quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 14/12/2017

ANO B


Mt 11,11-15

Comentário do Evangelho

O anúncio de João Batista

Na humanidade de Jesus, Filho de Deus encarnado, o Pai assume a humanidade toda, com todos os seus valores, em tudo que é bom, digno, justo e verdadeiro. Jesus, em sua vida e em sua missão, incorpora todos estes valores no seu convívio com as pessoas. Vendo a autenticidade de João Batista, Jesus vai ao seu encontro para ser batizado por ele e se faz seu discípulo, no que foi confirmado pelo Espírito Santo. No início de seu ministério, Jesus assume o mesmo anúncio de João, que é a proximidade do Reino dos Céus.
Os discípulos de João Batista o seguiam porque viam nele um grande, ou o maior, profeta. É o profeta popular, como Elias, que derruba as ideologias e os ídolos do poder e prepara o caminho para Jesus. Jesus o reconhece, porém, algo maior que dá plenitude à proposta e ao testemunho de João é a adesão e entrada no Reino dos Céus, proclamado por Jesus como já presente entre nós, no qual se participa da própria vida de Deus. O menor no Reino dos Céus é maior do que João Batista. É o Reino, não de um chefe poderoso que domina e oprime os demais, mas da comunidade que vive a justiça e o amor, na liberdade, de modo solidário e fraterno, na comunhão entre irmãos e com Deus, em uma dimensão de eternidade.
José Raimundo Oliva
Oração
Pai, dá-me força para combater os vícios e os pecados que me impedem de aderir plenamente ao teu Reino, e para suportar a violência dos que se opõem a ti.
Fonte: Paulinas em 13/12/2012

Comentário do Evangelho

Inicia uma nova etapa na história da salvação.

Nosso texto do evangelho é a continuidade do episódio em que João Batista, da prisão, envia os seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu o que há de vir ou devemos esperar um outro?” (Mt 11,3). Tendo presente o relato evangélico, a dúvida de João é compreensível, pois Jesus não correspondia exatamente às exortações que ele fazia na sua pregação no deserto, próximo do rio Jordão (cf. Mt 3,7-12). “Aquele que vem” é uma designação cristã do Messias. Humanamente, não houve personagem tão grande, tão importante como João Batista, precursor do Messias. É o grande personagem do passado de Israel. No entanto, o menor dos cristãos é maior que ele em dignidade, em razão de sua pertença ao Reino dos Céus, que cria uma nova ordem nos critérios humanos privilegiando os pequenos. O dito de Jesus supõe que João faça parte de outra etapa da história da salvação (cf. Lc 16,16). Efetivamente, desde João o Reino sofre violência: João é preso e decapitado e Jesus será perseguido e crucificado. Com João, inclusive, vigora o tempo da profecia e da promessa; a partir dele, considerado Elias, precursor do Messias, tem início uma nova etapa na história da salvação: o tempo do cumprimento da promessa com o advento do Filho de Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me força para combater os vícios e os pecados que me impedem de aderir plenamente ao teu Reino, e para suportar a violência dos que se opõem a ti.
Fonte: Paulinas em 11/12/2014

Comentário do Evangelho

Jesus tem João Batista em grande estima. Nosso texto do evangelho é a continuidade do episódio em que João Batista, da prisão, envia os seus discípulos para perguntar a Jesus: “És tu o que há de vir ou devemos esperar um outro?” (Mt 11,3). Tendo presente o relato evangélico, a dúvida de João é compreensível, pois Jesus não correspondia exatamente às exortações que ele fazia na sua pregação no deserto, próximo ao rio Jordão (cf. Mt 3,7-12), e, portanto, à expectativa de determinado modelo de Messias. “Aquele que vem” é uma designação cristã do Messias. Humanamente, não houve personagem tão grande, tão importante como João Batista, precursor do Messias.
É o grande personagem do passado de Israel. No entanto, o menor dos cristãos é maior que ele em dignidade, em razão de sua pertença ao Reino dos Céus que cria uma nova ordem nos critérios humanos, privilegiando os pequenos. O dito de Jesus supõe que João faça parte de outra etapa da história da salvação (cf. Lc 16,16). Efetivamente, desde João o Reino sofre violência: João é preso e decapitado, e Jesus será perseguido e crucificado. Com João, inclusive, vigora o tempo da profecia e da promessa; a partir dele, considerado como Elias, precursor do Messias, tem início uma nova etapa na história da salvação, o tempo do cumprimento da promessa com o advento do Filho de Deus.
Pe. Carlos Contieri, sj, em ‘A Bíblia dia a dia 2015’, Paulinas.
Fonte: Comece o Dia Feliz em 10/12/2015

