domingo, 15 de outubro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 15/10/2017

ANO A


Mt 22,1-14

28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Ano A - Cor Verde

“O Senhor Deus eliminará pra sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces.”

Ambientação

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL PULSANDINHO: Depois da trilogia da Vinha do Senhor, a Liturgia nos conduz para o banquete e, neste sentido, o primeiro pensamento é de festa e alegria: “felizes os convidados para o banquete”. Não um banquete qualquer, mas o banquete de casamento do filho do rei. Quem é merecedor de tanta honra? Aqueles que são muito próximos do rei. Quem seria capaz de negar tal convite? Aqueles que vivem em função de si próprios e, tanto pensam em si, a ponto de negar a festa da convivência ao redor de uma mesa, onde tudo é fartura e congraçamento.

INTRODUÇÃO DO FOLHETO DOMINICAL O POVO DE DEUS: Irmãos e irmãs, fomos convidados para o Banquete Eucarístico, memorial da Páscoa de Jesus e sinal permanente do amor de Deus por nós. Aceitamos o convite e aqui estamos para participar desta Ceia que nos alimentará com o pão e vinho de nossa salvação. Agradeçamos ao Bom Pastor que, a cada domingo, nos convida e nos reúne ao redor de sua Mesa Santa para nos nutrir e nos encher da Vida, no seu Espírito. Neste mês missionário, ofereçamos ao Senhor nossos esforços para que a Igreja de São Paulo seja, cada vez mais, testemunha do Evangelho da cidade.

INTRODUÇÃO DO WEBMASTER: O tema da "convocação" e da "reunião" universais percorre a Escritura em todos os seus livros e define a experiência tanto de Israel como da Igreja. O povo eleito percebe a unidade como a de uma reunião continuamente provocada pela convocação de Javé. O quadro dessas reuniões é quase sempre cultural e sacrifical e se reporta à grande reunião na qual se concluiu a aliança, e preludia a reunião escatológica universal. Quando os profetas evocam o futuro messiânico, apelam para o tema da assembléia em que Javé reunirá não só as doze tribos de Israel, mas todas as nações da terra. A Igreja é a Assembléia de todas as Nações, pois o desígnio de reunião de todas as nações se realiza em Cristo. A reunião universal se fará em torno do Cristo Crucificado, que ressuscita dos mortos.

Comentário do Evangelho

Apelo à conversão

Como na parábola precedente, aqui também há insistência: por três vezes os servos do rei saem para chamar os convidados para a festa do casamento do seu filho (vv. 3.4.9). Certamente, o tema principal é o apelo que Deus faz aos judeus por meio de Jesus - eles o rejeitaram ¬- e, ao mesmo tempo, a participação dos pagãos no banquete do Reino dos céus. A iniciativa do convite é de Deus; participar do seu Reino não é mérito de ninguém. Mas entre os convidados havia um que não trajava a roupa de festa: “Como entraste, aqui, sem o traje de festa?” (v. 12). Trata-se de um apelo à conversão – este é o significado da expressão “traje de festa”. Em Jesus, servo de Deus, o Senhor dirige o seu convite a todos para entrarem no seu Reino, mas nem todos o aceitaram.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti.
Fonte: Paulinas em 22/08/2013

Vivendo a Palavra

Não importa em que encruzilhada de caminhos nós nos encontramos, o convite chegou até nós. O banquete está servido! Preparemos o nosso traje nupcial – amando nossos irmãos como Jesus amou, servindo-os com generosa solicitude e partilhando os bens que nos foram emprestados pelo Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/08/2013

Vivendo a Palavra

A festa está preparada e nós somos os convidados. O Pai envia mensageiros para nos avisar que está tudo pronto, apenas nos aguardando. O que esperamos? Preparamos a nossa veste nupcial para o encontro com o Senhor? Nós apenas confessamos com os lábios que Cristo é o Senhor, ou estamos seguindo o Caminho de Jesus de Nazaré?
Fonte: Arquidiocese BH em 18/08/2016

VIVENDO A PALAVRA

O convite está feito e o banquete preparado. Qual tem sido a nossa reação? Estamos nos preparando para comparecer à grande festa e aprontando a nossa veste nupcial? Ou estamos absorvidos pelas seduções passageiras oferecidas pela sociedade de consumo e distraídos pela ganância de poder?

