quinta-feira, 25 de julho de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 26/07/2019

ANO C


Mt 13,16-17

Comentário do Evangelho

Meus olhos viram a tua salvação.

O texto de hoje é a continuação da pergunta dos discípulos: “Por que lhes falas em parábolas” (v. 10). A resposta de Jesus faz uma distinção entre os discípulos e a multidão: “... a vós foi dado a conhecer os mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não” (v. 11). Então, Jesus fez distinção de pessoas?
Não! A compreensão deve ser positiva, pois ela tem uma força de interpelação para o leitor do evangelho: somente no seguimento de Jesus Cristo é que suas palavras fazem plenamente sentido. Não é Jesus que fala de maneira enigmática, mas os que ouvem não se sentem envolvidos por seu ensinamento. É como se a palavra de Jesus não lhes dissesse respeito.
A bem-aventurança do v. 16 diz respeito à pessoa de Jesus. Ver o Messias, ouvir a sua voz, foi o desejo de muitos profetas. O velho Simeão exulta: “Agora, soberano Senhor, podes despedir em paz o teu servo, segundo a tua palavra, porque os meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2,29-30).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dobra a dureza do meu coração que me impede de ouvir e compreender a palavra de teu Filho. Faze-me penetrar nos mistérios do Reino escondido nas parábolas.
Fonte: Paulinas em 26/07/2013

Vivendo a Palavra

Jesus responde aos apóstolos que perguntavam o porquê de suas parábolas. E lhes explica que o coração do povo estava endurecido e eles fechavam o ouvido para não ouvir e não compreender. Será que nós abrimos os olhos, ouvidos e coração para ver, ouvir, entender e vivenciar as parábolas de Jesus?
Fonte: Arquidiocese BH em 26/07/2013

Reflexão

Todos nós falamos muito em felicidade e todas as pessoas desejam ser felizes. Em nome da felicidade as pessoas fazem as maiores proezas e correm os maiores riscos. A felicidade está sempre naquilo que nós mais valorizamos na nossa vida. É justamente aqui que nós encontramos o elemento de análise principal para encontrarmos a causa de tanto sofrimento e tanta dor que estão presentes no mundo de hoje. Deus é o valor absoluto e somente a partir dele pode haver felicidade verdadeira. Qualquer felicidade que encontre o seu fundamento fora de Deus, coloca o seu fundamento em um falso valor, de modo que é na verdade uma falsa felicidade, que só pode trazer dor e sofrimento.
Fonte: CNBB em 26/07/2013

Reflexão

Nada encontramos escrito na Bíblia a respeito dos pais de Maria. A tradição, com base no Protoevangelho de Tiago (século II) é que nos oferece seus nomes: Joaquim, que significa “Deus concede” e Ana, “graça”. No Oriente, o culto a São Joaquim e Sant’Ana começou bem cedo, ao lado do culto à filha deles, Maria, a mãe de Jesus. No Ocidente, só mais tarde, no século XVI, espalhou-se a devoção aos avós maternos de Jesus. “Vocês os reconhecerão pelos frutos deles”, dizia Jesus (cf. Mt 7,20). Ora, o fruto de Joaquim e Ana é Maria, a “bendita entre as mulheres” (Lc 1,42). A ela todas as gerações “chamarão de bem-aventurada” (Lc 1,48). Bem-aventurados são também seus pais, que a introduziram no caminho da fé de Abraão e a prepararam para ser a mãe do Salvador, Jesus Cristo.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 - Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditação

Posso dizer que realmente vejo? - Há coisas que tenho vontade de, às vezes, não ver. Que tipo de coisas? - Somos felizes porque recebemos a Graça de Deus. Procuro partilhar esta Graça? Como? - Não surge a tentação de guardar o dom de Deus só para si? - O dom de Deus terá algum valor se não for partilhado?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 26/07/2013

Meditando o evangelho

POR QUE FALAR EM PARÁBOLAS?

