sexta-feira, 30 de julho de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 30/07/2021

ANO B


Mt 13,54-58

Comentário do Evangelho

A falta de fé nos fecha para o que é de Deus

Jesus vai à sua cidade, Nazaré. O seu ensinamento causa a admiração de quem o ouve. O leitor mesmo do evangelho se admira com a facilidade com que Jesus expõe o seu ensinamento, dialoga e responde às questões que lhe são postas.
Há uma sabedoria que não se aprende pelas letras: ela é dom, fruto de uma profunda união entre o homem e Deus, entre Jesus e seu Pai. Os seus concidadãos são incrédulos (cf. v. 58) e pensam conhecer a origem de Jesus: “Não é ele o filho do carpinteiro?…” (vv. 55-56a). Por causa da falta de fé deles, não puderam acolher o dom de Deus, perderam a oportunidade de reconhecer o tempo da visita salvífica de Deus. A falta de fé nos fecha para o que é de Deus e nos impede de ver para além das aparências.
Nazaré é protótipo de rejeição de Jesus por Israel: “Um profeta só não é valorizado em sua própria cidade e na sua própria casa” (v. 57). É que a falta de fé impediu que a palavra cheia de sabedoria entrasse no mais profundo do coração delese pudesse revelar que Jesus é mais do que o filho do carpinteiro.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte: Paulinas em 02/08/2013

Vivendo a Palavra

Sabedoria e milagres não são produto de muita cultura ou de estudos profundos. São dons do Espírito, que sopra onde quer e, não poucas vezes, aparecem em gente simples e humilde, pobre dos atributos valorizados pela sociedade dos homens: Eles se mostram nas crianças do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/08/2013

VIVENDO A PALAVRA

Sabedoria e milagres não são produto de muita cultura ou de altos estudos acadêmicos. São dons do Espírito, que sopra onde quer e, não poucas vezes, aparecem em gente simples e humilde, pobre dos atributos valorizados pela sociedade consumista dos homens: tais dons se mostram nas ‘crianças’ do Reino de Deus.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/08/2019

vIVENDO A PALAVRa

Jesus volta à sua terra. O episódio nos possibilita saber que Jesus pertencia a uma família simples, bem conhecida, do mesmo nível social que a maioria dos moradores do lugarejo. Conheciam Maria, a Mãe de Jesus, e sabiam o nome de cada parente dele. Entretanto, esses dados e a proximidade deles em relação a Jesus não lhe facilitaram o trabalho missionário. Por um lado, admiravam sua brilhante sabedoria e os milagres que realizava. Por outro, aos nazarenos faltou fé para chegarem a Deus por meio do humano. As pessoas se colocaram em uma posição tão inflexível, que Jesus ficou sem condições de operar milagres entre eles.

Reflexão

Nosso olhar está sempre voltado para as realidades aparentes e, normalmente, estas realidades se sobrepõem diante do que é invisível aos nossos olhos. È o caso do Evangelho de hoje, que nos mostra que as pessoas estavam com os olhos fixos nas aparências de Jesus, na sua origem, na sua família e na sua profissão, não sendo capazes de enxergar além e ver nele aquilo que as suas obras tornavam manifesto que é a sua divindade. O resultado disso tudo é que as pessoas do tempo de Jesus não foram capazes de reconhece-lo na sua totalidade, como verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Tudo isso aconteceu por causa da dureza de seus corações.
Fonte: CNBB em 02/08/2013

Reflexão

Jesus volta à sua terra. O episódio nos possibilita saber que Jesus pertencia a uma família simples, bem conhecida, do mesmo nível social que a maioria dos moradores do lugarejo. Conheciam Maria, a mãe de Jesus, e sabiam o nome de cada parente dele. Entretanto, esses dados e a proximidade deles em relação a Jesus, não lhe facilitaram o trabalho missionário. Por um lado admiravam sua brilhante sabedoria e os milagres que realizava. Por outro lado, aos nazarenos faltou fé para chegarem a Deus por meio do humano. O pessoal se colocou numa posição tão inflexível, que Jesus ficou sem condições de operar milagres entre eles. O ditado popular afirma que “santo de casa não faz milagres”. Por baixo da obstinada reação dos conterrâneos de Jesus havia, sem dúvida, uma pitada de inveja, ou muita!
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 02/08/2019

