sexta-feira, 1 de maio de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 01/05/2020

ANO A


Memória de São José Operário
(MEMÓRIA FACULTATIVA)

Mt 13,54-58

Comentário do Evangelho

Jesus apresenta-se como um profeta

O ensinamento de Jesus na sinagoga de Nazaré está presente, com algumas variantes, nos três evangelhos sinóticos (Mt 13,54-58; Mc 6,1-6; Lc 4,16-24).
O evangelista não nos diz acerca do conteúdo do ensinamento de Jesus. O seu interesse é a reação das pessoas e a revelação da identidade de Jesus. O ensinamento de Jesus causa admiração pela sabedoria e pelos milagres que ele realiza (cf. v. 54), ao mesmo tempo que resistência e rejeição (cf. vv. 55.56; cf. vv. 57b-58). Eles mesmos são, em razão da incredulidade, capazes de responder à questão: “De onde, então, lhe vem tudo isso?” (v. 56). A falta de fé não permite ver além do simples olhar; impede ultrapassar a superfície da própria existência humana.
Os concidadãos de Jesus conhecem sua origem modesta e sua parentela (cf. vv. 55-56), mas desconhecem sua verdadeira origem. A incredulidade de muitos nazarenos impediu Jesus de realizar aí muitos milagres. A falta de fé impediu de ver e receber Jesus como dom de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte: Paulinas em 01/05/2013

Comentário do Evangelho

Um sopro que dá alento à vida.

O evangelho de hoje pertence, com variações próprias a cada evangelista, à tríplice tradição (Mc 6,1-6; Lc 4,16-24). Depois de um longo discurso em parábolas, junto ao mar da Galileia (13,1-52), Jesus vai para Nazaré onde, na sinagoga, ensina os que lá estavam (v. 54). Se o evangelista se limita a dizer que Jesus ensina na sinagoga de Nazaré sem explicitar o conteúdo do ensinamento, ele põe ênfase na admiração que tal ensinamento causa nos que estavam presentes na sinagoga. A admiração é causada pela sabedoria e pela força do ensinamento de Jesus. A palavra “milagre”, que é da tradução latina, não aparece no texto grego, mas sim dynamis (poder, força). O ensinamento de Jesus, certamente um comentário livre sobre uma passagem da Escritura, faz sentido para os que estão presentes e, ao mesmo tempo, tem força de persuasão; tal ensinamento, nós o experimentamos ainda hoje, comunica ânimo, um sopro que dá alento à vida. Mas a reação do público é paradoxal, pois a resistência ofusca a sua inteligência (vv. 55-57a). Se não fosse a incredulidade, eles mesmos seriam capazes de responder à questão que se põem (v. 54b). Uma consideração puramente humana e o fechamento numa ideia equivocada do Messias lhes impedem de dar o salto da fé e se abrirem à novidade de Deus revelada em Jesus Cristo.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, livra-me da tentação de querer enquadrar-te em meus mesquinhos esquemas. Que eu saiba reconhecer e respeitar o teu modo de agir.
Fonte: Paulinas em 01/05/2014

Vivendo a Palavra

O Evangelho não registra nem uma palavra de José. Ele é o nosso exemplo de testemunho silencioso, a certeza de que o Amor é o que o Amor faz e não o que o Amor diz. O discreto operário José deixa para a Igreja de Jesus a lição da eficácia modesta, da presença humilde que não precisa ser explicada.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/05/2013

Vivendo a Palavra

A simplicidade de José é comprovada pela surpresa que seu filho causava. Como tanta sabedoria podia ter sido adquirida na convivência com um simples carpinteiro? É que sabedoria se aprende na vida, não na escola. Precisamos sentir a presença do Pai em nós e na nossa caminhada, não só tentar aprender coisas sobre Deus.
 Fonte: Arquidiocese BH em 01/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

A simplicidade de José é comprovada pela surpresa que seu Filho causava. Como tanta sabedoria podia ter sido adquirida na convivência com um pobre carpinteiro? É que sabedoria se adquire na vida, não se aprende na escola. Precisamos sentir a presença do Pai em nós e na nossa caminhada, não só tentar ouvir e memorizar informações sobre Deus.

