segunda-feira, 25 de novembro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 25/11/2019

ANC


Lc 21,1-4

Comentário do Evangelho

É a atitude de entrega total que conta.

Depois de expulsar os comerciantes do Templo, Jesus elogia a atitude de uma viúva necessitada que depositou no cofre do Templo duas moedinhas, em contraste com as pessoas ricas que também depositavam suas ofertas. No reino inaugurado por Jesus, a quantidade passa a ser absolutamente secundária. É a atitude de confiança e de entrega total que conta e é exigida. As duas moedas depositadas pela viúva no cofre foram muito mais do que os ricos depositaram. Jesus mesmo explica: as pessoas ricas (cf. v. 1) ofertaram “parte do que tinham de sobra, mas ela, da sua pobreza, ofereceu tudo que tinha para viver” (v. 4). Nesse sentido, a viúva é imagem de Cristo que ofereceu toda a sua vida a Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.
Fonte: Paulinas em 25/11/2013

Vivendo a Palavra

Dar tudo o que temos significa que nós não baseamos a nossa segurança no que guardamos, mas nos entregamos pobres e desarmados nas mãos fortes e misericordiosas do nosso Pai Celeste. Como aquela viúva, também nós colocamos o coração onde está o nosso tesouro. Tomara que seja em Deus!
Fonte: Arquidiocese BH em 25/11/2013

VIVENDO A PALAVRA

Dar tudo o que temos significa que nós não baseamos a nossa segurança no que guardamos, mas nós nos entregamos pobres e desarmados nas mãos fortes e misericordiosas do nosso Pai Celeste. Como aquela viúva, também nós colocamos o coração onde está o nosso tesouro. Tomara que seja no Reino de Deus!

Reflexão

Muitas vezes somos injustos com as pessoas porque fazemos do elemento quantitativo a principal fonte dos nossos juízos e das nossas decisões em relação a elas. Assumindo os critérios do mundo, o número cada vez mais torna-se o principal critério para a nossa avaliação. Jesus nos mostra que diante de Deus, devemos pensar de forma diferente. Não é o quanto foi dado que manifesta a generosidade da pessoa, mas o como, o porquê e o significado da quantia que são realmente importantes, pois nos revela o relacionamento da pessoa com Deus e o seu envolvimento com ele.
Fonte: CNBB em 25/11/2013

Reflexão

Os ricos depositam moedas no tesouro do Templo e uma viúva pobre aí coloca duas pequenas moedas. Os gestos são semelhantes, mas um abismo de diferença separa os ricos e a viúva pobre. Ela entrega tudo o que tem para viver. Doa a própria vida. Os ricos, ao invés, ofertam suas sobras, sem que isso interfira na sua porção de alimento, nem nas vestes, nem na saúde. E ainda cabe uma dúvida: teriam eles dado generosamente aquela quantia? Não passou pela cabeça de nenhum deles uma onda da vaidade de aparecer? Conforta-nos saber que Deus conhece o íntimo de todos os seus filhos e filhas, e nada lhe passa despercebido. Só o Senhor tem condição de avaliar a sinceridade dos nossos atos. Estará em boas mãos tudo o que for feito gratuitamente para Deus.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Recadinho

Que valor dou aos bens materiais? - E minha oferta como é? - Nas estradas da vida há cenas que nos chocam, devido ao tamanho do sofrimento humano. Ter, gastar, sem partilhar, é triste! Qual é meu modo de agir? - É preciso saber partilhar os bens e o que temos no coração, com os que encontramos pelas esquinas da vida. Posso dizer que sei partilhar? - Deus não se preocupa com a quantidade de nossa doação, mas com o amor que vai nela. Coloco amor em tudo?
Fonte: a12 - Santuário Nacional 25/11/2013

