sábado, 25 de setembro de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/09/2021

ANO B


Lc 9,43b-45

Comentário do Evangelho

Jesus coloca os discípulos de sobreaviso.

Esta perícope se liga à profissão de fé de Pedro (9,18-22). A admiração das pessoas por tudo o que Jesus fazia (v. 43b) obriga Jesus a colocar os discípulos de sobreaviso: “Prestai bem atenção às palavras que eu vou dizer...” (v. 44a). É preciso não se deixar levar pelas aparências, nem se seduzir pelo sucesso. O v. 44b é o segundo anúncio da paixão, feito aqui de modo sintético em relação ao primeiro, que se seguiu à profissão de fé de Pedro. Trata-se de esclarecer os discípulos de que tipo de “Cristo de Deus” é Jesus, e o qual eles estão seguindo. Jesus busca tirar os discípulos de qualquer tipo de equívoco ou ilusão ligados à sua pessoa e à sua missão.
Os discípulos não compreendiam (v. 45) ou não podiam compreender, pois até então eles partilhavam com seus contemporâneos de uma ideia de Messias que não tinha a ver com o que se realizava em Jesus de Nazaré. Será preciso passar pela paixão e cruz para que, aí sim, pela Luz da Ressurreição de Cristo, a escama de seus olhos seja tirada.
Carlos Alberto Contieri, sj
Fonte: Paulinas em 28/09/2013

Vivendo a Palavra

O que estava escondido para os discípulos foi desvendado pelo Espírito Santo, que nos faz compreender qual é a porta estreita e o caminho áspero que levam ao Reino do Pai a que Jesus se referira antes. É bom que lembremos sempre disso: o nosso caminho deve ser o mesmo caminho de Jesus.
Fonte: Arquiiocese BH em 28/09/2013

VIVENDO A PALAVRA

O que estava escondido para os discípulos foi desvendado pelo Espírito Santo, que nos faz compreender qual é a porta estreita e o caminho áspero que levam ao Reino do Pai a que Jesus se referira antes. É bom que lembremos sempre disso: não precisamos inventar ‘novidades’, pois o nosso caminho deve ser o mesmo caminho de Jesus.
Fonte: Arquiiocese BH em 28/09/2019

Reflexão

Muitas pessoas encontram dificuldades para compreender o que Jesus nos fala, e essas dificuldades existem porque verdadeiramente não conhecem Jesus e não comungam as suas propostas e os seus valores. A única contribuição que podemos dar para que essas pessoas possam compreender Jesus é, auxiliados pela graça divina, nos lançarmos num verdadeiro trabalho missionário, juntamente com toda a Igreja, no sentido de possibilitar às pessoas um verdadeiro encontro com o Divino Mestre, a fim de que possam de fato conhecê-lo, compreender a sua Palavra e viver o seu Evangelho.
Fonte: CNBB e28/09/2013

Reflexão

Jesus tem momentos de sucesso no meio do povo e desperta a admiração de todos, mas tem o olhar fixo na obra decisiva da salvação. Pela segunda vez, de forma resumida, Jesus avisa seus discípulos sobre seu fim trágico. Essa informação não entra na cabeça deles. Esse tipo de anúncio não se enquadra com o que eles esperam de Jesus. Não conseguem conciliar poder com fraqueza: como pode cair “nas mãos dos homens” aquele que expulsa as forças malignas? Para eles, era incompreensível essa espécie de contradição. Só entenderão após a ressurreição, quando Jesus “abrirá a inteligência deles, para compreenderem as Escrituras. Então lhes dirá: ‘Está escrito que o Messias tinha de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia’” (cf. Lc 24,45).
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 28/09/2019

Reflexão

Jesus tem momentos de sucesso no meio do povo e desperta a admiração de todos, mas tem o olhar fixo na obra decisiva da salvação. Pela segunda vez, de forma resumida, Jesus avisa seus discípulos sobre seu fi m trágico. Esta informação não entra na cabeça deles. Esse tipo de anúncio não se enquadra com o que eles esperam de Jesus. Não conseguem conciliar poder com fraqueza: como pode cair “nas mãos dos homens” aquele que expulsa as forças malignas? Para eles, era incompreensível essa espécie de contradição. Só entenderão após a ressurreição, quando Jesus “abrirá a inteligência deles, para compreenderem as Escrituras. Então lhes dirá: ‘Está escrito que o Messias tinha de sofrer e ressuscitar dos mortos no terceiro dia'” (cf. Lc 24,45).
Oração
Ó Jesus Messias, tuas poderosas obras causavam grande admiração em teus discípulos. Por isso, não compreendiam que serias entregue “nas mãos dos homens”. Voltas a explicar-lhes que, para nos salvar, tu te submeteste aos limites humanos. Pelo mau uso da liberdade é que os homens te crucificaram. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditação

