domingo, 10 de março de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 11/03/2019

ANO C


Mt 25,31-46

Comentário do Evangelho

Apelo a viver na caridade

Trata-se de um discurso escatológico que, de certa maneira, resume todo o evangelho e, de modo particular, o essencial dos capítulos 24 e 25 de Mateus. A imagem da separação das ovelhas pelo pastor vem de Ez 34,17-22. A separação é feita em razão da vida vivida na caridade ou em oposição a ela. Somente o olhar penetrante do pastor pode conhecer, com verdade, o que cada um é e a sua real situação. O texto é um apelo a viver na caridade, pois, mesmo se tudo está remetido à misericórdia de Deus, o critério último da salvação é o amor.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, reforça minha disposição para amar e servir meus semelhantes, sobretudo, os mais pobres e marginalizados. Esta será a única forma de me preparar para o encontro com Jesus.
Fonte: Paulinas em 18/02/2013

Vivendo a Palavra

O Cristo se identifica com o pobre, o marginalizado, o faminto, em resumo: com todos que estão naquelas situações que não desejamos viver e sentimos dificuldade em aceitar. Este é um Evangelho que deveríamos ter sempre no coração, para construirmos uma comunidade mais humana e cristã.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2013

VIVENDO A PALAVRA

O Cristo se identifica com o pobre, o marginalizado e o faminto; em resumo: com todos que estão naquelas situações de pobreza, discriminação, desamparo e dor, que jamais desejamos viver e sentimos dificuldade em aceitar. Este é um Evangelho que deveríamos ter sempre no coração, para construirmos uma comunidade mais fraterna, mais humana e verdadeiramente cristã.

Reflexão

Jesus nos mostra no Evangelho de hoje que a verdadeira religião não é aquela que é marcada por ritualismos e cumprimento de preceitos meramente espirituais, afinal de contas ele não nos perguntará no dia do julgamento final se nós procuramos cumprir os preceitos religiosos, mas sim se fomos capazes de viver concretamente o amor. É claro que a religiosidade tem sentido, principalmente porque é através do relacionamento com Deus que recebemos as graças que nos são necessárias para a vivência concreta do amor, mas a religiosidade sozinha, desvinculada da prática do amor, é causa de condenação e não de salvação.
Fonte: CNBB em 18/02/2013

Reflexão

Mateus nos apresenta o juízo final em forma de drama. Juiz é o próprio Jesus. O tema da avaliação é bem claro: trata-se de atitudes concretas de amor ao próximo, principalmente aos sofredores. São estes o ponto de encontro com o Senhor. Ser solidário com os irmãos necessitados é ser solidário com Jesus em sua paixão. Quem praticar o amor será recebido no convívio do Pai. Quem não o praticar ficará afastado de Deus. Esta parábola não pretende atemorizar ninguém. Apenas quer alertar para não deixarmos o tempo correr em vão, mas ocupá-lo honestamente, de modo criativo e benéfico em favor dos irmãos e irmãs que mais precisam de nosso socorro. Com a esperança de ouvir, no final, as benditas palavras de Jesus: “Vinde, benditos de meu Pai…”.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

A MIM O FIZESTES!