Meditando o evangelho

UM MODO DIFERENTE DE AVALIAR

O templo de Jerusalém tornara-se lugar de altas transações econômicas, tendo-se transformado numa espécie de banco central do país. Os ricos tornaram-no lugar de exibição de poder, competindo entre si e pensando valer mais que os pobres. Na prática, comportavam-se como ateus, sob capa de piedosos, pois o deus deles nada tinha a ver com o verdadeiro Deus de Israel.
A observação de Jesus, contemplando as atividades em torno da caixa de ofertas do templo, corresponde ao modo divino de considerar aquela situação. Enganava-se quem pensava poder "comprar" o beneplácito divino, fazendo ofertas vultosas. Deus considera a qualidade da oferta e não sua quantidade; a disposição do coração, não o exibicionismo exterior; o grau de desapego dos bens deste mundo, não a busca inútil de aplausos.
Por isso, a oferta da pobre viúva – duas moedinhas sem muito valor –, aos olhos de Deus valeu mais que as grandes quantias depositadas pelos ricos. Enquanto estes ofereciam de seu supérfluo, a viúva partilhava com Deus, o pouco de sua indigência, o que lhe restava para viver. Seu coração desapegado e sua total confiança na providência divina deram à sua oferta uma consistência tal que a fez superar a esmola dos ricos. Diferentemente destes,  entregara tudo o que tinha a Deus, pois dele esperava tudo. Os bens deste mundo não eram suficientes para oferecer-lhe segurança. Sabia existir alguém maior em quem se apegar!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Pai, dá-me um coração de pobre, capaz de partilhar até do que me é necessário, porque confio totalmente no teu amor providente.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Nossas moedinhas...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Eu fiquei pensando seriamente nessas duas moedinhas da viúva, que foram depositadas no cofre do templo, e que, conforme o próprio Jesus, era tudo o que ela tinha; provavelmente o dinheiro do pão e do leite. Aquelas moedinhas que “esquecemos” no console do carro, e que quando algum pedinte vem com a “Caixinha” nos semáforos, a gente pega e dá. No nosso caso é sobra, no da viúva era um valor importante na sua modesta economia. Tem-se a impressão de que no dia seguinte a coitada ficou sem tomar café.
Uma interpretação literal desse evangelho seria mais ou menos assim: você faz a sua compra do mês, mas em vez de levar para sua casa, leva na casa de alguém muito pobre, e você só terá o dinheiro para compra no outro mês. Não é isso? Tirar da boca para dar aos outros.
Mas notem que as duas moedinhas não foram dadas de esmola, mas era uma oferta dentro de uma celebração, então foram dadas a Deus, eis aí a diferença fundamental. Talvez a gente até pense que, agora ficou bem mais fácil de imitar a viúva, dar aquilo que para mim é essencial, para Deus. E por que será que Deus vai querer as nossas moedinhas? O que  nossas miseráveis ofertas vão acrescentar a grandiosidade de Deus? Nada! Então por que abrir mão daquilo que nos é essencial? Quando falamos de bens materiais, inclusive dinheiro, o que damos na verdade é o que sobra e até mesmo o nosso Dízimo, é o último valor que entra no nosso orçamento mensal “Posso dar que não vou me apertar!” pensamos sempre de maneira um tanto mesquinha. Quanto mais rico mais posso dar, mas sempre o que me sobra. Claro que dar em nome de Cristo é uma obra de caridade. Fiquem tranquilos...
Em uma visão bem pastoral a reflexão é muito bonita. Há algo sim, que podemos dar a Deus na comunidade, algo precioso que nos é essencial, e que parece que ninguém tem sobrando... o tempo! É a primeira justificativa que damos quando somos convidados para “dar” algo essencial de nós, em algum trabalho pastoral ou ministério “Ah estou sem tempo...”, as pessoas até já introduzem a conversa dizendo “Olha, se tiver um tempinho...”.
Eis aí as nossas pequeninas moedinhas da pós-modernidade: nosso tempo. Para ouvir as pessoas, para visitar um doente, para visitar alguém que sumiu da comunidade, para ir consolar alguém que perdeu seu ente querido, para compartilhar meu conhecimento profissional em algum curso de formação.  Nesse sentido, nossas pastorais são aquele cofre do templo, onde às vezes colocamos grandes fortunas, mas que está nos sobrando “Ah hoje eu não ia fazer nada mesmo...”.
Porém, o que Jesus nos pede é uma doação verdadeira, dar um tempo em algum trabalho pastoral, para alguma pessoa, um tempo que vai nos fazer falta pela sua preciosidade, digamos assim, no meu justo descanso da tarde de um domingo, vou fazer algum trabalho pastoral. Deixamos de descansar no conforto de nossa casa, para nos doar a alguém. Será que tudo o que fazemos, na pastoral ou no ministério, não é apenas uma terapia ocupacional para “matarmos” o tempo que está sobrando? A verdade é que as moedinhas da viúva nos fazem pensar nesse assunto...

