segunda-feira, 3 de abril de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 04/04/2017 A 08/04/2017

Ano A



4 de Abril de 2017

Jo 8,21-30

Comentário do Evangelho

Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho.

O prólogo do quarto evangelho já antecipou o tema da rejeição do Verbo feito carne (1,5.10.11). O pecado dos judeus denunciado por Jesus é a rejeição de sua própria pessoa e de sua missão, assim como de sua origem divina. O pecado está em não acreditar em Jesus, em se fechar à verdade de Deus. Mais ainda, a afirmação de Jesus sobre o pecado de seus opositores declara, de certa forma, inútil todo o sistema religioso judaico. Sem a aceitação da salvação em Jesus Cristo, não pode haver profunda e verdadeiramente a purificação e o perdão como se pretendia com a festa anual de yom kippur e todos os demais ritos e festas da religião de Israel. O apego às coisas terrenas e às tradições humanas impede de compreender o mistério de Deus revelado em Jesus Cristo. Jesus não fala em se matar, como suspeitavam os seus opositores, mas serão eles que matarão o Filho de Deus. É na cruz, no entanto, que a divindade de Jesus paradoxalmente se manifestará. Na glória da cruz a comunhão entre o Pai e o Filho aparecerá sem sombra. Apesar de toda rejeição e abandono, inclusive dos próprios discípulos, o Pai estará sempre com seu Filho, permanecerá com ele na paixão e na morte.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.
Fonte: Paulinas em 08/04/2014

VIVENDO A PALAVRA

O  texto faz parte do ensinamento de Jesus no Templo de Jerusalém, diante do povo, fariseus e sacerdotes. Sua Palavra está impregnada do Sagrado Mistério. Por duas vezes Jesus repete o ‘Eu Sou’, que é o Nome com o qual Deus se identificou diante de Moisés, falando no meio da sarça que ardia sem se consumir no Monte Horeb. É uma expressão para ser ouvida e acolhida com alegria, gratidão e respeitoso silêncio.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/moises-colocou-serpente-de-bronze-no-alto-poste/

Reflexão

Os judeus compreendem que a morte de Jesus pode estar próxima, uma vez que Jesus fala de sua partida para onde eles não poderão ir, mas levantam a hipótese de suicídio por parte de Jesus, deixando de perceber que a causa da morte de Jesus é a própria incredulidade deles, da recusa diante da revelação sobre quem de fato é Jesus, da não aceitação do fato que Jesus é o Filho de Deus, o enviado do Pai para fazer a vontade dele e viver em plena comunhão com ele. Alguns judeus creram e a semente do Reino foi lançada, mas muitos não creram, o que resultou na morte de Jesus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=4

Recadinho

Você conhece alguém que é importante e sabe ser humilde? - Você é sempre firme e perseverante em sua fé? - Você é ao mesmo tempo justo e misericordioso? - Você vive em paz com todos? - Você procura defender os que sofrem e os que são desprezados pela sociedade?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 08/04/2014

Meditando o evangelho

EU SOU!

Este texto evangélico contém duas afirmações altamente polêmicas: "Se vocês não acreditarem que Eu sou, haverão de morrer nos seus pecado"; "Quando vocês levantarem o Filho do Homem, saberão que Eu sou".
Estas declarações ecoaram de maneira bem específica nos ouvidos dos interlocutores de Jesus. Para os fiéis de tradição judaica, a expressão Eu sou evocava o nome divino, revelado a Moisés pelo próprio Deus ao lhe confiar a missão de liderar a libertação do povo judeu da opressão egípcia. Por conseguinte, as palavras de Jesus soaram, para a sensibilidade judaica, como verdadeiras blasfêmias.
O Mestre, porém, pensava de modo diferente e considerava pecado o fato de alguém não aceitá-lo na sua condição de Eu sou. De forma alguma, ele tinha a pretensão de ocupar o lugar de Deus. Ao afirmar Eu sou, visava revelar a sua radical comunhão com o Pai, até o limite de afirmar sua plena unidade com ele. O Pai a quem ele servia não era diferente do Deus da tradição de Israel. E mais, foi o Pai que o enviara com uma missão semelhante àquela confiada a Moisés, no passado. Como uma diferença, porém: tratava-se, agora, de promover uma libertação muito mais radical, do que aquela realizada pelo antigo líder.
Assim, revelando sua identidade, Jesus revelava também a sua missão. Ele fora enviado pelo Pai para resgatar a humanidade da escravidão do pecado.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reforça minha fé em teu Filho Jesus, cuja morte nos resgata da escravidão do pecado e nos introduz no reino da fraternidade.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-4