Os discípulos corriam o risco de se entusiasmarem demais pelos milagres que presenciavam. - Nós também corremos o risco do apego a coisas exteriores apenas? - Jesus realizava prodígios. Mas seu fim era a Cruz! - Não pode ocorrer o mesmo em nossa vida? - E então, não corremos o risco do orgulho e da prepotência? - Às vezes nos sentimos fracos diante das cruzes da vida. Lembramo-nos nestas ocasiões de pedir a Deus que aumente nossa fé? - Somos constantes no pedir as luzes do Espírito Santo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 28/09/2013

Meditando o evangelho

UM ESCLARECIMENTO IMPORTANTE

Os discípulos de Jesus não deveriam deixar-se contaminar com a empolgação popular a respeito do Mestre. O povo se maravilhava diante dos grandes feitos de Jesus e, talvez, nutrisse esperanças a seu respeito. Esperanças que ele não estava disposto a realizar. Entre elas, sem dúvida, a intenção de fazê-lo rei.
Os discípulos, por sua vez, provinham das camadas populares e nutriam as mesmas expectativas do povo em relação ao bem-estar social, ao futuro da nação, à esperança messiânica. Por isso, corriam o risco de se deixarem levar, com muita facilidade, pelo que o povo pensava a respeito de Jesus, e esperava dele.
Para evitar equívocos, o Mestre pediu-lhes que prestassem toda atenção num esclarecimento muito importante: ele estava destinado a sofrer muito. A declaração de Jesus deixou os discípulos perplexos. Suas palavras pareceram-lhes obscuras. Não eram capazes de captar-lhes o sentido. E tinham medo de interrogar o Mestre sobre este assunto.
Jesus cuidou para que sua paixão e morte não pegassem os discípulos desprevenidos, gerando frustração e dispersão do grupo. Eles deveriam compreender que o sofrimento fazia parte de sua opção de fidelidade ao Reino de Deus. Não seria um acidente imprevisto na sua trajetória. Por conseguinte, foram desafiados a refazer suas expectativas a respeito de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a compreender que tua paixão e morte fazem parte de tua opção de fidelidade ao Reino de Deus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Não compreendiam
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Quem acompanhava Jesus estava admirado com tudo o que ele fazia. Todos se maravilhavam com a grandeza de Deus. Mas, e os discípulos, o que pensavam? O que tinham na cabeça e o que tinham diante deles? Tinham ideias na cabeça, e diante deles estava o Cristo real encarnado. Imaginavam aquele que esperamos um dia em sua glória, mas lá estava o Filho do Homem, pronto para ser entregue nas mãos dos homens. São Lucas coloca estas palavras na boca de Jesus: “Prestai bem atenção às palavras que vou dizer”. Por que esse chamado de atenção? Era necessário, porque a realidade de Jesus não correspondia às imagens e ideias que eles tinham na cabeça. E eles não compreendiam e não entendiam o que Jesus estava dizendo. A história se repete ainda hoje. Como é difícil imitar o Cristo simples e pobre, ou o Cristo Bom Pastor. Parece que nos sentimos mais à vontade com o Pantocrator, o Cristo todo-poderoso, sentado num trono de poder e majestade. Mesmo repetindo e insistindo, somos, de fato, lentos em aprender o que significa “quero misericórdia e não sacrifício”. O poder e a glória encobrem com sua sombra o serviço despretensioso. Ler o Evangelho, prestar bem atenção ao que Jesus diz e ao que faz, quais são os lugares e as pessoas que frequenta, como se relaciona com o Pai e com os irmãos, tudo isso faz parte do programa de vida do cristão. Jesus é o modelo único e não podemos ser diferentes dele se o amamos, porque a imitação é a medida do amor.