2. Esta viúva ofereceu tudo - Lc 21,1-4
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Estamos na última semana de novembro e do ano litúrgico, terminando a leitura semanal de Lucas com o capítulo vinte e um de seu Evangelho. O fim da Cidade Santa e de seu Templo e o fim do mundo são anunciados. Os sinais aparecerão e deverão ser interpretados. Na redação do seu Evangelho, antes de dar início ao discurso sobre a ruína de Jerusalém, São Lucas relata o pequeno episódio do óbulo da viúva. O bom uso dos bens deste mundo é uma preocupação do evangelista, por isso a pobre viúva tem uma mensagem aos cristãos sobre o que verdadeiramente importa. Tudo vai ser destruído e chegará o momento em que o mundo verá o seu fim. O que ficará para o mundo futuro? Ela lançou duas moedinhas no tesouro do Templo, e Jesus disse que sua oferta foi a maior, maior do que as ofertas dos ricos. Os ricos deram o supérfluo. Ela deu o que lhe era necessário. Todo gesto externo é precedido de uma decisão interior. A atitude, seja dos ricos, seja da viúva, mostra o que eles têm no coração, o que impulsiona as suas vidas. Este é o tema caro a São Lucas: a viúva confia em Deus e não no dinheiro. Ela entrega tudo a Deus porque confia plenamente nele. É verdadeira filha de Abraão em sua expressão de fé. Tudo vai ser destruído, não ficará pedra sobre pedra, não sobrará moeda para ser contada, nem a dela nem a do rico. Sobrarão a fé e a confiança em Deus, que garantem um tesouro no céu.

Liturgia comentada

Da sua penúria... Lc 21, 1-4
Esta viúva pobrezinha do Evangelho está na contramão do sistema capitalista. Desde criança, ouvimos frases como esta: “Quem dá o que tem, a precisar vem!” Trabalhar para acumular dinheiro, terras e rebanhos sempre foi reconhecido como uma virtude. Os homens ainda são elogiados por terem sucesso neste campo. Já o “mão-aberta” é visto como um esbanjador sem juízo. Muitas vezes, os economistas comparam brasileiros e japoneses, realçando nestes últimos a sua capacidade de poupança.
Ora, a pobre viúva elogiada por Jesus faz exatamente o contrário: tinha pouco, quase nada, duas ínfimas moedinhas de cobre. Pois o pouco que possuía, ela doou como esmola, no cofre do Templo de Jerusalém. Em sua generosa simplicidade, quis dessa maneira manifestar a Deus o seu sentimento religioso.
A gente simples do povo ainda costuma fazer coisas semelhantes: gastam dinheiro com velas votivas e ex-votos, com romarias e peregrinações, doam cabeças de seu pequeno gado para leilões do santo padroeiro. É verdade que nas classes mais ricas, a generosidade também existe, ainda que em menores proporções. Quando o coração humano fica preso aos bens materiais, logo perde sua capacidade de doação. Segundo os párocos, a maior parte dos dizimistas sai das camadas mais pobres da população.
Mas não é só com doações em dinheiro que a generosidade se manifesta. Muita gente é generosa em doar seu tempo, como voluntários em creches e hospitais, evangelizando nas penitenciárias, rezando nas enfermarias, organizando associações em favelas e bairros de periferia. Tal como a viúva no Templo, cada um dá “de sua penúria”.
Na 2ª Carta aos Coríntios, Paulo exorta: “Dê cada um conforme o impulso de seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama o que dá com alegria. Poderoso é Deus para cumular-vos com toda espécie de benefícios, para que tendo sempre e em todas as coisas o necessário, vos sobre ainda muito para toda espécie de boas obras.” (2Cor 10, 7-8)
E nós? Temos partilhado com os outros a abundância de dons que de Deus recebemos?
Orai sem cessar: “Como retribuir ao Senhor todo o bem que me fez?” (Sl 116, 12)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 25/11/2013