ORAÇÃO FINAL
Pai Santo, nós queremos guardar em nossos corações as Palavras de Jesus relatadas no Evangelho de João. Só Ele, Pai amado, poderia repetir o ‘Eu Sou’ com que Te identificaste ao Povo de Israel em seu caminho de libertação. Que Jesus Cristo, Teu Filho que se fez nosso Irmão, aumente a nossa fé e nos conduza no rumo do teu Reino de Amor.
http://arquidiocesebh.org.br/para-sua-fe/espiritualidade/meu-dia-em-oracao/moises-colocou-serpente-de-bronze-no-alto-poste/


5 de Abril de 2017

Jo 8,31-42

Comentário do Evangelho

A verdade de Deus revelada em Jesus.

Diante da pessoa de Jesus, os judeus se dividiam. Se há os que lhe faziam forte oposição e lhe condenariam à morte, há também os que passaram a crer nele. São estes os destinatários dessa parte do discurso de Jesus. No entanto, esses judeus que passaram a acreditar em Jesus continuam com dificuldade de se abrir ao seu ensinamento e compreender em profundidade a sua mensagem e de viver dessa verdade. A fé de Israel deveria abri-lo à novidade de Deus revelada em Jesus Cristo. Pois a verdade que liberta é a verdade de Deus revelada em Jesus. Essa verdade liberta de uma imagem equivocada e severa de Deus que arranca do coração do ser humano a alegria de viver em Deus. Verdade, aqui, não é movimento do intelecto que busca o acordo entre conceito e realidade, mas algo recebido na fé e que vem da escuta atenta da Palavra encarnada de Deus. É Jesus Cristo, caminho, verdade e vida, que liberta da escravidão causada pelo pecado. É essa verdade recebida como dom que permite ao ser humano não se tornar prisioneiro de sua própria mentalidade, inclusive. Como verdade, ela ilumina e orienta a vida em Deus e para Deus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, liberta-me por tua palavra de verdade que afasta o egoísmo do coração, e capacita-me a amar meu semelhante, como amor total, a exemplo de Jesus.
Fonte: Paulinas em  09/04/2014

Vivendo a Palavra

Jesus revela o que é liberdade: ouvir, guardar e viver a Palavra do Senhor. O que nos torna livres não é só o fato de termos Deus como Pai – Ele é Pai de todos os povos –, mas reconhecer os nossos limites e tentar vencê-los, seguindo o Caminho de Jesus rumo ao Reino do Céu, cujas primícias já vivemos nesta terra abençoada.
Fonte: Arquidiocese BH em  09/04/2014

Reflexão

Em que consiste a liberdade? A resposta a esta pergunta sempre nos parece clara, mas só à primeira vista. O Evangelho de hoje nos mostra que os judeus pensaram que eram livres e, no entanto, não eram, porque existem muitas formas sutis de escravidão, sendo que as piores são as nossas tendências ao mal, as nossas imaturidades e as nossas fraquezas, e são piores porque brotam no nosso interior, nos enganando, porque pensamos que estamos fazendo a nossa vontade quando na verdade estamos cedendo aos nossos desejos, que não nos deixam ser livres. Somente permanecendo unidos a Cristo é que podemos vencer a nossa natureza e sermos verdadeiramente livres.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=5

Recadinho

Você tem orgulho de ser cristão e procura sempre falar bem de sua Igreja? - Você tem consciência de que não basta ser batizado para se dizer filho de Deus? - Cite uma boa obra recente que você realizou. - A seu modo de ver, qual a melhor obra que sua comunidade faz ou já fez? - Tem consciência de que liberdade é estar em condições de fazer o bem e não o mal?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 09/04/2014

