quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

HOMÍLIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DOS DIAS 02/02/2017 A 04/02/2017

Ano A



2 de Fevereiro de 2017

Lc 2,22-40

Comentário do Evangelho

Realização da promessa

A festa da Apresentação do Senhor é celebrada quarenta dias depois do Natal. Remete-se ao século V. Comemora-se, nesse dia, o acontecimento bíblico relatado por Lucas em 2,22-40, relato próprio ao terceiro Evangelho.
O profeta Malaquias atuou em meados do século V a.C. A comunidade cristã que relê o texto do profeta Malaquias à luz da Ressurreição de Cristo encontra no trecho proposto para hoje uma clara referência a Jesus. A profecia serve de pano de fundo para o relato da apresentação do Senhor no Templo de Jerusalém e o reconhecimento do Messias por parte de Simeão e Ana. O texto distingue dois personagens, presentes nos relatos da infância: o “mensageiro” cuja missão é preparar o caminho, entenda-se, o caminho do Senhor (cf. Ml 3,1a); e depois, o próprio Senhor, a pessoa esperada e desejada que entra no seu Templo (cf. Ml 3,1b). Na releitura cristã da profecia de Malaquias, trata-se de João Batista e Jesus.
Lucas parece não ter nenhuma preocupação com a exatidão histórica e cultural. Originalmente, os costumes da apresentação e purificação da mãe são distintos; Lucas parece confundi-los. A prescrição para a purificação da mulher que deu à luz encontra-se em Lv 12,1ss. Lucas modifica Lv 12,6 – não é só a mulher que deve ser purificada, mas “eles” (cf. Lc 2,22). A prescrição quanto à consagração ou apresentação do primogênito ao Senhor encontra-se em Ex 13,1.11-12. O nosso relato baseia-se em 1Sm 1,22-28. O filho primogênito tinha que ser resgatado ao completar um mês do seu nascimento, mediante o pagamento de um ciclo de prata a um membro de uma família sacerdotal (Nm 3,47-48; 18,5-16). Lucas omite toda a menção do resgate do primogênito e transforma a cerimônia numa simples apresentação do menino no Templo de Jerusalém. Seja como for, e sem nos atermos a todas as possibilidades de interpretação, parece-nos que a intenção do evangelista é fazer com que o Antigo Testamento, representado por Simeão e Ana, tome, pelo Espírito Santo, a palavra para poder proclamar que a promessa de Deus foi realizada em Jesus (cf. Lc 2,29-32). Se a cada noite a Igreja canta o nunc dimitis, é para proclamar a cada dia a realidade da salvação oferecida indistintamente a toda a humanidade. É essa luz que ilumina todos os povos.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, a exemplo de Simeão e de Ana, faze-me penetrar no mais profundo do mistério de teu Filho Jesus, e torna-me proclamador da salvação presente na nossa história.
Fonte: Paulinas em 02/02/2014

Vivendo a Palavra

A Carta aos Hebreus lembra a humanidade do Cristo: “Ele não veio para os anjos, e sim para os filhos de Abraão”. Humanidade que não impediu Simeão reconhecer no Menino Jesus o Messias prometido. O Cristo permanece entre nós. Cheios de alegria, repitamos com o velho Simeão: «Agora, Senhor, podes deixar o teu servo partir em paz. Porque meus olhos viram a tua salvação.»
Fonte: Arquidiocese BH em 02/02/2014

Vivendo a Palavra

‘Ele será um sinal de contradição’ – disse Simeão. A apresentação do Menino no Templo significava o cumprimento de um preceito bem humano. Mas as profecias do idoso casal diziam outra coisa: aquela Criança era diferente, estava plena do Espírito e os olhos do Profeta viram nela a Salvação de todos os povos, a luz para iluminar as nações.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg05.php