HOMILIA DIÁRIA

Quando dermos algo para Deus, o façamos de todo o coração

Quando dermos algo para Deus, o façamos de todo o coração. Não há nada mais agradável a Ele do que a nossa generosidade. Generoso é aquele que dá de dentro de si.

“Pois todos eles depositaram, como oferta feita a Deus, aquilo que lhes sobrava. Mas a viúva, na sua pobreza, ofertou tudo quanto tinha para viver” (Lc 21,4).

Que beleza é o Evangelho de hoje! Nele, vemos que Jesus não se importa com a quantidade, não presta atenção no quanto as pessoas estão levando ao Templo; Ele olha as atitudes, aquilo que realmente vem do coração de cada um.
Pessoas ricas, de todas as qualidades de vida iam ao Templo e, lá, deixavam ofertas, tesouros. Mas uma pobre viúva levou apenas duas pequenas moedas. Que exemplo o óbulo dela! Foi a oferta mais generosa que o Senhor recebeu, pois ela deu tudo o que tinha para a casa do Senhor.
Os outros, talvez, até tenham doado mais, no entanto, deram as sobras, aquilo que não lhes faria falta; deram como dão a qualquer outra instituição, para qualquer outra pessoa, como se doassem em um restaurante ou em qualquer coisa parecida.
Nós, quando dermos algo para Deus, o façamos de todo o coração. Não há nada mais agradável a Ele do que a nossa generosidade. Generoso é aquele que dá de dentro de si. Às vezes, materialmente, pode ser que não tenhamos nada para dar, mas temos a vida, a capacidade, as mãos, os dons, os talentos. Quantas pessoas negam seus talentos para o Reino de Deus! Quantas pessoas não querem se comprometer com Ele! Há ainda os que, quando vão à Igreja, reclamam e dizem mal de quem trabalha, de quem doa.
Se o seu coração é livre, desapegado, não é escravo do dinheiro, doe com o coração aberto, de mãos abertas, de forma generosa.
A preocupação do Senhor é saber se o dinheiro nos escraviza, se ele faz de nós pessoas avarentas, escravas das posses. O que Ele quer é que sejamos livre para servi-Lo. Uma das maneiras de conseguir isso é sendo generoso, inclusive com os bens materiais que possuímos.
Que nós aprendamos, com a viúva do Evangelho de hoje, a darmos o melhor de nós para o Senhor.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 25/11/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos ser desapegados dos bens que nos emprestas, generosos para partilhá-los com os companheiros de peregrinação e humildes para reconhecer que tudo é dom de tua misericórdia. Que sejamos alegres e fonte de esperança para todos, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 25/11/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, dá-nos ser desapegados dos bens que nos emprestas, generosos para partilhá-los com os companheiros de peregrinação e humildes para reconhecer que tudo é dom de tua misericórdia. Que sejamos alegres e fonte de esperança para todos, te pedimos pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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