quarta-feira, 19 de setembro de 2018

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 19/09/2018

ANO B


Lc 7,31-35

Comentário do Evangelho

Em Jesus a plenitude do humano

Ao mencionar "as pessoas desta geração", Jesus está se referindo à classe dirigente judaica. O termo "geração" (geneá), no Antigo Testamento, é aplicado com frequência ao povo hebreu, em um determinado momento histórico, de maneira recriminatória (por ex.: "Certamente, nenhum dos homens desta maligna geração verá a boa terra que jurei dar a vossos pais" - Dt 1,35).
Os chefes religiosos do Templo e das sinagogas difamam João (tem demônio) e Jesus (comilão e beberrão). Assim fazem porque rejeitam em João o anúncio da libertação do pecado pela prática da justiça, pois isto esvazia e rompe com o Templo. Rejeitam em Jesus o amor misericordioso que acolhe a todos, com o que são descartados os preceitos excludentes da Lei.
João retirava-se para o deserto em protesto à vida corrompida na cidade e no Templo de Jerusalém. Porém, Jesus retorna às comunidades rurais e urbanas da periférica e gentílica Galileia, onde anuncia o Reino de Deus. O Filho do Homem é a plenitude do humano. O humano para ser realizado, ser pleno, é necessariamente solidário; é o viver em comunhão com todos para que não haja nenhum excluído e todos tenham vida plena. Esta é a verdadeira obra de sabedoria.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, purifica-me de toda forma de orgulho que me leva a desprezar meu semelhante e a julgar-me superior a ele. Como Jesus, desejo estar próximo de quem se afastou de ti.
Fonte: Paulinas em 19/09/2012

Vivendo a Palavra

Nós prestamos pouca atenção aos nossos companheiros de viagem. Ficamos centrados em nós mesmos, atentos apenas aos nossos pequenos dramas pessoais, esquecidos de que não poucas vezes o caminho para resolvê-los passa pelo cuidado e pela ajuda que dispensamos ao próximo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/09/2012

VIVENDO A PALAVRA

Nós prestamos pouca atenção aos nossos companheiros de viagem. Ficamos centrados em nós mesmos, atentos apenas aos nossos pequenos dramas pessoais, esquecidos de que não poucas vezes o caminho para resolvê-los passa pelo cuidado e pela ajuda que dispensamos ao próximo.

Reflexão

Todos nós somos cristãos, e muitas vezes nos orgulhamos disso, afinal de contas, temos a salvação em Jesus Cristo e a filiação divina, sem contar que somos templos do Espírito Santo. Porém devemos nos questionar se a nossa vida é coerente com o que cremos, pois muitas vezes vivemos uma religião de gestos exteriores, de cumprimento de normas rituais, de práticas religiosas, mas não vivemos o essencial: não somos capazes de amar, não temos os mesmos sentimentos de Jesus Cristo: a misericórdia, a justiça, a fraternidade, a solidariedade. Com isso, o Evangelho soa todos os dias em nossos ouvidos, mas não toca os nossos corações, nem transforma as nossas vidas, e a sabedoria fica longe de nós.
Fonte: CNBB em 19/09/2012

Reflexão

Crianças birrentas ficam emburradas e ninguém consegue fazê-las entrar na brincadeira. Imagem escolhida por Jesus para classificar seus conterrâneos. Permaneceram indiferentes e inertes, seja diante da pregação de João Batista, seja com relação à obra libertadora de Jesus. Chamaram João Batista de louco, e apelidaram Jesus de “amigo de cobradores de impostos e pecadores”. Nada os fez sair de seu comodismo. O recado de Jesus atingia, sobretudo os líderes religiosos, que não acolheram Jesus e seu Reino de justiça; pior: impediam o povo de seguir os passos do Mestre. As pessoas simples, porém, os cobradores de impostos e os pecadores aceitaram Jesus, o enviado de Deus. Somente os “filhos” da Sabedoria reconhecem e acolhem o Messias em sua maneira simples de agir.
(Dia a dia com o Evangelho 2018 – Pe. Luiz Miguel Duarte, ssp)

Meditando o evangelho

ATITUDES CONTRADITÓRIAS

O modo como era tratado por seus contemporâneos deixava Jesus irritado. A má vontade deles levava-os a interpretar mal tudo o que o Mestre fazia. De forma alguma, deixavam-se convencer pelo messianismo de Jesus, mesmo vendo seus milagres e prodígios.
Uma das atitudes de Jesus, censurada por eles, era sua solidariedade com os pecadores e as pessoas marginalizadas pela sociedade. Jesus não se envergonhava de ser visto na companhia desse tipo de gente, nem de sentar-se à mesa com ela. Sua atitude fundava-se numa profunda consciência de ter sido enviado para trazer a salvação, mormente aos pecadores. Sendo assim, seu tempo deveria ser gasto com estes e não com quem pensava ter assegurada sua própria salvação. Jesus estava com quem o Pai queria que ele estivesse. Ele não haveria de mudar de comportamento por causa das críticas e das maledicências alheias.
Entretanto, o Mestre percebia na reação de seus críticos uma raiz viciada: no fundo, não queriam mesmo era se converter. Qualquer quer fosse a atitude de Jesus, teriam motivos para rejeitá-lo.
João, em sua austeridade de vida, fora chamado de possesso. Jesus, que vivia sem preconceitos, era chamado de glutão e beberrão.
A condenação desses inimigos do Mestre seria conseqüência de sua má vontade, que os levava a fechar-se à salvação oferecida por Deus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, ensina-me a ser solidário com os pecadores e marginalizados, de modo a manifestar-lhes a misericórdia de Deus.

