quinta-feira, 10 de junho de 2021

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 10/06/2021

ANO B


Mt 5,20-26

Comentário do Evangelho

A justiça do Reino de Deus

Qual é a justiça maior que a dos escribas e fariseus, necessária para entrar no Reino dos Céus? A justiça do Reino é formulada em seis antíteses (vv. 21-26; 27-30; 31-32; 33-37; 38-42; 43-47). A primeira antítese (vv. 21-26) retoma a bem-aventurança da mansidão (5,4) e a exemplifica. Não só é proibido matar, como não se pode dar títulos ofensivos ao irmão. Esta primeira antítese de não matar (cf. Ex 20,3; Dt 5,7) visa não só a morte física, mas toda ofensa moral cometida contra o irmão explicitada pela tríade: raiva, imbecil e louco. A ilustração positiva desta sentença é fornecida pelas duas sentenças sobre a reconciliação. Ao homem que vai apresentar a sua oferta, Deus lhe permite lembrar não só o mal cometido contra alguém, mas de um mal que alguém cometeu contra ele. O perdão e a reconciliação são exigidos para que o homem, membro do povo de Deus, proceda como Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Espírito de reverência, dispõe meu coração ao respeito para com a dignidade do meu próximo, de modo que jamais eu ouse tirar-lhe, de forma alguma, a vida.
Fonte: Paulinas em 13/06/2013

Vivendo a Palavra

Jesus nos propõe a Lei Nova – a Justiça Evangélica. O Amor como norma de conduta, não como um objetivo final a ser alcançado, mas a ser convivido desde agora. É o Reino de Deus já sentido nesta terra encantada, ainda não em sua plenitude, mas embalado pela esperança do Abraço definitivo do Pai Amado.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2013

VIVENDO A PALAVRA

Jesus ensina a Nova Lei. Não se trata mais daquela lista interminável de restrições e deveres a serem cumpridos, mas do comportamento diferente a ser vivido: a partir da visão de Deus Criador do universo e Pai de todos os homens e mulheres, nós sabemos que somos irmãos e, por isto, a fraternidade é o jeito natural de nos relacionarmos uns com os outros.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2019

VIVENDO A PALAVRA

Jesus nos encanta. O Sermão da Montanha é síntese da nossa espiritualidade cristã. Hoje, Ele apresenta a Justiça Evangélica, que nos liberta da compreensão literal da Lei – como era o costume dos escribas e fariseus do seu tempo. Na visão do Mestre, o ‘não matar’ da Lei é muito mais do que não tirar a vida física de alguém. É ajudar o irmão a viver plenamente, incentivando a autoestima e a consciência pessoal, libertada do pecado.

Reflexão

Todas as pessoas costumam falar em justiça ,mas para a maioria delas o fundamento dessa justiça são princípios e valores humanos, principalmente o que está escrito nas leis. Para nós cristãos, esse critério não é suficiente para entendermos verdadeiramente o que é justiça. Não é suficiente em primeiro lugar porque nem tudo o que é legal, é justo ou moral, como por exemplo a legalização do divórcio, do aborto ou da eutanásia. Também devemos levar em consideração que todas as pessoas, embora sejam seres naturais, possuem um dom de Deus que faz delas superiores à natureza, participantes da vida divina, e como Deus é amor, o amor é, para quem crê, o único e verdadeiro critério da justiça.
Fonte: CNBB em 13/06/2013

Reflexão

Por que a comunidade de Jesus deve superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus? Porque eles não cumprem o que ensinam; por vezes invalidam a lei com acréscimos ou porque se fixam na letra sem penetrar no espírito (cf. Mt 23,1-7). Jesus se apresenta com autoridade suprema e nos mostra como levar à plenitude as exigências do amor. Os que entram no Reino de Deus devem superar os doutores da Lei e os fariseus e imitar Jesus pela prática do amor gratuito. As palavras ofensivas, a prepotência, o desprezo são manifestações contra a vida do próximo. Não basta não ofender o próximo, é preciso amá-lo como Jesus o ama. O próprio culto a Deus será vazio, se não for revestido de caridade. O amor fraterno, que supõe reconciliação, torna a celebração litúrgica fecunda e agradável a Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
Fonte: Paulus em 13/06/2019