Dentre os muitos desafios apresentados por Jesus aos seus discípulos, está o de identificá-lo com os sofredores deste mundo. Os famintos, os sedentos, os forasteiros, os carentes, os doentes e os encarcerados foram constituídos como mediadores do encontro com o Senhor. Que motivos teve Jesus para constituí-los em sinal de sua presença na história humana?
O ponto alto da encarnação de Jesus aconteceu, exatamente, quando ele desceu ao mais profundo do sofrimento humano. Quando, na paixão, Jesus sofreu os horrores da fome, da sede, da nudez, do encarceramento, sem contar os ultrajes e as humilhações de seus inimigos, a negação, a traição e o abandono de seus amigos, ele expressou, em grau eminente, sua condição de Filho de Deus, fiel até a morte. Por isso, escolheu a todos quantos se encontram em situação semelhante, para interpelarem os cristãos, exigindo deles uma resposta concreta de amor. Aquilo que os cristãos não fizeram pelo Senhor, quando padeceu as agruras da paixão, podem fazê-lo agora, servindo ao irmão sofredor. O próprio Jesus garante que quem serve ao sofredor está servindo a ele mesmo. O Evangelho não aponta outro caminho de servir a Jesus, pois o Senhor quis identificar-se com quem padece o que ele mesmo padeceu.
Confrontar-se com o irmão sofredor é confrontar-se com o próprio Jesus que sofre e nos desafia a sermos solidários com ele, em sua paixão.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de amor, ensina-me a descobrir, no irmão sofredor, o apelo de Jesus a quem devo servir.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. SALVOS PELA CARIDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A descrição do juízo final é um alerta premente para a comunidade cristã, empenhada em dar testemunho de sua fé. Sublinhando o que acontece no final da caminhada terrena, o ponto visado é o presente da comunidade. Em última análise, é no agora de sua vida que vai se definindo a sorte futura de seus membros. O Mestre ensina que existe uma maneira correta e outra incorreta de buscar a salvação. Urge não se enganar!
A maneira correta consiste em demonstrar um amor entranhado ao próximo, mormente aos famintos, aos sedentos, aos estrangeiros, aos despojados de suas vestes, aos doentes e aos prisioneiros. Esta lista deve ser completada com todas as demais categorias de empobrecidos, marginalizados e aviltados em sua dignidade. Salva-se quem se dispõe a solidarizar-se com eles, vindo ao encontro de suas necessidades, tornando-se encarnação de Deus em suas vidas, de forma a revelar-lhes o quanto são amados pelo Pai.
A maneira incorreta consiste em contentar-se com os bons propósitos, com palavreados vazios, com moralismos inconsistentes, com dogmatismos intransigentes e fanáticos. Quem se aferra a tais atitudes, desviando-se dos necessitados ou não tendo tempo para eles, será surpreendido com as severas palavras de condenação do Filho do Homem, revestido da dignidade de juiz universal.
É mister buscar a caridade fraterna, único meio de atingir a comunhão com o Pai.
Oração
Pai, coloca no meu coração um amor entranhado pelos que são teus preferidos. É por meio deles que chegarei a ti.
Fonte: NPD Brasil em 18/02/2013

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. Quem será salvo?
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Os dois grupos de pessoas mencionados por São Mateus neste evangelho, embora de conduta tão diferente e destino também, tem algo em comum: o fator surpresa, manifestado na interrogação “Quando foi que te vimos?”. Claro que para o primeiro grupo, foi uma surpresa agradável... Para o segundo, nem tanto...
Certamente que, refletindo esse evangelho, todos nós tenhamos a tentação de olharmos para as pessoas que conhecemos, principalmente as da nossa comunidade, e já vamos apontando o dedo em histe “essa aí não vai ouvir o “Vinda, benditos do meu Pai”. E provavelmente façamos um esforço para relacionar nossas boas obras a favor dessas categorias de pessoas citadas no evangelho, justificando assim a nossa pertença ao primeiro grupo. Uma postura dessa ordem é a mais pura hipocrisia.
A verdade é que, ora somos do primeiro grupo, ora do segundo, senão vejamos... Quando vivemos a Fé que celebramos, e testemunhamos o evangelho, reconhecemos o Cristo no outro, principalmente nos mais carentes, ás vezes eles estão bem ao nosso lado, na família e na comunidade. Ninguém precisa sair procurando em lugares distantes, pois, senão vemos Cristo em quem está ao nosso lado, naqueles que estão longe, muito menos...
O ensinamento corrige a mentalidade Judaica, de que a Salvação era apenas para os Justos que tinham uma conduta irrepreensível no ambiente religioso, neles, e somente neles Deus estava presente, porque eram dignos de ter essa presença. Serve também, de alerta para todos nós que muitas vezes queremos restringir o Sagrado ao ambiente religioso de nossas igrejas e nos esquecemos de que Ele está primeiramente nas pessoas com quem nos relacionamos, principalmente nos pequenos, que manifestam alguma carência.
Portanto, ao andarmos por aí, no trânsito, no ônibus, no trabalho, na escola, na família, enfim, onde estivermos, sejamos capazes de perceber essa presença na Vida Humana, e o segredo para tanto é olhar para as pessoas e os acontecimentos, com os olhos de Deus.
Caso contrário, o nosso encontro definitivo com Deus, nos trará uma surpresa não muito desagradável, arrogantes iremos até querer retrucar “Mas Senhor, eu não saia da Igreja, minha vida era a pastoral ou o movimento, tinha esse ou aquele ministério, fui ministro, catequista, padre, Bispo, Diácono”. Não adianta... Iremos dar com o “nariz na porta do céu” e ouviremos as palavras aterradoras “Afastai-vos de mim...”

