sexta-feira, 21 de setembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 22/09/2018

ANO B


Lc 8,4-15

Comentário do Evangelho

A palavra que produz frutos

Lucas apresenta esta parábola de Jesus, elaborada a partir de imagens tiradas da experiência de vida dos camponeses da Galileia. Após apresentação da parábola, segue-se a explicação aos discípulos. No ato da semeadura, as várias sementes lançadas pelo semeador cairão em terrenos diferentes. Embora nos primeiros terrenos não vinguem, na terra boa dará abundantes frutos. A palavra que é falada e ouvida produz frutos. Contudo, é necessária a paciência de tempo e lugar. Há o lugar certo e o tempo certo. Embora sejam grandes as adversidades, sempre haverá aqueles que se deixarão tocar pela palavra. E, no tempo certo, através deles dará seus frutos em abundância, na compaixão, na solidariedade, na justiça e no amor.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, reconhecendo o quanto me custa ser fiel ao projeto do Reino, peço-lhe a graça de ser fiel até o fim, perseverando no compromisso assumido contigo.
Fonte: Paulinas em 22/09/2012

Vivendo a Palavra

Preparemos nosso coração com zelo e alegria, para torná-lo terra boa, pura e pronta para receber carinhosamente a semente da Palavra de Deus, fazendo-a crescer e frutificar para a partilha com os irmãos que a Providência colocou junto a nós para caminhar neste Planeta de fartura e encantamento.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

Preparemos nosso coração com zelo e alegria para torná-lo terra boa, fértil e pronta para receber amorosamente a semente da Palavra de Deus. Com todo carinho, façamos que essa sementinha cresça e floresça, para partilhar seus frutos com os irmãos que a Providência Divina colocou perto de nós para caminhar neste Planeta de fartura e encantamento.

Reflexão

Muitas vezes, quando estamos exercendo o trabalho evangelizador, ficamos angustiados porque não vemos os resultados que estávamos esperando, e isso acaba por se tornar para nós causa de desânimo. O Evangelho de hoje nos mostra que o mais importante é evangelizar, e que sempre devemos lançar as sementes da Palavra. O semeador do Evangelho de hoje não estava preocupado se as sementes estavam caindo em terreno bom. Nós também não devemos lançar as sementes apenas para os que podem responder de forma positiva. A evangelização é para todos e os resultados não dependem de nós, mas da Graça divina.
Fonte: CNBB em 22/09/2012

Reflexão

Jesus narra e explica a parábola do semeador. A semente é a mesma; os terrenos é que são diferentes; cada um dá fruto segundo suas condições. Dois terços são terrenos defeituosos ou inférteis. O resultado é minguado, insatisfatório. O terreno bom, sim, produz abundantes frutos. Cada um de nós verifique a qualidade do próprio terreno. Em outras palavras: como ouvimos a Palavra e o que fazemos para transformá-la em boas obras? Cabe-nos examinar a consciência e sinceramente descobrir os obstáculos por que a Palavra de Deus não dá fruto em nós. São as preocupações com os bens materiais? Ou, talvez, a indolência e a falta de interesse pelas coisas de Deus e a vida da Igreja? Deus continua a semear generosamente sua Palavra no terreno do mundo e no interior do nosso coração.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

NÃO TER MEDO DE PERDER

A parábola do semeador tinha em vista levar os discípulos a serem realistas no seu serviço ao Reino. Ingenuamente, eles imaginavam a Palavra sendo acolhida e vivida por todos. Anteviam o Reino lançando raízes no coração de toda gente, gerando conversão. Contavam com ele, tendo a primazia na vida das pessoas, de modo que estas não cederiam às solicitações de mais ninguém. Em suma, os discípulos não contavam com a perda.
As coisas, na verdade, não se passavam assim, e a tentação de desanimar era forte. O fracasso deixava-os bloqueados, pois desconheciam a dinâmica do Reino. Jesus tentou fazê-los superar este horizonte equivocado e seguir adiante sem ter medo de perder.
O semeador deu-se por satisfeito e recompensado pela quarta parte da semente que produzira frutos. Ele sabia que as sementes caídas à beira do caminho seriam comidas pelos passarinhos. As caídas em terreno pedregoso haveriam de secar logo, por faltar-lhes umidade. As lançadas em meio aos espinhos seriam sufocadas por eles. E mais: mesmo as que caíram em terra fértil, não frutificariam do mesmo modo. Mas, nem por isso ele se recusou a semear. Estava certo de que os frutos viriam com certeza, embora contando com perdas inevitáveis.
De igual modo, o discípulo, servidor do Reino, tem consciência de dever seguir semeando a Palavra, mesmo que a colheita não tenha o sucesso com que contava.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, não me deixes desanimar diante das derrotas e dos fracassos, no serviço do Reino; antes, faze-me ficar satisfeito com os frutos produzidos.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. A semente em cada um
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Escute Lucas, porque o Senhor, quando escreveu esse evangelho, já deu a homilia prontinha? A gente não tem muito que refletir, o Senhor explicou sobre cada um dos três tipos de solos, que a semente caiu, e as consequências de cada um deles...
Lucas - Sim, isso eu fiz, porque as comunidades do meu tempo, bem depois de Jesus, tinham dificuldade em compreender essa parábola, eu lembrei que o Mestre tinha uma explicação mais detalhada para o grupo dos discípulos...
E por que esse privilégio? Para o povão contava a parábola e depois em casa explicava para os discípulos...
Lucas - Era preciso que se fizesse dessa maneira, o grupo teria que ser muito bem preparado porque mais à frente eles iriam assumir a missão de Jesus e tinham que fazer bonito nos ensinamentos...
Está certo, da mesma forma que hoje, todos quantos têm a responsabilidade de pregarem a Palavra, sejam leigos ou ministros ordenados, têm que ser bem preparados. Mas da parábola em si, o que dá prá gente pensar nos dias de hoje...
Lucas- Vocês do Terceiro Milênio do Cristianismo, não devem ficar olhando em redor, julgando as pessoas para saber quem é Terra boa e quem é Terra ruim e improdutiva, ou terra com pedregulho, ou cheia de espinhos... Ou aquela terra dura á beira do caminho...
Mas Lucas, não é importante a gente conhecer bem as pessoas e saber com quem a gente pode contar.
Lucas - Não! Isso é julgar as pessoas e só Deus pode julgar. Esses tipos de terra que a parábola menciona, está dentro do coração do homem, tudo misturado, pode reparar, às vezes tem terra dura no coração, ou tem pedregulho, ou tem espinho que sufoca a semente, quantas coisas há no coração humano que impede a Palavra de frutificar... Inconstância, indiferença, desprezo, ou mesmo quando a Palavra produz frutos, tem vez que dá cem por cento, outras vezes sessenta ou trinta por cento... Esse solo imprevisível é o coração do homem... Que tem que ser transformado pela Palavra, mas quanta resistência... Nosso Mestre sabia disso e por isso contou essa parábola...
Fonte: NPD Brasil em 22/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Que tipo de terreno eu tenho sido para a Palavra de Deus?

