segunda-feira, 7 de maio de 2018

LEITURA ORANTE DO DIA - 06/05/2018



LEITURA ORANTE

Jo 15,9-17 - Uma declaração de amor! Um convite!

Escolhi vocês!

Preparando-me para a Leitura Orante,
com todos os que fazem este caminho, pela web,
“damos graças a Deus que nos deu o dom da palavra,
com a qual podemos nos comunicar entre nós"
e com Ele por meio de seu Filho,
que é sua Palavra (cf. Jo 1,1).
Damos graças a Ele que,
por seu grande amor fala a nós como a amigos (cf. Jo 15,14-15).(DAp 26).
Rezo:
Para pedir o Espírito Santo
C: Espírito Santo, Dom do Pai no seu Filho Jesus Cristo, permanece em nós, abre 
nossos corações e torna-nos atentos a tua voz.
A: Espírito Santo, vem sobre nós.
C: Espírito Santo, Divino Amor, fonte de unidade e de santidade,
mostra-nos o amor do Pai.
A: Espírito Santo, vem sobre nós.
C: Espírito Santo, Fogo de Amor, purifica-nos fazendo desaparecer toda divisão dos nossos corações, de nossas comunidades e do mundo, para que sejamos um em nome de Jesus.
A: Espírito Santo, vem sobre nós.
C: Espírito Santo, fortalece nossa fé em Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, Ele que carregou nossos pecados de divisões até a cruz e nos conduziu à comunhão por sua Ressurreição.
A: Espírito Santo, vem sobre nós.
C: Pai, Filho e Espírito Santo, permanecei em nós para nos transformar em comunhão de amor e de santidade. Que sejamos um em Vós, que viveis e reinais nos séculos dos séculos.
A: Amém.

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto: Jo 15,9-17.
Assim como o meu Pai me ama, eu amo vocês; portanto, continuem unidos comigo por meio do meu amor por vocês. Se obedecerem aos meus mandamentos, eu continuarei amando vocês, assim como eu obedeço aos mandamentos do meu Pai e ele continua a me amar.
- Eu estou dizendo isso para que a minha alegria esteja em vocês, e a alegria de vocês seja completa. O meu mandamento é este: amem uns aos outros como eu amo vocês. Ninguém tem mais amor pelos seus amigos do que aquele que dá a sua vida por eles. Vocês são meus amigos se fazem o que eu mando. Eu não chamo mais vocês de empregados, pois o empregado não sabe o que o seu patrão faz; mas chamo vocês de amigos, pois tenho dito a vocês tudo o que ouvi do meu Pai. Não foram vocês que me escolheram; pelo contrário, fui eu que os escolhi para que vão e dêem fruto e que esse fruto não se perca. Isso a fim de que o Pai lhes dê tudo o que pedirem em meu nome. O que eu mando a vocês é isto: amem uns aos outros.
Refletindo
Neste  texto Jesus diz quatro coisas importantíssimas:
1. Faz uma declaração de amor.
2. Faz um convite.
3. Coloca uma condição.
4. Garante algo que o coração de todos nós deseja.
Que belíssima declaração de amor faz Jesus a cada um de nós! E nos convida: fiquem unidos a mim pelo amor. Oferece uma condição: obedecer aos seus mandamentos. Garante-nos a sua alegria. E mais: uma alegria completa.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje?
Como discípulo/a devo levar à frente a missão que me dá Jesus Cristo: o amor.
Em que consiste este amor?
Como vivê-lo num mundo em que é muito forte o egoísmo, o individualismo, e que a outra pessoa, muitas vezes é uma ameaça?
Devo orientar minha energias para ir contra a corrente.
Meditando
Os bispos, na Conferência de Aparecida, lembraram quais são os mandamentos de Jesus: “Para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor, que Ele quis chamar seu e novo: “Amem-se uns aos outros, como eu os amei” (Jo 15,12). Este amor, com a medida de Jesus, com total dom de si, além de ser o diferencial de cada cristão, não pode deixar de ser a característica de sua Igreja, comunidade discípula de Cristo, cujo testemunho de caridade fraterna será o primeiro e principal anúncio, “todos reconhecerão que sois meus discípulos” (Jo 13,35).” (DAp 138).

3. Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Em comunhão com toda a Igreja do Brasil, rezo,
Oração de esperança
C: Como filhos de Deus, conscientes da nossa dignidade e da nossa missão, façamos subir nossas orações, confirmando nosso desejo de ser para Deus um povo santo.
Pai amadíssimo, transforma nossos corações, nossas famílias, nossas comunidades e nossa sociedade.
A: Tornai-nos todos santos e um em Cristo.
C: Fonte de vida, sacia a sede da qual sofre nossa sociedade : sede de dignidade, de amor, de comunhão e de santidade.
A: Tornai-nos todos santos e um em Cristo.
C: Espírito Santo, Espírito de alegria e de paz, cura as divisões que um mal uso do poder e do dinheiro gera em nós, e reconcilia-nos nas nossas diversidades de culturas e de línguas. Como filhos de Deus, realiza a nossa unidade.
A: Tornai-nos todos santos e um em Cristo.
C: Trindade de amor, ajuda-nos a passar das trevas à tua maravilhosa luz.
A: Tornai-nos todos santos e um em Cristo.
C: Senhor Jesus Cristo, pelo batismo, nos tornamos um contigo. Por isso, unimos a nossa oração a tua, retomando as palavras que tu mesmo nos ensinaste:
A: Pai Nosso ...

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar, minha vida,
“para ficar parecido verdadeiramente com o Mestre
é necessário assumir a centralidade do Mandamento do amor”.

Bênção
Partilha da Paz
C: Jesus disse:
Vós sois o sal da terra.
Vós sois a luz do mundo.
Que a vossa luz brilhe diante dos outros,
a fim de que vendo vossas boas obras, eles glorifiquem o vosso Pai
que está no céu.
Sejam o sal da terra.
Sejam a luz do mundo.
Que a paz do Senhor esteja sempre convosco.
A: E com teu espírito.
C: Demo-nos um sinal de paz.. e façamos o sinal da Cruz:
Em nome do Pai...

Irmã Patrícia Silva, fsp
patricia.silva@paulinas.com.br

Leitura Orante
6º DOMINGO DA PÁSCOA, 06 de maio de 2018


AMOR VIVIDO NA ALEGRIA: quinta-essência da vida cristã

“Digo-vos essas coisas para que minha alegria esteja em vós
e vossa alegria esteja completa.” (Jo 15,11)

Texto Bíblico: João 15,9-17

1 – O que diz o texto?

O Evangelho deste domingo é desenvolvimento do tema do domingo anterior, ou seja, a videira e os ramos. Jesus explica em quê consiste essa “conexão” dos seus seguidores à Videira verdadeira.
Apresentando como inspiração sua união com o Pai, Jesus vai desvelando a essência de sua mensagem. Sem usar metáforas nem comparações, Ele nos coloca diante da realidade mais profunda da mensagem evangélica: o Amor que, vivido na alegria, é a essência divina que mais nos humaniza.
Trata-se de entrar em sintonia, de “ajustar-se” ao modo de amar de Deus: amor descendente, amor sem fronteiras, oblativo, expansivo... e que se “revela mais em obras do que em palavras” (S. Inácio).
O seguidor e a seguidora de Jesus encontra-se, assim, envolvido, envolvida pelo Amor transbordante de Deus e, ao mesmo tempo, entra no fluxo desse Amor criativo, “descendo” à realidade cotidiana e ali deixando transparecer esse mesmo Amor através dos encontros com os outros.
Portanto, o ser humano, na mística cristã, é o “ponto” no qual convergem o Amor “que desce do alto” e o Amor que flui para o outro, o Amor que vem do outro e o Amor que retorna à sua Fonte.
João põe na boca de Jesus a senha de identidade que distingue os seus seguidores. É o mandamento novo, em oposição ao antigo, ou seja, a Lei. Fica estabelecida a diferença entre as duas alianças. Jesus não manda amar a Deus nem amar a Ele, mas amar como Ele ama.
Na realidade, o mandamento do Amor não é lei que se impõe de fora; mas emana do coração alegre de Deus e de todos nós. É dinamismo expansivo que brota de dentro e nos impulsiona em direção ao outro, sem buscar recompensa.

2 – O que o texto diz para mim?

Não se pode impor o amor por decreto. Todos os esforços que faço por cumprir um “mandamento” de amor estão fadados ao fracasso. A busca deve estar encaminhada a descobrir o Deus que é amor, dentro de mim. No fundo, o evangelho deste domingo está me dizendo que, para o seguidor, a seguidora de Jesus, a primazia é a experiência de Deus. Só depois de um conhecimento intuitivo do que Deus é em mim, poderei descobrir os motivos do verdadeiro amor.
Meu amor será “um amor que responde ao amor de Deus”; e Jesus deixou transparecer esse amor de Deus até o extremo da doação de si. Portanto, amor de Deus é a realidade primeira e fundante: descobri-la e vivê-la, é a verdadeira identidade daquele, daquela que segue Jesus.
Qualquer relação com Deus sem um amor manifestado em obras será pura idolatria. A nova comunidade não se caracterizará por doutrinas, nem ritos, nem normas morais. O único distintivo deve ser o amor manifestado. Jesus não funda um clube cujos membros devem ajustar-se a uns estatutos, mas uma comunidade que experimenta Deus como amor e cada membro n’Ele se inspira, amando como Ele.
Nenhuma outra realidade pode substituir o essencial. Se isto falta, não pode haver comunidade cristã.
Jesus não apresenta este mandato do amor como uma lei que deve reger minha vida, fazendo-a mais dura e pesada, mas como uma fonte de alegria. Quando em mim falta o verdadeiro amor, cria-se um vazio que nada nem ninguém podem preencher de alegria.

