segunda-feira, 3 de abril de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 03/04/2017

ANO A


Jo 8,1-11

Comentário do Evangelho

O rosto misericordioso de Deus

O Templo é para Jesus o lugar de ensinamento, cujo conteúdo, ao menos no texto de hoje, desconhecemos em parte. Em parte porque a reação de Jesus ante os fariseus que lhe trouxeram uma mulher apanhada em adultério é um verdadeiro ensinamento e revelação do rosto misericordioso de Deus, ao mesmo tempo que exige que o discípulo seja imitador da misericórdia do Senhor. Para a mulher levada diante de Jesus, a cena é dramática, pois ela tem a certeza do apedrejamento até a morte em razão do seu delito (Lv 20,10; Dt 22,22-24). Surpreende que o homem envolvido no mal não fosse igualmente levado pelos acusadores. São escribas e fariseus que levam a mulher diante de Jesus. O tom é de provocação e desafio. A primeira resposta de Jesus é o silêncio e um gesto simbólico que mostra sua irritação e indignação diante da falta de misericórdia. Mas não compreenderam nem se contentaram com o gesto. Diante da insistência deles, Jesus o traduz em palavras que revela a verdade sombria de cada um. Por isso, vão se retirando um a um. A mulher, agora, tem diante de si a vida. A misericórdia venceu a dureza do coração. A palavra do Senhor liberta e revela o rosto misericordioso de Deus, oferecendo a possibilidade de uma vida resgatada e transformada pelo amor.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
Fonte: Paulinas em 07/04/2014

Vivendo a Palavra

Seria tão fácil fazer coro com os acusadores e condenar aquela mulher! Foi pega em flagrante em crime previsto na Lei; portanto, estava condenada. Mas, não era assim para Jesus. Por isto, estamos diante de uma das páginas mais bonitas escritas por mãos humanas sobre misericórdia, perdão, compaixão – ou, se quisermos, sobre o Amor.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/cuidado-para-nao-condenar-morte-o-inocente/

Reflexão

Quando falamos em pecado, sempre nos referimos aos pecados que os outros cometeram, jamais aos nossos, porque os outros precisam ser condenados pelos seus erros e nós somos diferentes, precisamos ser compreendidos. Quando fazemos isso, geralmente escondemos dos outros a face amorosa e misericordiosa de Deus, porque esta face e só para nós, e lhes mostramos um Deus que pune e é vingativo, que quer o castigo de todos, e esta face não é para nós. Com isso, nos tornamos um obstáculo para a conversão dos outros e, em conseqüência disso, Deus não agirá com misericórdia e amor conosco.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=3

Meditando o evangelho

UM JULGAMENTO FRUSTRADO

O episódio do julgamento frustrado da mulher flagrada em adultério chama a atenção para o tipo de juízo a que Jesus será submetido, chegando até ser condenado à morte. A malícia e a hipocrisia que condenaram a mulher haveriam de recair também sobre Jesus.
Os mestres da Lei e os fariseus, ao surpreenderem a mulher em adultério, conheciam perfeitamente a providência a ser tomada. Aliás, eles mesmos se confessaram conhecedores da Lei, a qual ordenava a lapidação imediata das adúlteras. Portanto, não tinha sentido interrogar Jesus a este respeito. O que os adversários visavam era colher provas contra ele, saídas de sua própria boca. De fato, quem estava sendo julgado era Jesus, não a mulher adúltera.
O gesto sereno do Mestre, apesar da insistência de seus inquisidores, foi uma clara demonstração de que ele não os temia. Continuou a escrever no chão. Depois, ergueu-se para confrontá-los com uma pergunta fulminante: "Quem de vocês não tiver pecado, seja o primeiro a apedrejar esta mulher!". Então, toda a malícia de seus adversários ficou patente, pois foram se retirando, um por um, a começar pelos mais velhos. É porque não tinham moral para julgar a adúltera, e muito menos para julgar Jesus. Que tratassem de se corrigir, antes de se arvorarem em juizes do próximo!
A mulher teve Jesus para defendê-la da malícia e da hipocrisia dos seus acusadores. Quanto a Jesus, haveria de ser condenado por pecados que não cometeu.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, tira do meu coração a maldade e a hipocrisia que me tornam juiz iníquo do meu semelhante, não me permitindo ver a necessidade de pôr em ordem a minha vida.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-03

