domingo, 15 de outubro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 16/10/2017

ANO A


Lc 11,29-32

Comentário do Evangelho

O apelo é de não subordinar a fé em Jesus a nenhum prodígio.

O sinal requerido de Jesus de que se fala aqui corresponde à terceira tentação (Lc 4,9-12); seria um gesto grandioso e espetacular que levaria as pessoas a crerem na sua divindade. A multidão que acorre a Jesus busca um sinal (cf. Lc 11,29). A esta solicitação Jesus responde: “… nenhum sinal lhe será dado a não ser o sinal de Jonas” (Lc 11,29). Lucas explicita o sentido deste sinal: “Assim como Jonas tornou-se um sinal para os ninivitas, do mesmo modo o Filho do Homem será um sinal para esta geração” (Lc 11,30). Trata-se de um chamado à penitência, em vista da salvação. Convenhamos, isso é muito diferente de um prodígio. Diante do anúncio de Jonas aos ninivitas, fizeram penitência e acreditaram em Deus (Jn 3,4). O apelo é de não subordinar a fé em Jesus a nenhum prodígio. Os seus gestos e palavras são o que faz dele alguém digno de confiança, e são sinais que revelam sua filiação divina.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, quero estar pronto para ouvir os apelos de Jesus que me chama à conversão, a fim de me dispor, com generosidade, a viver em comunhão contigo, no teu Reino.
Fonte: Paulinas em 14/10/2013

Vivendo a Palavra

Não poucas vezes nós nos perdemos em busca de sinais extraordinários para reforçar a nossa fé, esquecidos de ver, na normalidade do cotidiano, que a vida e a fé são dons maravilhosos oferecidos pelo Pai, diante dos quais deveríamos silenciar, admirados, cheios de gratidão e encantamento.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/10/2013

VIVENDO A PALAVRA

Pedir um sinal de Deus é a tentação que muitas vezes nos vence. Somos incapazes de escutá-lo, cegos para perceber sua presença paterna na natureza, na humanidade, na história, nos sinais dos tempos e, muito especialmente, em Jesus de Nazaré, na Igreja e dentro de nós mesmos. Então, pedimos milagres…

Reflexão

Para muitas pessoas, Deus deve manifestar-se constantemente para todos, pois somente assim o mundo poderá crer. Na verdade, essas pessoas querem uma demonstração evidente da existência de Deus e da sua presença no nosso dia a dia, porém o Evangelho de hoje nos mostra que assim como Jonas foi um sinal para os ninivitas, Jesus é um sinal para nós, e Jonas foi um sinal para os ninivitas apenas por suas palavras, que os ninivitas ouviram e creram. Deste modo, Jesus é um sinal para nós por sua palavra e é nela que devemos crer e não ficar exigindo que ele fique realizando "milagres" para que fundamentemos a nossa fé.
Fonte: CNBB em 14/10/2013

Meditação

Você ainda precisa de sinais para acreditar em Jesus? - Basta-lhe o que está nos evangelhos? - Você tem bom coração? - Examina-se com frequência se policiando para não falhar no amor ao próximo? - É humilde em suas orações?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuário Nacional em 14/10/2013

Meditando o evangelho

A EXIGÊNCIA DE SINAIS

Por mais que Jesus realizasse milagres e prodígios, havia sempre um clima de suspeita e prevenção contra ele. Seus adversários exigiam dele provas cada vez mais espetaculares e evidentes de sua condição messiânica. Entretanto, faltava-lhes boa vontade de dobrar-se diante da evidência e aceitar que, na ação de Jesus, era o próprio Deus quem agia em benefício da humanidade. Um sinal a mais, realizado por Jesus, não os faria mudar de opinião.
A opção por Jesus e sua palavra não podia dar-se de forma compulsória, prescindindo da liberdade. A evidência de um milagre espetacular não dispensava as pessoas de decidir-se livremente pelo Senhor. Tratava-se de uma decisão por Jesus, e por sua palavra que convidava à conversão. A veracidade das palavras do Mestre não dependia de seus milagres. Elas tinham um valor próprio e atingiam a raiz pecaminosa do coração humano. Exigir sinais que servissem para autorizar Jesus e sua chamada à conversão manifestava, claramente, uma indisposição para mudar de vida.
Jesus foi para seu povo o mesmo que Jonas fora para os habitantes de Nínive. O profeta, em nome de Deus, conclamou os ninivitas à conversão e todos eles, sem exceção, fizeram penitência e voltaram-se para Deus. Não foi necessário fazer demonstração de milagres. O mesmo deveria acontecer com a geração perversa do tempo de Jesus.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que eu me converta diante de teus apelos, porém movido apenas pela força do teu testemunho e de tua palavra.