Reflexão

A proposta de Jesus é feita para todas as pessoas de boa vontade, mas exige resposta incondicional e adesão aos valores do Reino e ao seu projeto. Muitos valores da sociedade atual apresentam-se como concorrentes aos valores do Reino e fazem com que outras escolhas sejam possíveis, assim como a possibilidade de rejeição do projeto de Cristo. Mas também acontece que algumas pessoas dão a sua adesão ao projeto de Jesus, no entanto se tornam pessoas divididas porque não conseguem deixar os valores anteriores e a suas vidas são caracterizadas pela duplicidade. Essas pessoas participam do banquete, mas as suas vestes não são apropriadas.
Fonte: CNBB em 18/08/2016

Meditação

Temos consciência de que os dons que Deus nos dá são para serem colocados a serviço? - Será que não corremos o risco de, às vezes, querer tirar vantagem em proveito próprio dos dons que Deus nos dá? - O que faz quando percebe um certo desânimo no servir? - Será que temos consciência de que nossa vida tem que ser portadora de paz? - Você tem coração agradecido para com aqueles que servem em sua comunidade? Colabora com eles?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário em 22/08/2013

Meditando o evangelho

CHAMADOS E ESCOLHIDOS

O pano de fundo da parábola evangélica é a obstinada recusa, por parte de certas facções judaicas, de acolher Jesus e deixar-se tocar por suas palavras. Tal atitude com relação ao Filho pode ser interpretada dentro de um contexto histórico mais amplo. Assemelha-se à atitude do povo de Israel, ao longo da História, com relação ao Pai. Logo, nenhuma novidade! Apenas deixam patente sua dureza de coração para acolher os apelos de Deus, nos seus variados modos e nos mais diferentes momentos da História.
O lauto banquete preparado pelo rei, por ocasião das bodas de seu filho, revela o imenso amor de Deus por seu povo eleito. O reinado de Deus apresenta-se, portanto, sob a figura de um banquete de bodas.
A reação dos convidados, porém, é surpreendente: recusam-se a participar desta festa, dando mais importância a seus negócios pessoais. E, para o cúmulo do absurdo, até chegam a insultar e a matar os servos do rei – os profetas – enviados para convidá-los ao banquete.
Não é de se admirar que o rei tenha punido exemplarmente aqueles servos insensatos, e tenha convidado para o banquete outras pessoas, mais sensíveis a seu convite.
Quem teve a honra de ser chamado, acabou por não ser escolhido para participar do Reino de Deus instaurado por Jesus. Escolhidos foram os pecadores que vagavam sem rumo pelos caminhos do mundo.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, toca meu coração para que eu me abra aos apelos de Jesus, o qual me convida, insistentemente, a aderir ao teu Reino e a participar das alegrias que dele provém.

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. A hora da Festa...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Quem é que tem coragem de recusar a um convite para uma festança, feito por uma pessoa muito especial? O churrasco já está no ponto, o chope geladinho e esperando para ser bombado para o copo, a comida especial, regada a iguarias já está nas panelas, cheirando a gostoso, a um canto uma mesinha com aquelas batidas deliciosas, e ainda mais, uma banda musical de primeira já está no palco, a espera da platéia... e como se não bastasse tudo isso, lá pelas tantas vai rolar um bailão que promete varar noite a dentro, e de madrugada será servido um café colonial. "Se perder uma festa assim, vou chorar três dias sem parar" dizia um amigo, naqueles tempos em que a gente dava uma de penetra... e depois se mandava de fininho na hora que a bendita gravata do noivo vinha vindo...
Deus preparou algo de maravilhoso para o ser humano, algo que os olhos jamais contemplaram como nos diz o apóstolo Paulo, nada há neste mundo que possa corresponder à beleza dessa vida plena em Deus. E tudo começou com a encarnação de Jesus Cristo a festança já começou aí... e teve alguns que não entenderam. E olhe que Deus não guardou segredo da surpresa que queria fazer á humanidade, desde o tempo mais antigo já vinha anunciando, dando sinais de que esse tempo chegaria. Os convidados especiais reagiram da pior maneira possível, porque tem mais essa ainda, no começo a Festa não era para todos, só para os privilegiados de Israel, eles foram os primeiros a quem Deus manifestou o seu amor, isso é inegável!
Mas quem diria, no tempo das promessas até que acreditaram, apesar dos percalços, mas quando chegou o tempo da feliz realização, quando a festa iria começar prá valer, uns foram trabalhar no campo, outros foram negociar, e outros mais estressados agrediram os servos e os mataram... E quem pensou que o Dono da Festa ia cancelar tudo, se enganou, se os "bacanas" e os "bonitões" não deram a mínima, o Senhor mandou abrir os portões da sua casa e convidou a todos os que estavam parados pelas esquinas, o convite continua sendo especial, mas agora, basta que o convidado aceite: "Por favor, venham na minha casa comer, beber, dançar, ouvir músicas e se divertir até o amanhecer, tem muita comida e bebida, quero que todos participem da minha alegria, pois meu Filho celebra suas núpcias...
Bom, os novos convidados atenderam rapidinho esse convite tão bom, parecia aquelas liquidação das grandes lojas, o povão invadiu mesmo, e a sala do banquete ficou lotada. Até aqui tudo bem, mas daí no versículo final parece que baixou o mau humor no Patrão, ele flagrou um sujeito que não estava vestido com a veste nupcial, e não só botou o cara prá correr como ainda mandou amarrar o coitado e jogá-lo lá fora na escuridão....E o evangelho conclui, "muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos"
Que negócio é esse? Se o coitado foi convidado em uma esquina, claro que estava vestido meio de qualquer jeito, ninguém falou que os convidados tinham de vestir alguma roupa especial... E parece que o evangelho termina sem graça... Com um final não muito feliz, pelo menos para o sujeito que não estava com a roupa adequada...
Bom; aqui vamos esquecer-nos do sentido literal do texto e da história da Festa, isso é só um modo das comunidades de Mateus refletirem que em Jesus Cristo, Deus chama a todos os homens, sem nenhuma distinção, para virem participar com ele, de uma vida em comunhão, que já começa nessa vida, e que um dia chegará a sua plenitude...Tentar viver uma forma de Cristianismo. que não tenha a Jesus Cristo e seu evangelho, como referência de vida, é dar uma de "bicão" nessa Festa, São Paulo em sua teologia Batismal, chama isso de "REVESTIR-SE do homem novo, revestir-se de Cristo, e sem essa roupa nova que nos transforma em outro Cristo, e que nos configura totalmente a ele, seu jeito de pensar e seu modo de agir, seremos sempre "Penetras" no Reino, e corremos o risco de ficar de fora, justo no melhor da Festa...
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail jotacruz3051@gmail.com