Reflexão

A festa de São José Operário foi introduzida no Calendário romano pelo Papa Pio XII, em 1955. Ao introduzir esta festa, o Papa quis dar sentido cristão para a comemoração que, há várias décadas, a classe operária realizava em 1º de maio – Dia do Trabalho – como símbolo de seus direitos. Para isso, escolheu São José, um santo operário, carpinteiro em Nazaré. O evangelho nos mostra que Jesus pertencia a uma família simples, bem conhecida, do mesmo nível social que a maioria dos moradores daquele lugarejo. Ele é “o filho do carpinteiro”. Por um lado, admiravam sua brilhante sabedoria e os milagres que realizava. Por outro, faltou-lhes fé para chegarem a Deus por meio do humano. Colocaram-se numa posição tão inflexível, que Jesus ficou sem condições de operar milagres entre eles.
Oração
Ó Jesus, “filho do carpinteiro”, voltas à tua terra, onde eras bem conhecido. Teus conterrâneos se maravilham com tua sabedoria e teus milagres, mas mantêm-se fechados e se recusam a acolher o Reino que anuncias. Por isso, tua obra libertadora ali fica truncada, “porque não tinham fé”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

Acontecem muitos milagres em minha vida? - Sei agradecer a Deus tanto bem que recebo, apesar das cruzes e dores? - Meus projetos de vida coincidem com aqueles que Deus me apresenta? - Peço a Deus que aumente minha fé? - Reconheço que também através das pessoas simples e humildes Deus tem sempre muito a me dizer?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 01/05/2014

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. São José Operário
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

No judaísmo a filiação é algo muito importante, ela contém em si uma linhagem e uma marca inconfundível a ponto de se poder afirmar categoricamente "Tal Pai, Tal Filho". Aqui é bom que se diga que para os amigos e a vizinhança toda de Nazaré, Jesus era de fato o Filho de José e de Maria e o caráter adotivo dessa filiação pertencia ao mistério da Fé e do Agir Divino , pois naquele tempo, não se tinha toda uma Teologia prontinha a respeito dos principais acontecimentos na História da Salvação, podemos dizer que, no contexto da humilde cidade de Nazaré, nenhum dos moradores iria "admitir" uma história dessas...
Mas penso que também as comunidades do primeiro século tiveram que abrirem-se muito á graça de Deus e a sabedoria do Espírito, para compreenderem o ensinamento dos apóstolos a esse respeito. Talvez o grande problema naquele tempo, era entender como é que podia um Homem ser Deus e este ser um Homem, ao mesmo tempo, com duas naturezas distintas. Justamente por conhecerem á sua origem, a sua história, a sua genealogia e seus familiares mais próximos, os conterrâneos dali da "Terrinha" de Jesus, até que sentiam orgulhosos por terem entre eles alguém de tão grande conceito em Israel, um grande Profeta, que já estava com uma fama maior do que os maiores profetas da história, pois seus ensinamentos causavam admiração, suas obras enchiam os olhos dos Nazarenos...mas daí, começar a pensar que seria ele o grande e esperado Messias, já seria um exagero. E por que?
Pela sua origem simples, sua vida rotineira igualzinha a vida de qualquer judeu, alimentar-se, ir na catequese, estar submisso ao Pai e Mãe, aprender a profissão do Pai, para sobreviver economicamente. O Messias não precisava de nada dessas coisas, tinha poder e glória, era um enviado de Deus e não estava em nível de um simples ser humano.
Hoje há um pensamento nefasto no cristianismo, que vem contaminando a vida de muitos cristãos, trata-se da Fé da Magia, que crê em um Cristo apenas Divino, que deverá usar seus poderes para socorrer os vis mortais. Um Jesus que está com a gente mais que não é igual a nós, um Jesus que separa Fé e Vida. São José Operário é o mesmo José esposo de Maria e Pai Adotivo do menino Jesus, a Igreja aprendeu a venerá-lo também enquanto trabalhador, um Operário, que sobrevivia e garantia o pão a si , a mãe e ao menino, com o suor do seu trabalho. Um homem a quem Deus confiou a guarda do seu Filho e de sua Mãe, um Homem que nada exigiu de Deus, por ter-lhe confiado essa grande responsabilidade, mas sendo um homem Justo, viveu e sobreviveu igual a todos os outros homens do seu tempo.
Como São José Operário, somos especiais enquanto vocacionados ao Cristianismo, para viver segundo a Fé, mas somos também iguais a todas as demais pessoas, sobrevivendo do nosso trabalho, dos nossos sonhos e projetos, que na vida de São José Operário e de cada um de nós, está sempre em harmonia com o Desígnio Divino.
Que São José Operário seja inspiração para todos os trabalhadores, e ao mesmo tempo desperte no coração dos empregadores , empresariados e governantes, esse anseio pela justiça e igualdade social, que cada homem possa ter sempre o necessário para sua sobrevivência, e que as diferenças sociais comecem a ser amenizadas...
Ó São José Operário... Rogai por todos nós!
Fonte: NPD Brasil em 01/05/2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. De onde lhe vêm essa sabedoria e esses milagres? - Mt 13,54-58
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Neste dia de São José Operário vale lembrar o que dizia o Papa Leão XIII: “Não se deve corar por ter de ganhar o pão com o suor do seu rosto”. É o que Jesus Cristo nosso Senhor confirmou com seu exemplo. Ele que, Filho de Deus e Deus ele mesmo, quis passar aos olhos do mundo por filho de um artesão; que chegou até a consumir grande parte da sua vida em trabalho de marcenaria: “Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria?”; “Não é ele o filho do carpinteiro?” Todo ser humano goza da dignidade de criatura e filho de Deus, e o trabalho honesto que sai de suas mãos tem a marca da mesma dignidade. Não há trabalho maior nem mais importante. Importante é a pessoa que trabalha. O que se faz para o bem do próximo é feito para a glória de Deus. Jesus fez bem todas as coisas. Seja benfeito o trabalho de nossas mãos! Que não falte trabalho para nossas mãos! Quem não vive de um trabalho regular acaba se acostumando com trabalhos ocasionais, e procurando subsistência onde ela se apresenta mais fácil e proveitosa. Jovens sem trabalho regular são facilmente levados à aquisição de bens pelo crime. Os bens que possuímos devem ser fruto de um trabalho honesto e esforçado.