Reflexão

Jesus volta à sua terra. O episódio nos possibilita saber que Jesus pertencia a uma família simples, bem conhecida, do mesmo nível social que a maioria dos moradores do lugarejo. Conheciam Maria, a Mãe de Jesus, e sabiam o nome de cada parente dele. Entretanto, esses dados e a proximidade deles em relação a Jesus não lhe facilitaram o trabalho missionário. Por um lado, admiravam sua brilhante sabedoria e os milagres que realizava. Por outro, aos nazarenos faltou fé para chegarem a Deus por meio do humano. O pessoal se colocou numa posição tão inflexível, que Jesus ficou sem condições de operar milagres entre eles. O ditado popular afirma que “santo de casa não faz milagres”. Por baixo da obstinada reação dos conterrâneos de Jesus, havia sem dúvida uma pitada de inveja, ou muita!
Oração
Ó Jesus Messias, cheio de boa vontade, tu te pões a ensinar na sinagoga. Entre teus conterrâneos, despertas um misto de admiração, dúvidas e rejeição. Dá-nos, Senhor, coração e mente abertos para irmos além das aparências e reconhecermos que és o Filho de Deus e queres vida plena para nós. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditação

Acontecem muitos milagres em minha vida? - Sei agradecer a Deus tanto bem que recebo, apesar das cruzes e dores? - Meus projetos de vida coincidem com aqueles que Deus me apresenta? - Peço a Deus que aumente minha fé? - Reconheço que também através das pessoas simples e humildes Deus tem sempre muito a me dizer?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 02/08/2013

Meditando o evangelho

DONDE LHE VEM ESTA SABEDORIA?

