulos a perceberem que a verdadeira contaminação do ser humano não provém do seu exterior, e sim, do coração. Assim, quem pretende apresentar-se puro diante de Deus, deve, antes, purificar o seu íntimo de onde provém todo o mal.
Esta purificação não consiste num gesto exterior, como seria um banho ou uma lavagem de mãos. Ela acontece quando a pessoa, sintonizada com Deus, elimina tudo o que pode perturbar sua relação com o próximo. Quem é puro, pensa bem de seu semelhante; respeita-lhe a vida, o corpo e a propriedade; é misericordioso no trato com ele; não age com dolo ou malícia. Estes são sinais inequívocos de pureza interior.
Se isto não acontece, por mais que o indivíduo se lave com água, estará cheio de impurezas e despreparado para realizar um culto agradável a Deus. As coisas materiais são indiferentes; não têm um poder mágico de contaminação.
Portanto, os discípulos não devem dar atenção às insinuações dos fariseus. Não vale a pena buscar a pureza pelo caminho indicado por eles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de pureza, limpa-me no mais íntimo do meu ser, no meu coração, de modo que eu possa mostrar-me puro no trato com meu semelhante.
Fonte: Dom Total em 11/02/2015

Meditando o evangelho

O QUE PODE CONTAMINAR

O processo de contaminação pela impureza era muito mais sério do que os escribas e fariseus poderiam imaginar. Eles temiam tornar-se impuros pelo contato físico com coisas e pessoas, consideradas transmissoras de impureza. Este pensamento equivocado os impedia de perceber os verdadeiros agentes de contaminação.
Jesus aponta para elementos contaminadores radicados no mais íntimo do coração humano, dos quais não é fácil se precaver. Daí provém as impurezas que incapacitam o ser humano para um relacionamento adequado com Deus.
É relativamente fácil segregar-se das coisas e pessoas tidas como transmissoras de impureza. Pelo contrário, é extremamente difícil manter a devida distância do que sai de dentro e tem o poder de contaminar. Vigilância e discernimento são duas atitudes imprescindíveis. Sem elas, a hipocrisia se apodera da ação humana. E a pessoa fiel às regras de purificação acaba sendo a mesma que nutre maus pensamentos contra o próximo.
O discípulo do Reino se previne contra este descompasso. Dele se exige, em primeiro lugar, a purificação das motivações de sua ação. Seu agir brota de um coração puro, sem dolo nem má-fé, e busca unicamente o bem do próximo. Esta é a pureza requerida por Deus. A outra reduz-se a mera questão de higiene, sem maior relevância.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, purifica o meu interior, de forma que o meu agir seja preservado de toda impureza do mal.
Fonte: Dom Total em 12/02/2020

Meditando o evangelho

DE ONDE VEM A IMPUREZA?

