terça-feira, 10 de janeiro de 2017

JANEIRO - MÊS DEDICADO AO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS


Quando a Igreja celebra a Festa do Nome de Jesus?

“Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor” (Fil 2, 9-11).
Depois da Oitava de Natal, a Igreja celebra a importante festa do Santíssimo Nome de Jesus, no dia 2 de janeiro. É uma festa muito importante, mas que às vezes passa despercebida.
Sabemos que segundo a Lei de Moisés, todo menino era circuncidado no oitavo dia e era o pai quem lhe dava o nome. São José teve a honra de ser encarregado por Deus para dar o nome ao divino Menino. O arcanjo Gabriel disse à Virgem Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31).
E depois o mesmo Arcanjo o confirma em sonho a José: “Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1, 20-21). “Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o Nome de Jesus” (Lc 2, 21).
Assim, o Santíssimo Nome de Jesus foi dado pelo céu; por isso tem poder. Santa Joana D´Arc morria na fogueira repetindo o nome de Jesus. O nome Jesus representa a Pessoa divina do Verbo encarnado.
Note que São Gabriel deixou claro a José a razão deste nome: “porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. A palavra Jesus em Hebraico quer dizer “Deus Salva” ou Salvador. Então, pronunciar o nome de Jesus com fé, é toma-lo como divino salvador.
É no Nome de Jesus que os pecados são perdoados. “O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2, 10). Ele pode dizer ao pecador: “Teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5). E ele transmite esse poder aos homens – os Apóstolos – (Jo 20, 21-23) para que o exerçam em seu Nome.
A Igreja põe à nossa disposição a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com frequência.
A Ressurreição de Jesus glorifica o nome do Deus Salvador, pois a partir de agora é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do “nome acima de todo nome”. Os espíritos maus temem Seu nome, e é em nome d’Ele que os discípulos de Jesus operam milagres, pois tudo o que pedem ao Pai em seu Nome o Pai lhes concede. É no Nome de Jesus que os enfermos são curados, é em seu nome que os mortos ressuscitam, os coxos andam, os surdos ouvem, os leprosos ficam curados… Esse nome bendito tem poder!
Depois que o pecado atingiu a humanidade, somente o Nome do Deus Redentor pode salvar o homem. E este Nome é Jesus. É pelo Nome de Jesus que os Apóstolos operaram maravilhas. “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu Nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16,17-18). Portanto, o Nome Santo de Jesus tem poder e deve ser invocado com respeito, veneração e fé.
“O nome de Jesus significa que o próprio nome de Deus está presente na Pessoa de seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. E o único nome divino que traz a salvação e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação, de sorte que “não existe debaixo do céu outro nome dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4,12). (n.432)
Os fariseus e doutores da lei quiseram impedir os Apóstolos de pregar em Nome de Jesus: “Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus” (At 4, 17-18). Mas eles se negam a deixar de pronunciar este santo Nome, porque sabem que não há salvação em nenhum outro.
O Nome de Jesus está no cerne da oração cristã. Todas as orações litúrgicas são concluídas pela fórmula “por Nosso Senhor Jesus Cristo…”. A “Ave-Maria” culmina no “bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. O nome de Jesus está no centro da oração mariana; o Rosário é centrado no Nome de Jesus, por isso tem poder.
Aquele ceguinho de Jericó clamou com fé o nome de Jesus e ficou curado: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!” É o que cada um de nós precisa fazer em todas as dificuldades da vida.

LADAINHA DO SANTÍSSIMO NOME DE JESUS

SENHOR, tende piedade de nós.
JESUS CRISTO, tende piedade de nós.
SENHOR, tende piedade de nós.
JESUS CRISTO, ouvi-nos.
JESUS CRISTO, atendei-nos.
PAI CELESTE, que sois DEUS, tende piedade de nós.
FILHO, Redentor do mundo, que sois DEUS, tende…
SANTÍSSIMA TRINDADE, que Sois um só DEUS,
JESUS, filho de DEUS vivo,
JESUS, pureza da luz eterna,
JESUS, rei da glória,
JESUS, sol de justiça,
JESUS, filho da Virgem Maria,
JESUS amável,
JESUS, admirável,
JESUS, DEUS forte,
JESUS, pai do futuro século,
JESUS, anjo do grande conselho,
JESUS, poderosíssimo,
JESUS, pacientíssimo,
JESUS, obedientíssimo,
JESUS, manso e humilde de coração,
JESUS, amante da castidade,
JESUS, amador nosso,
JESUS, DEUS da Paz,
JESUS, autor da vida,
JESUS, exemplar das virtudes,
JESUS, zelador das almas,
JESUS, nosso refúgio,
JESUS, pai dos pobres,
JESUS, tesouro dos fiéis,
JESUS, boníssimo pastor,
JESUS, luz verdadeira,
JESUS, sabedoria eterna,
JESUS, bondade infinita,
JESUS, nosso caminho e nossa vida,
JESUS, alegria dos anjos,
JESUS, rei dos patriarcas,
JESUS, mestre dos apóstolos,
JESUS, doutor dos evangelistas,
JESUS, fortaleza dos mártires,
JESUS, luz dos confessores,
JESUS, pureza das virgens,
JESUS, coroa de todos os santos.
Sede-nos propício, perdoai-nos, JESUS.
Sede-nos propício, ouvi-nos JESUS.

