quarta-feira, 4 de março de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 04/03/2020

ANO A


Lc 11,29-32

Comentário do Evangelho

A multidão busca um sinal

O sinal requerido de Jesus, que corresponde à terceira tentação (Lc 4,9-12), e de que se fala aqui, é um gesto grandioso e espetacular que levasse as pessoas a crerem na sua divindade. A multidão que acorre a Jesus busca um sinal. A esta solicitação Jesus responde: ". nenhum sinal lhe será dado a não ser o sinal de Jonas" (Lc 11,29). Lucas explicita o sentido deste sinal: "... assim como Jonas tornou-se um sinal para os ninivitas, do mesmo modo o Filho do homem será um sinal para esta geração" (Lc 11,30). Trata-se de um chamado à penitência, em vista da salvação, e, convenhamos, isso é muito diferente de um prodígio. Diante do anúncio de Jonas, os ninivitas fizeram penitência e acreditaram em Deus (Jn 3,4). O apelo é de não subordinar a fé em Jesus a nenhum prodígio. Os seus gestos e palavras é que fazem dele alguém digno de confiança e são sinais que revelam sua filiação divina.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, torna-me dócil e sensível para acolher as palavras de Jesus, sem exigir sinais espetaculares como pré-requisito para aderir a ele.
Fonte: Paulinas em 20/02/2013

Comentário do Evangelho

O apelo é de não subordinar a fé em Jesus a nenhum prodígio.

Ao comentarmos os textos do primeiro domingo da Quaresma, dizíamos que as tentações de Jesus o acompanharam ao longo de toda a sua vida. O texto do evangelho de hoje corrobora com dita afirmação. Os contemporâneos de Jesus o provocam pedindo um sinal extraordinário vindo do céu. Visam subordinar a fé em Jesus e a credibilidade da sua palavra a esse sinal. Como no relato das tentações, Jesus se recusa satisfazer a essa exigência tal qual solicitada. Jesus mesmo, toda a sua vida, é um sinal que remete ao mistério de Deus. A evocação do episódio de Jonas apela à penitência, necessária para acolher o Reino de Deus que se faz presente na pessoa de Jesus (cf. Mc 1,15). É pela penitência que se alcança a purificação do coração, necessária para reconhecer que tudo o que Jesus faz e ensina é sinal. O coração livre de todo apego é condição para acolher o mistério de Deus tal qual ele se revela em Jesus Cristo. Para o discípulo, para quem o texto é escrito, trata-se de não subordinar a fé em Jesus a nenhum prodígio espetacular.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, torna-me dócil e sensível para acolher as palavras de Jesus, sem exigir sinais espetaculares como pré-requisito para aderir a ele.
Fonte: Paulinas em 12/03/2014

Vivendo a Palavra

Como aquele povo a quem falava Jesus, também nós não poucas vezes somos tentados a pedir sinais extraordinários para justificar a fé. Acostumamo-nos de tal forma com o grande milagre que é a Vida que o Pai Misericordioso nos oferece, que não somos mais capazes de reconhecê-lo, cheios de gratidão.
Fonte: Arquidicese BH em 20/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

A fé é um salto no escuro, entrega confiante a Deus, tal como uma criança se joga nos braços amigos do pai. Ao procurar sinais extraordinários do Céu, estamos mostrando que ainda somos incapazes de sentir aqui e agora a Presença do Pai Misericordioso em nós: na nossa vida, e no mundo encantado que Ele nos empresta.

Reflexão

Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando "milagres" para que fundamentemos a nossa fé.
Fonte: CNBB em 20/02/2013

Reflexão

Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando "milagres" para que fundamentemos a nossa fé.
Fonte: CNBB em 12/03/2014

Reflexão

Jonas era um profeta de Israel, e Salomão ficou famoso por sua admirável sabedoria. Jesus é maior do que eles, mas não encontra acolhimento entre seus contemporâneos. Essa geração é “malvada” por sua falta de fé. Ela pede sinais, mas ignora as numerosas obras boas que Jesus realiza em seu meio. A rainha de Sabá, pagã, fez longa viagem para ouvir o sábio Salomão (1Rs 10). O profeta Jonas não fez milagres em Nínive; no entanto, sua presença e pregação levaram o povo de Nínive a se converter para Deus. Pois bem, tanto a rainha de Sabá como os ninivitas irão depor contra a geração do tempo de Jesus, que é o maior dos profetas, o Rei e o Sábio por excelência. Dura provocação para despertar consciências adormecidas.
Oração
Ó Jesus de Nazaré, és maior que o rei Salomão; és maior que o profeta Jonas. No entanto, teus conterrâneos não foram capazes de reconhecer tua divina presença no meio e a favor deles. Desperta, Senhor, nossa sensibilidade para que valorizemos a tua transformadora presença em nós e entre nós. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Jesus enfrenta a multidão com firmeza. Geração má! É duro isso. A verdade dói. Procuro ser humilde quando alguém me alerta sobre algum erro? - Reagir com agressividade demonstra insegurança. Não é mais producente escolher o caminho da humildade? - Contribuo para que haja harmonia em meu lar? - Respeito meu próximo procurando compreender suas atitudes? - Quanta mediocridade! Quanta falta de respeito para com o próximo! Vamos pensar nisso?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 12/03/2014