Jesus buscou recuperar a interioridade e a profundidade da prática da fé, contrapondo-se à exterioridade e superficialidade dos escribas e fariseus. Exortava seus discípulos a perceberem que a verdadeira contaminação do ser humano não provém do seu exterior, e sim, do coração. Assim, quem pretende apresentar-se puro diante de Deus, deve, antes, purificar o seu íntimo de onde provém todo o mal.
Esta purificação não consiste num gesto exterior, como seria um banho ou uma lavagem de mãos. Ela acontece quando a pessoa, sintonizada com Deus, elimina tudo o que pode perturbar sua relação com o próximo. Quem é puro, pensa bem de seu semelhante; respeita-lhe a vida, o corpo e a propriedade; é misericordioso no trato com ele; não age com dolo ou malícia. Estes são sinais inequívocos de pureza interior.
Se isto não acontece, por mais que o indivíduo se lave com água, estará cheio de impurezas e despreparado para realizar um culto agradável a Deus. As coisas materiais são indiferentes; não têm um poder mágico de contaminação.
Portanto, os discípulos não devem dar atenção às insinuações dos fariseus. Não vale a pena buscar a pureza pelo caminho indicado por eles.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Prece
Espírito de pureza, limpa-me no mais íntimo do meu ser, no meu coração, de modo que eu possa mostrar-me puro no trato com meu semelhante.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Importa o que está dentro...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O tema é o mesmo do evangelho refletido ontem, porém envolve a questão da alimentação e o órgão onde se inicia o processo digestivo: a nossa boca, que pode ser fonte de vida ou de morte!
A Lei de Moisés, dada quando o povo atravessava o deserto, tinha muitas normas de segurança e preservação da saúde, e a questão dos alimentos impuros que poderiam contaminar as pessoas era uma delas. Preocupação com a contaminação é algo que faz parte do nosso dia a dia, mas que não nos deve tornar excessivamente escrupulosos senão torna-se uma doença. Mas para os Judeus a contaminação tinha um caráter fortemente religioso onde quem é impuro está longe de Deus e da sua Salvação prometida.
Esse modo perverso de se relacionar com Deus,  acaba gerando divisões por conta dos preconceitos e Jesus corrige esse modo de pensar colocando as coisas em seu devido lugar, as coisas externas inclusive alimentação que entra pela boca do homem, não o afetam em sua espiritualidade ( pode sim transmitir alguma enfermidade) e nesse sentido, o próprio organismo do homem, criado com perfeição por Deus, tem seus mecanismos que após o metabolismo, expele aquilo que é impuro ou danoso ao corpo, este é um processo natural que os próprios órgãos digestivos realizam independem da nossa vontade.
Mas quando se fala de algo que possa manchar a dignidade do ser humano, a primeira coisa é a vontade humana. Ninguém faz uma calúnia ou diz uma ofensa moral a outro de maneira involuntária; ninguém sente inveja, ciúme, cólera ou mágoa, de maneira involuntária. É por decisão e vontade que se peca. É isso que Jesus quer dizer quando fala que são as coisas que saem de dentro do homem que o tornam impuro, e não as que entram nele.
O coração humano no pensamento bíblico é o centro das decisões e morada permanente de Deus, o cerne da lei, que é o amor a Deus, é proclamado solenemente: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração...”. Portanto a nossa dignidade de Filhos e Filhas de Deus torna-se sempre mais visível quando externamos o Deus manifestado em Jesus, que está dentro de nós. Nossas ações tornam-se todas puras e sagradas em sua essência…

2. Escutai-me, vós todos, e compreendei! - Mc 7,14-23
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os judeus tinham muito cuidado com a saúde. A experiência do deserto ensinou-lhes o que convinha e o que não convinha comer, beber, tocar, vestir. Levou-os também a se protegerem de doenças contagiosas. Não havia pronto-socorro à disposição nem medicamentos específicos para enfermidades específicas. Era preciso ser prudente e sábio. A legislação procurava orientar a população nômade para que vivesse bem e completasse a travessia do deserto. No entanto, o que a inteligência prática dizia ser conveniente ou não se tornou religiosamente permitido ou proibido. A partir daí as pessoas podiam se tornar legalmente impuras. Impuras por causa de um preceito ou de um princípio, embora não moralmente impuras. Restaurando a ordem primitiva, Jesus ensina o que torna alguém de fato impuro aos olhos de Deus. É o que sai do projeto do coração, o que é fruto de uma opção fundamental de vida.
Fonte: NPD Brasil em 12/02/2020

