sexta-feira, 1 de maio de 2020

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 02/05/2020

ANO A


Jo 6,60-69

Comentário do Evangelho

“Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?”

A objeção não vem, agora, dos judeus, como é o caso nos versículos precedentes, mas de muitos dos próprios discípulos de Jesus: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” (v. 60). Trata-se um grupo diferente e mais amplo que o dos Doze. Não é somente dos judeus que vem a dificuldade de crer em Jesus, mas também dos discípulos, daqueles que foram atraídos pela palavra e pelos sinais que Jesus realizava, havia resistência. Em que a palavra é dura? Ela é difícil de ser compreendida; é dura pelo que exige de quem adere a Jesus; é dura porque exige abertura à novidade de um novo tempo oferecido por Deus à humanidade, novo tempo inaugurado pela encarnação do Verbo; é dura porque exige uma conversão profunda e uma mudança de mentalidade. “É o Espírito que dá a vida” (v. 63; Gn 2,7). Somente no e pelo Espírito é que se pode compreender e fazer a experiência de que as palavras de Jesus fazem viver, pois são um sopro de vida. O abandono de muitos dos discípulos de seguirem Jesus é a ocasião para Pedro fazer uma verdadeira profissão de fé: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna?” (v. 68). Mas o seguimento e a fé só podem ser autenticamente vividos na liberdade: “Vós também quereis ir embora?” (v. 67).
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, dá-me inteligência para compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, pois só assim estarei seguro de estar acolhendo a salvação que me ofereces.
Fonte: Paulinas em 20/04/2013

Comentário do Evangelho

A abertura à ação do Espírito é que permite compreender e experimentar que as palavras de Jesus

Terminado o ensinamento na sinagoga de Cafarnaum, vem a reação dos discípulos. A dificuldade em crer em Jesus e compreender seus ensinamentos não é somente dos judeus; ela povoa a mente e o coração dos discípulos (cf. v. 60). Em que consiste propriamente a dureza do ensinamento de Jesus? Há uma dupla resposta à pergunta: em primeiro lugar, porque é difícil compreender o sentido das palavras de Jesus. Para poder compreendê-la é preciso a conversão da própria mentalidade e se abrir para a verdade de Deus revelada em Jesus Cristo. Em segundo lugar, o ensinamento é considerado duro para os discípulos porque exige fé, uma adesão incondicional à pessoa de Jesus; exige a abertura a um novo tempo oferecido por Deus à humanidade. A abertura à ação do Espírito é que permite compreender e experimentar que as palavras de Jesus têm sentido e, qual um sopro, fazem viver plenamente. A liberdade é dom de Deus. Por isso, Jesus abre para os discípulos a possibilidade de irem embora, o que muitos o fizeram. No entanto, é ocasião para Pedro realizar uma verdadeira profissão de fé (vv. 68-69). A fé e, consequentemente, o seguimento de Jesus só podem ser vividos na liberdade.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Senhor Jesus, estou disposto a seguir-te sempre, pois só tu tens palavras de vida eterna.
Fonte: Paulinas em 10/05/2014

Vivendo a Palavra

Jesus se declarava o Pão da Vida. Alguns se escandalizavam. Acolher a Verdade continua sendo difícil para o mundo. A Fé é dom concedido pelo Pai, que deve ser acolhido com gratidão, cultivado com cuidado e carinho, e partilhado com generosidade entre os irmãos peregrinos desta terra encantada.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/04/2013

Vivendo a Palavra

A Palavra hoje fala de Pedro. No Evangelho, sua confissão de fé: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.» No livro dos Atos, sua atuação na Igreja nascente, sempre em nome de Jesus. Em Lida e Jope, o Senhor age por meio dele: cura e ressuscita. Que a nossa Igreja saiba seguir os passos do Apóstolo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/05/2014

VIVENDO A PALAVRA

As leituras de hoje falam de Pedro. No Evangelho, a sua confissão de fé: «A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.» No livro dos Atos, sua atuação na Igreja nascente, sempre exercida em nome de Jesus. Em Lida e Jope, o Senhor age por meio dele: cura e ressuscita. Que na nossa Igreja saibamos todos seguir a mesma pauta do grande Apóstolo.

