segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Santo Guilherme de Malavale - 10 de fevereiro


Santo Guilherme de Malavale
1071-1157
Guilherme era de origem nobre, nasceu em 1071, na França. Era um duque da Aquitânia, que se dedicou até o final da juventude às artes militares e mundanas, afastado do cristianismo. A sua conversão foi atribuída a são Bernardo, que o inspirou a desejar viver a experiência do retiro espiritual, num bosque afastado. Quando saiu do isolamento, alguns meses depois, procurou o papa Urbano II para pedir perdão dos pecados. Após receber sua benção, seguiu em peregrinação para Jerusalém.
Guilherme ficou nove anos na Terra Santa, praticando obras de penitência e piedade e, quando voltou, se juntou a uma comunidade de ermitãos, próximo de Pisa, na Itália. Dois anos depois foi para a Toscana, onde, na floresta de Malavale construiu o seu derradeiro retiro. E deste momento em diante começou a fama de sua santidade.
Em Malavale, tinha como única companhia às feras selvagens, dormia no chão duro e se alimentava de plantas e raízes. Os habitantes aprenderam a estima-lo. Não raro, as crianças eram socorridas por ele, quando se perdiam no bosque. A tradição conta que, certa vez, um grande dragão tentou atacar um menino, quando o ermitão apareceu e com o seu bastão ordenou que a fera se afastasse. Porém o animal ficou em pé sobre as patas traseiras e, soltando fumaça pelas ventas, se voltou contra ele. Prodigiosamente, Guilherme foi se elevando, até chegar na altura da cabeça da fera, aí o golpeou com o bastão e o dragão caiu morto. Por isto, passou a ser chamado de Guilherme, "o grande".
Já idoso, acolheu dois discípulos, Alberto e Reinaldo, que o acompanharam até a morte. Nos últimos meses Alberto escreveu sua biografia, onde registrou sua disciplina de vida reclusa e espiritual. Aos 10 de fevereiro de 1157, Guilherme morreu, mas antes, fez algumas profecias e vários prodígios testemunhados que foram registrados.
A sua herança , como ocorreu com outros grandes ermitãos e padres do deserto, foi apenas a modesta cela de Malavale, como exemplo de uma vida espiritual contemplativa, de afastamento e austeridade, e não um compromisso de dar vida a uma nova congregação. Entretanto, ela floreceu ao redor de sua sepultura, só com o legado do seu exemplo de severa renuncia ao mundo, que continuou ainda atraindo ao local jovens desejosos de seguir suas pegadas. Os dois discípulos Alberto e Reinaldo fundaram a Ordem dos Guilhermitas e escreveram as Regras, seguindo a biografia, aprovada pela Santa Sé. Tempos depois, a nova congregação já alcançava a França, Itália, Alemanha e Holanda.
Em 1202, o papa Inocêncio III declarou Guilherme de Malavale, Santo e manteve a festa no dia 10 de fevereiro. Seus restos mortais foram guardados na catedral de Buriano, onde foi colocada a estátua de são Guilherme com dragão a seus pés. Desde 1255, os Guilhermitas fazem parte da Ordem dos agostinianos, que assimilou o pensamento deste santo. O dia de São Guilherme o Grande ou de Malavale, como também é chamado, integra o calendário dos santos agostinianos desde o século XIII, sendo reverenciado como exemplo de vida de santidade a ser seguido.
Fonte: Paulinas em 2014

São Guilherme de Maleval, Eremita


Comemoração litúrgica: 10 de fevereiro.

