quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Palavra se fez carne - 25 de dezembro, dia do Natal do Senhor


25 de dezembro, dia do Natal do Senhor


- Hoje é dia 25 de dezembro, dia do Natal do Senhor.

- “Não tenhais medo”, essa é a mensagem que o anjo do Senhor dirigiu aos pastores. Porque o Evangelho é palavra que faz viver, não cabe ao cristão ficar dominado pelo medo, paralisado, sem energia para a luta diária. Ainda que forças contrárias queiram nos imobilizar, ainda que os poderosos queiram nos intimidar, neste Natal Deus faz ecoar em nossos corações uma palavra de ânimo. O Senhor vem, em meio à noite de nossa existência, em meio à noite do mundo. Na presença do Menino de Belém, tudo é iluminado. Peça ao Senhor que também nasça em sua vida e ilumine todos os cantos escuros do seu coração.

- Escutemos o Evangelho de Lucas, capítulo 2, versículos 1 a 14:

Aconteceu que, naqueles dias, César Augusto publicou um decreto, ordenando o recensea­mento de toda a terra. Este primeiro recenseamento foi feito quando Quirino era governador da Síria. Todos iam registrar-se cada um na sua cidade natal. Por ser da família e descendência de Davi, José subiu da cidade de Nazaré, na Galileia, até a cidade de Davi, chamada Belém, na Judeia, para registrar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Enquanto estavam em Belém, completaram-se os dias para o parto, e Maria deu à luz o seu filho primogênito. Ela o enfaixou e o colocou na manjedoura, pois não havia lugar para eles na hospedaria. Naquela região havia pastores que passavam a noite nos campos, tomando conta do seu rebanho. Um anjo do Senhor apareceu aos pastores, a glória do Senhor os envolveu em luz, e eles ficaram com muito medo. O anjo, porém, disse aos pastores: "Não tenhais medo! Eu vos anuncio uma grande alegria, que o será para todo o povo: Hoje, na cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal: Encontrareis um recém-nascido envolvido em faixas e deitado numa manjedoura". E, de repente, juntou-se ao anjo uma multidão da coorte celeste. Cantavam louvores a Deus, dizendo: "Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terra aos homens por ele amados".

- Belém é a casa do pão. Lá nasce Jesus, o pão da vida. O menino é colocado na manjedoura, lugar no qual é posto o alimento para o gado. Com esse gesto, o evangelista sinaliza mais uma vez que esse menino é alguém especial; sua palavra, sua vida, seus projetos, seu Reino serão alimentos nutritivos para todos que creem. Alimentados por ele, vencemos o medo e a inércia. Em nome dele, resistimos ao malvado, tomamos a defesa do fraco, do sofredor, pois Deus se fez menino, pequenino e fragilizado como os esquecidos do mundo. Deus escolheu os fracos, os rejeitados, os descartados da sociedade. Por isso seu primeiro anúncio foi para os pastores, gente desprezada daquele tempo. Peça ao Senhor que também nas noites de sua vida você possa ouvir sua voz que diz: não tenha medo!

- Pense um pouco no Menino-Deus na manjedoura. Como você se sente diante da pequenez desse Menino? Ele não nasceu em palácios, não escolheu a nobreza. Ele não nasceu entre os sacerdotes e poderosos do mundo religioso. Nasceu entre os que são abjetos, entre os mais vulneráveis da terra. E você, como tem encaminhado suas lutas e projetos? Tem escolhido os que a sociedade rejeitou ou, por medo, tem escolhido o lado dos poderosos?

- “Não tenhais medo”, nos diz o mensageiro de Deus. Para ficar do lado desse Deus-Menino, precisamos também escolher o lado da história que ele escolheu. Quem opta pelo Filho de Deus, opta também pelo desprezo dos grandes e renuncia às glórias vãs e passageiras. Quem é seu discípulo e missionário se posiciona a favor dos desprezados desse mundo. Veja o que diz o poema “Estribilho de esperança”, de Solange Maria do Carmo:

Para um ano cheio de perdas,
De tantos lutos e intensa matança,
Rezo uma reza silenciosa,
Um estribilho de esperança.

Ressoa firme em meu peito:
“Os maus para sempre não durarão.
Olha as sementes de esperança no campo,
Já começam a brotar do chão”.

Salva-nos, ó Deus Menino,
Te peço e suplico com confiança.
Aceita esta minha oração,
Este estribilho de esperança.

- Termina sua oração pedindo ao Senhor que ilumine seu coração com a luz do Natal. Peça também que Ele te ajude a dar passos para vencer o medo e assumir corajosamente a defesa dos mais pobres e fracos.

- Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, assim como era no princípio, agora e sempre. Amém.


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