Reflexão

Deus está sempre vindo ao nosso encontro, mas precisamos estar abertos à sua presença, precisamos querer vê-lo. Simeão e Ana queriam ver o Messias e estavam abertos à ação do Espírito Santo. Por isso, tiveram a oportunidade de reconhecer o salvador da humanidade naquele menino que, juntamente com tantos outros de sua época, eram apresentados em cumprimento da Lei do Senhor. Quem quer ver Jesus hoje também deve estar aberto ao Espírito Santo que nos move constantemente para a caridade e nos leva a reconhecer a presença do divino Mestre nos pobres e necessitados que precisam na nossa caridade.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=2

Recadinho

É fácil hoje envolver os filhos nas coisas da fé? - Acho difícil cumprir os preceitos da Igreja? - Eu me ocupo em primeiro lugar das coisas de Deus? - Consigo crescer espiritualmente ou estou sempre na mesma?- Tenho oportunidade de rezar em família? Em que circunstâncias?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 02/02/2014

Meditando o evangelho

LUZ PARA ILUMINAR OS POVOS

A presença de Simeão e Ana no rito litúrgico da apresentação do Menino Jesus no templo de Jerusalém serviu para explicitar a identidade e a missão do Filho de Deus. Ele era muito diferente dos inúmeros primogênitos trazidos ao templo para serem consagrados ao Senhor.
Simeão estava convicto de tratar-se do Messias. O Espírito Santo havia-lhe revelado que não morreria antes de vê-lo. Quando chegou no templo, também movido pelo Espírito Santo, e deparou-se com o menino Jesus, não teve dúvidas de que a promessa divina estava sendo cumprida. Daí seu hino de louvor, proclamando-o como presença da salvação na história do povo eleito, luz para iluminar todos os povos e ajudá-los a superar as trevas do erro, e motivo de glória para Israel. Posto como sinal de contradição, haveria de provocar divisão a seu respeito: enquanto seria reconhecido e acolhido por uns, tornar-se-ia motivo de escândalo e ódio para outros. Seria impossível manter-se neutro diante dele, pois sua presença revelaria os pensamentos escondidos no íntimo dos corações.
Por sua vez, Ana tornou-se uma espécie de apóstola do Messias Jesus, pois “falava do menino a quantos esperavam a redenção de Jerusalém”. Ela demonstrou estar absolutamente certa de quem se tratava. Daí ter-se empenhado em dizer a todos que, afinal, a salvação estava acontecendo.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, a exemplo de Simeão e de Ana, faze-me penetrar no mais profundo do mistério de teu Filho Jesus, e torna-me proclamador da salvação presente na nossa história.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-02

Oração Final
Pai Santo, José e Maria nos deixam o exemplo do respeito aos ritos do seu povo. O Menino é apresentado no Templo, conforme a Lei de Moisés. Inspira-nos, Pai amado, por teu Espírito, para participarmos consciente e ativamente na vida sacramental da nossa comunidade, nós te pedimos por Jesus, teu Filho e nosso Irmão, que contigo reina na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 02/02/2014

Oração Final
Pai Santo, infunde em nós especial veneração pelos Mistérios da Encarnação do Cristo, teu Verbo Criador, em Jesus de Nazaré. Que nós não nos acostumemos com a tua Misericórdia paternal, mas a anunciemos com alegria aos companheiros nesta viagem de retorno ao Lar Paterno, a tua Morada Santa. Pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
http://www.arquidiocesebh.org.br/mdo/pg06.php


3 de Fevereiro de 2017

Mc 6,14-29

Comentário do Evangelho

A fama de Jesus se espalhara

Quem não tinha ouvido falar de Jesus? Até Herodes o tinha! A fama de Jesus se espalhara (Mc 1,28). Se todo mundo falava e ouvia falar de Jesus, não havia unanimidade no que concerne a sua verdadeira identidade. O "fantasma" da morte de João perturbava Herodes, que era, no dizer de Lucas, um criminoso (Lc 3,19). João Batista, podemos dizer, é o primeiro mártir da moral. Por causa da denúncia de adultério de Herodes com Herodíades que ele foi encarcerado e brutalmente assassinado.
Carlos Alberto Contieri,sj
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
Fonte: Paulinas em 08/02/2013