Reflexão

Muitas pessoas querem conhecer Jesus e ouvir tudo o que ele tem para dizer, mas não querem escutar tudo, mas sim apenas alguns pontos que lhes interessam para a satisfação dos seus desejos e necessidades. Quando essas pessoas ouvem tudo o que Jesus tem para dizer, se escandalizam, afastam-se dele e não querem mais segui-lo. De fato, é muito fácil dizer que Jesus tem palavras muito bonitas, mas nem sempre é fácil aceitar as exigências do Evangelho. Porém, não podemos nos esquecer que somente Jesus tem palavras de vida eterna, e que só consegue ouvir de fato as palavras de vida eterna quem crê firmemente que ele é o Santo de Deus e busca imitá-lo verdadeiramente na busca da santidade.
Fonte: CNBB em 20/04/2013 e 10/05/2014

Reflexão

O ensinamento de Jesus versa sobre a entrega de sua vida. Para seus discípulos seria um fracasso, por isso se recusam a segui-lo no amor até a morte. Estão fixos na ideia de um Messias rei, manifestada no final da repartição dos pães e peixes (cf. Jo 6,15). Jesus explica- lhes que sua morte é condição para a vida e que sua realidade humana contém a força do Espírito. Mesmo com seus esclarecimentos, boa parte dos seus seguidores o abandona. Não obstante o mal-estar gerado com a desistência de muitos, Jesus não amortece suas exigências. Desafia também os Doze, com o risco de ficar sozinho. Os Doze, porém, o reconhecem como o autêntico Messias e ficam do lado dele. Entendem que fora de Jesus não há esperança. Sem Jesus, o fracasso é certo.
Oração
Ó Jesus, és o Santo de Deus e, por teus ensinamentos, provocas mal-estar e insatisfação entre teus discípulos. Alguns deles, alegando que tuas “palavras são duras demais”, te abandonam. Dá-nos a sabedoria dos que se mantiveram fiéis no teu seguimento, pois “tu tens palavras de vida eterna”. Amém.
(Dia a dia com o Evangelho 2020 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp (dias de semana) Pe. Nilo Luza, ssp (domingos e solenidades))

Recadinho

São muitos os mistérios da vida. Cite um. - Qual é o grande mistério da fé? - Que lugar ocupa a Eucaristia em sua vida? - Você procura ler coisas que falam de religião? - Como você se prepara para receber a Eucaristia?
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 10/05/2014

Comentário do Evangelho

UMA LINGUAGEM DURA

A obstinação dos adversários de Jesus chegou a contaminar os discípulos. O linguajar acerca do alimento eucarístico parecia-lhes cada vez menos compreensível. O simbolismo das palavras carne, sangue, comer, beber, possuir a vida etc., por não ter sido decodificado, não permitia que as pessoas intuíssem o que Jesus realmente queria dizer.
A situação agravou-se, quando os próprios discípulos de Jesus começaram a se escandalizar com a linguagem do Mestre. Não se pode ignorar, que eles viviam no mesmo ambiente cultural e teológico dos adversários de Jesus. A superação de seus esquemas mentais não era só questão de vontade ou de amizade com Deus. Era coisa muito mais séria.
Os discípulos eram convidados a abrir mão daquele universo teológico rígido e contaminado por uma mentalidade demasiado estreita, para aderir à proposta de Jesus. Esta foi a mesma exigência que o Mestre impôs aos seus adversários.
Muitos discípulos, incapazes de dar o salto qualitativo da fé, optaram por afastar-se do Mestre, aliando-se aos seus adversários. Entretanto, os que permaneceram foram também desafiados a fazer o mesmo. A intervenção de Pedro foi fundamental para recolocar as coisas nos seus devidos lugares. Era inútil correr atrás de outros mestres. Só em Jesus encontram-se palavras de vida eterna.
Oração
Espírito de convicção, que eu me deixe convencer pelas palavras de Jesus, e as acolha, na certeza de que, só nelas, conseguirei a vida eterna.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Ó Deus, que renovastes nas águas do batismo os que crêem em vós, protegei os que renasceram no Cristo, para que vençam as ciladas do erro e permaneçam fiéis à vossa graça. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 10/05/2014

