quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/01/2019

ANO C


Jo 1,29-34

Comentário do Evangelho

O Cordeiro de Deus

O testemunho de João Batista é situado no tempo: "no dia seguinte" (v. 29). A história é o lugar aberto ao testemunho. Há uma tríplice afirmação sobre Jesus: ele é o "Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" (v. 29), aquele sobre quem o Espírito permanece (cf.vv. 32-33), ele é o Filho de Deus (v. 34). A expressão "cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo" aparece uma única vez no Novo Testamento. Rica de significado, ela é um título cristológico. Pode evocar tanto o servo sofredor de Is 53,7 quanto o cordeiro imolado de Ap 14,10; 17,14, ou ainda o cordeiro pascal(cf. Jo 19,14), sem defeito, de quem nenhum osso foi quebrado (cf. Jo 19,31-36)
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tu enviaste Jesus com a missão de nos introduzir no Reino da fraternidade. Dá-me a graça de reconhecê-lo e fazer-me seguidor dele.
Fonte: Paulinas em 03/01/2013

Vivendo a Palavra

João Batista e Jesus de Nazaré vivem a plenitude dos tempos e a Aliança Antiga se concretiza, transformada na Segunda e Eterna Aliança. E desde então nós nos lembramos desse encontro cada vez que aproximando da mesa Eucarística ouvimos o convite: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo...”
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2013

VIVENDO A PALAVRA

João Batista e Jesus de Nazaré vivem a plenitude dos tempos. A Aliança Antiga se concretiza, transformada na Segunda e Eterna Aliança. E desde então nós nos lembramos desse encontro cada vez que, aproximando-nos da mesa Eucarística, ouvimos a proclamação: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo…"

Reflexão

João Batista é o único profeta que profetizou o Messias, manifestou a sua presença no meio dos homens e falou sobre a sua missão de tirar o pecado do mundo. É ele quem batiza o autor do próprio batismo e presencia a vinda do Espírito Santo sobre Jesus. Por fim, o evangelho conclui com o testemunho maior de João Batista a respeito de Jesus: "Este é o Filho de Deus". A vida e a missão de João Batista só podem ser entendidas tendo como centro o Messias, nos mostrando a centralidade que Jesus deve ter nas nossas vidas e no nosso trabalho evangelizador.
Fonte: CNBB em 03/01/2013

Reflexão

João Batista não se contenta em anunciar a vinda do Messias. Colhe a ocasião para apontá-lo aos seus discípulos e ao povo. E o faz apresentando três características de Jesus: 1ª Jesus é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. Os judeus podiam entender o que significava ser “cordeiro”, visto que eles ofereciam cordeiros em sacrifício para implorar o perdão de Deus. Jesus vai sacrificar-se a si mesmo por nós; não haverá mais necessidade de oferecer animais em sacrifício. Jesus é o verdadeiro Cordeiro que substitui o cordeiro pascal; 2ª Jesus batiza não só com água, como João, mas batiza com o Espírito Santo. É o Espírito quem concede vida nova; 3ª Jesus é o Filho de Deus, aquele que revela o projeto do Pai.
(Dia a dia com o Evangelho 2019 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

EIS O CORDEIRO DE DEUS!

