sexta-feira, 4 de janeiro de 2019

LEITURA ORANTE DO DIA - 01/01/2019



LEITURA ORANTE

Lc 2,16-21 - Encontraram Maria, José e o Menino


Encontraram Maria, José e o Menino

Preparo-me para a Leitura, rezando com todas as pessoas que
circulam por este ambiente virtual, desejando a todas um
ano de 2019 pleno da graça e da paz de Deus,
Com elas, rezo:
Oração pela Paz
Senhor Deus de Paz, escutai a nossa súplica!
Tentamos tantas vezes e durante tantos anos
resolver os nossos conflitos com as nossas forças
e também com as nossas armas;
tantos momentos de hostilidade e escuridão;
tanto sangue derramado;
tantas vidas despedaçadas;
tantas esperanças sepultadas...
Mas os nossos esforços foram em vão.
Agora, Senhor, ajudai-nos Vós!
Dai-nos a paz, ensinai-nos a paz, guiai-nos  para a paz.
Abri os nossos olhos e os nossos corações e
dai-nos a coragem de dizer:
«nunca mais a guerra»;
«com a guerra, tudo fica destruído»!
Infundi em nós a coragem de realizar gestos concretos
para construir a paz.
Senhor, Deus de Abraão e dos Profetas,
Deus Amor que nos criastes e
nos chamais a viver como irmãos,
dai-nos a força para sermos cada dia artesãos da paz;
dai-nos a capacidade de olhar com benevolência
todos os irmãos que encontramos no nosso caminho.
Tornai-nos disponíveis
para ouvir o grito dos nossos cidadãos
que nos pedem para transformar as nossas armas em instrumentos de paz,
os nossos medos em confiança e as nossas tensões em perdão.
Mantende acesa em nós a chama da esperança para efetuar,
com paciente perseverança,
opções de diálogo e reconciliação,
para que vença finalmente a paz.
E que do coração de todo o homem
sejam banidas estas palavras:
divisão, ódio, guerra!
Senhor, desarmai a língua e as mãos,
renovai os corações e as mentes,
para que a palavra que nos faz encontrar
seja sempre «irmão»,
e o estilo da nossa vida se torne:
shalom, paz, salam! Amém.
Papa Francisco
(Invocação pela Paz, 8 de junho de 2014)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia,  o texto: Lc 2,16-21
Eles foram depressa, e encontraram Maria e José, e viram o menino deitado na manjedoura. Então contaram o que os anjos tinham dito a respeito dele. Todos os que ouviram o que os pastores disseram ficaram muito admirados. Maria guardava todas essas coisas no seu coração e pensava muito nelas. Então os pastores voltaram para os campos, cantando hinos de louvor a Deus pelo que tinham ouvido e visto.
E tudo tinha acontecido como o anjo havia falado.
Uma semana depois, quando chegou o dia de circuncidar o menino, puseram nele o nome de Jesus. Pois o anjo tinha dado esse nome ao menino antes de ele nascer.
Refletindo
Neste primeiro dia do ano, celebramos Maria, Mãe de Deus. Com ela contemplamos Jesus e meditamos no nosso coração, deixando-o plenificar pelo amor de Deus. Esta foi a primeira Festa Mariana que apareceu na Igreja Ocidental. Sua celebração começou em Roma no século VI.
Em 431, o herege Nestório se atreveu a dizer que Maria não era Mãe de Deus. Por isso, reuniram-se os 200 bispos do mundo em Éfeso -a cidade onde a Santíssima Virgem passou seus últimos anos- e iluminados pelo Espírito Santo declararam: "A Virgem Maria sim é Mãe de Deus porque seu Filho, Cristo, é Deus". E acompanhados por toda a multidão da cidade que os rodeava levando tochas acesas, fizeram uma grande procissão cantando: "Santa Maria, Mãe de Deus, roga por nós pecadores agora e na hora de nossa morte. Amém".
Na cruz, Jesus nos deu Maria como Mãe, ao dizer a João: "eis a tua Mãe".
Em nossa Mãe Maria encontramos o caminho seguro que nos introduz na vida do Senhor Jesus, nos ajuda a nos conformar com Ele e poder dizer como o Apóstolo "vivo eu mas não eu, é Cristo quem vive em mim".

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Devo crescer na minha devoção a Maria, minha querida Mãe.
Veja o vídeo abaixo:


3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo a Maria
Oração a Nossa Senhora da Anunciação
Todas as gerações vos proclamem bem-aventurada,
ó Maria!
Crestes na mensagem celeste,
e em vós se cumpriram grandes coisas,
como vos fora anunciado.
Maria, eu vos louvo!
Crestes na encarnação do Filho de Deus
no vosso seio virginal 
e vos tornastes Mãe de Deus.
Raiou então o dia mais feliz da história da humanidade!
Os homens tiveram o Mestre divino,
o Sacerdote único e eterno,
a Hóstia de reparação,
o Rei universal!
A fé é dom de Deus e fonte de todo bem.
Maria, alcançai-me a graça de uma fé viva,
forte, atuante; uma fé que salva e santifica!
Fé no Evangelho, na Igreja, na vida eterna.