Postado por: homilia
setembro 22nd, 2012

Jesus usava a dinâmica das parábolas para atingir o coração dos discípulos e da grande multidão, usando realidades do cotidiano deles, para que compreendessem os valores do Reino de Deus. Mas o que vem a ser uma parábola?
Palavra de origem grega, “parabole” significa “narrativa curta”. As parábolas de Jesus são narrativas breves, dotadas de um conteúdo alegórico, utilizadas nas pregações e sermões com a finalidade de transmitir algum ensinamento.
Nesta parábola o próprio Mestre explica o seu sentido. A semente é a Palavra de Deus que é o próprio Jesus, o Verbo feito carne. O terreno são aqueles destinatários da Semente, ou seja, nós somos um bom ou mal terreno. Declara-se qual o objetivo de Satanás: fazer com que os homens não cheguem à fé. E indica-nos finalmente o modo para darmos fruto: a paciência, a perseverança.
Nem sempre a semente da Palavra cai num bom terreno.
Os primeiros cristãos propunham o problema: “Por que o Reino não é aceito por todos em Israel? E por que tantos que o aceitam deixaram-no depois?” O Reino, anunciado e promovido pela Palavra de Deus – que é Cristo – tem por si mesmo uma irresistível força de crescimento. Só as más disposições do coração humano podem deter-lhe o desenvolvimento. Jesus ressalta o grande fruto da semente: apesar de tudo, a Palavra de Deus progredirá, dará seus frutos. Também em nós desce a Palavra de Cristo para operar com todo o seu potencial.
O agir do cristão tem como norma não uma moral feita de preceitos, mas sim um germe interior, uma Palavra de Deus, uma ação de Deus em nós que deve ser levada à maturação, em colaboração com o Espírito Santo. Você já ouviu falar que a conversão é dom e tarefa? Sim: ela é dom porque é sugerida e impulsionada pela graça divina, mas também é tarefa, porque entra a participação nossa, colaborando com Deus e Sua graça para nossa mudança de vida.
Então a Palavra de Deus é sempre eficaz, transformadora, cheia de Vida. Mas se o terreno não for arado, preparado e adubado para dar condições a esse Germe Divino brotar, crescer e dar frutos. Devemos nos perguntar: “Que tipo de terreno eu tenho sido para a Palavra de Deus? Que qualidade, tempo e importância tenho dado a ela em minha vida?”
Porque essa mesma semente tem seus adversários e o próprio “joio”. Lembra de outra parábola contada pelo Mestre para sufocar a semente? (cf. Mt 13, 24-43) Jesus diz que serve para confundir, mas na hora da colheita o trigo pesará porque tem conteúdo e o “joio” ficará comprido e esguio por ser vazio. Portanto, não esqueçamos o modo de colaborar com a semente: “E o que caiu em terra boa são aqueles que, ouvindo com um coração bom e generoso, conservam a Palavra, e dão fruto na perseverança” (Lc 8,15).
Padre Luizinho – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 22/09/2012

Oração Final
Pai Santo, que o amor à tua Palavra chegue às nossas entranhas e permaneça por toda a nossa vida. Dá-nos discernimento e ousadia de anunciá-la ao nosso próximo, pelo testemunho de vida, pela palavra e pelo silêncio, oportunos e inspirados. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que o amor à tua Palavra chegue às nossas entranhas e permaneça por toda a vida. Dá-nos discernimento e ousadia para anunciá-la ao nosso próximo, seja pelo testemunho de vida, seja por nossa palavra, ou ainda pelo silêncio – e que ambos sejam oportunos e inspirados. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.

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