HOMILIA

JESUS FALA SOBRE A IMPUREZA

Hoje, Jesus desmascara o que está por trás de certas práticas apresentadas como religiosas. E toma um exemplo concreto referente ao quarto mandamento. Corbã era o voto, pelo qual uma pessoa consagrava a Deus os próprios bens, tornando-os intocáveis e reservados ao tesouro do Templo. Aparentemente Deus era louvado, mas na realidade os pais ficavam privados de sustento necessário, enquanto o Templo e os sacerdotes ficavam ainda mais ricos.
Neste Evangelho Jesus nos ensina a discernir onde encontrar a raiz do mal que tenta nos afastar de Deus levando-nos ao pecado e à morte. Muitas vezes nós enxergamos o que o mundo nos apresenta como proposta, os apelos ao sexo, ao poder, ao consumismo, aos prazeres, às desordens, violência. E, erradamente supomos que é isto que nos motiva a viver uma vida longe de Deus. Achamos que as concupiscências vêem de fora para nos desvirtuar. No entanto, Jesus nos dá conhecimento de que “é de dentro do coração humano que saem as impurezas!” e não o que vem de fora.
Fomos criados à imagem e semelhança de Deus e o nosso coração foi feito pleno do Seu amor, para que com este mesmo amor nós pudéssemos amá-Lo e amar aos nossos semelhantes e com eles manter relacionamentos benfazejos. Contudo, nós temos em nós a semente do pecado original que descaracteriza a nossa imagem e semelhança com Deus e, por isto, nós também cultivamos no nosso coração o desamor e a soberba. É por orgulho e vaidade que o homem se torna mal! Tudo o que cultivarmos dentro de nós será o que irá motivar as nossas ações.
O nosso coração é fonte de bênção e de maldição. O mal não entra pela boca, mas sai do coração do homem. A fonte do mal é o pensamento do homem. Se não cuidarmos em cultivar pensamentos sadios e agradáveis a Deus iremos carimbar as nossas ações com a marca do inferno e já não nos pareceremos com Jesus que veio ao mundo para nos configurar a Ele.
Cabe a cada um de nós fazer uma reflexão de como está o nosso interior para que possamos perceber se estamos sendo banhados pela água fonte que traz vida em abundância, isto é, o Espírito Santo, ou pela sujeira do esgoto interior do qual só sai devassidão.
Estamos exalando o perfume do céu ou a podridão do inferno? Você tem feito um exame de consciência do seu interior? – Em qual fonte você tem se banhado? – O que tem direcionado os seus pensamentos: coisas boas ou coisas más? – Você guarda rancor dentro de si? – Você costuma desabafar com alguém quando tem algum ressentimento ou apenas rumina no seu pensamento?
Pai, cria, no meu coração, a pureza verdadeira que me permite estar na tua presença, seguro de que minha vida te agrada.
Padre Bantu Ssyla
Fonte: Liturgia da Palavra em 12/02/2014 11/02/2015

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 12/02/2014

REFLEXÕES DE HOJE

QUARTA

Fonte: Liturgia Diária Comentada2 em 11/02/2015

HOMÍLIA DIÁRIA

Que o Espírito Santo purifique o nosso coração!

É uma tarefa diária para a nossa vida purificar o nosso interior! Que o Espírito Santo tire todas as impurezas que nos impedem de ter um coração verdadeiramente puro!

“Ele disse: ‘O que sai do homem, isso é que o torna impuro. Pois é de dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, roubos, assassínios, adultérios, ambições desmedidas, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho, falta de juízo”’ (Mc 7, 20-22).

Meus queridos irmãos e irmãos, continuando a reflexão de Jesus sobre o sentido e a prática da religião, hoje o Senhor nos mostra que não existe nada mais sagrado, para a vivência da religião, do que ter um ”coração puro”. A pureza de coração é a tarefa principal da nossa vida. Nós gastamos tempo (e que bom que gastamos tempo!) para cuidar do nosso exterior. Sim, você vê as filas nos salões, o tempo que as pessoas gastam cuidando da barba, do bigode, do cabelo; e as mulheres cuidando das suas unhas. Que bom e como é importante fazer isso!  Se com essa mesma intensidade cuidássemos do nosso interior, a nossa beleza seria tão mais resplandecente, que nós gastaríamos muito menos com coisas externas e nos preocuparíamos bem menos com rugas e outras coisas mais. Porque é o que sai de dentro de nós que revela aquilo que nós somos.
É difícil, nós até conseguimos disfarçar, muitas vezes, nossas imperfeições com um sorriso falso, estica ali, estica aqui, nos as escondemos atrás de uma maquiagem e de uma bela roupa; mas o que vale é o que está dentro de nós.  O que nos torna impuros é aquilo que carregamos dentro do nosso interior. É o próprio Jesus quem nos diz que o adultério, a imoralidade, os roubos, as maldades, as fraudes, as devassidões, a calúnia, a maldade, etc., estão dentro do nosso coração. Por isso é uma tarefa diária para a nossa vida purificar o nosso interior!
Há muitos anos que, ao chegarmos à capital de São Paulo, vemos ali um trabalho que parece incansável para tentar descontaminar e despoluir o Rio Tietê. As máquinas tentando tirar as impurezas do rio, e como isso é difícil, porque deixaram as sujeiras se acumularem e crescerem, elas foram lá para o fundo do rio, e como é difícil retirá-las! Ele pode até parecer bonito, mas as águas dele já foram contaminadas.
Da mesma forma, nós até podemos parecer bonitos por fora, temos um belo sorriso, uma bela imagem, mas nós não podemos deixar de cuidar do nosso interior, do mais profundo da nossa alma. Há muita sujeira escondida, muita maldade escondida, muita impureza, muita raiva, muito ressentimento, muito rancor, coisas que fazem um mal terrível e que contaminam a nossa forma de falar. Quando menos imaginamos nós damos uma resposta atravessada e uma patada em alguém, quando menos imaginamos nós pensamos mal e querendo o mal do outro. Nós agimos assim porque as provocações não vêm de fora, elas vêm de dentro de nós, das coisas que não ficaram bem resolvidas em nosso interior.
Que Deus, no Seu amor infinito, nos dê essa alavanca maravilhosa, que se chama Espírito Santo, para que Ele venha purificar o nosso coração e o nosso interior, tirando todas as sujeiras e impurezas que nos impedem de ter um coração verdadeiramente puro!
Deus abençoe vo
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/02/2014

