sexta-feira, 13 de abril de 2018

Meeting Points: 56ª AG traz conversa sobre Ano do Laicato


O Segundo “Meeting Point” desta 56ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), aconteceu nesta sexta-feira, 13 de Abril e trouxe como o tema: “As experiências do Ano do Laicato no Brasil”. Participou do bate-papo com os jornalistas o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato e Bispo de Caçador (SC), Dom Severino Clasen e da Presidente do Conselho Nacional de Leigos da CNBB, Marilza Schuina.
Dom Severino abordou que a grande maravilha que a Igreja quer destacar e colocar em evidencia é o protagonismo dos leigos e leigas na Igreja e na sociedade. “O protagonismo do laicato é convidado a testemunhar o Evangelho de Cristo e redescobrir que é Jesus de Nazaré esse que depositamos o nosso desejo de sermos pessoas do bem”. Ele explicou que colocaria o Ano do Laicato dentro de três documentos importantes que a CNBB oferece: Docs 100, 105 e 107.


No Documento 100 que fala de comunidades de comunidades para uma nova paróquia é observada a logística, o ambiente onde o Evangelho é anunciado, que é formado pela maioria dos leigos e leigas. Já levando em consideração o Documento 105, observa-se como um combustível da Nova Evangelização que nasce a partir do Concílio Vaticano II. “Leigos atuam, vivenciam, participam, servem como Igreja ao Evangelho de Cristo”, lembra.
Outro aspecto importante é que Dom Severino aborda a questão de que os leigos são os grandes protagonistas, não mais como objeto ou pertencentes da Igreja, mas os leigos SÃO Igreja. “Temos de encurtar distâncias entre o clero e o laicato, pois todos somos cristãos, existem os ministérios comuns, mas o mais bonito é que todos somos batizados e não podemos imaginar duas categorias de cristãos. Uma superior, o clero, e outra inferior, o laicato. Isso não existe dentro da lógica do batismo. Igreja é povo de Deus que também é coordenado e acompanhado pelo clero, existem as diferenças dos serviços, da entrega e das responsabilidades apenas”, analisa o Bispo.
Dentro deste contexto o documento 107, também se coloca dando indicações de como levar Jesus ao mundo e iniciar aqueles que querem anunciar. “Entra catequese, formações litúrgicas e pastorais, toda uma estrutura nova de Igreja que exige um animar necessário”.
Segundo o Bispo referencial há uma percepção pelas andanças em todo o Brasil, que o laicato assumiu e aderiu ao Ano Nacional. Ele agradeceu a contribuição da mídia católica. “Que neste ano olhemos primeiro para a nossa própria fé e quem nos conduz. É preciso brilhar, iluminar irradiar, mas a luz não é própria é de Cristo. Esse brilho tem de ser espalhado”, finaliza.
Dom Severino finalizou a participação com a mensagem de que o Ano Nacional traga um novo rumo e uma nova sociedade e um jeito mais comprometido de seguir Jesus Cristo”.

Programação intensa


Marilza Schuina participou comentando sobre os desdobramentos e o que está previsto para o Ano do Laicato. “No documento 105, os bispos falaram de aprofundamento e abertura do ano do Laicato aprimorando a participação, estimulando a missão, refletindo avanços e retrocessos para fazer crescer a participação e o protagonismo dos leigos na corresponsabilidade e na comunhão de todo o povo de Deus. O queremos é que toda a Igreja configure e confirme esta eclesiologia de povo de Deus, que possamos entender que o protagonismo é contribuir para que a unidade e a comunhão seja vivida”, reforçou.
Ela também falou que o Ano do Laicato quer propiciar a celebração da presença e da organização dos leigos, aprofundar a identidade, vocação, espiritualidade, a missão e cada vez mais intensificar que toda a Igreja realmente reconheça e confirma o leigo como sujeito eclesial.
Desde o processo de abertura do Ano Nacional do Laicato, durante a Festa de Cristo Rei em 2017, não houve apenas preparações de atividades isoladas, mas diversas manifestações em todo o Brasil, além do 14º Intereclesial, a própria Campanha da Fraternidade tem o foco da atuação dos leigos, que faz parte da nosso rotina organizativa.
Foi pensada uma programação com dois enfoques, tanto no âmbito eclesial, quanto no âmbito da sociedade, pois são vários seminários programados para acontecer nos regionais de todo o Brasil, abordando diversos temas, como, por exemplo, o Papa e o Laicato, o terceiro ano da laudato si, os âmbitos, seminários temáticos que abordam questões sobre os espaços de atuação, seminários sobre os 50 anos de Medelín e os 10anos da conferencia de Aparecida.
A novidade é que ainda estão preparados mais dois grandes eventos. O primeiro é a Semana Missionária da Igreja em saída, pensada para acontecer de 22 a 29 de julho.
De acordo com Marilza o evento que ser um retiro popular em que não só as comunidades se encontram para círculos bíblicos e orações, mas também para atingir os espaços onde os leigos vivem e trabalham. “Para cada dia uma temática: família e trabalho, depois mundo e politica, em seguida educação e comunicação”, detalha.
Outro grande evento é para a Solenidade de Cristo Rei de 2018. “Temos um desafio de organizar uma assembleia nacional dos organismos do povo de Deus, de 22 a 25 novembro, em Aparecida, encerrando com uma Romaria”, conta Marilza.

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