quarta-feira, 12 de dezembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 12/12/2018

ANO C


Lc 1,39-47

Comentário do Evangelho

Maria canta as glórias de Deus

Tendo sido advertida pelo anjo sobre a gestação de Isabel em seu sexto mês, Maria sai em sua ajuda. Ao saudar Isabel, tanto esta, inspirada pelo Espírito Santo, como o menino, que pula de alegria no seu ventre, confirmam a presença do Senhor no ventre, de Maria. Lucas é o único evangelista a mencionar o ventre feminino como fonte de vida, e o faz por sete vezes. E destaca-se mais a grandiosidade deste ventre feminino por ser fonte de vida divina. É a sublime realidade da encarnação, da presença do Deus eterno entre nós! Maria entoa seu hino de agradecimento a Deus por ser a escolhida neste projeto da encarnação. E exalta, na seqüência do hino, o projeto libertador de Deus que "depõe os poderosos de seus tronos e eleva os humildes, despede de mãos vazias os ricos e enche de bens os famintos". Maria de Guadalupe é a inspiração das comunidades que procuram na nossa América Latina libertar-se do poder imperial cruel do Norte.
José Raimundo Oliva
Oração
Espírito de fé e esperança, enriquece meu coração com as mesmas virtudes de Maria, de modo que eu possa alcançar, como ela, a bem-aventurança.
Fonte: Paulinas em 12/12/2012

Vivendo a Palavra

No alto da cruz, Jesus entregou a João e à Igreja Maria como Mãe. O Evangelho de hoje recorda a origem da oração com que nós nos dirigimos a ela. Seria tão bom se em cada Ave Maria que nós rezássemos nós nos sentíssemos na casa de Isabel e disséssemos com ela a sua terna saudação... ‘Tu és bendita entre todas as mulheres!’
Fonte: Arquidiocese BH em 12/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

No alto da cruz, Jesus disse a João e, por extensão a toda Igreja: Maria é sua Mãe. O Evangelho de hoje recorda a origem da oração com que nós nos dirigimos a ela. Seria tão bom se em cada Ave Maria que nós rezássemos nós nos sentíssemos na casinha de Isabel e disséssemos com ela a sua terna saudação… ‘Tu és bendita entre todas as mulheres!'

Reflexão

Segundo sólida tradição, a imagem da Virgem de Guadalupe apareceu impressa na manta do índio João Diego, em 1531, na cidade do México. Seu culto propagou-se rapidamente e muito contribuiu para a difusão da fé entre os indígenas. O santuário atual foi concluído em 1709 e elevado à categoria de basílica pelo Papa São Pio X, em 1904. Em 1910, o mesmo Papa proclamou Nossa Senhora de Guadalupe padroeira da América Latina. João Diego foi canonizado pelo Papa João Paulo II em 31 de julho de 2002. A presença de Maria de Guadalupe é um abraço amoroso a todos os seus devotos, mas é também uma opção profunda pelos pobres e marginalizados. Com efeito, o diálogo de Maria começa com um indígena, o centro de irradiação é Tepeyac, às margens da cidade, entre as pessoas simples e abandonadas.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)
https://www.paulus.com.br/portal/liturgia-diaria/12-quarta-feira-2#.XBKNUmhKiUn