3 – O que a Palavra me leva a experimentar?

A alegria é o sentimento central na experiência cristã da Páscoa. Minha alegria é Cristo ressuscitado. Ele é a causa de minha alegria.
A alegria na vida cristã aninha-se e cresce na vivência do mistério pascal. A ressurreição de Jesus causou uma imensa alegria na comunidade dos discípulos. A alegria é contagiosa. Tem uma dimensão social e comunitária. Eu não estou alegre só porque Jesus está vivo, mas porque me fez partícipe de sua ressurreição, de sua nova vida. Assim minha alegria é a alegria de Jesus.
A vida cristã, por vocação e missão, deve ser alegre. Toda ela é profecia de alegria e esperança. A participação afetiva na alegria de Cristo é a forma de expressar o desejo da íntima comunhão no amor que reforça o seguimento. “A alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daquele que se encontra com Jesus. Com Jesus Cristo sempre nasce e renasce a alegria” (Papa Francisco).
Essa alegria, da qual me fala Jesus, não é um simples sentimento passageiro; trata-se de um estado permanente de plenitude e bem-estar por ter encontrado meu verdadeiro ser, luminoso e indestrutível. No encontro com o Ressuscitado surgirá espontaneamente a alegria, que é meu estado natural.
A alegria, portanto, não é um estado de ânimo, mas um estado da pessoa. Por isso, a alegria não é algo que acontece na pessoa: é a pessoa mesma acontecendo é a pessoa alegrando-se.
Só quando descubro quem realmente sou, estou, então, em condições de viver para os demais sem limites. O verdadeiro amor é expansivo, é dom total; e a prova de fogo do amor é o amor ao inimigo. Se há um limite em minha entrega, ainda não alcancei o amor evangélico.

4 – O que a Palavra me leva a falar com Deus?

Senhor, os santos por viverem profundamente fundamentados no amor de Deus, foram testemunhas da alegria. Eles deixaram transparecer que o amor que Deus tem a cada um de nós suscita a alegria e esta motiva dá energia, gera confiança. Este amor é o que me faz sair de mim mesma, reencontrar-me e entregar-me aos demais. E aqui está o “peso” do amor, vigor da alegria.
O amor é o princípio que ordena a vida e a alegria irradia harmonia e bem-estar àqueles que me rodeiam. Existe, portanto, uma relação de reciprocidade entre a alegria e o amor. São como vasos comunicantes: a alegria brota do amor, o amor se expressa na alegria. É na atmosfera da alegria que o mandamento do amor revela seu pleno sentido.
Nisto consiste a verdadeira alegria: sentir que um grande mistério, o mistério do amor de Deus, me visita e plenifica minha existência pessoal e comunitária.
A alegria que brota do amor é a experiência da vida já ressuscitada; e este amor oblativo já não busca seu próprio interesse, mas somente o serviço e a glória do Ressuscitado. O Pai, em seu amor, pronunciou a palavra definitiva de fidelidade que consola e enche de esperança. Seu amor me inunda e ativa a alegria pascal: é preciso devolvê-lo em gratidão e em generosidade para com o próximo.

5 – O que a Palavra me leva a viver?

A alegria sempre indica que a vida está se expandindo, que ganhou terreno, que conseguiu ir além de si mesma. Um sinal de identidade da alegria é o olhar profundo, amplo e expansivo da vida. Mesmo em meio à dor e ao sofrimento, não faltam o bom humor e a ternura. Quem é cristãmente alegre se desgasta menos, integra melhor os acontecimentos, é feliz e faz felizes os outros.
Quem vive na alegria se sente sereno, livre, pensa positivamente, está próximo dos pobres, acolhe as adversidades, integra suas contradições, ama sem pôr condições, louva, canta e bendiz sem cessar.
De fato, a alegria experimentada não me põe na retaguarda nem me acomoda; pelo contrário, me pede que eu seja mais radical nos questionamentos e nos compromissos.
Está em jogo a glória de Deus e a dignidade de seus filhos e filhas.

Fonte:
Bíblia Novo Testamento – Paulinas: João 15,9-17
Pe. Adroaldo Palaoro, sj

Sugestão:
Música: Amar como Jesus amou – Fx 06 (05:04)
Autor e Intérprete: Padre Zezinho, scj
CD: Histórias que conto e canto
Gravadora: Paulinas Comep

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