Reflexão

Por que a comunidade de Jesus deve superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus? Porque eles não cumprem o que ensinam; por vezes invalidam a lei com acréscimos ou porque se fixam na letra sem penetrar no espírito (cf. Mt 23,1-7). Jesus se apresenta com autoridade suprema e nos mostra como levar à plenitude as exigências do amor. Os que entram no Reino de Deus devem superar os doutores da Lei e os fariseus e imitar Jesus pela prática do amor gratuito. As palavras ofensivas, a prepotência, o desprezo são manifestações contra a vida do próximo. Não basta não ofender o próximo, é preciso amá-lo como Jesus o ama. O próprio culto a Deus será vazio, se não for revestido de caridade. O amor fraterno, que supõe reconciliação, torna a celebração litúrgica fecunda e agradável a Deus.
Oração
Divino Mestre, exiges dos teus seguidores atitudes mais perfeitas do que a dos doutores da Lei e dos fariseus. Eles conhecem os mandamentos de Deus, mas não os praticam. Quanto a ti, Jesus, cumpres fielmente a vontade do Pai e exiges que nossos atos brotem do coração. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2021 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp e Pe. Nilo Luza, ssp)

Meditando o evangelho

A RECONCILIAÇÃO NECESSÁRIA

A busca do espírito da Lei levou Jesus a reinterpretar os mandamentos do Decálogo. O mandamento de não matar, na perspectiva de Deus, vai além do gesto material de tirar a vida física do próximo. E comporta a exigência de ter um trato fraterno e respeitoso para com o semelhante. Implica não agredi-lo verbalmente, de forma a desmoralizá-lo e fazê-lo perder a boa fama. Existe, pois, uma maneira de matar o próximo, sem privá-lo da vida física, também abarcada pelo mandamento. O discípulo do Reino não pode ficar tranqüilo se, com palavras e gestos inconsiderados, acaba por ferir o próximo.
O mandamento exige também o viver reconciliado com o próximo, como pré-condição para uma correta relação com Deus. Uma oferenda só é agradável a Deus se, quem a oferece, não guarda, em seu coração, ódio nem rancor contra o próximo. Enquanto a reconciliação não for efetivada, a oferta não pode ser feita, porque Deus não a aceitará.
Por outro lado, o processo de reconciliação não pode ser protelado indefinidamente. Existe um tempo limite para fazê-lo. É preciso agir com prontidão para não acabar nas mãos do juiz, Deus, que pedirá conta da ofensa grave à sua Lei.
A reinterpretação dos mandamentos por parte de Jesus permite ao discípulo tornar-se mais atilado no seu desejo de relacionar-se, corretamente, com Deus e com o próximo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ajuda-me a viver reconciliado com todos, de modo a poder viver reconciliado com o Pai.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Cristianismo não combina com Mediocridade
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Os Escribas e Fariseus a toda hora aparecem nos evangelhos sinóticos como alvo de duras críticas por parte de Jesus, mas eu costumo dizer, que se em nossas comunidades fosse possível ter um deles, tal como eram naquele tempo, todos iriam gostar, respeitá-los e admira-los. Sabem por quê?
Simples... Eram piedosos, zelosos cumpridores de suas obrigações, eram virtuosos e praticam uma moral muito elevada e, portanto, eram pessoas íntegras. Daí o leitor poderá se perguntar, mas então, por que os coitados são bombardeados nos relatos do evangelho?
Porque a prática cristã não é moralismo e nem um mero preceito. Cristão tem que ir além para estar acima da média, o ato criminoso de se tirar a vida de alguém, implicava em um duro castigo no juízo do tribunal. Então, se não matar o outro, pode pousar de "bonzinho" cumpridor da lei, pois Jesus desmonta essa perfeição hipócrita, um sentimento de ódio ou uma ofensa moral contra o irmão, terá um julgamento mais severo no Grande Conselho.
Geralmente ficamos na média, daí vem a palavra mediocridade, cumpro a lei e não a transgrido de modo algum, mas naquilo que ela não fala, posso deitar e rolar. Não mato o meu irmão porque é pecado grave, mas no meu coração o odeio, o abomino, o desprezo e o acho um imbecil. Pronto! Aí está o pecado, bem escondido dentro do pecador. Na verdade se mata o irmão com palavras, difamações, insinuações maldosas, injúrias. Quantas pequenas mortes na comunidade, na pastoral e no movimento. Tiros e facadas com a língua!
Jesus coloca a necessidade da reconciliação com o irmão, em primeiro lugar, e depois com Deus, senão esta última será uma grande mentira espiritual. "Me dou bem com todos, mas com aquela pessoa não dá, não exijam isso de mim..." Quantas vezes a gente diz isso ou pensa isso, procurando amenizar o pecado, procurando inocentar-se diante da comunidade e da nossa consciência.
Não entraremos no Reino dos Céus! Pode tirar o "Cavalinho da Chuva".