Meditando o evangelho

UMA CHANCE PERDIDA

Os contemporâneos de Jesus não fizeram muito caso de sua pregação. Quando confrontados com a exigência de conversão, colocavam em dúvida a pessoa de Mestre, exigindo dele sinais que comprovassem sua autoridade.
No fundo, a geração perversa daquele tempo não estava disposta a abrir mão de seus esquemas, e a acolher a proposta que lhe era apresentada. As exigências de Jesus eram vistas com desprezo por quem se sentia seguro, apegado às próprias ideias, e convencido da própria salvação; por quem havia reduzido Deus aos limites da própria mentalidade, um Deus que já não tinha mais força para questionar; por quem cultuava a tradição, apegando-se ao passado.
A censura de Jesus a seus contemporâneos evidencia que eles tinham perdido uma grande chance oferecida por Deus. Até mesmo os habitantes de Nínive, apesar de serem pagãos, deram ouvido a Jonas; e fizeram penitência, após a pregação do profeta. Mesmo a rainha de Sabá, vinda de longe, fora ter com o rei Salomão - homem extraordinariamente sábio -, a fim de ser instruída por ele. A geração do tempo de Jesus, ao invés disso, fechou-se, decididamente, diante do convite que lhe era feito, chegando até a suspeitar do Mestre.
A prudência nos recomenda a estarmos atentos aos apelos de Deus, para que não tenhamos de lamentar a chance perdida. Diante do convite de Jesus, é necessário converter-se, sem demora.
O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de prudência, faze-me acolher, sem demora, o convite de Jesus, de modo que eu não perca a chance de converter-me ao Evangelho da salvação.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A Frágil Fé dos Sinais
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Em uma Festa de corpus Christi, uma mulher muito piedosa confidenciou-me que todos os dias rezava para que Jesus mostrasse um sinal eucarístico á seu esposo, que tinha dívidas sobre a presença real do Senhor na Hóstia consagrada. Uma outra Senhora rezava para que Nossa Senhora se manifestasse em algum milagre para o seu vizinho que não a aceitava como mãe de Deus.
Uma jovem rezava todos os dias para que Deus lhe desse um sinal de que o seu namorado era a pessoal ideal para casar-se, pois tinha muito medo de casar-se com a pessoa errada. No meio do povo de Deus estão presentes muitas devoções que pedem sinais prodigiosos para poder crer ou acontecer algo miraculoso na vida.
Respeitar todas essas devoções que fazem parte da religiosidade popular, é dever e obrigação de toda Igreja, entretanto, ela não pode se omitir de motivar essas pessoas a abrirem a mente e o coração para acolherem a Força Transformadora do Santo evangelho, que é a essência do Cristianismo. Persistir e acomodar-se nesta Fé dos sinais, sem ter compromisso algum com os valores do evangelho, exigindo de Deus algo que parece que ele nos deve, é um tremendo equívoco... Quantas vezes a gente ouve histórias de novos convertidos que começam, assim "Ah o Senhor realizou um milagre na minha vida e daí eu passei a frequentar a Igreja...". Quer dizer, antes nada havia em Jesus de especial e se não fosse o milagre realizado, aquela pessoa nunca iria á comunidade...
Este é um modo perigoso de se Crer em Jesus, pois a qualquer momento ele pode não atender nossas súplicas e a frustração e decepção poderá ser muito grande, porque também o oposto é verdadeiro, a história de pessoas cristãs que abandonaram a Igreja porque se sentiram traídas por Deus quando este permitiu que alguma desgraça caísse sobre sua vida. Para estes, Deus significa garantia e proteção, contra todos os males, e se ele falha ou falta para com a promessa, não há razão para se acreditar e ser um discípulo. Parece bem assustador dizer isso assim na "bucha" mais é a pura verdade...
É isso que Jesus diz ao povo, chamando-o de geração perversa, justamente porque exige um sinal para poder acreditar em seu messianismo. O evangelho mostra exatamente o poder da palavra de Deus, que quando bem acolhida provoca mudança radical naquele que a acolheu, e não é preciso nenhum sinal prodigioso.
Mas o problema maior é que essas maravilhas de Deus estão enraizadas na vida do Homem, em suas ações, suas palavras e ações, Jesus é a revelação do Pai, quem o ouve, é ao Pai que ouve, quem lhe obedece, é ao Pai que obedece. A sua Palavra libertadora estava em Jonas e os Ninivitas acreditaram de imediato, a sua sabedoria que vem do alto estava em Salomão, e a Rainha de Sabá a soube vislumbrar como algo Divino e especial. Ora, Jesus é mais do que Jonas, e do que Salomão, mas os seus não o aceitaram.