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos purificar o nosso coração de toda maldade

Precisamos purificar o nosso coração de toda maldade! São as coisas que se acumulam dentro de nós que vão modelando o nosso comportamento e direcionando as nossas ações!

“O que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior” (Marcos 7, 15).

Continuando o Evangelho de ontem, vemos que Jesus se embate mais uma vez com os fariseus, porque estes O interpretam mal, têm maldade na forma de vê-Lo e indagam por que os Seus apóstolos não haviam lavado as mãos antes das refeições. Jesus, hoje, de forma muito categórica, nos diz que o que torna impura a nossa humanidade não é aquilo que comemos e bebemos, não é o fato de comermos ou bebermos sem lavar as mãos. O Senhor ressalta que o que torna o homem impuro é aquilo que sai dele, de nossa natureza humana, porque dentro de nós estão escondidos os maus desejos, as más intenções, os julgamentos, as fofocas e a maldade.
Quando não gostamos de alguém ou queremos mal a alguém, isso nasce dentro de nós (não é fora de nós, pois não é a pessoa que provoca isso em nós). É o que já está dentro de nós que vem à tona para falarmos mal, para querermos mal e desejarmos o mal a essa pessoa.
Quando alguém cai no pecado do adultério, por exemplo, não é o outro de fora que o provocou, mas dentro do coração dessa pessoa é que ela foi alimentando a sensualidade e as impurezas. Ninguém adultera de uma hora para outra; isso ocorreu porque ela foi alimentando certas situações que foram crescendo dentro dela. Da mesma forma, ninguém mata alguém da noite para o dia; a ira, a raiva e o ressentimento vão se acumulando no interior da pessoa, até que chega um momento em que ela perde a cabeça, a direção e os sentidos.
E se ao olharmos para as outras situações da vida, perceberemos que são as coisas que se acumulam dentro de nós vão modelando o nosso comportamento e direcionando as nossas ações!
Deixe-me dizer a você: nós nos preocupamos tanto com o exterior, com a beleza externa, com o cuidar do cabelo, cuidar disso e daquilo e nos esquecemos do essencial: de cuidar daquilo que está dentro de nós; de cuidar e de purificar o próprio coração, de tirar de dentro de nós as maldades que vão se acumulando, as ambições desmedidas, as fraudes, a devassidão, a inveja, o orgulho, a calúnia, e sobretudo a falta de juízo. Porque é dentro de nós que as coisas se processam, se formam. Existem situações mal resolvidas em nossa vida sobre as quais nós simplesmente jogamos uma “pá de terra” em cima, aquilo fica guardado, esquecido, e depois vem com uma força, depois aquilo volta e se torna um verdadeiro monstro dentro de nós.
Por isso precisamos ser aplicados, diligentes, determinados para cuidar das coisas mal resolvidas no nosso interior e em nosso coração. Seremos melhores, a nossa vida terá mais gosto e mais sabor quando pararmos de nos preocupar com a vida dos outros, com o que o outro é e cuidarmos mais daquilo que há dentro de nós. Quando formos mais aplicados e determinados e cuidarmos mais do nosso coração e da nossa vida interior!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 11/02/2015