Vivendo a Palavra

João encerra a antiga aliança. A Nova é trazida por Jesus de Nazaré. O Reino do Céu é anunciado agora, não mais como promessa, mas como realidade interior ao ser humano: ele não virá com sinais externos, pois está – já está! – dentro de nós, que esperamos sua plenitude no abraço do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2012

VIVENDO A PALAVRA

João Batista é o nome da transição entre as alianças: o ‘maior entre os nascidos de mulher’ (Primeiro Testamento), é, contudo, menor do que o ‘menor no Reino do Céu’ (Segundo Testamento). Com Jesus de Nazaré chegou para nós a plenitude dos tempos, o Messias nasceu em Belém!

Reflexão

Um dos personagens mais importantes para a nossa reflexão durante este tempo do Advento é João Batista, o maior dentre os nascidos de mulher. João é o último profeta do Antigo Testamento, o mensageiro que é enviado por Deus para ser o precursor do Messias, aquele que tem como missão preparar os seus caminhos. Mas quem é do Reino dos céus é maior do que ele, todos aqueles que vivem segundo a nova aliança é maior que João, porque a nova aliança é a aliança perfeita, enquanto a antiga aliança é imperfeita.
Fonte: CNBB em 11/12/2014

Comentário do Evangelho

A VIOLÊNCIA DO REINO

Como entender a afirmação de Jesus, segundo a qual "o Reino sofre violência e são os violentos que o conquistam"? Pensou-se tratar das duras renúncias exigidas dos discípulos do Reino; da violência dos que querem estabelecer o Reino pela força das armas, como queriam os zelotas; da tirania dos poderes demoníacos (dos homens perversos) que resistem ao Reino, apoderando-se dele e impedindo que outras pessoas façam parte dele, e o Reino cresça; do Reino abrindo caminho pelo mundo com violência.
Por um lado, quando Jesus começou a pregar, nos dias de João Batista, muita gente se converteu, esforçando-se para entrar no Reino. Tratando-se de uma proposta dura e exigente, era impossível acolhê-la sem abrir mão dos projetos pessoais e sem se predispor a "tomar, cada dia, a própria cruz" e pôr-se a seguir Jesus. Portanto, nada de contemporizar com o egoísmo e a maldade que corrompem o coração humano.
Por outro lado, desde o início de seu ministério, o Mestre viu-se às voltas com a violência das forças do anti-Reino, articuladas para neutralizá-lo, de modo a impedir que muitas pessoas entrassem nele. A trágica morte de João Batista serviu de presságio para o destino de Jesus.
O discípulo experimenta, pois, dois níveis de violência: um interno, enquanto combate seus vícios e pecados; e outro externo, enquanto é vítima da maldade dos inimigos do Reino.
Oração
Pai, dá-me força para combater os vícios e os pecados que me impedem de aderir plenamente ao teu Reino, e para suportar a violência dos que se opõem a ti.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Despertai, ó Deus, os nossos corações, a fim de prepararmos os caminhos do vosso filho, para que possamos, pelo seu advento, vos servir de coração purificado. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Dom Total em 11/12/2014