Sendo hoje, Dia Mundial da Paz,
cantamos ou rezamos a canção
"Grito de Paz", Pe. Zezinho, scj

De todos os cantos do mundo
Se ouviu um canto de paz
De todos os povos do mundo
Se ouviu um grito de paz

E todos os pés caminhavam
Em busca da paz
E todos os povos marchavam
Em busca da paz
E todas as bocas cantavam
Um canto de paz
Senhor dá-nos a paz

E todos partiam o pão e se davam as mãos
E todos sentiam de fato que eram irmãos
E o lobo e o cordeiro bebiam do mesmo riacho
Senhor dá-nos paz

Novo céu e nova terra
por causa do pão repartido

E todos davam gloria, gloria a Deus
Glória, glória, glória, glória a Deus

Batiam palmas pro céu
Batiam palmas pra terra
Palmas para um tempo sem guerra


4. Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Contemplarei toda a criação com o olhar de paz, olhar do Criador que ama a cada uma de suas criaturas.

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde todos os dias do novo ano. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

Ir. Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br
http://leituraorantedapalavra.blogspot.com/

Leitura Orante
ANO NOVO, 01 de janeiro de 2019



ANO NOVO: alimentar uma esperança criativa

“Os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria,
José e o recém-nascido deitado na manjedoura”. (Lc 2,16)

Texto Bíblico: Lucas 2,16-21

1 – O que diz o texto?

1º de janeiro é uma data carregada de conotações profundamente humanas: início de um novo ano, o encontro dos pastores com o Menino Jesus, a maternidade divina de Maria, dia Mundial da Paz...
Ao começar o novo ano, a primeira atitude que devemos alimentar é a da gratidão: dar graças a Deus pelo dom do tempo, que é o dom da vida, o dom fundamental. O tempo é graça e tudo depende do que fazemos com ele: podemos fazer dele um tempo morto ou um tempo vivo (carregado de possibilidades, recursos, criatividade, tempo oblativo, aberto ao novo, tempo inspirado…)
O começo do ano nos convida a pensar sobre nossa forma de ativar este “grande tesouro” que é o tempo; Deus nos concede este ano para que multipliquemos a vida, enriquecendo-a de sentido, qualidade e calor humano; é uma nova oportunidade que Ele nos concede para crescer e ajudar a crescer, para alcançar uma experiência nova da vida, de encontro com Ele, com os outros, conosco mesmos.
A festa da travessia para um Novo Ano é uma ocasião privilegiada para descobrir o quê estamos fazendo com nosso tempo. Podemos estar desperdiçando ou perdendo aquilo que nos foi dado para que vivamos com mais intensidade. Vão passando os anos e com eles as oportunidades de dar verdadeiro sentido às nossas vidas. É o momento por excelência da potencialidade de vida, tempo mágico onde as promessas começam seu caminho de realização.
Quem contempla a realidade com os olhos simples dos pastores, não faltarão ocasiões de reconhecer a criatividade de Deus em ação, a inovação do Espírito movendo corações, criando cenários novos, mais humanos, com mais profundidade, mais do Reino...
Talvez muitos se perguntam para onde vai nosso mundo, surpreendidos e preocupados pelo crescimento de fenômenos desconcertantes. Em muitos países triunfam líderes populistas, manejados por forças ocultas sem escrúpulos e marcados por discursos intolerantes, preconceituosos e julgamentos moralistas; a corrupção vai lançando raízes em todos os ambientes; os conflitos e as rupturas se acentuam; a Igreja católica é sacudida por uma grande crise de credibilidade; o sistema de valores e conhecimentos está mudando profundamente. Vivemos um momento de transição ou um colapso de uma civilização: uma metamorfose da sociedade que afeta todos os aspectos da vida, pessoal e coletiva, de toda a humanidade. Trata-se, pois, de uma crise global, embora às vezes possa parecer local ou inclusive pessoal.

2 – O que o texto diz para mim?

Como nos tempos bíblicos, também estou vivendo um “exílio”. Tanto naquele como neste contexto atual é que se revela a missão original e inspiradora dos profetas.
Como ser presença diferenciada em meio a muita gente desconcertada e desesperançada? Como alimentar esperança? Como ativar uma imaginação criativa?
Esta deve ser a marca característica dos seguidores e seguidoras de Jesus: o otimismo frente à realidade e a esperança diante daquilo que vem. Crer em um Deus que se encarna no simples e que realiza suas promessas permite começar o ano como quem estreia todas as possibilidades, inclusive abertura às possibilidades antes inexistentes. Isto é o que ocorre no tempo natalino: a irrupção de Deus no pequeno e a partir de baixo modifica radicalmente a visão atrofiada da realidade e me capacita a vislumbrar o broto germinal de uma nova história.
Por isso, sou gente carregada de esperança, pois sou n’Aquele que faz tudo novo.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