2. Procura reconciliar-te
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus não rompe com o que foi ensinado ao povo de Israel. Ele quer que seus discípulos não fiquem apenas na letra do que foi dito. Avancem e vivam os ensinamentos em espírito e verdade. Sabemos o que foi dito aos antigos. Agora, é preciso levar o que foi dito às últimas consequências. Foi dito que não devemos matar. Sabemos, porém, que há muitas maneiras de matar. Mata-se até com a língua. Não nos apresentemos diante de Deus sem antes examinarmos a qualidade da nossa relação fraterna. Se alguém não estiver bem conosco, vamos primeiro acertar o passo para depois apresentar a Deus a nossa oferenda. Hoje celebramos Santo Antônio, o grande pregador. A devoção popular fez dele também o santo da reconciliação familiar. Que ele nos ajude a viver em paz!
Fonte: NPD Brasil em 13/06/2019

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Aprimoramento da Lei
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Há muitos cristãos que seguem a risca as leis religiosas, mas o fazem por uma dessas duas razões: ou seguem a lei para garantirem seu lugar no céu, ou para não correrem o risco de irem para o inferno. E isso é muito triste e lamentável para quem diz ter um espírito e princípio cristão. Os escribas e Fariseus agiam assim, e se achavam merecedores da Salvação de Deu, sem o mínimo espírito de comunhão com o restante da comunidade, aliás, em termos de salvação era cada um para si e Deus por todos.
O desdobramento da palavra “Não Matar” é bem amplo e Jesus vai falar sobre isso, deixando muito claro que qualquer ira, ofensa ou agressão, física ou moral pode sim matar o irmão. Há certos olhares ou gestos que às vezes dirigimos a algumas pessoas, que matam mais que uma arma de fogo. Muitas vezes se faz acusações contra cristãos que estão á frente de algum trabalho, ou mesmo um sacerdote, com insinuações maldosas, ditas pela inveja, essa é uma forma muito discreta de se matar alguém na comunidade.
Fazermos a parte que é para Deus, mas não fazermos a parte que é ao próximo, de nada adianta, o evangelho nos diz que Deus não aceita ofertas de quem age dessa forma, e essas ofertas não só em valor ou em espécie, mas os nossos trabalhos pastorais, nossas ações no ministério, na catequese, na liturgia, e há outros que pensam que é suficiente estarem de bem com o padre, o resto não têm muita importância.
No final, o evangelho fala de uma dívida pela qual seremos todos cobrados, e, aqui basta nos lembrarmos do que diz o apóstolo Paulo em Romanos 13,8: “A ninguém devais coisa alguma a não ser o amor...”.
A prisão como castigo, a que se refere o evangelho, é a prisão em si mesmo, em um egoísmo que sufoca, essa solidão dolorosa já ocorre nesta vida, mas poderá tornar-se eterna na outra, se não descobrirmos a tempo que o amor ao próximo, marcado por relações sempre fraternas, está no centro da Vida de quem professa a Fé Católica.

2. Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto ele caminha contigo para o tribunal - Mt 5,20-26
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

O ser humano é a obra-prima de Deus e deve estar sempre em primeiro lugar em nossas considerações. A qualidade dos nossos relacionamentos mostra quem somos, no que acreditamos, o que buscamos na vida. É importante levar a oferenda até o altar, e é preciso fazê-lo. Mais importante, porém, é reconciliar-se com o irmão. Os gestos rituais são expressão da fé. Mostram o que cremos. Deixar a oferenda ao pé do altar, retirar-se e ir ao encontro do irmão magoado comigo por alguma razão é também um gesto ritual de louvor a Deus. O Evangelho diz que é o irmão que tem algo contra mim, e não eu contra ele. E, no entanto, sou eu que devo tomar a iniciativa de procurá-lo, porque é a ruptura da comunhão fraterna o que me afasta da Mesa da Comunhão.

3. A EXIGÊNCIA DA COMUNHÃO FRATERNA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).

O ensinamento de Jesus foi sempre incisivo na questão da comunhão fraterna. Este tema aparece já nas primeiras páginas da Bíblia que relatam o terrível episódio do assassinato de Abel pelas mãos de seu irmão Caim, nos primórdios da humanidade. Este fratricídio brutal e injustificado abriu a porta para todos os demais homicídios que mancharam de sangue a história da humanidade. Quando o Decálogo declarou, de maneira inequívoca, "Não matarás", estava visando a preservação da humanidade. Sem respeito à vida, a sobrevivência dos seres humanos estaria comprometida.
Os discípulos de Jesus foram confrontados com uma exigência superior à da Lei mosaica. Era preciso dar um passo adiante e assumir a comunhão fraterna como imperativo. Dela decorria a capacidade de ser compreensivo com o outro, evitando irritar-se com ele ou jogar-lhe em rosto palavras ofensivas. O relacionamento com Deus deveria ser vivido juntamente com o relacionamento com o próximo. A oferenda a Deus seria inútil, se o coração do oferente fosse contaminado pela inimizade, e o seu relacionamento com alguém estivesse rompido. A reconciliação tem prioridade em relação ao culto.
O discípulo sensato apressa-se a cumprir a ordem do Mestre, mesmo reconhecendo que deverá superar inúmeras barreiras, para chegar à reconciliação e acontecer a comunhão.
Oração
Pai, não permitas que meu coração se feche para meu próximo, e dá-me forças para superar todas as barreiras que me impedem de viver em comunhão com ele.

HOMILIA DIÁRIA

O que podemos aprender com Santo Antônio?

O que podemos aprender com Antônio, um santo tão querido e amado, no mundo inteiro? Primeiro, a sua fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho.

Hoje, é dia de Santo Antônio de Pádua. Para os portugueses, ali, onde nasceu o santo, ele é o Santo Antônio de Lisboa, mas para os italianos, onde ele viveu seu ministério, é o Santo Antônio de Pádua.
De Pádua ou de Lisboa, o importante é que este santo é para nós o grande referencial na fé católica, na vivência dos mandamentos da Lei de Deus. Foi a Santo Antônio que São Francisco imbuiu de ensinar a Sagrada Teologia para os frágeis, para que o Evangelho de Jesus Cristo fosse pregado longe das heresias e dos erros tão comuns na época de Francisco.
O que podemos aprender com Antônio, um santo tão querido e amado, no mundo inteiro? Primeiro, a sua fidelidade a Jesus Cristo e ao Evangelho. Santo Antônio procurou levar uma vida austera, santa, desde os primórdios da sua vida, por causa de uma educação cristã familiar muito séria que ele recebeu. Entrou, primeiro, na Ordem dos Cônegos Regulares, mas saiu; depois, fez parte da Ordem Franciscana.
Ele foi um grande pregador do Evangelho, mas pregava, em primeiro lugar, com a vida. Era tão encantadora a vida de Antônio que até os passarinhos queriam ouvi-lo pregar, admirável era sua língua.
Quem vai a Pádua encontra, lá, um relicário com a língua desse santo tão abençoado. Mas por que, ali, está a língua de Antônio? Porque ela foi uma fonte de bênçãos e de graças, pois anunciou o Evangelho de Jesus Cristo, anunciou o amor, a Palavra de Deus, o Reino dos Céus; mas, acima de tudo, Santo Antônio não entregou sua língua ao pecado, à mentira, às fofocas que tanto mal faz aos homens no dias de hoje.
Aprendamos com Santo Antônio a usar bem nossa língua e não deixar que ela seja um instrumento para o mal.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 13/06/2013

HOMILIA DIÁRIA

A primeira exigência do amor é o respeito

Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: ‘patife!’ será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de ‘tolo’ será condenado ao fogo do inferno” (Mateus 5,22).