Meditando o evangelho

LIBERTOS PELA VERDADE

A série de mal-entendidos em torno das palavras de Jesus prosseguiu com aqueles que diziam ter crido nele. Jesus queria ajudá-los a abrir-se para a novidade revelada mediante a sua palavra. Ela é que poderia torná-los, efetivamente, livres da escravidão da interpretação estreita da Lei, e colocá-los no verdadeiro caminho do Pai. Somente o Filho Jesus estava em condições de proporcionar-lhes esta liberdade.
Os judeus, tomando as palavras do Mestre num sentido indevido, afirmavam que não precisavam de libertação, pois jamais foram escravos de ninguém. Seria necessário Jesus explicar-se melhor.
A libertação trazida por Jesus tocava o mais íntimo do ser humano e o libertava da tirania do pecado. Escravos do pecado, os judeus mantinham-se fechados aos apelos que Deus lhes dirigia por meio de seu Filho. Sua rebeldia contra Deus manifestava-se na intenção de matar Jesus, de modo a fazer calar a palavra que lhes era dirigida. Ao mesmo tempo que julgavam ter Deus como Pai, tentavam eliminar o seu enviado. Por inspiração de um pai espúrio, e não do Pai de Jesus, é que agiam. Enquanto se deixassem levar por este pai, recusando-se a acolher Jesus como Filho do verdadeiro Pai, continuariam escravos do pecado. A superação desta situação supunha acolher Jesus e deixar-se converter por sua palavra.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Senhor Jesus, que tua palavra libertadora caia no meu coração e me liberte da escravidão do pecado.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-5

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a perceber que a liberdade que o mundo nos oferece é falsa e quer nos manter reféns de seus caprichos e seduções. Faze-nos desejar a verdadeira liberdade de filhos teus, buscando-a na tua Palavra Criadora que se fez Carne em Jesus de Nazaré. Pelo mesmo Cristo Jesus, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em  09/04/2014


6 de Abril de 2017

Jo 8,51-59

Comentário do Evangelho

Jesus ensina buscar a glória do Pai.

O trecho do evangelho de hoje é a conclusão da controvérsia entre Jesus e os judeus, no Templo de Jerusalém, antes da Páscoa. Guardar a palavra significa pô-la em prática. A palavra do Senhor é um sopro que faz viver. Permitir que essa palavra viva em nós e pôr em prática essa palavra é experimentar a vitória da vida sobre toda realidade de morte. Somente Deus pode fazer viver, não obstante as circunstâncias que nos cercam. Por isso, para o leitor que ouve a crítica dos judeus, a conclusão não pode ser outra senão a de que eles blasfemam, encerrados na dificuldade de ouvir atenta e detidamente as palavras de Jesus. Em razão dessa verdadeira surdez espiritual, eles fazem um juízo precipitado acerca daquilo que move e orienta toda a vida de Jesus. O nó de toda a controvérsia está no fato de que o filho não busca a própria glória, ao passo que certas pessoas, cristãos e judeus, no interior de sua própria fé e usando-a como justificativa buscam a sua própria glória. Essa busca de si é ainda muito mais destrutiva do qualquer outra, porque é religiosa. É o Filho que ensina a buscar a glória do Pai.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem deturpá-los.
Fonte: Paulinas em 10/04/2014

Vivendo a Palavra

O Mestre mostra o caminho para a Vida em plenitude, que jamais verá a morte: guardar a sua Palavra. Palavra que é tesouro precioso, pérola rara que, pela fé, cremos ser o início, a fonte, a origem de tudo que existe. Paremos, extasiados e agradecidos diante do Mistério de Jesus Cristo, o Verbo de Deus encarnado.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/04/2014

Reflexão

O nosso Deus é o Deus da vida e da vida em abundância. Ele é causa de alegria para todos os que verdadeiramente crêem nele e em Jesus ele manifesta todo o amor que tem por nós. Assim sendo, Jesus, que é o Filho do Deus vivo, veio nos ensinar o caminho da verdadeira vida, por isso nos diz que quem guarda a sua palavra jamais verá a morte. E como todos nós desejamos a vida e nos alegramos com ela, Jesus também é a causa de nossa alegria, assim como foi a causa para Abraão exultar de alegria ao ver o seu dia, ao reconhecer o seu Deus como o Deus da vida. Aos que não acreditam nas verdades do Reino de Deus e rejeitam os valores evangélicos, só resta a revolta, a tristeza e a morte.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=6