Meditando o evangelho

A GLORIFICAÇÃO DE MARIA

A festa da assunção de Nossa Senhora leva-nos a repensar todo o seu peregrinar neste nosso mundo, pois se trata de celebrar o desfecho de sua caminhada. O fim da existência terrena de Maria consistiu na plenificação de todos os seus anseios de mulher de fé e disponível para servir. A expressão “repleta de graça”, dita pelo anjo, encontrou sua expressão consumada na exaltação dela junto de Deus.
A estreita conexão entre a existência terrena de Maria e a sua sorte eterna foi percebida desde cedo pela comunidade cristã, apesar de a Bíblia não contar os detalhes de sua vida e de sua morte. A comunidade deu-se conta de que Deus assumiu e transformou toda a sua história, suas ações e seu corpo.
O relato evangélico é um pequeno retrato de Maria. Sua condição de mãe do Messias, o “Senhor” esperado pelo povo, proveio da profunda comunhão com Deus e da disponibilidade total em fazer-se sua servidora. Expressou sua fé no canto de louvor – o Magnificat –, no qual proclamou as maravilhas do Deus e as grandezas de seus feitos em favor dos fracos e pequeninos.
A comunhão com Deus desdobrava-se, na vida de Maria, na sua disponibilidade a servir o próximo. A ajuda prestada à prima Isabel é uma pequena amostra do que era a Mãe de Deus no seu dia-a-dia.
Assunta ao céu, Maria experimentou, em plenitude, a comunhão vivida na Terra.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, conduze-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A DOAÇÃO E GLORIFICAÇÃO DE MARIA
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Esse evangelho assinala que Maria partiu apressadamente. Em Maria vemos a pressa de se doar, de sair de si mesma e de caminhar ao encontro daqueles quer têm necessidades. O que impulsiona Maria é o espírito santo em sua plenitude, é esse espírito santo que impulsiona nossas comunidades a servirem os irmãos e irmãs. Entretanto há algo ainda mais profundo e que nos encanta, as comunidades cristãs, fecundadas pelo Espírito Santo, tornam-se também geradoras de Jesus.
Em Maria não celebramos simplesmente algo do passado, mas enquanto igreja celebramos a encarnação no presente, as pias Batismais mais antigas têm a forma ovalada semelhante a um útero, no ventre da igreja mãe nascem os Filhos e as Filhas de Deus, e já que somos templos do Espírito Santo, em nós é gerado também o Verbo Divino, não em seu sentido biológico como foi em Maria, mas nos sentido espiritual.
Em Isabel o Espírito Santo ajuda a perceber em Maria, o mistério de Deus acontecendo, mas em uma visão de conjunto de um lado vemos como o agir de Deus é diferente do homem, o Messias que estava por nascer e que iria mudar a sorte de toda humanidade, buscou acolhimento não nos poderosos, nas lideranças religiosas, nos suntuosos palácios ou no templo sagrado, mas sim na casa dos humildes e pequenos como Isabel e Maria.
Ambas inauguram um tempo novo em que para fazer grandes mudanças e construir um mundo melhor a partir do reino de Deus, já não será mais preciso esperar a decisão dos grandes, dos que mandam, as mudanças verdadeiras que ocorreram na humanidade sempre foram aquelas que nasceram das aspirações, dos sonhos e da luta do povo.
O Messianismo de Jesus está dentro desse contexto, Maria se sentiu pequena diante do mistério de Deus que estava para envolvê-la mas o Senhor a engrandeceu e a capacitou para a missão que estava lhe reservada. Da mesma forma nossas comunidades, grandes ou pequenas, nas grandes metrópoles ou nas periferias e zonas rurais, devem sempre ter presente que estão envolvidas no mistério de Deus que as chama e as capacita para serem portadoras do Cristo para o mundo, do mesmo modo como fez com Maria, ressalvando-se que Maria foi preservada de todo pecado, enquanto que nossas comunidades, embora contenha em seu ventre a semente de um Deus Santo e Perfeito, está sujeita ao pecado.
Um dia Jesus teve uma conversa com Nicodemos e afirmou que é preciso que o homem nasça de novo, quem aceita ser membro da comunidade Cristã, está sendo gerado para um novo nascimento, cuja vida embrionária já recebeu pelo Batismo, esse útero não é muito bonito, mas como o ventre materno oferece toda segurança de que precisamos, para desenvolver em nós essa semente de eternidade da Vida Nova que há de acontecer um dia.
Nesse sentido precisamos sair e ter pressa para levar ao mundo este anúncio, romper com a religião do formalismoreligioso, deixar de ser a Igreja fechada em si mesma para doar-se aos irmãos e irmãs que ainda não ouviram o anúncio.
Como Maria, certamente iremos ficar admirados quando percebermos o modo como Deus age, sempre diferente da nossa lógica, ás vezes até de um jeito que não entendemos. Maria sentiu toda essa alegria incontida em sua alma ao sentir-se totalmente de Deus, aponto de dizer “O Poderoso fez em mim maravilhas, santo é o seu nome, a minha alma engrandece o Senhor, e o meu espírito exulta em Deus meu Salvador”.
Não é o ritualismo religioso que agrada a Deus, mas sim a nossa disposição para uma entrega total, fazendo assim a vontade de Deus, é o próprio Cristo que nos dirá na carta de Paulo aos hebreus; Eis que venho para fazer a vossa vontade. Quando o amor chega a esse ponto, o sacrifício ritualista torna-se secundário diante do verdadeiro e autêntico sacrifício agradável a Deus: dar a vida pelos irmãos e irmãs!

2. Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

No monte de Tepeyac, perto da cidade do México, no dia 9 de dezembro de 1531, São Juan Diego viu Nossa Senhora. Nesse lugar, os nativos sacrificavam aos deuses meninas de 15 anos. Inicialmente, Nossa Senhora foi chamada de Tequatlaxopeuh, que significa: “aquela que afugentou os que nos matavam”. Mais tarde lhe deram o nome de Guadalupe, “perdida no rio”. Dizem especialistas em fenômenos paranormais que não existem aparições. “Do além para o aquém, não volta ninguém.” Se há fenômenos, são naturais, muitos deles fruto da imaginação cultural de quem vê. Tudo, porém, pode ser providencial e Deus se serve de “alucinações” para mostrar-se presente em nossa vida e em nosso mundo. O Papa Bento XIV estabeleceu o milagre como “critério único suficiente necessário para aceitar uma revelação”. O bispo Juan de Zumárraga não acreditava em Juan Diego, mas os milagres aconteceram. Até hoje ninguém explica a extraordinária beleza dos fenômenos relacionados ao ícone de Maria estampado no manto de Juan Diego, nem como o manto se conserva até hoje.