Também nesta data: Santa Escolástica; Santa Silvana

A França  foi a terra natal deste santo. Nenhum conhecimento se  tem acêrca de  sua família  e  infância. É opinião de  muitos  que  São Guilherme  pertenceu a  classe militar e na mocidade  não teve uma vida muito de acordo  com as leis da  moral cristã. A primeira notícia que de sua biografia temos, é referente a uma peregrinação do Santo a  Roma, com intuito de  fazer penitência. Prostrado aos pés do Santo Padre o Papa Eugênio III, pediu perdão dos pecados, e recebeu  como penitência a  obrigação de  visitar a Terra  Santa. Era comum, naquele tempo, que a grandes pecadores se impusessem  penitências desta natureza.  Guilherme, em cumprimento da ordem recebida, foi a Jerusalém, e lá ficou  durante  o espaço de oito anos, fazendo obras de penitência e de piedade. De volta para  a  Europa, viu-se obrigado a dirigir um convento em Pisa. Tão pouco, porém, lhe agradou a maneira  como procediam os monges, que se exonerou do cargo de superior e  saiu daquele mosteiro. Numa outra casa religiosa, no monte  Pruno, para onde dirigiu os passos, as coisas não eram de outra cor, reinando  grande relaxamento na disciplina monástica. 
Assim desiludido, tomou a resolução  de viver  sozinho e para este  fim procurou um lugar solitário, um vale perto de Siena, chamado Stabulum Rhodis, nome que em seguida  foi  transformado para Malevale ou Maleval.
O lugar era  inóspito. Todos  tinham horror  ao Maleval. Guilherme  meteu-se naquele  ermo horrível, vivia em companhia de  animais ferozes e  se alimentava de ervas  e  raízes. Um  ano depois, no dia  dos Reis, associou-se-lhe um jovem, de nome Alberto, que viveu depois em sua companhia, durante treze meses, isto é, até a morte de Guilherme, e a quem devemos as  particularidades da  vida deste santo homem.
São Guilherme não falava  nunca de si, a não ser como um pecador desprezível, que merecia de Deus os maiores castigos. Da convicção de  ser grande pecador vinha o afã de  entregar-se a práticas as  mais duras de penitência. Servia-lhe de leito o chão, e seu alimento era o mais pobre possível.
De Deus  recebeu o dom da profecia e  o de fazer muitos milagres. Sentindo a morte aproximar-se, pediu que lhe dessem os santos Sacramentos, os quais recebeu das mãos de  um sacerdote de  Chatilon.
Alberto e  mais um outro companheiro, o médico Reynaldo, que pouco antes da  morte do santo se  lhe tinha associado, enterraram o corpo do mestre num pequeno jardim e continuaram a vida de  eremitas, observando as regras que de Guilherme haviam recebido. Outras pessoas  os procuraram, pedindo ser admitidos na pequena  comunidade. Assim  foi crescendo a  nova Ordem que, sob o nome de  Ordem dos  Guilhermistas, se ramificou na França, na Itália, na Alemanha e na Holanda.
A Ordem dos  Guilhermistas teve a aprovação de Gregório IX, o qual lhe deu a regra  de São Bento.
Reflexões:
São Guilherme fez uma romaria à Terra  Santa, não por vaidade e curiosidade, ou por outros  motivos  menos elevados, mas unicamente com espírito de piedade e penitência, e para se estimular ainda mais no amor de Jesus Cristo e  aprofundar-se no grande mistério da  Sagrada Paixão e Morte. Oito anos ficou na Palestina, levando uma  vida  da  mais austera penitência.  O exemplo de São Guilherme não é isolado na história. Muitos santos, como ele, procuravam  os Santos Lugares. A visita dos Lugares  onde Nosso Senhor viveu,  ensinou, sofreu e morreu, impressionou-os tão vivamente, que se resolveram a  ficar na Palestina e lá,  à imitação do Filho de Deus, levar uma vida de  sacrifícios, de penitência e oração.
É injusto e  tolo, próprio de  espíritos acanhados, criticar e censurar pessoas que, impelidas pelo sentimento de piedade ou por uma necessidade espiritual, empreendem longas e penosas viagens para visitarem um Santuário ou a própria Terra Santa. Qualificar de  superstição e hipocrisia tais práticas de piedade e  penitência pode ser ignorância, se não for maldade ou impiedade.
http://www.paginaoriente.com.br/santosdaigreja/fev/guilheval1002.htm

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