terça-feira, 7 de maio de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 07/05/2019

ANO C


Jo 6,30-35

Comentário do Evangelho

Jesus o Pão de Deus

Os anônimos judeus perguntam pelos sinais que poderiam levá-los a crer que Jesus é o enviado do Pai. Esses sinais seriam uma obra espetacular que não deixasse dúvidas acerca da identidade de Jesus. Mas isso contradiria a própria natureza do sinal. A insistência dele sobre o maná dado durante a travessia pelo deserto permitirá a Jesus avançar sua reflexão sobre o pão verdadeiro. Em primeiro lugar, Jesus parece desfazer um equívoco. O maná não era do céu, mas foi dado por Deus (cf. Ex 16,8), e não por Moisés. Mas o maná recolhido toda manhã, à exceção do sábado (cf. Ex 16,26-29), durava poucas horas. É prometido um pão do céu, dado por Deus. Desse pão verdadeiro, o maná era somente tênue figura. Jesus é o pão descido do céu, que sustenta quem nele crê e é capaz de dar vida ao mundo. Jesus é o pão de Deus.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, dá-me sensibilidade para perceber que a presença de Jesus, na nossa história, é a grande obra que realizaste: dar-nos a vida eterna.
Fonte: Paulinas em 16/04/2013

Vivendo a Palavra

O maná, ‘pão que veio do céu’, apenas prefigurava o verdadeiro Pão do Céu, que é o Cristo Jesus, Caminho, Verdade e Vida. Muitas vezes nós nos esquecemos disso e, como aquele povo no deserto, que ainda não recebera a Boa Notícia do Reino, continuamos a pedir ao Pai Misericordioso riquezas, poder e prazeres.
Fonte: Arquidiocese BH em 16/04/2013

VIVENDO A PALAVRA

O maná, o ‘pão que veio do céu’, apenas prefigurava o verdadeiro Pão do Céu, que é o Cristo Jesus – Caminho, Verdade e Vida. Muitas vezes nós nos esquecemos disso e, como aquele povo no deserto, que ainda não recebera a Boa Notícia do Reino, continuamos a pedir ao Pai Misericordioso que nos dê riquezas, poder e prazeres...

Reflexão

Quem vai até Jesus não terá mais fome e quem crer nele não terá mais sede. Jesus coloca à nossa disposição não os bens transitórios desse mundo, mas os verdadeiros bens, aqueles que são perenes, que são eternos. Por isso, é muito importante que as pessoas conheçam Jesus. Somente a partir do conhecimento da sua pessoa e do seu reconhecimento como Filho de Deus é que as pessoas poderão desfrutar dos dons do alto que o Pai nos concede por meio de Jesus e podem ter a verdadeira vida, pois ele é o Pão da Vida, o Pão da verdadeira saciedade, que sempre se dá a todos nós em alimento para a vida eterna.
Fonte: CNBB em 16/04/2013

Reflexão

O maná, “o pão que veio do céu”, foi dado ao povo faminto no deserto como ato benevolente de Deus. Mas o maná satisfazia apenas as necessidades temporais. Jesus oferece muito mais, ao dar o alimento capaz de apagar para sempre as necessidades mais profundas de toda pessoa e da sociedade. E este alimento é ele mesmo em pessoa. Jesus é o grande dom entregue pelo Pai à humanidade que caminha tateando pelas estradas do mundo. Jesus é o verdadeiro sinal do amor de Deus, o caminho único que leva ao Pai. Com fé esclarecida e viva disposição para aderir a Jesus, façamos ecoar, em nossas liturgias e no íntimo de cada um de nós, o pedido pelo pão celeste: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A IDENTIDADE PROVADA