As interrogações levantadas pelo povo de Nazaré, a respeito de Jesus, já tinham, de antemão, uma resposta. Tendo Jesus saído do meio deles, era impossível que tivesse poderes divinos, como sua sabedoria e seus milagres deixavam transparecer. Não dava para combinar o fato de Jesus ser um nazareno e, ao mesmo tempo, ter sido autorizado a realizar as obras de Deus.
Com isto os nazarenos não negavam que Deus pudesse intervir na história humana. Afinal, ele interviera continuamente na história de Israel, a partir da libertação do Egito por intermédio de Moisés. Os conterrâneos de Jesus estavam recusando-se a aceitar que Deus estivesse agindo a partir da família deste jovem de Nazaré. Isto não se enquadrava nos esquemas de esperança messiânica da época, segundo os quais, embora sendo homem, o Messias não assumiria as condições que Jesus apresentava. Faltavam-lhe grandeza e dignidade! Sua condição de filho de carpinteiro e de homem do povo depunham contra ele. Em suma, não tinha gabarito nem credenciais para a missão que estava realizando.
O pecado dos nazarenos consistiu em querer enquadrar Deus em seus curtos esquemas mentais. Como em Jesus Cristo Deus agiu à revelia das esperanças em voga, eles perderam a chance de acolher o Messias. Procuraram longe, aquele que estava bem perto!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1.  O MESTRE SOB SUSPEITA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A sabedoria de Jesus deixou intrigada a população de Nazaré, onde ele vivera desde a infância: De onde lhe vinham tanta sabedoria e o poder de fazer milagres? Não era possível que o filho de um carpinteiro, bem conhecido no povoado, manifestasse uma sabedoria maior que a dos grandes mestres. Era inexplicável como alguém, cujos parentes nada tinham de especial, falasse com tamanha autoridade. Os concidadãos de Jesus suspeitavam dele, e não acreditavam de que estivesse falando e agindo por inspiração divina. Por este motivo, o Mestre tornou-se para eles motivo de escândalo.
A experiência de rejeição não chegou a desanimar Jesus. Ele se deu conta de estar vivendo uma situação semelhante à dos antigos profetas de Israel. Nenhum deles foi aceito e reconhecido pelo povo ao qual tinham sido enviados. Antes, todos foram desprezados e humilhados, quando não, assassinados de maneira perversa e desumana.
Jesus não perdeu tempo com quem se obstinava em não aceitá-lo. Por isso, não realizou em Nazaré muitos milagres. Seria perda de tempo, acarretaria ainda mais maledicência, acirraria os ânimos do povo. Por isso, seguiu em frente, buscando quem estivesse aberto para deixar-se tocar por sua mensagem. O fracasso não o abateu nem atenuou o ardor com que realizava a missão que o Pai lhe tinha confiado.
Oração
Senhor Jesus, que eu saiba inspirar-me no teu testemunho de coragem diante da rejeição e da suspeita, levando em frente a missão que me confiaste.
Fonte: NPD Brasil em 02/08/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Santo de Casa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando Jesus chegou a sua “terrinha” de Nazaré, acompanhado dos discípulos, deve ter causado um verdadeiro “rebuliço”, pois a fama de suas pregações e milagres já tinha chegado por ali, e no sábado, como todo piedoso judeu, foi á celebração da palavra da comunidade, onde qualquer pessoa adulta poderia partilhar o ensinamento na hora da reflexão, e Jesus, usando desse direito, começou a pregar á sua gente fazendo a homilia.
O povinho da terra nunca tinha ouvido uma pregação feita com tanta sabedoria, que superava o ensinamento dos Mestres da Lei e Fariseus, imaginemos que na comunidade, algum ministro da palavra pregue melhor do que o padre...
E com o estudo teológico acessível aos leigos, isso hoje não seria novidade. Aquilo que causa muita admiração, também logo acabará despertando inveja e ciúmes. Basta que olhemos para os nossos trabalhos pastorais, onde o carisma das pessoas não deveria jamais perturbar o coração de ninguém, ao contrário, deveria motivar um hino de louvor, por Deus ter dado a alguém um carisma tão belo, colocado a serviço da comunidade. Mas logo surgem os questionamentos maldosos: Como é que ele faz isso? Onde aprendeu? Quem o ensinou, de onde é que vem todo esse saber? Será que o padre o autorizou? (Esta última coloquei por minha conta) E a admiração, contaminada por sentimentos de inveja, vai logo se transformando em desconfiança aumentando o questionamento: “Quem ele pensa que é, para falar assim com a gente? Será que ele não se enxerga? E ainda tem gente que o aplaude...” Os que não gostam muito do padre, logo vão afirmar que o sujeito faz parte da sua “panelinha”, ou então, irão inventar alguma coisa para que o padre “corte a asinha” do tal.
As pessoas, quando enxergam algo de extraordinário no carisma de alguém, começam a fazer do sujeito uma referência importante, acham que a sua oração é especial, que um toque de sua mão poderosa pode realizar curas prodigiosas, e em pouco tempo, a propaganda é tanta, que o tal não pode mais sair às ruas que é logo procurado para resolver os mais complicados problemas, inclusive de relacionamento entre as pessoas, apaziguar casais brigados, aconselhar jovens, e assim a sua palavra se torna poderosa e em consequência passa a ter poder religioso paralelo, e se na comunidade não houver um espaço para ele atuar, terão de criar um, pois ele precisa ser o centro das atenções.
Jesus não quis formar um grupo só para ele, para bater de frente com os Doutores da lei, escribas e fariseus, e como ele pertencia a uma das famílias do local, a ponto de sua mãe e seus irmãos serem de todos conhecidos, começaram a vê-lo como um vulgar, que nada de extraordinário tinha feito em Nazaré, para que merecesse toda aquela fama. Na verdade, Jesus não quis assumir o papel de “Salvador da Pátria”, diferente de muitos cristãos, que se julgam o máximo naquilo que fazem, e pensam que sem eles, a comunidade estaria perdida. Essa rejeição á ele, suas obras e ensinamentos, iria se ampliar e lhe traria consequências muito trágicas na cruz do calvário, tudo porque suas palavras anunciavam um reino novo, que exigia uma total renovação e mudança de vida.
Na sinagoga de Nazaré foi assim, e nas nossas comunidades, não é muito diferente. Quem prega mudanças de mentalidade e conduta, vai sempre arrumar uma bela de uma encrenca. Enfim, o Jesus que há dentro de nós, criado pelas nossas fantasias, ou fruto de nossas ideologias sociais ou políticas, não coincide com esse Jesus, Profeta de Nazaré, Ungido de Deus. E o pior, é que projetamos tudo isso nas pessoas que lideram a comunidade, nos cooperadores, nos coordenadores, nos ministros, nas catequistas, nos padres e diáconos e assim vai. Um dia, basta um desentendimento mais sério e o nosso Jesus idealizado “vai para o espaço” com a pastoral e o movimento.
Quanto mais somos realistas em nossa fé, mais nos adequamos á comunidade aceitando-a como ela é, quanto mais nos iludimos com o Jesus da nossa fantasia, mais difícil será vivermos em comunidade, aceitando as pessoas do jeito que elas são. Daí, como em Nazaré, nenhum milagre acontece, por causa dessa fé infantil e ilusória...