2. A INCOMPREENSÃO DO SOFRIMENTO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

A forma como Jesus introduz sua admoestação aos discípulos demonstra a gravidade de sua fala: "Prestem bastante atenção ao que vou dizer a vocês!" De fato, a revelação de seu destino haveria de pegar desprevenidos os discípulos. Eles jamais poderiam imaginar o que o Mestre lhe queria comunicar.
Os discípulos haviam conhecido um aspecto da realidade de Jesus: seu poder taumatúrgico, sua capacidade de fazer-se próximo dos pobres e dos pequeninos, sua autoridade para veicular ensinamentos jamais ouvidos, sua relação profunda com o Pai. Embora os mestres da Lei e os fariseus demonstrassem má vontade, as multidões ouviam-no empolgadas. Aderir a ele parecia ser um passo acertado.
Quando Jesus anunciou estar "para ser entregue nas mãos dos homens", os discípulos foram incapazes de compreender plenamente estas palavras, pois lhes pareciam obscuras. E receavam pedir explicações ao Mestre.
A revelação de Jesus colocou em xeque tudo quanto os discípulos pensavam a seu respeito. Pensá-lo sofredor, humilhado, aviltado nas mãos dos inimigos seria demais. Isto significava o fracasso das esperanças acalentadas até então.
Só Jesus era capaz de compreender que a perspectiva de morte não significava o fracasso de seu projeto. Aí, também, se realizava o desígnio do Pai.
Oração
Espírito de sintonia com Jesus, dá-me inteligência para compreender a morte de Jesus, na perspectiva da realização do projeto do Pai, e não como frustração.
Fonte: NPD Brasil em 28/09/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Entender o sentido da palavra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

De alguém que está em seu auge, admirado, conhecido, respeitado; vislumbrando um sucesso maior ainda e consequentemente a conquista do poder, falar sobre sua morte é no mínimo de mau agouro. “Isola”, dirá alguém, batendo três vezes com, o nó do dedo em uma madeira.
Humanamente falando, tudo caminhava bem na missão de Jesus, e aos olhos dos discípulos aquele era um “Trem Bão”, podiam confiar que tudo iria dar certo. Nos dias de hoje ainda temos, infelizmente, um grande número de discípulos que pensam assim, “Encontrei Jesus e a minha vida agora é linda e maravilhosa, tudo está dando certo e a cada dia ele realiza novas maravilhas”. Jesus transformou-se no maior e mais poderoso amuleto da sorte.
Mas logo os seus discípulos ficaram decepcionados, quando Jesus começou a dizer-lhes: “O Filho do Homem há de ser entregue nas mãos dos Homens”. A cabeça daqueles primeiros seguidores de Jesus, certamente deu um “nó”. Como poderia tal coisa? Então, o Filho do Homem, vitorioso e que viria nas nuvens, na visão de Daniel, passaria pelo fracasso de ser entregue nas mãos dos homens?
É bom explicar que, o conceito de Ressurreição ainda era bem precário para os discípulos e a morte biológica era mesmo o fim de tudo. Depois viria o Xeol, a mansão dos mortos e nada mais. O Reino Messiânico era terreno e o Xeol escapa do domínio de Deus. Jesus não fala só da morte, mas da morte e ressurreição, portanto, a morte não é mais o fim de uma etapa, mas apenas parte de um processo onde a Vida é requalificada, tornando-se Vida Eterna.
Portanto, não tendo ainda aprimorado o pensamento teológico sobre a morte, e não tendo, portanto esta visão de algo em sua plenitude, os discípulos têm medo de fazer perguntas e assim, permanecem na obscuridade sobre o mistério da morte.
A Ressurreição de Jesus será a chave para se compreender a morte, que ilumina e dá sentido ao viver humano. Isso não é mais obscuro para a humanidade, Jesus desvendou o mistério, e o Cristão caminha em busca de algo que Jesus já nos deu, mas que ainda não se realizou plenamente.
Mas parece que o Homem arrogante e prepotente dos nossos tempos, ainda está longe de compreender essa Verdade e tem medo de enfrentá-la, tentando responder com a mera razão, a uma questão que só pode ter resposta na Fé em Jesus Cristo, Senhor da Vida e da Morte, Senhor do Céu e da Terra.

2. Eles não compreendiam esta palavra - Lc 9,43b-45
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Os discípulos não entenderam o anúncio da Morte de Jesus. Não é o que esperavam, e menos ainda o que desejavam. Este foi o segundo anúncio em São Lucas: “O Filho do Homem vai ser entregue às mãos dos homens”. Eles não entenderam, e nós também não entendemos. Não entendemos o porquê da morte nem o porquê dos sofrimentos. Jesus não poderia ter salvado o mundo morrendo tranquilamente numa cama? Pensando em termos teológicos, vemos o mal do mundo que se concentra na Paixão e Morte de Jesus. Tudo o que Jesus sofre enquanto homem mostra o que fazemos uns com os outros, mostra a maldade do pecado, que ele, o Cordeiro de Deus, veio tirar do mundo. Em termos históricos, não é de estranhar que maltratassem Jesus e o eliminassem. João se tornou uma ameaça para Herodes, o qual simplesmente o decapitou. Diz São Lucas que os fariseus avisaram Jesus que Herodes queria matá-lo e que Jesus chamou Herodes de raposa. Ele se tornou uma ameaça potencial aos romanos, que não tinham nenhum escrúpulo em executar seus opositores. Os romanos não podiam suportar a ideia de um Messias-Rei agitando o povo. Embora não fosse esse o caso de Jesus, “Pilatos o condenou à cruz pela acusação de nossos homens mais importantes”, escreve o historiador Flávio Josefo. A crucifixão para qualquer pessoa era, ainda no dizer de Josefo, “a mais cruel, humilhante e miserável das mortes”. Sêneca preferia suicidar-se a ser posto na cruz.