Por mais espetaculares que fossem os milagres, sobrava sempre uma ponta de desconfiança a respeito de identidade de Jesus. Exigia-se dele provas mais e mais contundentes de sua condição de Messias, Filho de Deus.
Moisés havia alimentado o povo, na dura caminhada pelo deserto, com o maná vindo do céu, comprovando ser, deveras, enviado de Deus. Para ser aceito, também Jesus teria de realizar um feito de tal magnitude, que não seria possível duvidar ser ele, de fato, o enviado de Deus.
A resposta de Jesus às suspeitas do povo foi sutil. Ele negou ter sido Moisés o autor do milagre no deserto. Quem alimentou o povo faminto foi o Pai. Além disso, o alimento de outrora não era o alimento verdadeiro, como o que Jesus oferecia agora: o pão que desce do céu para trazer vida ao mundo.
A multidão estava diante de um milagre, que era urgente reconhecer: Jesus. Ele é o milagre do Pai, seu dom excelente, prova de sua benevolência para com uma humanidade faminta, que caminha errante pelos desertos do mundo. É a única possibilidade de salvação, para quem não quer desfalecer pelo caminho. É o sinal permanente do amor do Pai, a indicar os rumos da pátria prometida.
Não tem cabimento a multidão exigir milagres de Jesus. Basta o sinal oferecido pelo Pai. Quem o acolhe coloca-se no caminho da salvação.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de benevolência, afasta de mim toda desconfiança, e conduze-me à uma fé sólida no Ressuscitado, sinal do amor do Pai para conosco.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. JESUS, O PÃO VERDADEIRO
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Nesse Evangelho, a multidão faz um grande esforço para buscar Jesus e seus discípulos, pegam os barcos disponíveis por ali e fazem a travessia até chegar a Cafarnaum, onde ele estava na outra margem do lago. Como hoje há também uma multidão que se esforça, dentro de suas igrejas, a buscarem Jesus. A pergunta é: o que essas pessoas buscam? O que elas veem em Jesus Cristo?
As respostas variam muito, há os que buscam a cura de uma enfermidade, outros buscam a prosperidade em troca de um dízimo altíssimo, outros até buscam os sacramentos, mas sem compreender nada sobre eles, não é errado buscar coisas materiais ou pedi-las a Deus, por intercessão de Jesus Cristo, o problema, é quando nada mais enxergamos nele, além disso, cura física, patrimônio, ganhos financeiros um bom emprego com um ótimo salário, a libertação de toda e qualquer angústia que nos traga algum sofrimento físico ou moral.
Entretanto, sabemos muito bem que tudo isso, um belo dia vai ficar para trás: nosso corpo saudável, nossos bens materiais, nossa carreira profissional, tudo isso são coisas perecíveis, mas que, no entanto, muitas vezes estão no centro de nossas atenções, e a vida vai girando sempre em torno daquilo que podemos ter de bom, em todos os aspectos, e a religião entra como a grande aliada do homem, pois se me submeto a uma religião, Deus me recompensa dando-me tudo àquilo que preciso, para viver bem. É exatamente com essa intenção que nos dias de hoje, uma grande multidão lota alguns templos nas grandes metrópoles.
Mas esta reflexão é válida para todos nós cristãos, porque parece que não sabemos bem o que queremos, e nos contentamos apenas com a casca da fruta, colocamos nossa atenção na embalagem do produto, em resumo, nos contentamos com tão pouco, quando Jesus nos oferece um tesouro inestimável, algo novo, inédito e valiosíssimo, mas a multidão não quer arriscar deixar de lado a religião de Moisés, a cuja tradição estavam ligados, “O que faremos para praticar as obras de Deus?” Para eles Moisés era até agora a maior referência, porque garantiu alimento para o povo no deserto, e bastava cumprir a lei que já estava no caminho certo.
Não precisava pensar e nem comprometer-se com nada, bastava não fazer nada de errado, e pronto, o resto era com Deus! “Que milagres fazes, para que vejamos e creiamos em ti, que obras realizas?” Em outras palavras, o que vamos ganhar se te seguirmos.
Hoje em dia, com o fenômeno religioso que se apresenta como uma resposta diante dos inúmeros problemas existenciais, a religião mais procurada é aquela que oferece maiores vantagens, não exige muito sacrifício nem comprometimento, é quase que o princípio do melhor custo benefício, investir bem pouco e ganhar muito. Muitas vezes, pensando desse modo, acabamos pecando, quando valorizamos mais a quantidade do que a qualidade, vendo nisso um indicativo de crescimento em nossas comunidades.
Crer naquele que o Pai enviou, não significa deixar tudo por conta de Jesus, antes, é tê-lo como nossa referência única e autêntica, despojando-nos do Velho Homem e renovando os sentimentos de nossa alma, revestindo-nos do homem novo, criado a imagem e semelhança de Deus, em verdadeira justiça e santidade. Não é importante o TER, mas o SER, é isso que Jesus nos oferece, um novo ser, totalmente livre para tomar decisões e fazer escolhas na vida, a partir de Jesus Cristo, aquele que nos renovou por completo com sua obra redentora.