Meditando o evangelho

SENHOR, A QUEM IREMOS?

Muitos discípulos de Jesus tiveram enorme dificuldade de captar o verdadeiro significado de suas palavras. Ao interpretá-las num sentido contrário, ficavam perplexos e consideravam desparatados os ensinamentos do Mestre. E se escandalizavam com isto!
Apesar das reações negativas de seus ouvintes, Jesus não diminuía o tom de sua pregação, que continuava a ser contundente. Sendo assim, requeria largueza de visão para ser compreendida. O discipulado dependia da compreensão correta dos ensinamentos do Mestre e da adesão a eles.
Por outro lado, nenhum discípulo podia agir por coação, independentemente de sua vontade. O discipulado deveria resultar de uma escolha livre. Não interessava a Jesus que seus discípulos permanecessem com ele apenas para agradá-lo. Foi por esta razão que muitos debandaram. Não tinham fibra para pôr em prática o que lhes era ensinado. Com o Mestre permaneceu somente um punhado de discípulos fiéis que foram questionados a respeito da sinceridade de sua adesão. Foi quando Pedro, em nome do grupo, fez uma confissão de fidelidade ao Mestre. Não valia a pena afastar-se, pois só junto dele podiam encontrar palavras de vida eterna, por saírem da boca do "Santo de Deus". Seria inútil buscar salvação fora dele.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, dá-me inteligência para compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, pois só assim estarei seguro de estar acolhendo a salvação que me ofereces.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Discípulos em Crise...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O leitor mais atento vai perceber que nesta semana Jesus insistiu muito na necessidade da Fé Nele próprio, que é o Filho de Deus descido do céu, uma Fé que requer intimidade com ele, comendo sua carne e bebendo seu sangue, para ter a Vida Eterna que ele próprio, revelando-se como alimento que transmite e que dá a aquele que crê a Vida Eterna, mesmo com todas as limitações humanas. Que essas afirmações nos debates com os Judeus, acabou transformando-se em provas para a sua condenação, porque para os Judeus da "gema", para quem a referência máxima do Deus da Aliança era Moisés, isso era uma blasfêmia, passível de condenação.
Hoje alguns discípulos menos preparados também acabam se escandalizando com essa revelação e a crise está estabelecida na comunidade. Pois estes pensam exatamente como os Judeus conservadores, Jesus Cristo é bem conceituado entre eles, como grande profeta enviado por Deus (mas não Deus) homem de grandes prodígios e de uma sabedoria que causava admiração na comunidade, mas ainda o conceituavam em um patamar inferior a Moisés, isso é, estavam presos aos laços da carne e não conheciam outra vida que não fosse a Biológica, onde a grande bênção de Deus se manifestava na prosperidade material e na descendência, exatamente como havia prometido a Abraão.
Por isso, diante da afirmativa de Jesus de "O Espírito é que vivifica, a carne de nada serve, e que suas palavras são espírito e Vida..." desencadeou-se uma crise entre eles. Isso se aplica tanto ao grupo dos discípulos, onde a dificuldade de pensar as coisas de Deus era muito grande, como também as comunidades do fim do primeiro século do Cristianismo.
E a frase que provocou ainda mais a crise foi esta "Ninguém pode vir a mim, se por meu Pai não for concedido", esse foi o estopim que eclodiu na comunidade, onde no pensamento judaico, as boas obras aproximavam o homem de Deus e o justificavam, Deus era estático, o homem é que se move em sua direção. Jesus havia acabado de dizer que as "boas obras" e a observância de toda Lei, eram apenas as placas sinalizadoras do Caminho, que era Ele próprio.
A essas alturas do campeonato, muitos fizeram as malas e deixaram a comunidade, Judas foi o primeiro, atrás dele foram outros da comunidade de João, no primeiro século da Igreja, e hoje também a toda Hora tem cristão abandonando o barco, porque não concorda com a Fé proclamada por uma Igreja Cristocêntrica, institucional e mística, humana e Divina, onde o elo entre Deus e o Homem é a Eucaristia... Quem comer a minha carne e beber do meu sangue permanece em mim e eu nele...
Diante da crise estabelecida, Jesus fez o contrário de certas lideranças fajutas, que não querendo perder ovelhas, abranda o discurso, ameniza a prática cristã, abre um caminho mais fácil e menos exigente, principalmente em nossos tempos. Mas Jesus encarou os que ficaram e em vez de parabeniza-los e rasgar elogios por não terem abandonado a comunidade, endureceu ainda mais o "jogo": "Quereis vós também retirar-vos?", ou seja, para quem não aceitar esta verdade, vivendo o cristianismo do jeito que ele é, a porta da rua é a serventia da casa...
E nesta hora é belíssimo de Pedro, que não era nenhum super apóstolo, tinha muitas limitações, mas em seu coração professava uma Fé descomunal em Jesus, porque o Via como o próprio Deus "Senhor, a quem iremos se só tu tens palavras de Vida Eterna"...
Talvez muita gente competente e intelectual, gente importante que poderia fazer a diferença na comunidade, a tenha abandonado, os que ficaram são simples, mas fervorosos, pois em nossas comunidades o que vale é a Fé em Jesus Cristo, e não o brilho das pessoas, ou seu status, poder ou prestígio.
Uma Fé assim, uma igreja assim, um Jesus Cristo assim, Real e Verdadeiro como João nos apresenta, é PEGAR ou LARGAR... Não tem meio termo ou mais ou menos...

2. Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la? - Jo 6,60-69
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Jesus concluiu o sermão do Pão da Vida dizendo que sua carne é verdadeira comida e seu sangue, verdadeira bebida; que era preciso comer sua carne e beber o seu sangue para ter a vida eterna. Ouvindo isso, muitos discípulos disseram: “Esta palavra é dura”. Jesus queria dizer que era preciso estar profundamente unido a ele e que o sinal sensível e eficaz dessa união era a comunhão do pão e do vinho consagrados. Quem ouviu não entendeu nada e pensou logo em antropofagia. Comer a carne de Cristo? De que jeito? Era viável, era possível? Naquele momento Jesus poderia ter corrigido alguma coisa dita por ele que não fosse exata. Mas não, ele não corrigiu nada. Ao contrário, perguntou aos apóstolos se eles também queriam ir embora. Ouvimos então a magnífica resposta de Pedro: “A quem iremos, Senhor? Só tu tens palavras de vida eterna”.

HOMILIA

A QUEM IREMOS SENHOR???

A revelação de Jesus como o pão descido do céu e de sua carne dada como alimento para a vida do mundo provocou incompreensão e murmurações entre os judeus (Jo 6,41.52). Muitos de seus discípulos também, sem entender, abandonaram Jesus. Ante esta atitude do povo, Jesus fazendo um pequeno comentário, pergunta aos seus discípulos: Acaso também vós quereis partir? Pelo que nos parece o abandono foi geral. O lugar ficou praticamente vazio e então era o momento de Jesus animar aos que restavam e que Ele tinha escolhido a dedo: os 12 apóstolos. Se a resposta fosse negativa, a pergunta pareceria uma exclusão de todos que deixando Jesus foram embora. Jesus praticamente lhes diz: Vós também sois do tipo pusilânime e covarde que na dificuldade desanima e foge? Também hoje e agora Jesus faz a mesma pergunta. Gostaria que não só não se esquecesse da resposta de Pedro como fizesse sua: Senhor, a quem iremos? Só Tu tens Palavras de vida eterna. Veja que a resposta de Pedro tem como sujeito a quem interpelar a palavra Senhor. Evidentemente, não é o mesmo Senhor do ressuscitado, que recebeu o poder. Mas indica que as Palavras de Jesus têm autoridade, poder e a capacidade de salvar as nossas vidas e por isso nos devemos submeter a elas. É preciso que, como Pedro, você tenha a consciência de que não existe em nenhum lugar do mundo outro nome no qual possa ser salvo, senão no nome e poder de Jesus. Suas são palavras que contem verdade eterna, a única que propriamente pode ser declarada como verdade. É por esta certeza que eu e você temos que acreditar. Pedro nos mostra que Ele é o Ungido, o Filho do Deus.