2. É o filho do carpinteiro?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus é verdadeiramente o Verbo de Deus encarnado. Verdadeiro homem, integrado em seu meio, conhecido como um dos nossos. É Jesus de Nazaré. Filho do carpinteiro, sua mãe se chama Maria, seus irmãos são Tiago, José, Simão e Judas. E ainda as suas irmãs. Nós entendemos por irmãos e irmãs membros próximos da família. Jesus viveu trinta anos a vida oculta de Nazaré como viviam todos os moradores do lugar. Vida oculta em relação à vida pública que ele começou depois de ter passado pelo batismo de João. Em Nazaré, sua vida não era oculta. Era simples e normal. Seus ensinamentos e seus milagres fazem os nazarenos perguntar de onde lhe vem sua sabedoria. Falam do filho do carpinteiro como de alguém que até então não tinha chamado a atenção por nada de extraordinário. Esse longo tempo de vida normal de Jesus em Nazaré é importante para a nossa espiritualidade. Jesus de Nazaré tem um rosto humano, sem se distinguir em nada de seus conterrâneos. A Carta aos Hebreus dirá que ele foi em tudo semelhante a nós, exceto no pecado. Sua humanidade não é abstrata nem é extraordinária. Ela valoriza a nossa vida de cada dia. Para nós, hoje, Nazaré é o lugar onde moramos e vivemos.
Fonte: NPD Brasil em 02/08/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Fé vislumbra Deus
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Jesus está em sua comunidade onde faz o mesmo que vai fazendo em outros lugares, prega com sabedoria e realiza os sinais autênticos que evidenciam o seu Messianismo. Mas em Nazaré as pessoas o conhecem, sabem da sua origem e da sua história. Nutrem uma Fé racional demais, não conseguem vislumbrar algo especial no Filho de José e de Maria. Escutam seus ensinamentos e até se admiram com eles, veem alguns dos sinais que ali ele realiza, mas não acreditam.
Nas comunidades espera-se muito daquilo que as pessoas aparentam ser, quem vem de fora trazendo na bagagem algum título, é geralmente mais bem aceito que os da casa. A primeira condição para a pessoa ter algum cargo de responsabilidade, seja na vida pastoral ou em algum ministério, é o seu comprometimento pastoral. Muitas vezes, pessoas que se mudam para outras cidades fora da arquidiocese, querem uma carta de apresentação do Pároco e fazem questão de que na carta se coloque as funções que ela exerceu na comunidade. Estes são os cristãos carreiristas.
A Graça Divina, operante e santificante na vida do cristão batizado, não precisa de Curriculum ou qualquer referência anterior, ao viver a comunhão sincera com os irmãos e irmãs da comunidade, a Graça Divina vai se manifestando. As pessoas que questionavam sobre Jesus, possivelmente queriam alguma carta de alguém importante do âmbito religioso, dando conta de que ele era o esperado Messias.
Preocupados com a questão legalista do Formalismo religioso, não conseguem ver nos sinais que Jesus realiza, a ação de Deus que Nele age e por isso o rejeitam. Até o próprio Jesus se admira com essa rejeição, talvez imaginasse que, por ser a sua comunidade, seria bem aceito e bem acolhido.
Os carismas que vemos brotar em nossas comunidades, nas pessoas mais simples, devem despertar em nós alegria, por percebermos que se trata de um carisma Divino. Mas quando a nossa fé é por demais racional, ao contrário, a primeira reação é sentirmos inveja do outro, daí vem a rejeição e a tentativa de menosprezar o seu trabalho, exatamente como fez a comunidade de Nazaré a Jesus.
Jesus não realizou ali muitos milagres, não porque não tinha poderes para isso, mas porque foi sufocado em seu carisma. Os carismas na comunidade devem sempre ser incentivados e aprimorados, mas nunca sufocados!