2. Senhor, dá-nos sempre desse pão!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Eles não perceberam o alcance dos sinais que Jesus tinha feito, sobretudo o da multiplicação dos pães. Pedem então o sinal que lhes interessa: pão e peixe de graça, sem muito trabalho. Na ocasião, quiseram até fazer Jesus rei. Seria um ótimo governante, que daria o peixe sem ensinar a pescar. Argumentam com o maná do deserto, um alimento que caía do céu e bastava recolher pela manhã. Moisés deu esse pão. E Jesus, o que é que dá? A resposta de Jesus os encaminha para o que realmente importa. O verdadeiro pão do céu é Jesus, que veio dar vida ao mundo. Ele é o Pão da vida. Quem vem a ele não terá mais fome, quem nele crê não terá mais sede. O povo, porém, estava pensando no pão que mata a fome do corpo. Como não terá mais fome nem terá mais sede quem crê em Jesus? Nós cremos em Jesus e precisamos trabalhar para ter o pão de cada dia. Ele não cai do céu como o maná no deserto. Na verdade, cremos em Jesus, mas não saímos da realidade terrestre na qual estamos inseridos. Estando em profunda sintonia com Jesus, Pão da vida, fazemos a teologia das realidades terrestres que nos ensina a construir um mundo no qual a multiplicação dos pães se torna realidade.

HOMILIA DIÁRIA


Postado por: homilia
abril 16th, 2013

No texto de ontem, João terminava com a resposta de Jesus: “A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou”. Apesar do milagre da multiplicação dos pães – e de tantos outros sinais – ainda assim o povo O interroga: “Que sinal realizas, para que possamos ver e crer em ti? Que obras fazes? Nossos pais comeram o maná no deserto, como está na Escritura: ‘Pão do céu deu-lhes a comer’”. Ante esta atitude, chegamos à conclusão de que mesmo pedindo a Jesus pão do céu, a multidão não desejava mais que pão terreno para esta vida e a fome daqui.
Não será muitas vezes a nossa atitude diante de Jesus? Quando vamos à Santa Missa, quando rezamos em nosso grupo de oração, em casa, na adoração, no Terço… O que pedimos a Deus por meio de Jesus? Pão do céu ou terreno?
Quando o Senhor nos chama a fazer qualquer coisa de grande novidade, nasce sempre em nós alguma resistência, desviando a nossa atenção para não assumirmos o risco que isso implica. E então resmungamos, reclamamos e pedimos que Ele dê provas da sua ação na nossa vida: “Que milagre o Senhor vai fazer para a gente ver e crer no Senhor? O que é que o Senhor pode fazer?”
Mas, Jesus não se assusta diante disso, conduz-nos pacientemente a colher e a gostar da beleza e do “pouco” que Ele sempre nos oferece. É como se dissesse: “É verdade que Moisés recebeu grandes dons, mas aquilo que o Pai vos quer dar agora, em Mim, é infinitamente maior. Trata-se do pão que Deus dá. Do pão que desce do céu e dá vida ao mundo”.
Jesus revela em nós o desejo interior de recebermos o seu dom, ainda que não compreendamos o fim e a profundidade do seu conteúdo e das suas implicações. É o que acontece na Eucaristia: se nos aproximamos dela para nosso alimento, não é porque a compreendamos totalmente, mas só porque o Senhor nos fez descobrir que nela Ele nos dá o seu amor.
Ele próprio diz: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim nunca mais terá fome, e quem crê em mim nunca mais terá sede e o pão de Deus é o que desce do céu para dar a vida ao mundo”.
Meu irmão, apesar da nossa vida estar sujeita a tantas fomes e misérias, apesar de muita gente não querer ouvir falar de vida melhor para além desta, eu lhe convido a pedir ao Senhor não o pão deste mundo, mas o que desceu do céu e, sobretudo, a dizer como o salmista: “Em vossas mãos, Senhor, entrego a minha vida” aqui, em troca dessa que o Senhor me oferece.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 16/04/2013

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer o teu verdadeiro dom – o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão – para que possamos repetir para os peregrinos deste mundo o anúncio que Ele nos fez: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu já está em nós e no nosso meio!. Pelo mesmo Jesus Cristo, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: A rquidiocese BH em 16/04/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a reconhecer o teu verdadeiro Dom – o Cristo Jesus, teu Filho Unigênito que se fez nosso Irmão – para que possamos repetir para os peregrinos deste mundo o anúncio que Ele mesmo nos fez: o tempo se cumpriu e o Reino do Céu já está em nós e no nosso meio! Pelo mesmo Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/eu-sou-o-pao-da-vida-quem-vem-a-mim-nao-tera-mais-fome/

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