HOMILIA DIÁRIA

O trabalho é fundamental para a dignidade humana

Postado por: homilia
maio 1st, 2013

“Não é ele o filho do carpinteiro?” (Mt 13,55). Este questionamento está nos mostrando que Jesus, também carpinteiro, é Filho de um pai trabalhador.
Quando olhamos para São José, nós O vemos em muitas leituras evangélicas. O próprio Evangelho nos aponta que o pai adotivo de Jesus é um homem justo. Hoje, no entanto, neste contexto que estamos celebrando na Igreja, queremos contemplar São José como homem trabalhador, porque o trabalho dignifica o homem, é fundamental para a dignidade humana.
Lá no princípio da criação, quando Deus fez todas as coisas, pediu para que justamente o homem cuidasse daquilo que Ele havia criado. E o modo de cuidar da criação é o trabalho. Jesus mesmo diz assim: “Como meu pai trabalha, continua trabalhando, eu trabalho também”. Então, não importa qual seja a sua profissão nem o seu trabalho, pois ele é seu meio de santificação.
Trabalhar honestamente, corretamente para ganhar o pão sofrido do trabalho e sustentar a sua casa, sua família, é o meio mais digno de honrarmos o Senhor e a nossa condição humana.
Eu quero pedir que o Senhor abençoe todos os nossos trabalhadores. Deus abençoe você, meu irmão, que luta, dia a dia, para sustentar a sua família com o suor do seu trabalho. Que este seja cada vez mais digno e abençoado por Deus e que a graça d’Ele esteja cada vez mais presente naquilo que você faz.
São José Operário, São José do trabalhador seja o protetor e o incentivo do seu trabalho de cada dia.
Deus abençoe os trabalhadores!
Padre Roger Araújo – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 01/05/2013

HOMILIA DIÁRIA

O trabalho é a forma mais nobre de glorificarmos o Criador!