A proclamação de João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus” sublinha a função salvadora de Jesus, presente desde o início de seu ministério. Como pano de fundo desta imagem de Jesus-Cordeiro de Deus está a tradição do êxodo, suporte de toda a teologia bíblica.
Dois textos do evangelho joanino aludem à imagem enunciada pelo Batista. O primeiro é o discurso eucarístico no qual, ao falar em “comer a minha carne e beber o meu sangue”, Jesus referia-se a si mesmo como o cordeiro imolado na cruz, à semelhança do cordeiro sacrificado por ocasião da Páscoa. Na ceia pascal, os judeus comem a carne do cordeiro, recordando a libertação do Egito. No passado, o sangue do cordeiro, aspergido nos frontais das casas, indicava pertença ao povo eleito, e o livrava do castigo divino. O que o cordeiro pascal representou para o antigo Israel, Jesus representa para o verdadeiro Israel, cuja origem foi seu serviço obediente ao Pai.
O segundo corresponde à cena da cruz, quando Jesus foi traspassado pela lança. O evangelista recorda ter sido a tarde do dia em que se faziam os preparativos para a Páscoa o momento em que, com um golpe de lança, um soldado traspassou o peito de Jesus, sem lhe quebrar nenhum osso. Ou seja, na hora da imolação do cordeiro para a celebração da páscoa nas famílias, seguindo o rito como o cordeiro deveria ser sacrificado. Portanto, imolado na cruz, Jesus cumpriu o papel de Cordeiro de Deus “que tira o pecado do mundo”.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, que eu possa a acolher a salvação realizada por teu Filho Jesus, o qual veio abolir todo pecado deste mundo. Que o meu pecado também seja abolido!

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O FRÁGIL CORDEIRO DE DEUS...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Houve um tempo na minha infância, em que os Reis do Ringue influenciavam nossas brincadeiras e disputava-se em duplas, fazendo do campinho de final de rua, nosso ringue improvisado. Havia um garoto novo, mas muito encorpado, e além do mais com uma agilidade incrível para lutar, quem lutava ao seu lado, saia-se vencedor. Nós éramos franzinos e ele era sempre o destaque, considerado forte, sempre com pose de campeão.
Quando as lutas eram com algum menino de outro bairro, para intimidar o adversário, o apontávamos como o grande campeão e vencedor nato, e assim, por muito tempo foi considerado o melhor lutador da região, ninguém ousava enfrentá-lo.
João Batista aponta aos discípulos e demais seguidores, o grande Messias, o esperado por todos, o Ungido de Deus e revestido de todo poder, mas o título que lhe confere deve ter provocado risos em alguns mais céticos: Cordeiro de Deus!
Poderia utilizar-se de um título mais condizente com o poder do Messias, quem sabe Leão ou até mesmo Urso, animal forte e poderoso entre os demais, com força descomunal.
Mas Cordeiro era motivo até para chacota, pois o cordeiro é frágil, indefeso, incapaz de qualquer reação diante dos que atentam contra sua vida. Quanto á sua ação de “tirar o pecado do mundo”, esperava-se alguém que acabasse definitivamente com os maus, premiasse os bons e eliminasse todas as forças do mal, não muito diferente de hoje, quando diante do quadro triste de um mundo marcado por tanto pecado, muitos nutrem no coração, a falsa esperança de que Jesus venha nas nuvens para desmascarar o Mal e fazer triunfar o Bem. Seria assim a vingança dos bons e justos, ver os maus serem esmagados e aniquilados por Jesus triunfante e glorioso. Acredita-se que o traidor Judas, no fundo pensava em uma “virada” na situação e por isso entregou Jesus aos seus inimigos, para deliciar-se ao ver a reação der Jesus na hora “H”. Esse pensamento equivocado prevaleceu até na hora derradeira quando entre outros insultos se dizia “Se és de fato o Messias, desce da cruz agora...”