HOMILIA DIÁRIA

Como Maria, devemos partir ao encontro dos mais necessitados

Postado por: homilia
dezembro 12th, 2012

Estamos celebrando, hoje, a festa da Padroeira de toda a América Latina: Nossa Senhora de Guadalupe. Somos convidados a erguer nossas vozes e preces, e não apenas as súplicas, como estamos habituados a fazer: pedir, pedir e pedir.
A prece que temos de erguer, neste dia, é a de louvor, de ação de graças ao Pai por todo o povo, sobretudo, o sofredor deste continente. O melhor que a América Latina tem é o seu povo; mas como ele tem sofrido, tem sido excluído! Como a imagem e semelhança de Deus tem sido desfigurada nestes nossos irmãos e irmãs! Certo é que a mão de Deus toca a vida e o coração da nossa gente. Veja que a história de Guadalupe principia-se junto do índio pobre e explorado.
São João Diego é sinal de que Deus fez sua história de salvação junto de nosso povo. Por isso, honremos a Nossa Senhora de Guadalupe. Hoje é o dia de gritar e clamar bem alto: “Bendita, porque acreditou nos projeto de Deus; de trazer ao mundo – e entre nós – o seu Filho Jesus Cristo, nosso Salvador”.
As narrativas de infância que falam do anúncio e nascimento de Jesus são exclusivas de Mateus e de Lucas. Marcos inicia seu Evangelho a partir da proclamação e batismo de João Batista. Já o Evangelho de João apresenta o prólogo da encarnação do Verbo antes das narrativas de João Batista. Enquanto em Mateus as narrativas de infância colocam José em foco, em Lucas o destaque é dado a Maria. Lucas faz ainda uma íntima relação, em paralelo, entre João Batista e Jesus, desde os respectivos anúncios de concepção feitos pelo arcanjo Gabriel.
No texto de hoje, Lucas descreve a cena da visitação de Maria à sua prima Isabel. Nessa aproximação entre elas, ambas portadoras dos filhos em seus ventres, Lucas acentua a superioridade de Jesus sobre João. Assim, são destacadas a alegria da criança no ventre de Isabel e a proclamação desta a Maria: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.
Maria, logo que acolhe o projeto de Deus na sua vida, lança-se para a missão. Vai na direção das regiões montanhosas, à casa de sua prima Isabel. Não para “fazer turismo”: dormir, passear, comer e beber… Mas para servir. Sua prima estava grávida, já no sexto mês. As duas se olharam, saudaram-se e se descobriram envolvidas em mistérios divinos. Cheia do Espírito Santo, Isabel exclama: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre”.
Veja, uma simples mulher reconhece a divindade que Maria traz em seu ventre. Como nós, cheios de conhecimento, estudiosos, doutores e mestres nas coisas do mundo, não conseguimos enxergar a imagem e semelhança de Deus nas pessoas mais humildes, pobres, doentes, encarceradas e dementes com que cruzamos, convivemos, trabalhamos?
Somos chamados à prática da caridade no dia de hoje. Da mesma forma que Maria se encheu de zelo pelo serviço ao próximo, sejamos também nós assim; partamos ao encontro dos mais necessitados. Lembro-o de que quem ajuda um pobre, empresta a Deus. Maria recebe como retribuição de Isabel a exclamação: “Bendita entre as mulheres é aquela que acreditou e fez dela o plano de Deus”.
Maria e Isabel compreenderam o que Deus, nelas, realizava. Será que você e eu somos capazes de descobrir o que Deus quer de nós? Eu sei que somos. Mas como compreender isto? Sejamos também acolhedores do Reino de Deus em nossas vidas e seremos felizes.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 12/12/2012

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a orar. Não permitas que a rotina ofusque o encanto de estar na tua Presença, cada vez de forma diferente e, ainda que repetindo ritos e fórmulas, estejamos prontos para o Novo que é a tua Graça em nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, ensina-nos a orar. Não permitas que a rotina ofusque o encanto de estar na tua Presença, cada vez de forma surpreendente e, ainda que repetindo ritos e fórmulas, estejamos atentos ao sempre Novo que é a tua Graça em nós. Pelo Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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