Liturgia comentada

Geração perversa... (Lc 11,29-32)
Quando Jonas – mesmo a contragosto – foi enviado por Deus aos habitantes de Nínive, sua presença e mensagem sinalizaram para aquele povo que Deus lhes dava uma oportunidade. Como acontece com as sociedades que dominam novas técnicas e passam a acumular riquezas, Nínive experimentava grande decadência de costumes. Assim, a mensagem de Jonas soava como ameaça iminente: “Mais quarenta dias e Nínive ficará de pernas para o ar” (cf. Jn 3,4 – TEB).
Para surpresa do próprio Profeta, todo o povo, inclusive o rei, fez jejum e penitência, estendidos até aos animais irracionais. A corrupção moral não chegara a cegar aquela sociedade. Corrompidos, sim, mas não pervertidos. Ainda eram sensíveis às promessas da misericórdia. E Deus desistiu do castigo que prometera.
No tempo de Jesus, Israel estava sob a implacável dominação romana. A vida do povo era uma vida dura e sofrida. Quando veio o Messias, sua mensagem foi acolhida sem reservas e as multidões o seguiam. Mas os dirigentes da nação – políticos e religiosos! – sentiram-se ameaçados com sua presença e seu Evangelho. De algum modo, os poderosos se haviam acomodado à presença romana e, para dizer a verdade, lucravam muito com essa coabitação. Por isso mesmo, rejeitaram o Cristo e o levaram à cruz... Eis uma geração per-versa. Isto é, completamente per-vertida, desviada do caminho.
Em nosso tempo, não precisamos da presença de Jonas ou algum dos profetas. É que as coisas já estão “de cabeça para baixo”: relações familiares, comportamento sexual, utilização dos bens da Criação, distribuição das riquezas. Basta a contemplação da realidade (mesmo sem profetas!) para nos dar a certeza de que precisamos re-orientar nossa vida para Deus. Violência sem freios, deterioração das metrópoles, corrupção dos legisladores, degradação ambiental, em suma, uma cultura de morte...
O cenário que se desenrola à nossa volta é aquilo que Jesus chamaria de “sinal dos tempos”. Vemos esses sinais? Examinamos seu significado? Compreendemos que são fruto de uma opção por viver sem Deus? Que eles manifestam a fratura da fraternidade humana?
Ou também nós merecemos o nome de “geração perversa”?
Orai sem cessar: “Todos os caminhos do Senhor são misericórdia e verdade!” (Sl 25,10)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança..
santini@novaalianca.com.br
Fonte: NS Rainha em 14/10/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Que todos sejam verdadeiros discípulos de Jesus

Que todos nós sejamos verdadeiramente discípulos da escola de Jesus. Que Ele nos ensine como aprender a viver do Seu modo, da Sua maneira e do Seu jeito.
“Entre esses povos estais também vós, chamados a ser discípulos de Jesus Cristo” (Rm 1,6).
Meus queridos irmãos, nós hoje começamos mais uma semana. Nesta segunda-feira, enriquecidos pela graça da Palavra de Deus, temos também a graça de começar a meditação de uma das cartas mais ricas em ensinamentos espirituais e morais para a nossa vida.
A carta que Paulo escreveu aos romanos (povo romano, que viviam em Roma, povo pagão), mas também à capital do Império, Paulo fez questão de exercer com eficácia maior o apostolado entre os gentios.
A carta que Paulo escreveu aos romanos é para todos nós, porque de origem todos nós somos também pagãos, e por isso fomos chamados à misericórdia de Deus, a fazermos parte do povo eleito.
É por isso que Paulo está dizendo a nós que a sua vocação, o seu apostolado, é para trazer a obediência da fé a todos os povos pagãos para a glória do nome do Senhor. Entre esses povos estamos nós, chamados a sermos discípulos de Jesus Cristo.
A vocação do discipulado, ou seja, para estar aos pés do Mestre Jesus e com Ele aprendemos como viver é destinado a todos. “Ide e fazeis discípulos meus, batizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, foi a recomendação de Jesus.
Portanto, não somos somente filhos de Deus. A graça que o batismo concede a nós é de sermos filhos, mas também a graça de sermos discípulos, seguidores do Mestre Jesus. Então, hoje é dia de revermos a nossa conversão ao discipulado.
É bom lembrar que discípulo é aquele que aprende, é aquele que é o aluno, aquele que vai à escola para aprender como fazer, como viver. No mundo em que vivemos, existem tantos mestres – mestre da culinária, mestre do esporte. Mas, Mestre da vida, nós temos um por excelência: esse mestre é Jesus.
É com Ele que queremos aprender a sermos homens de verdade, onde as mulheres precisam aprender onde viver o seu ser feminino na intensidade, porque esse Mestre é que nos ensina, que nos dá a graça de vivermos na profundidade esse apostolado.
Que todos nós sejamos verdadeiramente discípulos da escola de Jesus. Que Ele nos ensine como aprender a viver do Seu modo, da Sua maneira e do Seu jeito.
Um bom discipulado de Jesus para todos nós.
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 14/10/2013

Oração Final
Pai Santo, ensina-nos a vencer a tentação de nos acostumarmos com os dons que Tu nos ofereces – o Universo e os irmãos da caminhada. O Universo, de que devemos cuidar e desfrutar; a humanidade, para caminharmos unidos nesta vida, como irmãos, rumo ao teu Reino de Amor. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 14/10/2013

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós cremos, mas aumenta a nossa fé! Ajuda a nossa incredulidade a perceber a presença do teu Amor Criador em nós, na nossa vida toda, neste jardim encantado que criaste para nos acolher, na história dos homens e no Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo. Amém.

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