COMENTÁRIO DO EVANGELHO

1. Convertei-vos e Celebrai
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Meninos sentados na praça e que gritam aos outros "Tocamos flauta e não cantais, cantamos uma lamentação e não chorais..." Com essa expressão talvez estranha para nós, Jesus diz uma grande verdade: queremos sempre que as pessoas dancem conforme a nossa música, isto é, que pensem e ajam como nós, e se for uma religião ou até mesmo aspecto cultural, que não mudem nada e nem venham com coisas novas.
João Batista, o Precursor de Jesus, tinha algo novo a anunciar, mas como vivia de um jeito meio estranho e não se alimentava, diziam que ele estava possesso de um demônio. (Qualquer fenômeno que não conseguimos definir, atribui-se ao demônio).
Jesus de Nazaré é diferente de João Batista, aliás, não se encaixa no perfil de Messias anunciado, em vez de acabar com os pecadores e homens maus, tem amizade com eles, senta-se para tomar refeição com eles, e come e bebe com eles. Por isso o rotularam de comilão e beberrão.
E assim, o Novo que se encarnou em meio a humanidade, acabou rejeitado justamente porque era humano demais. Esse evangelho traz um forte apelo á conversão, mas o que é a conversão? Justamente purificar o olhar e o coração, para ver e sentir a presença de Jesus e do seu Reino nas pessoas e nos acontecimentos da história e da nossa vida. Mas tenhamos cautela, Jesus não está formatado do jeito que nós queremos e o imaginamos, a conversão interior é primeiramente dom de Deus, que vem com a Graça oferecida em Jesus.
Quando olhamos o mundo e as pessoas com os olhos de Jesus, não exigimos que as pessoas "dancem só conforme a nossa música", pois o Reino a todos renova e se refaz nas virtudes e nos valores que cada um tem e disponibiliza para os irmãos e irmãs.
Fonte: NPD Brasil em 19/09/2012

HOMILIA DIÁRIA

Com quem posso comparar esta geração?

Postado por: homilia
setembro 19th, 2012

Jesus Cristo está diante da multidão que O cerca para ouvi-Lo – pura e simplesmente – sem saber qual deve ser o grau de pertença ao Reino de Deus. Engraçado é notar as pessoas que O escutavam, pois eram de renome em matéria de religião. Eram os chefes religiosos do Judaísmo.
Jesus começou assim a Sua pregação: “Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 4,17). João Batista, Seu percursor, tinha começado da mesma maneira:“Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo” (Mt 3,2). E agora o Senhor os censura, porque eles não querem se converter quando o Reino dos Céus está próximo.
Na parábola, o Mestre compara aquela geração a um grupo de crianças que tenta se comunicar com outro grupo, com brincadeiras de alegria ou de tristeza. Porém, o outro grupo não corresponde, fecha os olhos, a boca e ouvidos para não ouvir, falar e ver, acabando por rejeitar todas as tentativas de diálogo com as outras. Por isso: “Com quem posso comparar as pessoas de hoje? Com quem elas são parecidas?” (Lc 7,31).
Assim como Jesus censurou a geração do tempo de João Batista, também hoje Ele continua falando: “A quem hei de comparar esta geração? Nós tocamos músicas de casamento, mas vocês não dançaram! Cantamos músicas de sepultamento, mas vocês não choraram”.Estamos diante de pessoas que se alegram com o sofrimento dos outros. Não conseguem chorar com os que choram, sorrir com os que sorriem, comer com os que comem, viver com os que vivem. Uma sociedade fechada no seu casulo.
As pessoas só pensam nos próprios interesses e não querem saber nada sobre os outros. O bem, a confiança, a justiça, a fraternidade, a comunhão, o amor, o respeito pela pessoa – e pelo que lhe é alheio – desapareceram entre as pessoas. Muitos homens e mulheres não querem se converter, não querem abandonar a vida do pecado.
Ao “João Batista” de hoje, que faz o seu anúncio de conversão de maneira austera – como um asceta – é chamado de louco. E os ministros sagrados que agem na pessoa de Jesus, que na simplicidade, humildade e solidariendade se abeiram do pobre, do excluido, do doente e do abandonado chamam-no de pecador e publicano. E é chamado de comilão e beberrão.
A sociedade se esquece que o Reino dos Céus é para os simples e humildes. Aqueles que Jesus chama de “pobres em espírito”. A razão é porque os pobres, pecadores e excluídos não são escravos da riqueza e do poder e, consequentemente, acolhem o convite à conversão tanto feita por João Batista quanto por Jesus e continuada pelos discípulos e missionários de Jesus Cristo.
Que você, meu irmão, tenha a prudência de aceitar as advertências de Jesus, para não deixar escapar e passar o tempo da sua missão, este tempo no qual estamos, durante o qual Ele poupa mais uma vez a sua vida.
Se ela é poupada, é para que você se converta e que ninguém seja condenado, porque você não sabe quando virá o fim dos tempos. Deve, portanto, viver o tempo da graça, o tempo da salvação, o tempo da fé. Caso contrário, Jesus gritará bem alto nos seus ouvidos:“Com quem posso comparar esta geração?”.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 19/09/2012

Oração Final
Pai Santo, o Evangelho ensina que o caminho do Reino passa pela fraternidade, é feito de solidariedade com o próximo. Faze-nos, Pai amado, cuidadosos com nossos irmãos, atentos às suas carências e dispostos para a misericórdia. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/09/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, o Evangelho ensina que as estradas do Reino são pavimentadas de fraternidade e balizadas pela solidariedade com o próximo. Faze-nos, amado Pai, cuidadosos e compassivos com nossos irmãos, atentos às suas carências e dispostos para viver a misericórdia. Por Jesus Cristo, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.

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