Liturgia comentada

Como um jardim irrigado... (Jr 31,10-13)
No coração do homem, pulsa permanente nostalgia. Mesmo que não saiba disso, ele tem saudades do Jardim. Como se lê no Gênesis (2,8), o Senhor Deus modelou na argila o primeiro homem, plantou “um jardim no Éden, no Oriente, e ali colocou o homem”. No capítulo seguinte, ocorre a Queda que está na origem desta saudade: seduzido e enganado, Adam, o “barroso”, vê o Jardim fechado, fora de seu alcance, portões guardados por querubins de gládio flamejante.
O tema do “Paraíso Perdido”, a terra das delícias, a Xangri-La onde ninguém envelhece e todos são felizes, atravessaria os séculos, na literatura e no cinema, desde John Milton até James Hilton. Mais que mera ficção, este Jardim está bem vivo no inconsciente coletivo da humanidade: é o lar primitivo para onde deverá regressar quando as coisas voltarem ao seu lugar de desígnio.
Foi no jardim que Adão tomou consciência de sua nudez. Foi no jardim que Deus costurou para ele uma cintura de couro, a mesma veste de misericórdia que os profetas iriam usar (cf. 2Rs 1,8). Enquanto esse jardim não lhe for reaberto, o homem será atenazado por essa nostalgia.
Ora, as promessas de Deus incluem esse retorno à Fonte. Na Bíblia, o jardim é símbolo de um lugar privilegiado, espaço da presença divina que tudo fecunda e regenera. O mesmo local da degeneração humana será o lugar da regeneração. Na profecia de Isaías, “o Senhor tem piedade de Sião, tem piedade de suas ruínas. De seu lugar desértico ele fará um Éden e de sua estepe o jardim do Senhor”. (Is 51,3)
No “Cântico dos Cânticos”, esse poema sinfônico sobre a Aliança-casamento entre Deus e a Humanidade, o jardim fechado é imagem da Virgem que só abrirá as portas para seu Amado: “Tu és um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada! Teus rebentos são um jardim de romãs com frutos escolhidos. [...] A fonte dos jardins é como um manancial de água corrente...” (Ct 4,12-13.15)
Mas existe outro jardim que não pode ser esquecido. Foi no Jardim das Oliveiras que da Fonte da Salvação brotaram gotas de sangue e água (cf. Lc 22,44) que cresceriam em rio na cruz do Calvário (cf. Jo 19,34). Assim fertilizado, o Jardim foi reaberto a todo aquele que crê. Nele, “ouvir-se-ão gritos de entusiasmo e de alegria, na ação de graças, ao som da música.” (Is 51,3c)
E como disse Jesus, “meu Pai é o agricultor... meu Pai é o jardineiro...” (Jo 15,1)
Orai sem cessar: “Venha o meu Amado ao seu jardim...” (Ct 5,1)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaaliannca.com.br
Fonte: NS Rainha em 28/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Dou a vida pelo ideal que acredito?

Muitos de nós precisam dar a vida por aqueles ideais que acreditamos. Que Jesus nos dê força para caminharmos com fidelidade no projeto que nos propomos a viver.

O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens” (Lc 9,44).