HOMILIA DIÁRIA

A cada dia precisamos purificar a alma e o coração

que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai do seu interior. Quem tem ouvidos para ouvir ouça” (Mc 7,15-16)

Nós estamos, tantas vezes, ligados nas coisas que estão vindo de fora! É verdade que tem muita coisa de fora que entra em nós, mas o problema não é o que está lá fora, o problema é o que entrou em nós.
Eu sei que a preocupação para os fariseus, segundo a Palavra, é com a questão de comer carne ou não comer, comer as coisas com as mãos puras ou com as mãos impuras. Não, não é a impureza ligada às questões higiênicas – estas têm de ser cuidadas como questões de higiene, de saúde pública –, que Jesus está falando nem é a isso que Ele está se referindo, mas ao fato de nós nos preocuparmos com todos os preceitos externos, e não cuidarmos do essencial, que é o coração, aquilo que nós precisamos fazer a cada dia, purificar a alma e o coração.
Que bom que nós tomamos banho! Há pessoas que tomam mais de um banho por dia, dois, três… Lavam-se muito! E que beleza, lavem-se mesmo, tomem banho mesmo, vivam uma higiene física tão necessária! Mas quem dera que tivéssemos o mesmo cuidado com o nosso espírito, com a nossa alma e o nosso coração, porque o que está estragando as relações humanas, o que está estragando o convívio humano são as impurezas que saem de dentro de nós.
É dentro de nós que saem as agressões, é dentro do nosso coração que saem as amarguras, os azedumes, as palavras torpes, pesadas e duras. É dentro de nós que saem mentiras, acusações, impurezas, todas elas. Sim, então, é do nosso interior que nós precisamos cuidar em primeiro lugar. Nós não podemos descuidar do nosso coração, porque quando a gente não cuida do nosso coração, as coisas vão tomando direções erradas.

Toda e qualquer renovação começa no nosso próprio coração

Permita-me dizer a você: qualquer pessoa que quer discutir uma relação, seja a relação conjugal, a relação na amizade, a pessoa parte para discussão externa. Primeiro, para escutar o outro, para acusá-lo, para dizer que o outro é o problema. Não, está errado. Toda e qualquer renovação começa no coração, porque, às vezes, vamos conversar com o outro com o coração já armado, que vem das mentes, das fantasias, das coisas que estão machucadas, das situações que não estão resolvidas dentro de nós; e aí, realmente, não se constrói paz, nada se renova, nada, realmente, chega à concórdia, porque estamos todos nós armados, bem munidos de acusações, de chateações, de mágoas, de reclamações para fazer a respeito dos outros.
O que nós precisamos é purificar o que está dentro de nós. Só consegue promover a paz e a reconciliação aquele que tem o coração puro. E não caiamos no puritanismo da visão mundana, caiamos no coração puro, renovado das falsas intenções, das hipocrisias. Tiremos do nosso coração todo espírito de deboche que nos faz sentir melhores que os outros. Purifiquemos o nosso coração da soberba, do orgulho, do egoismo, do individualismo.
Quando purificamos o coração, nós conseguimos, de verdade, construir novas relações ou renovar o que está ao nosso lado.
Não é que vem de fora que nos estraga, mas é o que sai de dentro que nós não renovamos.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 12/02/2020

Oração Final
Pai Santo, dá-nos um coração puro, faze-nos capazes de um olhar sincero, ensina-nos a simplicidade e a transparência nas relações com os nossos companheiros de jornada nesta terra que abençoas. Queremos ser amigos do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos um coração puro, faze-nos capazes de um olhar sincero e nos ensina a simplicidade e a transparência nas relações com os nossos companheiros de jornada nesta terra que abençoas. Queremos ser amigos e seguidores do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/02/2020

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