Vivendo a Palavra

O orgulho de mostrar-se poderoso frente aos convidados levara Herodes a matar João Batista. Seu pecado fazia dele um ser angustiado, que queria ver Jesus, sobre quem todos falavam. História afora muitos têm o mesmo desejo: ver Jesus. Nós fazemos parte deste grupo? Temos nos esforçado para nos aproximar e seguir o Mestre?
Fonte: Arquidiocese BH em 08/02/2013

Reflexão

Todas as pessoas que participam da missão de Jesus, participam também do seu tríplice múnus: sacerdotal, profético e real. Participam do sacerdócio de Cristo através da busca da santificação pessoal e comunitária, da oração, da intercessão, etc. Participa do múnus profético através da palavra que denuncia o pecado e anuncia o Reino e participa do múnus régio pelo serviço aos irmãos e irmãs. A participação no múnus profético exige compromisso com a verdade e os valores morais, que atrai a ira de todos os que são contrários à proposta de Jesus, e, como no caso de João Batista, acarreta em ódio, vingança, perseguição e pode até levar à morte.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=3

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. O Preço do Pecado
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

O Evangelho nos mostra a conturbada relação de Herodes com Jesus. Claro que não há uma cronologia sequencial dos fatos aqui expostos, o que o evangelista ressalta muito bem é que os Poderosos desse mundo, aqui representados por Herodes, sempre se colocam acima de qualquer poder, mesmo o Divino, como donos absolutos da Vida podendo manipula-la á vontade, sempre é claro a seu favor.
Herodes não acreditava naquela onda de que o Batista, que ele mandara decapitar, atendendo o desejo de Salomé, a filha de sua amante Herodíades, teria ressuscitado em Jesus e voltara a vida para provocá-lo.
E qual é o pecado de Herodes? Exatamente o de colocar-se acima de Deus enquanto Rei, e mesmo que aprecie a quem prega, não pode voltar atrás em sua palavra, pois jurou durante um banquete no dia do seu aniversário. Celebrou a Vida decretando a morte do Justo que ousara denunciar o seu pecado de adultério.
A Eucaristia é um Banquete bem diferente do Banquete de Herodes, nela Jesus oferece a própria Vida para que toda Humanidade a tenha em abundância. Diferente de Herodes, Jesus mantém a sua Palavra, mesmo que isso represente perder a própria Vida. Se permanecesse fiel as Palavras de João Batista a quem tanto admirava, compreenderia que no Reino de Jesus, só ganha quem perde.
O homem da pós modernidade conhece Jesus Cristo, o seu evangelho e o seu Reino, admira os valores cristãos e  até os acha belos enquanto ideal de Vida, mas no momento em que, para decidir radicalmente a favor do Reino, correr o risco de perder algo, como Herodes prefere que prevaleça a mentira, a infidelidade e a morte do Justo, relativizando Jesus Cristo e seus ensinamentos, porque o seu egocentrismo só o leva a ver como absoluto seus interesses.
Os governantes e os legisladores do mundo, muitas vezes agem desse modo, decretando a morte do Justo, porque o seu testemunho é uma séria ameaça ao poder que ocupam. E assim, o banquete de morte se repete em todas as esferas, pois há sempre uma Herodíades caprichosa, querendo a cabeça dos que vivem e anunciam a Verdade Absoluta.

2. UM MÁRTIR DA VERDADE
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A liberdade com a qual Jesus pregava levou-o a ser confundido com João Batista. A corte do rei Herodes, por exemplo, quando ouviu falar a respeito de Jesus, pensou tratar-se de João Batista ressuscitado, operando maravilhas.
João Batista se tornara conhecido pela sua defesa intransigente da verdade. Nem o rei escapou de ser denunciado, quando, de maneira arbitrária, tomou para si a mulher de seu irmão. O profeta João não hesitou de lançar-lhe em face não ser permitido conservar para si aquela que não lhe pertencia.
Sua figura frágil não se intimidou diante da fúria de rei e de sua concubina. Ele não podia pactuar com o pecado de quem quer que fosse. E não temia pagar o preço de sua liberdade. Ele devia fidelidade somente a Deus.
O destino de João chamava a atenção para o destino de Jesus e de seus discípulos. Eles deveriam contar com a rejeição e a morte, especialmente, quando o serviço do Reino os confrontasse com a prepotência dos poderosos. A atitude firme e corajosa do Batista serviria de modelo inspirador. Assim como ele não se curvou diante da iniqüidade do rei, Jesus também não se curvaria. Os discípulos deveriam tomar esta atitude como modelo. O serviço do Reino comporta o testemunho da verdade, mesmo com o risco de perder a vida.
Oração
Senhor Jesus, seja o testemunho de liberdade e coragem demonstrado por João fonte de inspiração para minha caminhada de discípulo.