Jesus está profetizando a Sua própria morte, Ele profetizando o caminho da cruz que Ele há de traçar por causa da Sua pregação, da Sua Palavra e da Sua vida.
Neste primeiro momento, os discípulos não entendem àquilo que Jesus está dizendo, apodera-se deles um medo, uma insegurança, uma incerteza. Como foi difícil para os seguidores d’Ele, compreenderem aquilo que iria acontecer com seu Mestre.
Diante do anúncio daquilo que vai acontecer com Jesus, não é que Ele está desistindo da vida, muito pelo contrário, Ele está reafirmando o projeto do Reino de Deus, está dizendo: “Eu vou até as últimas consequências para implantar o Reino do Pai aqui na Terra, no meio de nós, nem que seja preciso dar a minha própria vida”.
A consequência lógica da insistência e da fidelidade de Jesus ao projeto do Pai é a Sua morte, é Ser entregue nas mãos dos homens; o preço da Sua coerência, do Seu amor à verdade consiste em perder a própria vida.
Muitos de nós precisam dar a vida por aqueles ideais que acreditamos; é a mãe que dá a vida por causa dos seus filhos, o homem ou a mulher que dá a vida por causa do seu casamento; é o profeta, é o discípulo de Cristo que dá a sua vida pelo Evangelho. Tudo o que nós fazemos tem os seus riscos, mas o mais importante é termos fidelidade àquilo que nós acreditamos.
Se você é pai e mãe, casado ou casada, você é capaz de dar a sua vida por causa da sua família. Você vai lutar por ela, empenhar-se, sacrificar-se por ela e, muitas vezes, vai morrer um pouquinho a cada dia por causa desse projeto, por causa desse bem maior e mais sublime que é a sua família.
Aprendamos, hoje, com o Mestre Jesus que nós precisamos ir até as últimas consequências por causa dos ideais nobres que nós acreditamos: o Evangelho, a causa maior do Reino de Deus, a família. São esses valores no qual nós queremos aplicar em nossa vida.
Que Jesus, hoje, nos dê força, coragem, estímulo para continuarmos caminhando com fidelidade no projeto que nos propomos a viver.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/09/2013

HOMILIA DIÁRIA

Sejamos sempre humildes

Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens. Mas os discípulos não compreenderam o que Jesus dizia” (Lucas 9,44-45).

A verdade é que, muitas vezes, não compreendemos o que Jesus nos fala, porque nós só queremos compreender aquilo que nos agrada e é doce aos nossos ouvidos. É difícil compreender a correção, é difícil compreender quando nos chama à atenção, é difícil compreender quando, sobretudo, coisas negativas estão sendo anunciadas.
É Jesus que está dizendo em alto e bom tom: “O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. Muitos diziam: “O Senhor não é Deus, não é o Cristo, não é o Messias. O Senhor será entregue nas mãos dos homens”.
Tudo o que não queremos é passar por contradições, é passarmos pelas vias negativas deste mundo.

Ser humilde não é ser bobo, não é aceitar tudo que vem dos outros nem sermos humilhados e maltratados

Para compreender bem, precisamos ser purificados e renovados. E é por meio da escola do sofrimento, da rejeição e das coisas negativas que aprendemos a nos tornar pessoas de bem, porque, por outro meio, se crescemos nas vaidades, se crescemos nas coisas deste mundo, tornamo-nos pessoas orgulhosas, soberbas, vaidosas quando o que nos salva é a humildade.
Jesus, o Servo sofredor, é o Senhor da humildade. É claro que ser humilde não é ser bobo, não é aceitar tudo que vem dos outros nem sermos humilhados e maltratados.
Ser humilde é não se colocar acima dos outros. Ser humilde é não humilhar os outros. Ser humilde é, muitas vezes, nos sujeitarmos às humilhações do mundo, mas saber que Deus está conosco em tudo aquilo que vivemos, passamos ou sofremos.
Jesus está anunciando o que se passa com Ele. O mistério da cruz, o mistério pascal não é compreendido nem aceito pelos Seus discípulos no primeiro momento, mas por nós, que somos os discípulos de hoje, quanto precisamos saber viver o momento pascal na nossa vida!
Não é só celebrar o Cristo no passado, porque o Cristo no presente continua sendo rejeitado, desprezado e não sendo amado. Para ser discípulo de Jesus é preciso entender as incompreensões humanas e não mergulharmos nas incompreensões, mas mergulharmos na cruz, no amor e na sujeição de Cristo à vontade do Pai.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 28/09/2019

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a carregar em paz a nossa cruz, nos passos do nosso Mestre. Que o façamos com alegria, grande esperança e amor, na certeza de que seguindo Jesus, já nesta terra – planeta-jardim que nos emprestas – vivemos sinais do teu Reino. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a carregar em paz a nossa cruz, seguindo os passos do Mestre. Que o façamos com alegria interior, grande esperança e amor, na certeza de que seguindo Jesus, já nesta terra – planeta-jardim que nos emprestas – saboreamos os sinais do teu Reino; e, depois, viveremos a sua plenitude. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 28/09/2019

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