De todo o mal, livrai-nos JESUS.
De todo o pecado, livrai-nos JESUS.
De Vossa ira,
Das ciladas do demônio,
Do espírito da impureza,
Da morte eterna,
Do desprezo das Vossas inspirações,
Pelo mistério da Vossa Santa Encarnação,
Pela Vossa natividade,
Pela Vossa infância,
Pela Vossa santíssima vida,
Pelos Vossos trabalhos,
Pela Vossa agonia e paixão,
Pela Vossa cruz e desamparo,
Pelas Vossas angústias,
Pela Vossa morte e sepultura,
Pela Vossa ressurreição,
Pela Vossa ascensão,
Pela Vossa instituição da Santíssima Eucaristia,
Pelas Vossas alegrias,
Pela Vossa glória,

Cordeiro de DEUS, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, JESUS.
Cordeiro de DEUS, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos,JESUS.
Cordeiro de DEUS, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós, JESUS.
JESUS, ouvi-nos JESUS atendei-nos.

OREMOS: Senhor JESUS CRISTO, que dissestes: pedi e recebereis, buscai e achareis, batei e abrir-se-vos-á, nós Vos suplicamos que concedais a nós, que vo-Lo pedimos, os sentimentos afetivos de Vosso divino amor, a fim de que nós Vos amemos de todo o coração e que esse amor transcenda por nossas ações. Permiti que tenhamos sempre, Senhor, um igual temor e amor pelo Vosso Santo Nome, pois não deixais de governar aqueles que estabeleceis na firmeza do Vosso amor. Vós que viveis e renais para todo o sempre. Amém.
http://cleofas.com.br/quando-a-igreja-celebra-a-festa-do-nome-de-jesus/


É em nome do Divino Salvador que a Igreja reza, cura os enfermos, evangeliza os povos, expulsa os demônios, enfim, realiza sua obra de salvação das almas

E seu nome será: Conselheiro Admirável, Deus Forte, Pai Eterno, Príncipe da Paz" (Is 9, 5).
Sim, quanto é maravilhoso, rico e simbólico este nome que, segundo o Profeta Isaías, significa "Deus conosco"! Como o Arcanjo Gabriel deve ter enlevado a Santíssima Virgem Maria - que ponderava todas as coisas em seu coração - com estas palavras no momento da Anunciação: "E Lhe porás o nome de Jesus"! (Lc 1,31).


Fecunda fonte de inspiração

Esta frase, que ficou indelevelmente gravada no Imaculado Coração de Maria, chega aos ouvidos dos fiéis de todos os tempos, no orbe terrestre inteiro, fecundando os bons afetos de todo homem batizado. Ao longo dos séculos, diversas almas monásticas e contemplativas foram inspiradas por ela a tal ponto que inúmeras composições de canto gregoriano versam sobre o suave nome do Filho de Deus.
Há uma misteriosa e insondável relação entre o nome de Jesus e o Verbo Encarnado, não sendo possível conceber outro que lhe seja mais apropriado.
É o mais suave e santo dos nomes. Ele é um símbolo sacratíssimo do Filho de Deus, e sumamente eficaz para atrair sobre nós as graças e favores celestiais. O próprio Nosso Senhor prometeu: "Qualquer coisa que peçais a meu Pai em meu nome, Ele vo-la concederá" (Jo 14,13). Que magnífico convite para repeti-lo sem cessar e com ilimitada confiança!

Invoque este nome poderosíssimo!