2. Não fez ali muitos milagres, por causa da incredulidade deles - Mt 13,54-58
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Terminado o Sermão das Parábolas, Jesus vai a Nazaré, sua cidade de criação, mas, diz o texto do Evangelho, “não fez ali muitos milagres por causa da incredulidade deles”. A incredulidade ou a falta de fé dos nazarenos impediu que Jesus fizesse muitos milagres entre eles. Quando Jesus faz milagres costuma dizer: “A tua fé te salvou”, “Seja feito como você crê”. Mesmo reconhecendo a sabedoria dos ensinamentos de Jesus e vendo alguns milagres que ele fez, os nazarenos não souberam dar-lhe o devido valor. Ao contrário, trataram Jesus com certo desprezo. No relato dos dez milagres, São Mateus conta que Jesus perguntou aos dois cegos que lhe pediram a cura: “Vocês creem que eu tenho poder de fazer isso?”. Responderam: “Sim”. E Jesus: “Seja feito segundo a vossa fé”. A fé é um dom, dado de graça. É a posse do que se espera. Que ela não nos falte. Na tradição judaica a fé, chamada de “emuná”, é de importância capital. Tem o sentido de uma convicção profunda e de uma confiança a toda prova em Deus, que é sempre fiel. O biblista Padre Schoekel explicou a fé como uma “confiança experimentada, a posse do que se espera, a percepção do que não se vê”.

HOMILIA DIÁRIA

Quem tem fé sabe do que Deus é capaz

Quem tem fé sabe submeter-se a Deus. Sabe também do que Ele é capaz

Muitos ficavam admirados com a sabedoria de Jesus e com Seus milagres, mas, ao mesmo tempo, outros ficavam incrédulos, diminuíam-No e até O desprezavam, porque diziam: “Veja bem, ele não é um carpinteiro? Seus parentes não estão em nosso meio? De onde vem, então, toda essa sabedoria?”. Eles não reconheciam de onde vinha a verdadeira sabedoria do Senhor. Por isso, Jesus foi desprezado e Sua ação não foi recebida. Então, entre os parentes e conhecidos de Cristo, Ele não pôde realizar muitos milagres. A graça de Deus não atuou naquele lugar por causa da incredulidade.
Nós até podemos conhecer a grandeza do amor de Deus e dizer: “Oh, que maravilha! Deus faz!”… e assim por diante. Mas, quando somos incrédulos, ou seja, acreditamos que tudo pode ser humanamente resolvido, e não temos confiança na ação e no poder do Senhor, nós não experimentamos a Sua graça em nosso meio.
Claro que nós não podemos ter uma fé ingênua,  a qual não é autêntica no Senhor, mas manifestada de uma forma muito fanática, exagerada. Não! É preciso ter a fé que vem da confiança, da certeza de nunca duvidar daquilo de que Deus é capaz, do que Ele pode realizar no meio de nós.
Quem tem fé é submisso a Deus. Sabe colocar-se debaixo das Suas mãos, do Seu cuidado e proteção, sabe também do que Ele é capaz.
Quem tem fé não duvida do Senhor e também não O coloca à prova, exigindo que Ele faça isso ou aquilo para satisfazer as próprias necessidades. Quem tem fé é como uma criança que se coloca nos braços de seu pai e sabe que este tudo pode por ela.
Senhor, eu creio, mas aumentai a minha fé!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/08/2013