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. QUEM NÃO TIVER PECADO...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Não sei se colocaram alguma câmera oculta ou o marido traído contratou algum espião, o fato é que aquela mulher fora pega com a “boca na botija” em flagrante adultério. Que prato cheio para os fofoqueiros de plantão!
Quando ouvimos alguma notícia de alguém da nossa igreja, que cometeu algum pecado na área da sexualidade, parece que é o maior de todos os pecados e nos apressamos em passar a notícia para frente. “Bem que desconfiei que essa mulher não valia nada!” - “Pois é, tinha uma aparência de santinha, mas de santa não tinha nada” – “Ah isso eu já desconfiava faz tempo, essa nunca me enganou!”.
Tenho séria desconfiança de que isso aconteceu na comunidade do evangelista João e que também já ocorreu em nossa comunidade em nível de paróquia ou de diocese. Como é que reagimos diante de um escândalo?
A coisa é tão grave, que dependendo da pessoa, nos alegramos interiormente, se dela já fazíamos mau juízo. Julgamos e condenamos, usurpando de um direito que só pertence a Deus. E se encontrarmos a pessoa na comunidade ficaremos horrorizados “Meu Deus, como é que pode, será que ainda não avisaram o padre?”
Assim aconteceu com a mulher adúltera que já estava presa nas mãos dos seus acusadores, que decidiram levá-la até Jesus, só para verem como é que ele iria reagir diante de um caso que não tinha saída. É verdade que ela ainda não tinha sido julgada pelo conselho do sinédrio, mas não tinha escapatória, seria condenada à morte por apedrejamento em praça pública.
Pediram a opinião de Jesus, mas antes já tinham feito o julgamento “ela foi apanhada em flagrante adultério e a lei de Moisés manda que seja apedrejada em praça pública até a morte. E o senhor, o que é que diz?”
Quando vamos falar sobre o pecado que o irmão cometeu, também fazemos assim: já o julgamos e condenamos, não importa o que o outro vá dizer...
Mas Jesus passou de caça a caçador, concordou com o apedrejamento como mandava a lei porém, mudou o foco da conversa, que até aquele momento era o pecado da mulher “quem entre vós não tiver nenhum pecado, que atire a primeira pedra”.
Como muda o que pensamos da pessoa do próximo, quando olhamos para o nosso pecado! O evangelho afirma que começando pelos mais velhos, todos se foram. Os mais velhos da comunidade não têm direito de julgar e condenar a ninguém porque a referência não é uma pessoa, por mais virtuosa que ela seja, mas Jesus! Ele é a cabeça da igreja, nós somos apenas os membros. Ele é o tronco, nós simplesmente os ramos!
Jesus não a condenou “Se ninguém te condenou nem eu te condeno. Vá e não tornes a pecar”. A palavra “condenar” é própria do ser humano, mas não de Deus, ele jamais irá condenar a ninguém. Quando em nossa mente projetamos a imagem de um Deus que nos condena, estamos na verdade recusando todo o amor e a misericórdia que ele manifestou no seu Filho Jesus.
O amor e a misericórdia que Jesus manifestou para essa mulher pecadora, não foi motivado pelo arrependimento, em nenhum momento o evangelho fala que a pecadora estava arrependida, estava sim humilhada porque seu pecado fora descoberto, parece que a dor moral era maior do que o medo das pedradas que estavam por vir. Todos contra ela, apoiados no rigorismo da lei, porém Jesus coloca a vida e a dignidade humana acima da lei, quando ficou a sós com a mulher, não lhe perguntou se estava arrependida do que fizera, não lhe lembrou a gravidade do seu pecado e não fez nenhum discurso moralista, apenas a orientou para que não mais pecasse.
Às vezes o nosso perdão dado ao próximo que errou, é acompanhado de tanto palavrório e discurso, que faz ficar mais pesado o sentimento de culpa do outro. O verdadeiro perdão cura a dor da culpa e resgata ao pecador a dignidade perdida. É assim que Deus age conosco, foi precisamente para isso que Jesus veio ao mundo, missão definida pelo precursor João Batista “eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo”.
Portanto, antes de olharmos para o pecado do irmão, com uma boa lupa de aumento, olhemos para a nossa vida e sintamos o quanto Deus nos ama, sem nunca nos ter julgado e condenado.

2. Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito por Côn. Celso Pedro da Silva, ‘A Bíblia dia a dia 2017’, Paulinas e disponibilizado no Portal Paulinas - http://comeceodiafeliz.com.br/evangelho)

Avançamos na Quaresma com a convicção de que somos todos pecadores e com a certeza de que, se os homens nos apedrejam, Deus quer nos perdoar. “Ninguém te condenou?”, “Ninguém, Senhor!” Jesus, então, lhe disse: “Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais”. Jesus acredita no ser humano e na sua capacidade de recuperação. Não é preciso matar o pecador. É preciso matar o pecado e dar ao pecador oportunidade de reabilitação. Num país que se considera civilizado, um presídio seria uma casa de reeducação, e não uma escola de criminalidade. Educação parece ser uma palavra mágica que resolve todos os problemas. Não resolve, mas pode devolver à pessoa a sua dignidade, colocando-a diante de valores atraentes.
Fonte: NPD Brasil

HOMILIA

JESUS TOCA A CONSCIÊNCIA DOS ACUSADORES

Com a expressão: "Quem não tiver pecado atire a primeira pedra", Jesus toca a consciência daqueles homens e mulheres que se consideravam justos, sem pecados e por isso sem motivos de censura.
Na passagem de hoje, uma mulher que foi apanhada em adultério foi trazida à presença de Jesus pelos escribas e fariseus. Jesus estava pregando no templo e havia muitas pessoas ao redor. E essa mulher foi posta no meio dessa multidão. Com certeza, ela passou muita vergonha. É provável que ela estivesse com os olhos fechados de tanta vergonha. E segundo a Palavra de Deus, ela só esperava as pedras voando em cima dela, como punição. Mas no fim, quando ela percebeu, não tinha mais ninguém ao seu redor. Jesus pregou para essa mulher? Não, ele não pregou para essa mulher. Houve alguém que a condenasse? Não. Então ele disse: “Eu também não te condeno. Vai e não peques mais”. Se fosse ao meu caso, como eu sou padre provavelmente eu aproveitaria essa oportunidade e passaria um sermão nessa mulher nos seguintes termos: “O que você estava pensando ao fazer uma coisa dessas? Você conhece os mandamentos da Bíblia. Você sabe que se você adulterar, seu castigo será o apedrejamento. Por que você fez isso? Falta juízo na sua cabeça! Não tem jeito, a Palavra diz isso.” Mas somos convidados a contemplar o silêncio de Jesus e a Sua misericórdia. “Mulher, onde estão eles”? Ninguém te condenou? - Ninguém, senhor! - respondeu ela. E Jesus conclui - Pois eu também não condeno você. Vá e não peque mais!
Por outro lado, a mulher poderia ter dito: “Mas Jesus, segundo a lei, eu adulterei então eu preciso morrer”. Não se preocupe, vá. Pode ser que a mulher não tenha compreendido o que aconteceu com ela. Mas, quando Jesus foi crucificado, é provável que ela estivesse lá naquela multidão ou olhando de longe a triste cena. E nesse momento, talvez ela tenha entendido: “Segundo as leis de Deus, eu é que tinha que ser morta pelo meu pecado”. Eu fui salva, mas, no meu lugar, aquele homem que me salvou está sendo crucificado”. E eu penso que, quando ela percebeu e entendeu o que tinha acontecido, ela chorou.
O cristianismo tem muitos princípios bons, muitos mandamentos, mas ele não se restringe somente a isso. Ele é, sobretudo, misericórdia, perdão, piedade e amor de Deus entre os homens.
Só saber os ensinos que estão escritos na Bíblia é ser um fariseu. É condenar e matar. Mas praticar o amor de Cristo nos torna testemunhos e testemunhas de Jesus. Convido-te a te desfazer das multidões, nós gostamos de juntar pessoas, para criticar, fofocar, censurar e condenar. Aprendamos com Jesus e d’Ele o ir à procura da ovelha perdida, do filho pródigo, da pecadora, a excluída, e marginalizada dando-lhe uma oportunidade na vida. Pois a Glória de Deus é que o homem viva e viva para sempre.
Fonte Homilia Padre Bantu Mendonça Katchipwi Sayla
Fonte: Liturgia da Palavra em 07/04/2014

HOMILIA DIÁRIA

A misericórdia de Deus é maior do que qualquer pecado!