Para muitos pode lhes causar estranheza que a Igreja faça coincidir o primeiro dia do novo ano civil com a festa de Santa Maria, Mãe de Deus. E, no entanto, é significativo que, desde o século IV, a Igreja, depois de celebrar solenemente o Nascimento do Salvador, me motiva a começar o ano novo sob a proteção maternal de Maria, Mãe do Salvador e Mãe da humanidade.
É bom que, diante do Novo Tempo que se inicia, elevo meus olhos para Maria. Ela me acompanhará ao longo dos dias com cuidado e ternura de mãe. Ela inspirará minha fé e minha esperança.
Dia Mundial da Paz. Talvez seja uma das carências que mais afeta o ser humano de hoje, porque a ausência de paz é a prova palpável de uma falta de humanidade em todos os níveis. Não posso descobrir o que significa paz quando me vejo cercada de violências e conflitos; não posso experimentar a paz alimentando uma “cultura da indiferença” e da suspeita.
Não são as contendas internacionais, por muito danosas que sejam que impedem os seres humanos alcançar sua plenitude. Os grandes conflitos têm sua origem em meus próprios conflitos internos; meu coração está carregado de maledicências, julgamentos, legalismos, moralismos e imposições sobre os outros...
O medo daquele que pensa, crê, sente e ama de maneira diferente aumenta as distâncias, cria muros e bolhas de proteção que dão uma falsa sensação de segurança e paz. Nunca se investiu tanto em segurança e, no entanto, a cultura da paz está cada vez mais esvaziada.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, a paz não é uma realidade que posso buscar com um cantil. A paz será sempre a consequência de relações verdadeiramente humanas, entre todas as pessoas. Se não existe uma autêntica qualidade humana não pode haver uma verdadeira paz, nem entre as pessoas nem entre as nações.
O primeiro passo na busca da paz deve ser dado por mim, caminhando em direção ao meu próprio interior. Se não consigo uma harmonia interior, se não descubro meu verdadeiro ser e o assumo como a realidade fundamental em mim, nem terei paz nem a poderei levar aos outros. Este processo de maturação pessoal é o fundamento de toda verdadeira paz. Uma autêntica paz interior se reflete em todas as minhas relações humanas, começando pelos mais próximos.
Quando perco o caminho da interioridade, permaneço na superficialidade de mim mesma; ali não há húmus onde enraizar a paz; é da superficialidade de mim mesma que brotam os julgamentos, a indiferença, a atrofia da comunhão, o extravio da ternura, a segregação..., constituindo o ambiente favorável para todo tipo de rupturas, conflitos, frieza nos relacionamentos...
É preciso, como os pastores, entrar na Gruta interior para encontrar Aquele que é o Príncipe da Paz; aproximar desta Criança significa ativar todos os recursos pacíficos que carrego dentro de mim.
Ah se eu recuperasse o sentido do “shalon” judaico! Nessa palavra se encontra condensado todo o significado verdadeiro da paz. A palavra “paz” hoje, tem conotações exclusivamente negativas: ausência de guerra, ausência de conflitos, de intrigas, etc... Mas, a expressão “shalom” se refere às realidades positivas; dizer “Shalom” significa manifestar um desejo de que Deus conceda a cada um tudo o que necessita para ser autenticamente humana incluída a presença mesma de Deus no interior de cada um.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

Na raiz bíblica do termo “shalon” está a ideia de “algo completo, inteiro”. A paz pertence à plenitude, à completude, enquanto a violência está do lado da falta, da carência, do incompleto.
Paz reflete harmonia consigo boas relações com os outros, aliança com Deus, enquanto a violência infecciona os relacionamentos, contamina a convivência, quebra as relações, exclui os mais fracos...
Este é o desafio diante do Novo Ano que se inicia: devo primar por construir “ambientes de paz”: paz que vem do alto, que brota do interior e aquece os corações, plenifica as relações e se expande, tal como perfume, em todas as direções.
Paz é aspiração congênita do ser humano. O coração humano foi feito para a paz e anseia a convivência harmoniosa com Deus, com o cosmos, com os semelhantes. É processo interminável.
Aprender a amar, preocupar-se com os outros, vibrar com a diferença, entrar em harmonia não só com as outras pessoas, mas com toda a criação é a autêntica preparação para a paz. Quem ama não cria conflitos e fica encantado quando todos tenham acesso aos melhores recursos na própria interioridade.
Reacender o olhar contemplativo capaz de expressar a benevolência, a delicadeza, a acolhida, a cortesia, a serenidade, a modéstia, a afabilidade, a alegria simples de estar juntos...
Recordar todos os “olhares amorosos” que Deus foi depositando em mim ao longo da vida.

Feliz Ano cheio de Deus!

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: Lucas 2,16-21
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Canto de paz – fx 05
Autor: Valdomiro Pires e Emmanuel santos
Interprete: Emmanuel
Coro: Paulinho Campos, Ricardo Moreno, Yara Negrete, Claudia Ferrete, Vera Veríssimo
CD: Canto de paz - Emmanuel
Gravadora: Paulinas Comep
Duração: 03:37

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