Jesus teve motivos para escolher o método parabólico como meio de comunicar os mistérios do Reino. As parábolas exigiam, por parte dos ouvintes, uma grande capacidade de entrar em comunhão com Jesus, para poder captar-lhe a mensagem. Caso contrário, não se ia muito além da materialidade das palavras. E a parábola não passava de uma historinha meio sem graça, por falar de coisas evidentes. A mensagem das parábolas estava escondida atrás das palavras e só era captada por quem fosse capaz de buscar seu sentido oculto.
Por outro lado, a linguagem das parábolas era simples, mas exigia interpretação por parte dos ouvintes. As parábolas escondiam uma mina inesgotável de ensinamentos. Cada pessoa que as escutava podia descobrir uma mensagem particular e, com isso, iluminar a própria experiência de consagração ao Reino.
Sendo assim, ao mesmo tempo em que a mensagem das parábolas era compreendida por uns, permanecia incompreensível para outros. A uns era dado compreender os mistérios do Reino, a outros não. Seria isto um preconceito de Jesus em relação a algumas pessoas? Não! A compreensão dos mistérios do Reino não é dada a quem, de antemão, se fecha para Jesus. Seria perda de tempo querer comunicar-lhes o que não querem receber. Feliz é quem abre olhos e ouvidos para acolher Jesus!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total).
Oração
Senhor Jesus, faze-me conhecer os mistérios do Reino, para que eu possa trilhar, com segurança, os caminhos do Reino.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Capacidade de entender a Palavra
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quando conversamos com alguém sobre algum assunto muito importante, mas notamos que o ouvinte está “longe” da conversa, distraído, olhando para os lados, preocupado com outras coisas, lógico que não sentimos vontade de continuar, e assim logo  encerramos o assunto ou  transformamos a  conversa em uma futilidade, que não requer tanta atenção do outro.
Na celebração de casamentos ás vezes enquanto o Padre ou o Diácono capricha na homilia, os noivos estão dando risinhos entre si, ou olhando para a cara de algum padrinho engraçado, ou olhando a daminha ou o noivinho, ou o que é ainda pior, fazendo pose para uma foto. Como diz o caboclo, “dá uma réiva”, e daí a gente logo conclui e perde a vontade de continuar com a reflexão, pois os principais interessados, que são os próprios celebrantes, estão distraídos, a palavra é apenas um ruído, um barulho que não passa dos ouvidos.
Para fazer esse desabafo no evangelho de hoje, Jesus deve ter passado essa experiência inúmeras vezes diante da multidão, ele ali falando com entusiasmo do Reino Novo, falando e revelando o Pai, e o povaréu nem aí com o “peixe”, parece que só se ligavam quando Jesus fazia algum milagre, daí a coisa fervia, pois milagre não exige compromisso da parte de quem o recebe.
Temos em nossas vidas pessoas com quem conversamos todo dia, mas algumas nos são especiais, e com essas a conversa passa do mero formalismo para um colóquio, algo mais profundo. As multidões sempre seguiram Jesus, no meio delas havia pessoas que viam em Jesus alguém especial, interessava-se em ouvi-lo, prestando toda atenção, porque suas palavras traziam esperança, fortalecimento, coragem e conforto, e com isso trazia também a vontade de pensar diferente e construir um mundo novo. Não era apenas uma mensagem bonita que deleitava os ouvidos, mas era algo que entrava dentro do coração, no centro da vida, provocando mudanças...
Mas havia também os “avoados”, os interessados em buscar em Jesus alguma vantagem, esses até o aplaudiam e o admiravam, mas não estavam interessados em mudanças radicais de vida, ouviam as pregações, entravam por um ouvido e saia pelo outro. Jesus era só mais um pregador entre outros, muito bom, falando com sabedoria, mas era só mais um. Assim é que o homem da pós-modernidade vê o cristianismo, como mais uma religião entre centenas de milagres, como uma Filosofia de Vida, entre tantas outras, muito boa, sólida, consistente, tradicional, mas é só mais uma...
Os Discípulos foram escolhidos do meio da multidão, o Senhor viu neles, muito mais do que ouvidos atentos, mas corações abertos, sedentos de esperança e uma total disponibilidade para segui-lo. Nãosão homens especiais e superdotados de algum poder sobrenatural, mas para eles Jesus não é apenas mais um, é o Único e absoluto. Com eles Jesus inicia o Novo Povo de Deus, os homens e mulheres da Nova Aliança, haverá entre Jesus e eles um forte elo como havia no Código da Aliança entre Deus e Israel “Eu serei o Vosso Deus e Vós sereis meu Povo” em uma relação única e particular.
Por isso Jesus os trata de modo especial e os introduz pedagogicamente ao conhecimento sobre os mistérios do Reino dos Céus, que não é revelado a multidão. Hoje esses discípulos estão nas nossas comunidades cristãs, são todos os batizados que se abriram á Graça de Deus, que foram capazes de se encantarem com Jesus e seu evangelho, e se colocam sempre disponíveis para construir esse Reino que é Eterno. Jesus não fala mais em parábolas, ele é o Logus do Pai, a sua Palavra encarnada no meio de nós, ele se entrega totalmente na Eucaristia em cada celebração.
Ai de nós se o ouvirmos de má vontade, sem nenhuma disposição interior para o segui-lo, ai de nós se não o acolhermos com o coração aberto... Melhor seria nem ser batizado e não ter se apossado do nome de Cristão.