A Santa Igreja, mãe próvida e solícita, concede indulgências a quem invocá-lo com reverência, inclusive põe à disposição de seus filhos a Ladainha do Santíssimo Nome de Jesus, incentivando-os a rezá-la com freqüência.
No século XIII, o Papa Gregório X exortou os bispos do mundo e seus sacerdotes a pronunciar muitas vezes o nome de Jesus e incentivar o povo a colocar toda sua confiança neste nome todo poderoso, como um remédio contra os males que ameaçavam a sociedade de então. O Papa confiou particularmente aos dominicanos a tarefa de pregar as maravilhas do Santo Nome, obra que eles realizaram com zelo, obtendo grandes sucessos e vitórias para a Santa Igreja.
Um vigoroso exemplo da eficácia do Santo Nome de Jesus verificou-se por ocasião de uma epidemia devastadora surgida em Lisboa em 1432. Todos os que podiam, fugiam aterrorizados da cidade, levando assim a doença para todos os recantos de Portugal. Milhares de pessoas morreram. Entre os heróicos membros do clero que davam assistência aos agonizantes estava um venerável bispo dominicano, Dom André Dias, o qual incentivava a população a invocar o Santo Nome de Jesus.
Ele percorria incansavelmente o país, recomendando a todos, inclusive aos que ainda não tinham sido atingidos pela terrível enfermidade, a repetir: Jesus, Jesus! "Escrevam este nome em cartões, mantenham esses cartões sobre seus corpos; coloquem-nos, à noite, sob o travesseiro; pendurem-nos em suas portas; mas, acima de tudo, constantemente invoquem com seus lábios e em seus corações este nome poderosíssimo".
Maravilha! Em um prazo incrivelmente curto o país inteiro foi libertado da epidemia, e as pessoas agradecidas continuaram a confiar com amor no Santo Nome de nosso Salvador. De Portugal, essa confiança espalhou-se para a Espanha, França e o resto do mundo.

Uma retribuição agradável a Deus

O ardoroso São Paulo é o apóstolo por excelência do Santo Nome de Jesus. Diz ele que este é "o nome acima de todos os nomes", e louva seu poder com estas palavras: "Ao nome de Jesus dobrem-se todos os joelhos nos céus, na terra e nos infernos" (Fil 2,10).
São Bernardo era tomado de inefável alegria e consolação ao repetir o nome de Jesus. Ele sentia como se tivesse mel em sua boca, e uma deliciosa paz em seu coração. São Francisco de Sales não hesita em dizer que quem tem o costume de repetir com freqüência o nome de Jesus, pode estar certo de obter a graça de uma morte santa e feliz. Outro imenso favor!


Mas este grande dom não nos pede alguma retribuição?

Sim. Além de muita confiança e gratidão, o desejo sincero de viver em inteira consonância com as infinitas belezas contidas no santíssimo Nome de Jesus. E também - a exemplo do venerável bispo português Dom André Dias - o empenho em divulgá-lo aos quatro ventos. Digna de honra e louvor é a mãe verdadeiramente católica, que ensina seus filhos a pronunciar os doces nomes de Jesus e de Maria mesmo antes de dizer mamãe e papai, bem como a pautar sua vida pela desses dois modelos divinos.

* * * * * * * * * *

Muitos habitantes de Jerusalém assistiram à cena tão bem narrada nos Atos dos Apóstolos, que o leitor tem a impressão de estar também presente.
Pedro e João subiam ao Templo para rezar. Um coxo de nascença, postado na Porta Formosa, lhes pediu esmola.
- Olha para nós! - disse-lhe o Príncipe dos Apóstolos. - O pobre fitou-os com atenção, perguntando- se quanto iria receber.
- Não tenho prata nem ouro, mas dou-te o que tenho: em nome de Jesus de Nazaré, levanta-te e anda. - Dando um salto, o aleijado pôsse de pé e entrou com eles no Templo, saltando e louvando a Deus. E de tal forma agarrou-se aos dois Apóstolos que em torno destes juntou-se uma multidão estupefata. Ao ver isso, Pedro assim falou:
- Varões israelitas, por que olhais para nós, como se por nosso poder tivéssemos feito andar este homem? O Deus de nossos pais glorificou seu filho Jesus. Mediante a fé em seu nome é que esse mesmo nome deu a cura perfeita a este homem que vós vedes e conheceis.