Fonte: NPD Brasil em 08/02/2013

HOMÍLIA DIÁRIA

Orientados por quem e para quê?

Postado por: homilia
fevereiro 8th, 2013

O Evangelho em Mc 6, 14-29 nos apresenta a surpreendente e, ao mesmo tempo, espantosa motivação da morte do Precursor do Messias, o qual comparou João Batista e indicou-lhe como marco do Reino combatido e  como o cumprimento do retorno de Elias: «A partir dos dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e violentos procuram arrebatá-lo. Pois João foi o tempo das profecias – de todos os Profetas e da Lei. E, se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos ouça» (Mt 11, 12).
Infelizmente Herodes, Herodíades e sua filha “Herodoida” (para não ficar sem nome), não quiseram acolher e seguir os sinais de Deus, ou seja, tendo ouvidos não quiseram ouvir o Senhor por intermédio do profeta. Também o Evangelho, longe de fazer da ignorância um “oitavo sacramento”, demonstra o quanto  o desconhecimento verdadeiro do rosto de Deus, em Cristo, é e será sempre um grande prejuízo ao ser humano. Assim testemunha o Evangelho: «O rei Herodes ouviu falar de Jesus, pois o nome dele tinha-se tornado muito conhecido. Alguns até diziam…» (Mc 6, 14).
O nome de Jesus é poderoso e salva quando entendido como a Pessoa de Cristo sendo reconhecida, e não reduzido a uma mera “informação” que entra pelos ouvidos e para na memória. “Conhecer” e “reconhecer”, na Bíblia, traduz uma experiência e uma relação que envolve pessoas. Para isto precisamos de fé e muito auxílio do Espírito Santo de Deus, o qual nunca faltou para quem quer que fosse, em todos os tempos e lugares.
Mas quem recusa o Deus que fala em nossa consciência, antes de tudo, vai endurecendo o coração e o ouvido para a Palavra e os Seus servos, por isso a família de Herodes – que necessitava urgentemente de salvação – foi se fechando ao verdadeiro amor do Pai, disposto a restaurar a sociedade a partir de cada pessoa e família.
João Batista, docilmente, foi somente profeta para eles: «Pois João vivia dizendo a Herodes: ‘Não te é permitido ter a mulher do teu irmão’. Por isso Herodíades lhe tinha ódio e queria matá-lo, mas não conseguia, pois Herodes temia João, sabendo que era homem justo e santo, e até lhe dava proteção. Ele gostava muito de ouvi-lo, mas ficava desconcertado» (Mc 6, 18-20). Donde nasceu tanta violência contra um profeta do Reino de Deus? Até onde foi o gosto de Herodes pela escuta da vontade do Senhor, o seu temor perante um mensageiro de Deus, também para a sua família?
Poderíamos arriscar esta resposta: “Foi até onde começava a entrega às suas paixões desorientadas, no adultério, orgulhosa incapacidade de voltar,  apego à própria imagem perante os convidados e a falta de sensibilidade à vida alheia” (cf. Mc 6, 22.26).
É verdade que paixões todos nós as temos, como a Igreja – perita em humanidade – tão bem ensina e expressa no Catecismo: «O termo ‘paixão’ pertence ao patrimônio cristão. Os sentimentos ou paixões são as emoções ou movimentos da sensibilidade. As paixões são componentes naturais do psiquismo humano.
O mais fundamental é o amor, provocado pela atração do bem. O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de alcançá-lo. Este movimento tem o seu termo no prazer. “Amar é querer bem a alguém”. Todos os outros afetos nascem, neste movimento original, do coração do homem para o bem. Só o bem é amado. “As paixões são más se o amor for mau, e boas se ele for bom”» (CIC nºs 1763-1766).
Assim, também nós temos a potencialidade de agirmos como Herodes, Herodíades ou a “Herodoida” se não consagrarmos constantemente as nossas paixões ao Espírito Santo que quer derramar constantemente o verdadeiro amor nos nossos corações (cf. Rm 5,5). Tomados pela Pessoa-Amor, as paixões pessoais e dos outros não nos “endoidarão” ou nos instrumentalizarão, e a paixão fundamental – o amor – conduzirá tudo para o bem.
Sabemos da parte de Deus e de João, que ele acabou prefigurando também, com o seu “injusto” julgamento e morte, o julgamento e morte de Jesus Cristo. No entanto, da parte dos agentes daquele mal fica também o ensinamento para todos os tempos, a começar para mim, que não basta ouvirmos o nome de Jesus nem admirarmos os profetas de Deus, tampouco gostarmos de ouvi-los, É preciso transcendermos os meios e ficarmos com o essencial anunciado: a Palavra de Deus obedecida com a vida e a morte!
Padre Fernando Santamaria – Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova em 08/02/2013