2. O Filho do Homem será um sinal para as gerações - Lc 11,29-32
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Quaresma é tempo de conversão, e, quando se fala em conversão, o profeta Jonas aparece. Ele pregou aos violentos moradores da cidade de Nínive, capital da Assíria, e eles se converteram, mudaram os seus costumes e deixaram a violência que tinham em suas mãos. Um sinal de conversão está na mudança de rumo e na procura de novos caminhos. É este o significado da palavra conversão. No juízo final os ninivitas se levantarão e condenarão aqueles que ouviram a pregação de Jesus e não se converteram. Com os ninivitas estará a Rainha do Sul, que é a Rainha de Sabá, que procurou caminhos novos para a prática da justiça e foi verificar como o rei Salomão administrava a vida do seu povo. O texto de hoje é um convite à conversão social. A nação e seus governantes são chamados a mudar de rumo. A busca da paz supõe uma boa administração da justiça. Não alimente o mal da sociedade e participe de todas as ações que promovam a superação da violência. Relações sociais honestas e sadias são sinal da presença de Jesus em nosso meio. Jesus é mais do que Jonas, que pregou aos ninivitas.

HOMILIA DIÁRIA

Cuidado com o sinal do sucesso

Postado por: homilia
fevereiro 20th, 2013

Essa geração pede um sinal. Também nós esperamos a manifestação, o sinal do sucesso, tanto na história universal como na nossa vida pessoal.
Quando a multidão se ajuntou em volta de Jesus, Ele começou a falar e disse o seguinte: “Esta geração é má. Ela busca um sinal, mas nenhum sinal lhe será dado, a não ser o sinal de Jonas. Com efeito, assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, assim também será o Filho do Homem para esta geração. No dia do julgamento, a Rainha do Sul se levantará juntamente com os homens desta geração e os condenará, porque ela veio de uma terra distante para ouvir a sabedoria de Salomão. E aqui está quem é maior que Salomão. No dia do julgamento, os ninivitas se levantarão juntamente com essa geração e a condenarão. Porque eles se converteram quando ouviram a pregação de Jonas. E aqui está quem é maior do que Jonas”.
Jesus, dirigindo-se às multidões, menciona esta “geração má” que busca um sinal. Com o termo “geração”, Jesus está se referindo aos escribas de Jerusalém que vêm questioná-lo e provocá-lo.
Em Mateus, com um sentido cristológico, o “sinal de Jonas” é tomado como símbolo da Ressurreição. Em Lucas, a perspectiva é missionária. O “sinal” é relacionado com a pregação de Jonas em Nínive, por meio da qual esta cidade se converteu. O anúncio da Palavra é um sinal suficiente da presença do Reino. É convincente, provocando mudanças. A Palavra carregada de sabedoria é um sinal. Na concepção da tradição davídica bíblica, a Rainha do Sul foi atraída pela sabedoria de Salomão (cf. 1Rs 10,1-10).
Esta narrativa, dirigida às comunidades, descarta as expectativas de sinais maravilhosos da presença de Jesus. O grande sinal é o anúncio de Sua Palavra ao mundo.
Na raiz deste pedido descarado de um sinal, está o egoísmo, a impureza de um coração que só espera de Deus o sucesso pessoal e uma ajuda para afirmar o absoluto do “eu”. Essa forma de religiosidade é a recusa absoluta de conversão que também o mundo de hoje vive. Mas quantas vezes não dependemos nós mesmos do sinal do sucesso? Quantas vezes não reclamamos do sinal e recusamos a conversão!
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 20/02/2013

Oração Final
Pai Santo, não permitas que sejamos seres ‘acostumados’, incapazes de reconhecer a tua Presença inefável em nós e no mundo. Mantém-nos crianças encantadas por teu Reino de Amor, já presente nesta terra, ainda que não em sua plenitude. Por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos parecidos com as crianças do teu Reino. Livra-nos da tentação de racionalizar a Fé e de procurar compreender o teu Mistério inefável. Dá-nos sensibilidade para perceber o quanto amas teus filhos, e o cuidado com que nos manténs vivos e capazes para a relação fraterna com os companheiros peregrinos. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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