2. Muitos desejaram ver o que estais vendo
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

São Joaquim e Sant’Ana são os pais de Nossa Senhora e os avós maternos de Jesus. Seus olhos viram e seus ouvidos ouviram o que muitos profetas desejaram ver. Viram a redenção de Israel e ouviram o sim de sua filha em resposta ao chamado de Deus. O que sabemos deles está escrito no livro apócrifo do século I, o Protoevangelho de Tiago. Nele se lê que Ana e Joaquim estavam muito bem de vida, mas não tinham filhos. Por causa disso, Joaquim chegou a ser impedido de apresentar sua oferta no Templo. Era o único entre os seus nessa situação. Lembrado do nascimento milagroso de Isaac, retirou-se para o deserto, onde ficou em penitência e oração quarenta dias e quarenta noites. Ana chorava e rezava. Um anjo revelou a eles que suas preces tinham sido atendidas, e Ana deu à luz uma menina a quem chamou de Maria. Era o dia 8 de setembro, segundo o calendário atual. Tinham uma casa em Jerusalém, ao lado da piscina de Betesda, onde hoje se encontra a Basílica de Sant’Ana. São padroeiros dos avós e ajudam os casais que desejam ter filhos. A esperança dos homens de bem não se acaba. Sua herança passa de filhos a netos. Graças a eles, filhos e netos continuam fiéis à Aliança. Dizia o Papa Francisco que um povo que não respeita os avós está sem memória e também sem futuro. Eles nos trazem a história e têm força dentro de si para nos dar uma herança nobre. E lembremo-nos de que também seremos idosos. O lugar do nascimento de Maria foi confiado à comunidade cristã russa, que o conserva.

HOMILIA DIÁRIA

Precisamos respeitar os mais velhos

Precisamos ter honra, respeito e consideração a todos aqueles que vieram antes de nós. Respeitar a sabedoria dos mais velhos.
Na Liturgia de hoje, nós celebramos São Joaquim e Sant’Ana, os pais de Nossa Senhora, os avós de Jesus.
Na meditação do Evangelho de hoje, eu queria chamar a atenção para aqueles que são os nossos avós. Alguns avós ainda são avós muito jovens: casaram muito cedo, tiveram filhos e, logo, esses filhos lhes deram netos. Mas eu queria chamar a atenção para nossos avós, sobretudo, para aqueles que já são mais idosos.
Nós, muitas vezes, gostamos do colo do avô, da avó, mas a Palavra de Deus chama a nossa atenção para que tenhamos respeito e consideração para aqueles que são os nossos antepassados.
E quando dizemos “nossos antepassados”, nós queremos aqui lembrar que são aqueles que vieram antes de nós. E aí, pela ordem cronológica, claro que são os nossos pais, depois os nossos avós, e se você tem a graça de ter bisavós… E assim por diante. Em outras palavras: precisamos respeitar os mais velhos.
Precisamos ter honra, respeito e consideração a todos aqueles que vieram antes de nós. Respeitar a sabedoria dos mais velhos. Ainda que muitas vezes nos sintamos irritados, ou achamos que eles são antiquados, ou ainda de outra geração. É o respeito para com eles que nos garante a bênção do Senhor em nossa vida.
Na sua juventude, não despreze ninguém por ser velho, ancião ou mais idoso. Muito pelo contrário, tenha para com eles um respeito, um amor e até uma veneração. Existe neles muita sabedoria, a sabedoria da vida, a sabedoria dos anos, a consideração que nós precisamos ter para com aqueles que já são de mais idade.
Quero hoje pedir a Deus que abençoe nossos vovôs e vovós que estão doentes, que estão sofrendo. Sobretudo, sofrendo com a solidão, muitas vezes com o abandono ou com a incompreensão da vida, dos netos e dos filhos. Que sobre esses Deus conceda uma bênção muito especial.
E se você tem um vovô e uma vovó, não esqueça de dar um beijo e orar muito por essa graça que Deus te deu.
Um dia muito abençoado para você.
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 26/07/2013

Oração Final
Pai Santo, dá-nos olhos, ouvidos e coração atentos, pois nós queremos ver, ouvir e seguir tua Palavra Criadora encarnada em Jesus de Nazaré. Dá-nos, também, Pai amado, coragem para anunciar aos irmãos a Boa Notícia do Teu Reino de Amor. Pelo mesmo Cristo Jesus, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 26/07/2013

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