Comentário do Evangelho

O MENOR NO REINO

A figura impressionante de João Batista deu margem para Jesus explicitar a dignidade dos discípulos do Reino. Sem sombra de dúvida, João foi uma figura ímpar. A radicalidade com que exerceu seu papel de precursor foi exemplar. Seu estilo de vida era uma clara demonstração de que não pactuava com mundanalidades. Sobretudo, possuía uma tal liberdade interior que o levava a não hesitar quando se tratava de denunciar o pecado e a injustiça, sem temer quem estava sendo denunciado. É compreensível que Jesus o tenha considerado o maior dentre os nascidos de mulher.
Apesar disso, o menor discípulo do Reino pode-se considerar como maior do que João Batista. Por quê? Porque o Batista permaneceu no âmbito da esperança. Preparou o advento do Reino em Jesus, sem ter-se tornado discípulo do Reino. Em muitos aspectos, o Reino superou suas expectativas e foi além do que ele pregava. Na pessoa de Jesus, esse Reino concretizou-se em forma de total senhorio de Deus e a conseqüente entrega amorosa de si mesmo ao serviço da humanidade. Daí a possibilidade de um discipulado mais consistente, não mais provisório, mas definitivo. Quem pôde descortinar o Reino anunciado por Jesus, foi muito maior do que quem permaneceu no imediatismo escatológico, próprio da pregação de João. Neste sentido, o menor discípulo do Reino é maior do que João.
Oração
Senhor Jesus, que a consciência da minha dignidade de discípulo do Reino me faça maior no amor e no serviço ao meu próximo.
Fonte: Dom Total em 10/12/2015

Meditando o evangelho

UM NOVO TEMPO

A presença de Jesus na História corresponde à chegada de um tempo novo. João Batista marca o fim dos tempos antigos, em que as pessoas pautavam suas ações pela Lei e os Profetas, modo de referir-se ao Antigo Testamento. Em outras palavras, a Lei mosaica, de várias formas interpretada e reinterpretada, vivia seu ocaso, pois despontava, no horizonte, algo novo.
Embora tenha sido o maior de todos os nascidos de mulher, João Batista pertencia ao antigo sistema. Chegou ao limiar do Reino, sem poder herdá-lo. Foi o precursor do Messias, sem chegar a ser seu discípulo. Por isso, "o menor no Reino dos céus é maior que João".
Em todo o caso, é preciso dar ouvidos ao Batista. Seu estilo de vida e sua pregação fazem dele o Elias esperado para o fim dos tempos. O urgente convite à conversão e o batismo propostos por ele visam predispôr o coração humano para acolher o Messias que vem. Converter-se do egoísmo e da falta de solidariedade, e submeter-se ao banho purificador era a melhor forma de pôr-se em dia para o tão esperado advento.
Só os violentos, isto é, os pertinazes, estão em condições de preparar-se, devidamente, para acolher o Reino dos Céus. Ou seja, apenas quem se dispõe a fazer escolhas radicais e a se comprometer, sem restrições, estará em condições de beneficiar-se da novidade instaurada por Jesus. Sem persistência é impossível libertar-se da tirania da maldade e do egoísmo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de fortaleza e decisão, dá-me coragem para romper os laços da maldade e do egoísmo, que me impedem de acolher, com firmeza, a novidade trazida por Jesus.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O elogio de Jesus a João
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O evento mais importante do Antigo Testamento é o relato da Libertação dos Hebreus da escravidão do Egito, no livro do Êxodo. Um fato grandioso e inexplicável onde o Faraó e todo o seu poderio acaba submetido a ação de Deus pois se este não intervém, jamais aquele povo seria liberto. Essa ação libertadora serve como referência e motivação em todos os eventos futuros quando o Povo estava perdendo a esperança, vinha um Profeta e lembrava do Poder do Deus de Israel, como faz na primeira Leitura o Profeta Isaias, preparando o Povo para o retorno do Exílio da Babilônia. Para ver o homem livre, vivo e feliz, Deus faz proezas, até abrir rios na secura do deserto.
João Batista pertence a este tempo em que Deus age através de homens, entretanto, como o último dos profetas do A.T ele anuncia algo totalmente novo que é a Salvação que virá com o Messias.
O elogio de Jesus a João procede, ele não anuncia que Deus irá agir na ação dos homens, mas que Deus irá agir como homem. Um Homem Divino a partir de agora estará com todos e com cada homem, para fazer acontecer de maneira plena a obra libertadora, prenunciada na libertação da escravidão do Egito.
Entretanto, por aqueles tempos e hoje principalmente, muitos achavam que o homem se salva por si mesmo, sem que seja necessária a intervenção de Deus. Os que acreditaram nesse anúncio, e que são os primeiros a “invadir” o Reino, junto com Jesus, são pessoas que veem em Jesus o único Salvador, justamente os considerados impuros e perdidos, excluídos da prática religiosa tradicional.
Estes, os impuros e pecadores, são maiores do que João, porque foram os primeiros beneficiados pela Salvação. Doravante é apenas e unicamente a Fé no Salvador, que tornará grande quem é pequeno. É este o caso de cada homem e mulher que vive hoje a sua Fé, conscientes de que não conseguiram atender o chamado á Santidade que Deus lhes fez, mas alimentam a grande esperança de que um dia a alcançarão, pela ação da Grata Santificante.