Não é errado pensarmos desse modo, diante do Poder e Perfeição de Deus, e de nossas fragilidades, até João Batista tinha uma compreensão messiânica rigorosa e severa, vivia falando em fogo que devora, em palha que iria ser queimada quando o Reino se instalasse, para que os maus tremessem na base e se convertessem.
Mas no evangelho de hoje, parece que “caiu a ficha” de João, duas vezes ele declara que não conhecia Jesus, e que chegou a esse conhecimento porque Aquele que o tinha enviado para Batizar, o revelara.
Não se compreende as coisas de Deus, o seu pensamento e seu agir, a partir da lógica humana, mas pode-se ver os sinais que ele realiza, e João VIU , logicamente esse Ver Teológico, transcende a nossa limitada visão carnal, ver os sinais que Deus realiza, só é possível com os olhos da Fé, em outras palavras, quem vive na Fé, começa a ver os acontecimentos e as pessoas com um olhar diferente e o quadro inverte-se: aquilo que é Forte e poderoso se tornará em ruína, aquilo que é fraco, indefeso, insignificante, irá realizar a salvação completa, não só dos Israelitas, mas de toda humanidade.
Na primeira Leitura o Profeta, que é a Boca de Deus, já havia dito sobre o Servo de Javé, que ele seria a Luz das Nações, e aqui, o servo de Javé é aplicado ao povo, que estava cativo na Babilônia, totalmente derrotado e massacrado, sem pátria e sem identidade, aliás, nas duas leituras, não é homem que se sente forte e preparado, para algo grandioso, mas é Deus que chama através da Vocação, o apóstolo Paulo apresenta-se desse modo á comunidade, e Deus nunca chama os arrogantes, os prepotentes, os mais fortes, e que tem panca de vencedor, como o meu amigo de infância, a quem me referi no início e que nós chamávamos de “Homem Montanha”, ao contrário, Deus se alia aos pobres, fracos, desprezados, por isso o título “Cordeiro de Deus” evoca realmente quem é Jesus, o Deus Todo Poderoso encarnado na fragilidade humana para vencer em definitivo as forças do mal e tirar o pecado do mundo.
O Cordeiro de Deus, o Deus imortal, Criador de todas as coisas, Onipotente, Onipresente e Onisciente, vem como Cordeiro indefeso diante da violência humana, vai para o matadouro mudo, sem reclamar, sem praguejar contra o Pai, sem maldizer a própria sorte. Porque somente assim realizará sua Missão de Salvar os homens, só o amor salva, e só DEUS É AMOR.
Aprofundar no conhecimento de Deus e poder dar testemunho como João Batista, requer de cada cristão esse VER constante no dia a dia, os atos de mais puro amor que Deus vai realizando, mas é sempre preciso ter em mente esse modo de agir Divino, que sempre engana os homens que se julgam sábios e espertalhões.
Olhemos para a Eucaristia, ponto convergente da Igreja e cume da Liturgia, o Sacerdote ergue uma hóstia frágil, que cabe na palma da nossa mão, e que até um ventilador ligado pode fazê-la sair voando... Entretanto, ali está escondido e oculto aos olhos dos que não crêem o maior e mais valioso de todos os tesouros da terra.
A graça de Deus em forma de pão que alimenta e restaura as nossas forças, ajudando-nos a atravessar o deserto da Vida terrena, como aquele Maná descido do céu ajudou o povo na travessia do deserto, milhares de vezes ao dia esse gesto se repete, a hóstia é apresentada repetindo-se as palavras de João: Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo...
Como diz São Paulo, Jesus Cristo é o mesmo ontem, Hoje e sempre, e ainda prefere ocultar todo o seu Poder, graça, Glória e Salvação, em algo frágil.
Que a exemplo de João Batista, possamos também VER , e dar testemunho de que naquele pedacinho de pão está o Filho de Deus, Cristo Jesus, nosso Deus e Senhor, aquele que criou o céu e a terra, e salva e santifica a todos os que Nele crêem, em meio a toda humanidade.