2. Eu estava com fome, e me destes de comer
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Primeira semana da Quaresma. Preparemo-nos para o encontro que teremos com Cristo no juízo final. Nesse dia, ele nos dirá: “Venham comigo para a festa da eternidade, porque eu tive fome, e vocês me deram de comer; eu tive sede, e vocês me deram de beber; vocês me vestiram, quando eu estava nu”. O que fizermos ao menor dos nossos irmãos aqui na terra, estaremos fazendo a Jesus.

HOMILIA DIÁRIA

Como poderão salvar-se os que não conhecem Jesus?

Postado por: homilia
fevereiro 18th, 2013

Do Evangelho de hoje podemos deduzir que o Filho do Homem se declara Rei e juiz de todas as nações. É a glória devida a seu triunfo sobre a cruz. Pois “Ele é o poder de Deus e a sua sabedoria” (1Cor 1, 24).
Cristo Jesus ressuscitado “vindo com poder e grande glória” (Lc 21,27), assume as funções do verdadeiro Deus. Sua sentença é definitiva: eterna como o fogo eterno preparado pelo Pai para os anjos rebeldes. Ele está rodeado de todos os seus anjos o qual indica “ser superior a eles” (Hb 1,3-4), embora – segundo o que sabemos pelos padrões da época – o homem “era inferior aos anjos” (Hb 2, 7).
Trata-se de um juízo final, ou do início de uma era histórica após a destruição de Jerusalém? No primeiro caso, Jesus – o Filho do Homem – será o juiz definitivo. No segundo caso, indica quem fará parte do novo Reino entre os gentios. Os escolhidos serão “os misericordiosos que alcançarão misericórdia” (Mt 5, 7), ou seja, os que agiram com compaixão ante os necessitados.
Aqueles que “escandalizam os pequeninos” (Mt 18,6) e praticam a iniquidade – não socorrendo os necessitados – serão lançados na fornalha ardente.
Sobre o fogo preparado para o Diabo e os anjos, devemos comentar que na época de Jesus não se esperava que o Diabo estivesse no inferno, porque sabemos pelas palavras do próprio Jesus que viu Satanás “cair do céu como um relâmpago” (Lc 10,18). Portanto, o inferno não era sua morada, mas o fogo ou lago de fogo será o destino definitivo do Diabo (cf. Ap 20,10) ao qual será lançado quem não for escrito no livro da vida (cf. Ap 20,15). Talvez isso explique a influência do Maligno em nossa história.
Por outra parte, o Evangelho de hoje serve para responder à seguinte pergunta: “Como poderão salvar-se os que não conhecem Jesus ou consideram verdadeira a sua própria religião?” Obviamente, a fé será substituída pelas obras de misericórdia, necessárias também entre os cristãos porque a fé “sem as obras, ela está completamente morta” (Tg 2,17) e Paulo afirma que a que tem valor é “a fé que atua mediante o amor” (Gl 5,6).
Senhor Pai Santo, Deus eterno e Todo Poderoso, unidos na caridade, celebramos a morte do vosso Filho, proclamamos com fé a sua ressurreição e aguardamos com firme esperança, a sua vinda gloriosa no fim dos tempos. Amém.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 18/02/2013

Oração Final
Pai Santo, que a tua Graça em nós nos isente de julgamentos preconceituosos contra nossos companheiros de caminhada. Envia-nos o teu Espírito para que, iluminados por Ele, vejamos em todos os seres humanos o rosto de Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez um de nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 18/02/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a tua Presença misericordiosa em nós nos isente de julgamentos preconceituosos contra nossos companheiros de caminhada e nos faça generosos na partilha dos nossos bens e dons. Envia-nos o teu Espírito para que, iluminados por Ele, vejamos em todos os seres humanos o rosto de Jesus de Nazaré, o Cristo, teu Filho que se fez humano como cada um de nós e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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