Recadinho

Você procura viver pensando na morte, que é certa, e na vida eterna que é uma conquista? - Tem consciência de que seus exemplos é que atraem outros à vivência da fé? - Você já teve oportunidade de defender alguém que foi injustiçado ou caluniado? - Em sua comunidade procura-se valorizar as pessoas pelas boas obras que realizam? - Você é daqueles que têm facilidade para jogar pedras nos outros sem ao menos ter conhecimento pleno da realidade dos fatos?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 10/04/2014

Meditando o evangelho

O SENHOR DA VIDA

A origem e o destino de Jesus foram motivo de controvérsia com os judeus. Por um lado, o Mestre proclamava: “Se alguém guarda a minha palavra, jamais verá a morte”. Por outro, afirmava: "Antes que Abraão existisse, Eu sou".
Seus adversários raciocinavam de maneira aparentemente lógica. Os personagens mais veneráveis do povo, como Abraão e os profetas, morreram. Acreditava-se na volta do profeta Elias, que fora arrebatado ao céu numa carruagem de fogo. Não se tinha, porém, notícia de alguém que não iria experimentar a morte. Com Jesus, não haveria de ser diferente. Quanto à sua origem, era suficiente considerar sua idade bastante jovem – "Ainda não tens cinqüenta anos..." – para se dar conta da falsidade de sua afirmação.
Este modo de pensar estava em total descompasso com a real intenção de Jesus. Referindo-se à morte, pensava em algo muito mais radical que a pura morte física. Suas palavras abririam caminho para a vida eterna, na comunhão plena com o Pai, para além das vicissitudes desta vida terrena. Ao referir-se à sua origem, não estava pensando no seu nascimento carnal, historicamente determinável, e sim na sua vida prévia, no seio do Pai. Neste sentido, pode-se dizer anterior ao patriarca Abraão, por possuir uma existência eterna.
Os inimigos de Jesus eram demasiados terrenos para compreender esta linguagem.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, coloca-me em sintonia com as palavras e o modo de pensar de teu Filho Jesus, para que eu possa compreender seus ensinamentos, sem deturpá-los.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-6

Oração Final
Pai Santo, nós queremos continuar crianças em teu Reino. Somente as crianças são capazes de se encantar diante dos fatos simples da vida, e nós tememos ‘crescer’ e nos acostumarmos, perdendo a admiração por tua misericórdia infinita, que nos ofereceu teu próprio Filho, o Cristo Jesus. Ele, que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 10/04/2014


7 de Abril de 2017

Jo 10,31-42

Comentário do Evangelho

Crer no Enviado de Deus.

Repetidas vezes no evangelho de João, Jesus denuncia a intenção dos judeus de matá-lo (8,28.40; 10,32) e, efetivamente, os judeus fizeram várias tentativas de eliminar Jesus (8,59; 10,31). Já no capítulo 6, à pergunta da multidão sobre o que fazer para trabalhar nas obras de Deus, Jesus responde que há uma questão fundamental que precede todo agir: crer no Enviado de Deus. Para os judeus do nosso texto não são as boas obras o objeto da perseguição e das suas tentativas homicidas, mas a blasfêmia. Ora, para Jesus agir e falar estão intimamente unidos, e as obras e, definitivamente, o Pai dão testemunho dele. Ainda no capítulo 6, é apontada a dificuldade de os judeus discernirem as obras de Jesus, de reconhecerem nelas sinais que remetem ao mistério de Deus revelado em Jesus. A causa da rejeição é a falta de fé, apontada no capítulo 9 como “cegueira”. Jesus, é bom notar, não se entrega facilmente às mãos dos judeus; busca sem covardia nem medo preservar a própria vida (cf. 10,39). A divisão entre os que rejeitam Jesus e os que creem nele mostra a ambiguidade própria do sinal que, por isso mesmo, precisa ser discernido.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, reforça minha fé em Jesus, em cujas palavras e ensinamentos tu te fazes presente na nossa história humana.
Fonte: Paulinas em 11/04/2014