2. O Batista recebeu de Deus uma grande missão
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Continuamos ouvindo o testemunho do Batista sobre o Menino que acaba de nascer. A leitura é litúrgica. Transportamos o testemunho de João para o Tempo do Natal. Olhamos para o recém-nascido e ouvimos João dizendo: “Este é o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. E ainda: “Ele existia antes de mim”. Os cordeiros imolados no Templo eram apenas sinal do único Cordeiro que tinha poder para tirar do mundo o pecado. Aí está ele, o Menino recém-nascido. João veio antes para torná-lo conhecido pelo povo de Israel. Estamos no segundo dia do testemunho de João. Foi ele quem viu o Espírito Santo descer sobre Jesus no dia do seu batismo. E João testemunha: “Ele é o Filho de Deus. É ele quem batiza com o Espírito Santo”. O Batista recebeu de Deus uma grande missão, acompanhada de importante sinal. Batizando com água, João viu o Espírito Santo descer como pomba e permanecer sobre Jesus. Era o sinal indicativo daquele que, ao chegar agora, já existia antes. O Verbo que agora se fez homem já existia no princípio, antes de todas as coisas. Grande é o mistério da divina encarnação.

HOMILIA DIÁRIA

Eis o Cordeiro de Deus!

Postado por: homilia
janeiro 3rd, 2013

O amor de Deus marcou para sempre nossas vidas. Ele nos tirou das trevas e nos fez enxergar a luz da eternidade. Não há mais razão para ficar triste ou viver amargurado se Deus está conosco e no meio de nós. Grande significado tem para nós, hoje, o dedo indicador de João: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”.
Cordeiro de Deus – em latim – é “Agnus Dei”, uma expressão utilizada pela religião cristã para se referir a Jesus Cristo, identificado como o Salvador da humanidade, ao ter sido sacrificado em resgate pelo pecado original. Na arte e na simbologia icônica cristã, é frequentemente representado por um cordeiro com uma cruz. A expressão aparece no Novo Testamento, principalmente no Evangelho de hoje, onde João Batista diz de Jesus: “Eis o Cordeiro de Deus, Aquele que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29).
Os hebreus tinham o costume de matar um cordeiro em sacrifício a Deus, para remissão dos pecados. O sacrifício de animais era frequente entre vários grupos étnicos, em várias partes do mundo. Na Bíblia é referido, por exemplo, o caso de Abraão que, para provar a sua fé em Deus, teria de sacrificar o seu único filho, imolando-o e queimando-o numa pira de lenha, como era costume para os sacrifícios de animais – o relato bíblico refere, contudo, que Deus não permitiu tal execução.
A morte de Jesus Cristo, considerado pelos cristãos como Filho unigênito de Deus, tornaria estes sacrifícios desnecessários, já que sendo considerado perfeito, não tendo pecado e tendo nascido de uma virgem por graça do Espírito Santo, semelhante a Adão antes do pecado original, seria o sacrifício supremo, interpretado como o maior ato de amor de Deus para a humanidade.
João Batista tem uma atuação fundamental no projeto de Deus realizado em Jesus. O batismo de João tinha características originais e sua proclamação foi tão marcante que o tornou conhecido como “o Batista”. Enquanto as abluções de purificação com água, tradicionais entre os judeus, eram repetidas com frequência, o mergulho nas águas do batismo, com João, era feito uma única vez e tinha o sentido de sinalizar uma mudança de vida para um compromisso perene com a prática da justiça que fortalece a vida.
Jesus assume a proclamação de João dando-lhe um novo sentido de atualidade e eternidade, identificando-a com o projeto de Deus de conferir vida plena e eterna à humanidade. O Espírito sobre Jesus é a confirmação de sua divindade e da divinização de toda a humanidade n’Ele assumida em todos seus valores e em toda sua dignidade. A presença de Jesus, Filho de Deus, entre nós renova a nossa vida e nos impele ao empenho na construção do mundo novo possível de justiça e paz.
Interpelado estou eu – e está você também – a ser este “dedo” nos nossos dias. Hoje e agora, eu e você devemos ser a voz que clama e o dedo que aponta para Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 03/01/2013

Oração Final
Pai Santo, faze-nos testemunhas do Reino de Amor. Dá-nos força e coragem para anunciar ao mundo – com o testemunho de nossa vida e pelo anúncio da Palavra – que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Verbo que se fez carne e se tornou nosso Irmão, viveu fazendo o Bem, morreu por nós, mas Tu o ressuscitaste e agora contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 03/01/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos mensageiros do Reino de Amor. Dá-nos força e coragem para anunciar ao mundo – com o testemunho de nossa vida e pela força da nossa Palavra – que Jesus de Nazaré é o Cristo, o Verbo que se fez carne e se tornou nosso Irmão, viveu fazendo o Bem e morreu por nós, mas Tu o ressuscitaste. Agora vivo, contigo reina na unidade do Espírito Santo.


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