Meditando o evangelho

O APÓSTOLO NÃO SE INTIMIDA

A violência de Herodes, digno filho de um outro Herodes conhecido por seu caráter violento e cruel, despontou no horizonte de Jesus como uma terrível ameaça.
A fama dos feitos operados pelo Mestre chegou ao conhecimento desse rei desumano. Fato explicável, se considerarmos que ela corria de boca em boca. Como Herodes habitava em Tiberíades, junto ao lago da Galiléia, não muito distante dos lugares por onde Jesus atuava, era impossível não saber o que lá se passava.
Dentre as muitas hipóteses acerca da identidade de Jesus, Herodes identificava-o com João Batista reencarnado. Aquele a quem mandara decapitar, havia ressurgido e realizava gestos poderosos. Embora, em vida, o Batista não tenha realizado milagres, a crença popular atribuía-lhe esse poder, quando ressuscitasse. Teria sido inútil tê-lo punido, já que ressuscitara e começara novamente a agitar o povo?, perguntava-se o rei.
O movimento de Jesus não podia passar despercebido à autoridade romana. A atividade do Mestre – súdito do império – podia ser motivo para uma insurreição popular. Um levante do povo suscitaria imediatamente a intervenção do imperador.
Além da pressão sofrida por parte das lideranças judaicas, Jesus viu-se também às voltas com a hostilidade da autoridade romana. Em todo o caso, isso não foi suficiente para amedrontá-lo e desviá-lo de sua missão. Afinal, um apóstolo jamais se intimida!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, que as contrariedades da vida jamais me intimidem e impeçam de seguir adiante, cumprindo minha missão de evangelizador.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-3

Oração Final
Pai Santo, que a leitura do Evangelho que fazemos não se justifique pela busca de mais conhecimentos ou de cultura, mas que seja uma tentativa sincera de nos aproximarmos de Jesus e de segui-lo pelos caminhos da vida fazendo o bem aos companheiros peregrinos. Pelo mesmo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 08/02/2013


4 de Fevereiro de 2017

Mc 6,30-34

Comentário do Evangelho

A compaixão não se confunde com dó

Trata-se da volta dos Doze da missão para a qual foram enviados (cf. Mc 6,6b-12). A indeterminação do período de duração da missão parece querer fazer parecer ao leitor que a missão se estende para além de qualquer circunscrição histórica. Depois da partilha (v. 30), os discípulos são convidados por Jesus a ir a um lugar distante para descansar. O “descanso” permite ver que, em todo o bem feito, é Deus quem está na origem. O descanso é dado para recordar o quanto o Senhor fez por seu povo. A proposta não pôde ser levada a termo em razão do grande número de pessoas que procuram Jesus (cf. tb. Mc 3,20) e do sentimento que move Jesus na realização de sua missão: a “compaixão” (v. 34). A compaixão é um sentimento divino que faz agir em favor das pessoas, socorrendo-as em suas necessidades; não se confunde com simples pena ou dó, mas abre o coração para que a pessoa ofereça o melhor de si mesma em favor dos demais. O abandono do povo por aqueles que deviam cuidar dele, qual pastor cuida do seu rebanho, é a causa da compaixão de Jesus (cf. v. 34; ver: Nm 27,17; 1Rs 22,17). O seu ensinamento orienta e congrega. Nosso texto serve de introdução ao relato da “multiplicação dos pães” (vv. 35-44).
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo.
Fonte: Paulinas em 08/02/2014