Vivendo a Palavra

O Evangelho – a palavra significa ‘boa notícia’ – anunciado por Jesus surpreendeu ao povo e, decorridos dois milênios, continua superando nossa capacidade de compreensão. É pela fé que nós cremos no Filho de Deus que se humaniza, torna-se um de nós para nos libertar e conduzir a humanidade ao abraço do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 11/04/2014

Reflexão

Quando a gente não está com o coração aberto, não está disposto a acolher a palavra de Jesus, não querendo de fato assumir um compromisso de fé com Deus e com os irmãos, não buscando novos valores e não querendo uma constante mudança de vida para cada vez mais procurar uma união mais íntima e profunda com Deus, qualquer coisa torna-se motivo para a crítica e para a rejeição de Jesus.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=7

Recadinho

Num sentido bem amplo, quem é santo? - Qual a imagem de Jesus que mais lhe agrada: manso, bom, misericordioso, severo... - Você tem alguma imagem de Jesus com você, em seu local de trabalho, em sua casa... - Já aconteceu de você não ter tido coragem de demonstrar publicamente sua fé? - Jesus é “Deus conosco”. Você pode dizer que ele está de fato sempre presente em você?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 11/04/2014

Meditando o evangelho

UM HOMEM FAZENDO-SE DEUS?

Embora, Jesus jamais tivesse afirmado "Eu sou Deus!", seus adversários acusavam-no de, sendo apenas um homem, pretender passar por Deus. E chegavam a esta conclusão, não por causa de uma declaração peremptória de Jesus, e sim pelo modo como ele falava e agia. Suas palavras tinham uma autoridade desconhecida, e pareciam ir de encontro a tudo quanto, até então, era ensinado como Palavra de Deus. Esta liberdade diante da tradição religiosa revelava, no pensar dos inimigos, que Jesus estava pretendendo ocupar o lugar de Deus. Quanto aos sinais que realizava, eram de tal modo portentosos que só das mãos de Deus poderiam provir. Quem, a não ser Deus, pode curar os doentes, ressuscitar os mortos, transformar a água em vinho? Este poder criador é prerrogativa divina.
Essas falsas acusações foram rebatidas com dois argumentos. O primeiro foi tirado das Escrituras, precisamente do Salmo que, referindo-se aos juízes deste mundo, declara: "Vocês são deuses!". Eles, ao julgar, exercem um poder divino. Se as Escrituras fazem tal declaração, é possível aplicá-la também a Jesus. O segundo é tirado da própria pregação do Mestre. Suas palavras exatas foram "Eu sou o Filho de Deus". Esta consciência de ser Filho era o pano de fundo de tudo quanto fazia e ensinava. Sem isto, suas palavras cairiam no vazio e seriam sem sentido. Ele é, sim, o Filho santificado e enviado ao mundo para fazer as obras do Pai. E elas são as primeiras a testemunhar em seu favor.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Pai, reforça minha fé em Jesus, em cujas palavras e ensinamentos tu te fazes presente na nossa história humana.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-7

Oração Final
Pai Santo, que o teu Espírito em nós conforme a nossa consciência de filhos teus, muito amados e, com essa força, a certeza de que somos irmãos da humanidade, sem exclusões ou privilégios. Assim aprendemos com o Cristo Jesus, teu Filho que se fez nosso Irmão e contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 22/03/2013


8 de Abril de 2017

Jo 11,45-56

Comentário do Evangelho

Mentira, dissimulação e falsidade levam Jesus à morte.