HOMILIA DIÁRIA

Quando temos fé, grandes milagres acontecem

“E Jesus não fez ali muitos milagres, porque eles não tinham fé” (Mateus 13,58).

Jesus foi a sua terra natal e, de modo particular, foi à sinagoga, aquela mesma sinagoga onde Ele cresceu, onde Ele aprendeu, onde todos O conheciam. Num primeiro momento, Ele causou admiração do reconhecimento, do acolhimento e de saber, de fato, abrir o coração para aquilo que trazia e falava.
Quando a sabedoria de Jesus se manifestou e provocou reação negativa, porque ela incomoda as situações mais cômodas do coração humano, começaram a rejeitá-Lo.
Quando Jesus disse que um profeta não é aceito em sua pátria, é porque aquela pátria, aquela família, aqueles parentes não acolhem a correção, a direção e a luz que os de casa podem trazer.
Quando olhamos para o nosso âmbito familiar, a nossa família é a nossa primeira correção, é o primeiro lugar onde a profecia acontece, porque os nossos nos conhecem de perto e ficamos muito incomodados quando eles nos corrigem.
A mulher, muitas vezes, não aceita ser corrigida pelo marido; o marido escuta todo mundo na rua, mas não aceita ser corrigido pela sua própria esposa. Os filhos vão ficando impacientes, e ainda vão criando rejeição pela correção dos seus pais.

Quando quebramos o nosso orgulho, grandes milagres acontecem na nossa vida e no nosso coração

A sabedoria que nos instrui e nos eleva é a sabedoria também que nos corrigi. Escutamos todos os pregadores que conhecemos de longe, mas aqueles que fazem parte da nossa convivência: o pároco da nossa paróquia, o irmão que convive conosco, já criamos uma resistência. Admiramos o que está longe e nos escandalizamos com aquilo que está perto, porque o perto atinge a nossa intimidade e, muitas vezes, não queremos ser tocados nem corrigidos.
Jesus é alguém próximo deles, alguém que cresceu com eles que está trazendo o Reino de Deus e a Palavra de Deus para eles. Precisamos ser Palavra de Deus para os nossos e precisamos que os nossos também sejam presença de Deus para a nossa vida. Podemos ter admiração e reconhecimento, mas podemos olhar para os nossos com escândalo e rejeição. Por isso, os milagres não aconteceram em Nazaré, por isso eles também não acontecem em nossa vida, pois nos falta a fé deste Deus que age e pode no meio dos nossos.
Quando quebramos o nosso orgulho, grandes milagres acontecem na nossa vida e no nosso coração.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 02/08/2019

Oração Final
Pai Santo, dá-nos a simplicidade das crianças. Faze-nos parecidos com Jesus, o filho do Carpinteiro e de Maria; confiantes em tua proteção paterna; agradecidos por teu Amor infinito, e generosos na partilha com os irmãos do caminho. Pelo mesmo Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/08/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos a simplicidade das crianças: faze-nos parecidos com Jesus de Nazaré, o filho do Carpinteiro e de Maria; confiantes em tua proteção paterna; agradecidos por teu Amor infinito; e generosos na partilha com os irmãos do caminho dos dons e bens que nos emprestas. Pelo mesmo Jesus, o Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/08/2019

oRAÇÃO FINAl
Jesus Cristo, filho amado de Deus e nosso irmão, dá-nos, Senhor, coração e mente abertos para superarmos as aparências e reconhecermos que és o Filho de Deus e queres vida plena para nós. Amém.

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