Hoje, de modo muito especial, nós pedimos a Deus por todos os trabalhadores, homens e mulheres que lutam por uma vida mais justa e digna por meio do seu trabalho!

Jesus ensinava na sinagoga, de modo que ficavam admirados. E diziam: ‘De onde lhe vem essa sabedoria e esses milagres? Não é ele o filho do carpinteiro?”’ (Matheus 14, 54-55)

Nós, hoje, celebramos a memória festiva de São José Operário. Nós queremos olhar para o pai adotivo de Jesus, porque o Evangelho mesmo nos diz que Ele é Filho de José, o carpinteiro, o homem trabalhador. Foi dele de quem Jesus também aprendeu a arte e o ofício de trabalhar com as próprias mãos; aprendeu uma nobre profissão, trabalhou na carpintaria de São José.
Nós, hoje, olhamos para São José como modelo de todo trabalhador; de todo homem e toda mulher que, com muita dignidade, luta e honradez, dão a vida para ter o pão de cada dia na sua casa, para sustentar seus filhos e para cuidar da criação, obra maravilhosa de Deus.
A primeira leitura da Missa de hoje, do Livro do Gênesis, nos aponta justamente isto: o relato mais amplo nos mostra, a cada dia, Deus criando todas as coisas. E que maravilha no sexto dia criar o homem e entregar ao comando dele o cuidado de todas as coisas. Quando o Senhor diz: ”para que o homem domine”, Ele está dizendo que o homem cuide da criação, não é para o homem estragar e fazer o que quiser com a criação da obra maravilhosa de Deus.
Não há nada mais digno do que a pessoa, do que homem e do que a mulher que põem a mão no arado, na terra, na caneta, no microfone, no volante, no giz, na régua, e põem a mão no outro ser humano.
Nada é mais lindo do que trabalhar! Trabalhar não significa  que devamos morrer de trabalhar o tempo inteiro, e ser sugados pelo trabalho. Pelo contrário, é para contribuir com o nosso trabalho, para construirmos um mundo melhor, mais justo, mais digno e mais fraterno para todos! Cada um pode dar a sua colaboração, e deve dá-la com seu trabalho.
Hoje, nós, de modo muito especial, pedimos a Deus por todos os trabalhadores, homens e mulheres, que, dia a dia, lutam por uma vida mais justa e digna por intermédio do seu trabalho!
Que Deus hoje seja exaltado por cada trabalho humano, por cada profissão; porque nenhuma profissão é mais importante do que a outra. Todas as profissões são dignas: do homem do campo ao homem da cidade; daquele que trabalha no mar ao que trabalha no céu; do que trabalha nas fábricas ao que trabalha em qualquer lugar da vida humana. O trabalho é a forma nobre de glorificarmos o Criador de todas as coisas!
Deus abençoe suas mãos e seu coração! Descansando no dia de hoje ou trabalhando, o que nós devemos é glorificar a Deus por termos condição de trabalhar e contribuirmos para um mundo bem melhor!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 01/05/2014

Oração Final
Pai Santo, dá à Igreja de Jesus o dom de servir à humanidade com discrição e generosidade. Ensina-nos a humildade, a sabedoria silenciosa, a compaixão e a fortaleza de alma de José. Nós te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/05/2013

Oração Final
Pai Santo, ao acolhermos José como patrono da Igreja, nós desejamos fazê-lo modelo de simplicidade, responsabilidade, honradez e trabalho. Ajuda-nos, Pai amado, a seguir seus passos, sempre humildes e discretos, cuidando dos irmãos como ele cuidava de Jesus e Maria. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 01/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, ao acolher José como patrono da Igreja, nós desejamos fazer dele o nosso modelo de simplicidade, responsabilidade, honradez e trabalho. Ajuda-nos, amado Pai, a seguir os passos humildes e discretos de José, cuidando dos nossos irmãos como ele cuidava de Maria e do Filho Menino em Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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