Que respeito nós precisamos ter uns para com os outros! A primeira exigência do amor é o respeito, mas, infelizmente, nos desrespeitamos muito facilmente uns aos outros. Primeiro, nos sentimentos e afetos, pois somos muito impulsivos; e a partir do impulso da cólera, nós facilmente brigamos, gritamos e nos agredimos.
Nada justifica a agressão verbal – nem vou falar da física, porque é crime! Estou falando de coisas vergonhosas que cometemos uns com os outros, inclusive, muitas vezes, em nome da fé.
Nada justifica qualquer tipo de agressão ao outro. Irmãos podem discordar, mas não podem se agredir. Irmãos podem ter pontos de vista diferentes, mas não podem se insultar. Irmãos podem ficar chateados uns com os outros, mas jamais podem desrespeitar uns aos outros.
A exigência do amor evangélico é muito séria, mas vivemos, muitas vezes, um amor que não tem nada a ver com o Evangelho. Não é simplesmente o amor onde encontramos os nossos irmãos da igreja, vivemos bem com quem gostamos e desrespeitamos quem não gostamos, quem não reza na nossa cartilha, quem não fala como nós, quem não pensa aquilo que nós acreditamos.
O que vai nos salvar não é aquilo que cremos como doutrina, mas é o amor que praticamos e vivemos, é o respeito que devemos nutrir uns pelos outros. Não podemos permitir que, na nossa boca, a irá e a cólera estejam movendo os nossos sentimentos e afetos, porque se a boca diz aquilo de que o coração está cheio, estamos agredindo uns aos outros com expressões muito baixas.

O que vai nos salvar é o respeito que devemos nutrir uns pelos outros

O Evangelho está nos dizendo: “Quem chamar o seu irmão de patife será condenado”, mas a palavra “patife” é até bonita perto de tantas outras palavras agressivas e duras que usamos para nos tratar uns aos outros. “Quem chamar o seu irmão de idiota ou tolo, será condenado ao fogo do inferno”. As nossas palavras estão nos condenando, porque nós, de uma forma até adocicada, usamos palavras de teor agressivo para nos referirmos ao outro.
Primeiro, as pessoas têm nome e elas precisam ser chamadas pelo nome, elas não podem ser rotuladas pela nossa agressividade. Quando vamos nos referir àquela pessoa, chamamos daquele nome feio, pesado, agressivo e infernal, que, infelizmente, tem trazido o inferno para o meio de nós.
Precisamos nos purificar a partir da boca, sobretudo do coração, para que não sejamos condenados pelas nossas próprias palavras.
O amor é exigente, e uma das exigências fundamentais do amor é que nos respeitemos com aquilo que falamos e tratamos uns outros.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 13/06/2019

Oração Final
Pai Santo, derruba as nossas barreiras para que ouçamos a Lei Nova trazida pelo teu Verbo Encarnado. Que vivamos o Amor espontâneo, sem discriminações, desinteressado de qualquer retribuição e libertador. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ajuda-nos a substituir a Lei esculpida na pedra pela Lei escrita por Jesus nos nossos corações. Faze-nos fraternos com os homens e mulheres, cuidadosos com a natureza que criaste para nosso encantamento, e filhos agradecidos, conscientes do teu Amor paterno/maternal. Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/06/2019

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, Senhor, nosso Deus. És a Rocha em que nos firmamos. Liberta-nos da nossa pretensão infantil de atingir a santidade apenas memorizando a tua Palavra. Precisamos vive-La! Dá-nos a consciência de que a nossa missão na vida é como cuidar de uma sementinha de Amor que está plantada em nós para crescer todos os dias até o final de nossa carreira, sempre alimentada pelo teu Carinho Paternal. Pelo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.

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