Não há outro nome pelo qual sejamos salvos

Continuou São Pedro seu discurso, exortando os ouvintes à conversão, até ser interrompido por alguns sacerdotes e saduceus, acompanhados do chefe da guarda do Templo, o qual prendeu os dois homens de Deus. No dia seguinte, foram eles conduzidos à presença do Sumo Sacerdote e seu Conselho.
- Com que poder e em nome de quem fizestes isso? - perguntaram-lhe. A resposta veio serena, mas firme:
- Príncipes do povo e anciãos, ouvi- me! Já que somos aqui interrogados sobre a cura de um homem enfermo, seja notório a todo o povo de Israel que é em nome de Jesus Cristo Nazareno, é por ele que este homem está são diante de vós. Não há salvação em nenhum outro, porque não há sob o céu nenhum outro nome pelo qual devamos ser salvos.

Por que proibir?

A firmeza do Primeiro Papa deixou desconcertados os inimigos de Jesus. Fazendo-os sair da sala do Conselho, deliberaram entre si: "Que faremos destes homens? Porquanto o milagre por eles feito se tornou conhecido de todos os habitantes de Jerusalém, e não o podemos negar. Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos que no futuro falem a alguém nesse nome" (At 4, 16-17).


Chamaram, então, de volta os dois discípulos do Senhor e os intimaram terminantemente a nunca mais falar ou ensinar em nome de Jesus. Ordem à qual, aliás, Pedro e João declararam de forma categórica que não obedeceriam, pois deviam obediência a Deus antes de tudo. Qual o motivo de tão injustificada proibição?
Na perspectiva dos inimigos de Deus e de sua Igreja, não é difícil entender a razão: muitos dos que ouviram aquela pregação de São Pedro creram, "e o número dos fiéis elevou-se a mais ou menos cinco mil" (At 4, 4). Compreende-se, assim, a sanha do Sinédrio, pois percebia bem que, nessa proporção, em pouco tempo a Igreja se expandiria por todo o mundo.

Pregar o Evangelho é proclamar o nome de Jesus

Como poderia a Santa Igreja deixar de orar, pregar, batizar e curar em nome de Jesus?
Desde os primeiros dias do Cristianismo, pregar o Evangelho é proclamar esse nome glorioso entre todos. É pelo seu poder divino que se operam os milagres: "Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome, falarão novas línguas (...) imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados" (Mc 16, 17-18).
O nome do Redentor não podia deixar de ocupar um lugar proeminente na vida da Igreja, uma vez que Ele próprio afirmou: "Tudo o que pedirdes ao Pai em meu nome, vo-lo farei" (Jo 14, 13). E no ato do Batismo, pelo qual nasce o cristão, é "em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito de nosso Deus" que a alma é lavada, santificada e justificada (Cf. 1Co 6, 11).
Tudo isso tem uma valiosa aplicação em nossa vida de católicos: a invocação do Santíssimo Nome de Jesus é uma fonte inesgotável de graças para a santificação pessoal e as obras de evangelização (Revista Arautos do Evangelho, Janeiro/2005, n. 37, p. 22-25)

http://www.arautos.org/especial/10916/O-Santissimo-NOME-DE-JESUS-.html

Festa do Nome de Jesus

O Santíssimo Nome de Jesus foi dado pelo céu

“Por isso Deus o exaltou soberanamente e lhe outorgou o Nome que está acima de todos os nomes, para que ao Nome de Jesus se dobre todo joelho no céu, na terra e nos infernos. E toda língua confesse, para a glória de Deus Pai, que Jesus Cristo é Senhor” (Fil 2,9-11).
A Igreja celebra oito dias após o Natal, em 2 janeiro, de acordo com o “Diretório da Liturgia” da CNBB, a festa do Santíssimo Nome de Jesus; porque oito dias depois de seu Nascimento, São José O circuncidou e lhe colocou o nome de Jesus, conforme o Anjo tinha dito à Virgem Maria. “”O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus” (Lc 1, 30-31). E assim foi cumprido conforme a Lei de Moisés: “Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o Nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno” (Lc 2,21).
O Santíssimo Nome de Jesus foi dado pelo céu; tanto assim, que o Arcanjo Gabriel o confirma em sonho a São José: “Enquanto assim pensava, eis que um anjo do Senhor lhe apareceu em sonhos e lhe disse: José, filho de Davi, não temas receber Maria por esposa, pois o que nela foi concebido vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus, porque ele salvará o seu povo de seus pecados” (Mt 1, 20-21). Cabia ao pai dar o nome para o filho no costume judaico.
O Anjo deixou bem claro a José a razão deste nome: “porque ele salvará o seu povo de seus pecados”. A palavra “Jesus”, em hebraico, quer dizer: “Deus Salva” ou “Salvador”.
No momento da Anunciação, o anjo Gabriel dá-lhe como nome próprio Jesus, que exprime, ao mesmo tempo, Sua identidade e missão. Uma vez que “só Deus pode perdoar os pecados” (Mc 2,7), é Ele que, em Jesus, seu Filho eterno feito homem, “salvará seu povo dos pecados” (Mt 1,21). Em Jesus, portanto, Deus recapitula toda a sua história de salvação em favor dos homens. “O Filho do Homem tem poder de perdoar pecados na terra” (Mc 2,10). Ele pode dizer ao pecador: “Teus pecados estão perdoados” (Mc 2,5). E o Senhor transmite esse poder aos homens –– os apóstolos – (Jo 20,21-23) – para que o exerçam em seu Nome.