Afirmar que é o Filho do Deus vivo, é um ato de fé inusitado entre os discípulos de Jesus, não por aclamá-lo Messias, mas por declará-lo Filho de Deus, aceitando que o Pai é Deus. Assim, Pedro estava disposto a admitir e acreditar nessas palavras que eram palavras de vida.
Por outro lado, Jesus pede uma resposta clara a seus apóstolos e Pedro, em nome de todos, dá a única possível para um seguidor de Jesus. Este é o Ungido do Senhor e como Filho sabe perfeitamente a vontade do Pai, cujo seguimento é a verdadeira vida.
Para os homens de fora as palavras de Jesus constituem um fracasso. Os homens as escutam não com o espírito de obediência a quem fala da experiência como viva, mas com o critério de uma razão humana que se julga independente e absoluta: É o critério de Tomé: Se não vejo não creio. Jesus é o vidente que nos declara existirem matizes nas cores e nós somos os cegos que não podem captá-los. Negá-los porque não os podemos experimentar é cerrar-se ao mistério que sempre existe na grande verdade divina.
Vemos que Jesus se intitula o filho do homem como um caso particular de ser membro da família humana. Isto significa que ele pode ser visto e ouvido como um homem; mas com a particularidade de ser representante da divindade, ou seja, a face humana de Deus. Ele sabe como conduzir a humanidade e seu exemplo é paradigma de todos os que desejam viver suas vidas em conformidade com os planos e desígnios de Deus. Até dirá aprendei de mim que sou pacífico e humilde em minhas ambições e propósitos.
Em nossos dias a Palavra de Jesus tem uma resposta negativa: a incredulidade porque é palavra difícil, e exige uma submissão prática da vida não só no modo de pensar mas também no modo de atuar. Ou pode ter uma resposta positiva como a dada por Pedro: é a fé. Mas uma fé, não no homem sábio, brilhante, mas na testemunha que conta o que viveu no seio de Deus. A sua palavra está corroborada por obras admiráveis. Se nestas não acreditamos, desaparece o Filho de Deus e só fica o homem Jesus, admirável em palavras e condutas, mas puramente humano de quem podemos tomar as palavras que nos convêm e descartar as palavras difíceis que atrapalham o nosso ideal ou a nossa maneira de vida. Jamais será vida para nós.
Que Simão Pedro interceda por nós para que diante de tantos profetas da falsidade reconheça nas palavras de Jesus, a Vida, a Verdade e o Caminho que nos conduz a Deus no nosso Pai e digamos: A QUEM IREMOS SENHOR, SÓ TU TENS PALAVRAS DE VIDA ETERNA. Pai, por intermédio de São Pedro, dá-me inteligência para compreender as palavras de Jesus e aderir a elas, pois só assim estarei seguro para acolher a salvação que me ofereces.
Fonte: Liturgia da Palavra em 10/05/2014

HOMILIA DIÁRIA

Respondemos a Cristo com incredulidade ou fé?