O trecho do evangelho de hoje é a sequência do episódio de Lázaro que podemos caracterizar como sendo uma catequese sobre a ressurreição. A morte de Jesus, os quatro evangelhos coincidem em dizê-lo, foi premeditada. Se o nosso texto não o diz explicitamente, como o faz Marcos e Mateus (10,15; Mt 27,18), ele deixa transparecer que o motivo da condenação de Jesus foi a inveja por parte dos representantes da religião de Israel. A posição de Caifás é eminentemente política e implicitamente contra o império romano. O processo que condenou Jesus à morte está envolto na mentira, na dissimulação e na falsidade. Nas vicissitudes da história humana, entre sombras e luzes, na luta entre o bem e o mal, que disputam o coração do homem, Deus revela seu desígnio e leva a termo o seu plano salvífico. A decisão do Sinédrio, ao que tudo indica, era pública. Por isso, uma vez mais, o evangelho observa que Jesus com os seus discípulos permanecem longe de Jerusalém. A indicação da proximidade da Páscoa já prepara o leitor para a paixão e morte de Jesus.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, ajuda-me a compreender, sempre mais profundamente, o caminho para encontrar-me contigo, que Jesus nos ensinou. Livra-me, também, do apego aos esquemas já superados.
Fonte: Paulinas em 12/04/2014

Vivendo a Palavra

Ao cumprir sua missão, Jesus mostrava vários sinais: curava, libertava, acolhia e incomodava. Incomodava muito às autoridades, interessadas em manter seus privilégios à custa do sofrimento do povo. Um bom critério para verificarmos se estamos cumprindo a nossa missão no mundo: nossas atitudes incomodam a alguém?
Fonte: Arquidiocese BH em 12/04/2014

Reflexão

Jesus, caminho, verdade e vida, é condenado à morte antes do seu próprio julgamento. Os sumos sacerdotes e os fariseus não conheceram Jesus, não souberam perceber o tempo em que foram visitados e não descobriram o sentido mais profundo da sua presença na história da humanidade. Quem conhece Jesus, o Deus da Vida, constrói a vida, mas quem não o conhece, mata! Evangelizar significa também apresentar Jesus como o Deus da Vida presente no meio de nós, a fim de que, ao reconhecer essa presença, as pessoas entendam que ser cristão significa ser compromissado com a vida e ser capaz de transformar essa sociedade de morte.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=4&dia=8

Recadinho

A seu modo de ver, qual o Sacramento que mais se negligencia? - Quando devemos procurar um sacerdote para a Confissão? - Em sua comunidade se faz uma boa preparação para receber os sacramentos do Batismo e do Matrimônio? - Que tipo de pessoa tem condição de ser padrinho ou madrinha de Batismo? - Que lugar ocupa a Eucaristia em sua vida?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 12/04/2014

Meditando o evangelho

A MORTE DE UM POR TODOS

Não deixa de ser estranho o fato de o sentido da morte de Jesus ter sido explicitado exatamente por quem estava tramando eliminá-lo: Caifás. Sem dúvida alguma, o sumo-sacerdote não tinha a intenção de profetizar a respeito de Jesus. O evangelista, no entanto, assim o interpretou.
Tudo culminou com a ressurreição de Lázaro. Os sumos-sacerdotes e os fariseus, reunidos em conselho, decidiram matar Jesus, baseando-se num falso argumento. Eles temiam pela sobrevivência da nação, se os romanos ficassem revoltados com os sinais realizados pelo Mestre. Evidentemente, Jesus representava menos perigo para os romanos do que outros grupos, reconhecidos como refratários aos dominadores estrangeiros.
Caifás propôs que Jesus fosse eliminado, e, assim, fosse poupada toda a nação. Eles cuidariam de eliminar o perigo, antes que se acendesse a ira dos romanos.
Embora o raciocínio do sumo-sacerdote fosse infundado, suas palavras tinham um quê de verdade. De fato, Jesus haveria de morrer em favor de toda a humanidade. Seu sacrifício traria benefício para todos, sem exceção. Por sua morte, ninguém mais estaria fadado à morte eterna. Este seria o sentido último da cruz.
(O comentário do Evangelho é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado neste Portal a cada mês)
Oração
Espírito de gratidão, que eu seja profundamente grato a Jesus, cuja morte de cruz trouxe-me a salvação.
http://domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-04-8

Oração Final
Pai Santo, ajuda-nos a discernir qual é a nossa missão na história dos homens e nos dá força e coragem para desempenhá-la, abandonando posições cômodas e opiniões firmadas no egoísmo; lutando contra discriminações e menosprezo de irmãos peregrinos. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 12/04/2014


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