Vivendo a Palavra

O Mestre cuida do bem estar dos discípulos e os convida a descansar em lugar deserto. Lembremos disto em nossas relações com os companheiros de viagem e de fé. Não os sobrecarreguemos com tarefas demasiadas, deixando-lhes tempo e inspiração para se colocarem a sós em oração, na companhia do Pai Misericordioso.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2015

Reflexão

Devemos colocar a nossa felicidade onde se encontram os verdadeiros valores. As pessoas que vivem segundo os valores desse mundo colocam a sua felicidade nas coisas do mundo. São pessoas materialistas e hedonistas, marcadas pelo desejo do acúmulo de bens materiais e de poder e também na busca desenfreada de todos os prazeres proporcionados por este mundo, como é o caso do sexo e dos vícios em geral. São pessoas insatisfeitas porque na verdade foram criadas à imagem e semelhança de Deus e só podem ser satisfeitas plenamente em Deus, uma vez que são abertas ao infinito. Somente quem coloca a sua felicidade nos valores eternos encontra em Deus a sua plena satisfação.
http://liturgiadiaria.cnbb.org.br/app/user/user/UserView.php?ano=2017&mes=2&dia=4

Recadinho

Procuramos agir com dedicação quando se trata de testemunhar a Graça de Deus? - Nós nos preocupamos com o repouso necessário dos que se dedicam ao serviço? - Procuramos nos alimentar sempre das coisas de Deus? - Procuramos momentos específicos para nossa comunicação com Deus? - Não há muita gente esquecida, que vive na solidão?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - Santuario Nacional em 08/02/2014

Meditando o evangelho

MISSÃO CUMPRIDA

A volta dos apóstolos para junto de Jesus, após terem cumprido a missão recebida, corresponde ao término de uma etapa importante da formação dos discípulos. A ação missionária deles foi uma espécie de ensaio prático do que haveria de ser sua futura missão. O reencontro com o Mestre serviria para avaliar o trabalho realizado. Por isso, relataram-lhe tudo quanto tinham feito e ensinado. Era importante receber as observações do Mestre, para terem a certeza de estar trilhando o caminho correto.
A missão dos apóstolos era, em tudo, semelhante à de Jesus. Como ao Mestre, cabia-lhes anunciar a chegada do Reino de Deus e conclamar o povo à conversão. Os milagres realizados indicavam que o Reino estava acontecendo na vida do povo, em forma de libertação. Sobretudo, era significativo o poder de libertar as pessoas da opressão dos espíritos impuros. Com a chegada do Reino, elas já não estavam fadadas a serem escravas de quem quer que fosse.
Os apóstolos foram instruídos a imitar o Mestre também em outros aspectos. Quanto à pobreza, deveriam dar prova de total confiança na providência divina. Quanto à coragem diante das dificuldades, não deveriam desistir da missão, caso fossem rejeitados. Quanto ao estar sempre a caminho, deveriam evitar fixar-se num só lugar.
Após terem realizado, a contento, a missão recebida, puderam repousar um pouco com o Mestre.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Pai, dá-me as disposições necessárias para eu realizar bem a missão recebida de Jesus, tendo-o sempre como modelo.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-02-4

Oração Final
Pai Santo, livra-nos do ativismo e nos faze recordar da dimensão humana dos nossos irmãos de fé. Lembremo-nos do exemplo do Mestre, que cuidava para que os discípulos tivessem oportunidade de estar a sós com Ele em descanso e oração. Nós Te pedimos, Pai amado, pelo Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 19/07/2015


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