2. O menor no Reino dos Céus é maior do que ele
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Neste mundo ninguém é maior do que João Batista, mas no Reino dos Céus o menor é maior do que ele, enquanto ele fizer parte deste mundo. A Primeira Aliança esteve em vigor até os dias de João, e ele a encerra. A partir de então terá início a Nova Aliança em Jesus Cristo. Ele, como precursor, realiza o papel do profeta Elias, que precede a vinda do Messias. Do início dos dias de João até este momento, os violentos opõem-se ao Reino de Deus e tentam arrebatá-lo. Esta oposição foi marcante no tempo da Igreja primitiva e se prolonga até o dia de hoje. Os violentos, porém, podem não ser opositores agressivos que se impõem sobre os outros. São conquistadores. O Reino dos Céus é um dom e é uma conquista. Sua posse é de alguma forma resultado de uma batalha, por isso ele sofre violência e os violentos o arrebatam. É conquistado por gente forte e batalhadora. A luta começa em casa. Num esforço lento e prolongado o violento vence a si mesmo para conquistar o Reino, matando na sua própria carne a inimizade para que o mundo seja feito de amigos. A virtude supõe esforço e os santos a praticaram com heroísmo. Propostas medíocres atraem seguidores medíocres, incapazes de trilhar caminhos ásperos para atingir os astros. Grandes propostas, como a do Reino, atraem “violentos”, que vencem a si mesmos e os obstáculos, e arrebatam o Reino.

HOMÍLIA DIÁRIA

Lute pela sua santidade de vida!

Postado por: homilia
dezembro 13th, 2012

Pela encarnação, Deus assume não só a humanidade individualizada de Jesus, mas a humanidade toda, com todos os seus valores, em tudo que é bom, digno, justo e verdadeiro. Jesus, em sua vida e missão, incorpora todos esses valores no seu convívio com as pessoas. Vendo a autenticidade de João Batista, o Filho de Deus vai ao encontro dele para ser batizado e se faz seu discípulo, o que foi confirmado pelo Espírito Santo.
A atitude de Jesus, ao ser batizado por João, tem um significado peculiar: era necessário que Ele seguisse todos os parâmetros humanos, menos no pecado. Desde o início de Seu ministério, Jesus assume o mesmo anúncio de João, que é a proximidade do Reino dos Céus.
Os discípulos de João Batista o seguiam, porque viam nele um grande profeta. Jesus reconheceu a grandeza dele, porém, algo maior do que a proposta e o testemunho de João são a adesão e participação no Reino dos Céus, proclamadas por Jesus como já presente entre nós e por meio do qual se participa da própria vida de Deus.
O menor no Reino de Deus é maior do que João Batista. Mais importante que seguir João é entrar no Reino dos Céus, da justiça e do amor, ter vivido em comunhão com os irmãos e com Deus numa dimensão de eternidade.
João Batista é, como Elias, o profeta popular que derruba os ídolos do poder social, econômico, político, militar; e prepara o caminho para Jesus, que é o próprio Caminho, a Verdade e a Vida que nos conduz à plenitude do Reino de Deus.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 13/12/2012

Oração Final
Pai Santo, eu quero ouvir a tua Palavra. Sintoniza meus ouvidos na freqüência de teus profetas, para que eu possa discernir o Bom Caminho e segui-lo, levando comigo os companheiros que colocaste ao meu lado na caminhada por este mundo cheio de encantos. Por Jesus Cristo, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 13/12/2012

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos violentos na nossa ‘guerra santa’ – a conquista do teu Reino, que Jesus revelou estar dentro de nós. Anima a nossa luta contra o egoísmo, o comodismo e o apego às riquezas, para seguirmos o mesmo Jesus, o Cristo teu Filho que se fez nosso Irmão, Caminho, Verdade e Vida, e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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