A graça do perdão de Deus, a graça da misericórdia de Deus, perdoa qualquer pecado por mais duro e por maior que ele seja! 
”Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra” (João 8,7).
Que cena maravilhosa é essa da passagem bíblica! No primeiro momento ela parece ser dura para nós: uma mulher pega em adultério é apresentada diante de Jesus. Primeiro, vemos a má intenção que tiveram aqueles que a levaram; pois o que eles queriam, na verdade, não era condenar a mulher, mas colocar Jesus em apuros. A lei mandava apedrejar quem fosse pego em flagrante adultério.
No entanto, Jesus, o Senhor da vida, prega o perdão, prega a misericórdia. E agora? Ele vai se opor à lei dos judeus, se opor à lei de Moisés? Jesus simplesmente se abaixa e começa a escrever algo no chão; alguns padres da Igreja dizem que Ele estaria escrevendo os pecados cotidianos que os homens cometem. Mas, o mais importante é o silêncio que o Senhor provoca, é o silêncio que tem que ser provocado dentro de nós, para que possamos refletir um pouco mais sobre a nossa vida antes de atirar a pedra ou pensar na vida dos outros.
E o que acontece é justamente isso, porque Jesus levanta e diz: ”Aquele que não tiver pecado que se já o primeiro a atirar uma pedra”. A começar pelos mais velhos, um por um foi se retirando.
Sabem, meus irmãos, não é nosso dever, não cabe a nós atirarmos pedras em ninguém. O nosso dever é apontar o caminho da vida, da misericórdia e o caminho da salvação. Podemos até ajudar os outros a refletirem sobre o que têm feito em sua vida, mas, primeiro, pensemos na nossa!
A pior escuridão é aquela em que nós reconhecemos os erros dos outros pecadores, os pecados dos outros e não temos a capacidade de reconhecer os nossos próprios pecados! Jesus é bondoso para com essa mulher, a acolhe no Seu coração; no Seu jeito de profeta, de Messias, Ele provoca uma reflexão no coração dos outros para que ninguém faça mal a ela. Por isso Ele mesmo diz: ”Então Jesus se levantou e disse: “Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” Ela respondeu: “Ninguém, Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de agora em diante não peques mais” (João 8, 10-11).
A graça do perdão de Deus, a graça da misericórdia de Deus, perdoa qualquer pecado por mais duro e por maior que ele seja! A mesma graça da misericórdia de Deus nos chama a não nos enveredarmos novamente pelos caminhos do pecado e do erro para que não nos aconteça coisa pior.
Não existe coisa pior do que voltar à vida velha, ao pecado velho, ao “angu” velho; não existe coisa pior do que voltar para a vida passada! Somos tentados e chamados a fazer isso, mas, o importante a cada dia é lavarmos o nosso coração para que a vida nova de Deus esteja em nós. E mesmo que caiamos em pecados ou em erros maiores do que outrora, maior é a misericórdia de Deus! Não tenhamos medo de recorrer a essa graça; nós só podemos ter medo de morrer no pecado e permanecer nele!
Que Deus nos lave e nos purifique de todas as nossas faltas!
Deus abençoe você!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Canção Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.
Fonte: Canção Nova em 07/04/2014

Jo 8, 12-20

Recadinho

No contexto social, você procura ser luz para seu próximo? - Testemunha publicamente a fé? - Vivemos em meio a tanta escuridão. Jesus é realmente a luz de seus caminhos? - Você ajuda a consolar os irmãos que sofrem e que choram? - Você “ilumina” o próximo com seu bom exemplo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 07/04/2014

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, que a lição recordada hoje jamais seja esquecida por nós. Que a ternura e a compaixão estejam sempre presentes nos nossos encontros com os irmãos. Que sejamos sempre ágeis para perdoar, lentos para acusar e imunes à condenação de qualquer um de nossos irmãos. Pelo Cristo Jesus, Teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/cuidado-para-nao-condenar-morte-o-inocente/

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