2. Pois muitos são chamados, mas poucos são escolhidos
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Nossa Igreja é missionária. Isto significa que ela está profundamente enraizada em nosso mundo, a serviço da humanidade. Ela não vive para dentro. Ela vive para fora, por isso é missionária. Ela presta um bom serviço porque sabe, por revelação, que há uma festa preparada para todos, e sabe que alguns podem perder a festa. O trabalho é desafiador porque alguns não dão importância à participação na festa. Ou são ignorantes e não sabem o quanto ela vale, ou são arrogantes e pensam que sem eles não haverá festa. Jesus conta então a parábola do rei que preparou a festa do casamento do seu filho e os convidados não quiseram vir, “não deram a menor atenção”, diz o texto. O rei reage e manda seus empregados saírem pelos caminhos e chamarem quem eles encontrarem, maus e bons, e a festa acontece. Se os convidados pensaram que não haveria festa sem eles, enganaram-se. Eles não eram os donos da festa. Aí está o missionário, chamando para a festa, trabalhando para que ela aconteça, e que ninguém deixe de participar por ignorância ou arrogância. É um grande banquete para gente livre, alegre e feliz. Será para Israel e todos os povos no monte de Jerusalém. O profeta Isaías nos faz saber que Deus preparou, em Jerusalém, um banquete para todos os povos. Sendo missionários, vamos anunciar o que está para acontecer: um banquete para todos. Vamos levar o convite a todos, porque, com o banquete, Deus abrirá as correntes que prendem os povos, destruirá a morte e acabará com o pranto. Israel, em particular, vai recuperar a sua honra. O que sabemos pela boca do profeta não guardamos somente para nós. Anunciamos aos quatro ventos. A tarefa do missionário não é fácil, mas ele “tudo pode naquele que lhe dá força”. Faz o seu trabalho em qualquer situação porque aprendeu a viver na penúria e na abundância. Ele é absolutamente livre e dedica-se a uma causa: anunciar a toda a humanidade que o banquete está preparado, levando todos a querer participar da festa. A parábola do traje da festa mostra mais uma dimensão da ação missionária: que todos participem da festa devidamente vestidos. O Apocalipse fala de gente vestida de túnica branca, lavada no sangue do Cordeiro. Estaremos bem vestidos se guardarmos as nossas convicções de fé. Mateus junta duas parábolas: a do banquete e a da veste apropriada para a festa. A parábola da veste diminui o impacto da parábola inicial. Isto é próprio de Mateus. A parábola do banquete diz simplesmente que, apesar da recusa de alguns, a festa aconteceu com quem nunca se imaginou numa festa assim, independentemente de ser bom ou mau. Afinal, Deus é perfeitamente livre em suas decisões.

REFLEXÕES DE HOJE


15 DE OUTUBRO-DOMINGO

VEJA AQUI MAIS HOMILIAS DESTE DOMINGO

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, faze-nos conscientes de que a nossa felicidade é estar junto a Ti em teu Reino de Amor todos os dias da nossa vida e que tudo o que somos ou temos deve ser posto a serviço dos irmãos, para a concretização desse desejo maior. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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