Postado por: homilia
abril 20th, 2013

Diante de um abandono quase total de todos aqueles que tinham comido e visto tantos prodígios, Jesus volta-se para os discípulos e lhes faz uma pergunta: “Acaso também vós quereis partir?” A debandada foi, ao que parece, geral. As fileiras ficaram praticamente vazias. Era o momento de Jesus animar aos que restavam e que Ele tinha escolhido a dedo: os Doze Apóstolos. A pergunta não deixa de ocultar implicitamente uma recriminação, caso a resposta fosse negativa. Jesus praticamente lhes diz: “Vós também sois do tipo pusilânime e covarde que na dificuldade desanima e foge?”
Ante a pergunta de Jesus, Pedro, em nome de todos, rompe o silêncio e responde: “Senhor, a quem iremos nós? Só tu tens Palavras de vida eterna”. A resposta de Pedro tem como sujeito a quem interpelar, a palavra “Senhor”. Evidentemente, não é o mesmo Senhor do Ressuscitado, que recebeu o poder, segundo Ef 1, 20. Mas indica no caso uma submissão a quem tem autoridade. Pedro não encontra outro líder, porque as palavras de Jesus continham uma verdade eterna, a única que propriamente pode ser declarada como verdade.
Por isso, nós acreditamos e sabemos que Tu és o Ungido, o Filho do Deus, Aquele que devia vir ao mundo.
Pedro ouviu e interpretou corretamente as palavras de seu Mestre. Certamente, se Ele afirmava que seu Pai era Deus, o Deus vivo de Israel, Pedro estava disposto a admitir e acreditar nessas palavras que eram palavras de vida.
No texto de hoje, se descrevem duas reações opostas ao discurso – e poderíamos dizer à história – de Jesus. A sua Palavra tem uma resposta negativa: a incredulidade, porque é palavra difícil e exige uma submissão prática da vida não só no modo de pensar mas também no modo de atuar. Ou pode ter uma resposta positiva como a dada por Pedro: a fé. Mas uma fé, não no homem sábio, brilhante, mas na testemunha que conta o que viveu no seio de Deus.
A sua Palavra está corroborada por obras admiráveis. Se nestas não acreditamos, desaparece o Filho de Deus e só fica o homem Jesus, admirável em palavras e condutas, mas puramente humano, de quem podemos tomar as palavras que nos convêm e descartar as palavras difíceis que atrapalham o nosso ideal ou a nossa maneira de vida. Jamais serão vida para nós.
Oxalá, Simão Pedro interceda por nós para que, diante de tantos profetas da falsidade, possamos sempre reconhecer nas palavras de Jesus, a Vida, a Verdade e o Caminho que nos conduz à Deus, nosso Pai. Pois elas são Palavras de Vida Eterna.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 20/04/2013

Oração Final
Pai Santo, guia nossos passos na caminhada rumo ao teu Reino de Amor. Queremos ser nesta vida, Pai amado, uma Igreja-profeta do Caminho, da Verdade e da Vida. Faze-nos discípulos missionários do Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo vive e reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 20/04/2013

Oração Final
Pai Santo, admirando a figura de Pedro, sua entrega total, sua disposição para seguir as palavras de Vida Eterna de Jesus de Nazaré, ficam claros par nós os pobres limites da nossa fé. Perdoa, Pai amado, nossos medos, comodismo e covardia. Nós te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/05/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai amado, admirando a figura de Pedro, a sua entrega total e a disposição para seguir as palavras de Vida Eterna de Jesus de Nazaré, os pobres limites da nossa fé ficam bem claros para nós. Perdoa, amado Pai, nossos medos, comodismo e covardia. Nós te pedimos pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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