O poder do nome de Jesus

A Ressurreição de Jesus glorifica o nome do Deus Salvador, pois, a partir de agora, é o nome de Jesus que manifesta em plenitude o poder supremo do “Nome acima de todo nome”. Os espíritos maus temem Seu nome, e é em nome d’Ele que os discípulos de Jesus operam milagres, pois tudo o que pedem ao Pai em Seu nome o Pai lhes concede. É no nome de Jesus que os enfermos são curados, é em Seu nome que os mortos ressuscitam, os coxos andam, os surdos ouvem, os leprosos ficam curados. Esse nome bendito tem poder!
Depois que o pecado atingiu a humanidade, somente o Nome do Deus Redentor pode salvar o homem. E este nome é Jesus. É pelo Nome de Cristo que os apóstolos operaram maravilhas, pois Ele lhes tinha dito: “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu Nome, falarão novas línguas, manusearão serpentes e, se beberem algum veneno mortal, não lhes fará mal; imporão as mãos aos enfermos e eles ficarão curados” (Mc 16,17-18). Portanto, o Nome Santo de Jesus tem poder e deve ser invocado com respeito, veneração e fé.
Após o milagre do aleijado na porta do Templo, os fariseus e doutores da lei quiseram impedir os apóstolos de pregar em nome de Jesus: “Todavia, para que esta notícia não se divulgue mais entre o povo, proibamos com ameaças, que no futuro falem a alguém nesse Nome. Chamaram-nos e ordenaram-lhes que absolutamente não falassem nem ensinassem em nome de Jesus” (At 4,17-18).
Eles se negam a deixar de pronunciar este santo Nome, porque sabem que não há salvação em nenhum outro: “Esse Jesus, pedra que foi desprezada por vós, edificadores, tornou-se a pedra angular. Em nenhum outro há salvação, porque debaixo do céu nenhum outro nome foi dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos” (At 4,11-12).
O nome de Jesus significa também que o próprio nome de Deus está presente na Pessoa de seu Filho feito homem para a redenção universal e definitiva dos pecados. É o único Nome divino que traz a salvação, e a partir de agora pode ser invocado por todos, pois se uniu a todos os homens pela Encarnação.
O nome do Deus Salvador era invocado uma só vez por ano pelo sumo sacerdote, para a expiação dos pecados de Israel, depois dele aspergir o propiciatório do Santo dos Santos com o sangue do sacrifício. O propiciatório era o lugar da presença de Deus. Quando São Paulo diz de Jesus que “Deus o destinou como instrumento de propiciação, por seu próprio Sangue” (Rm 3,25), quer afirmar que na humanidade deste último “era Deus que em Cristo reconciliava consigo o mundo” (2Cor 5,19).
O Nome de Jesus está no cerne da oração cristã. Todas as orações litúrgicas são concluídas pela fórmula “por Nosso Senhor Jesus Cristo…”. A Ave-Maria culmina no: “e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. O nome de Jesus está no centro da Ave-Maria; o Rosário é centrado no Nome de Jesus, por isso tem poder.
A oração oriental denominada “oração a Jesus” diz: “Jesus Cristo, Filho de Deus Vivo, Senhor, tem piedade de mim, pecador”. Numerosos cristãos, como Santa Joana d’Arc, morreram tendo nos lábios apenas o nome de Jesus.
Que nós possamos também, hoje e sempre, pronunciar com fé e devoção este nome doce e santo que tem poder, como aquele cego de Jericó, que clamou com fé e ficou curado: “Jesus, Filho de Davi, tem piedade de mim!”
Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino
http://formacao.cancaonova.com/igreja/catequese/festa-do-nome-de-jesus/

Santíssimo Nome de Jesus


Comemoração litúrgica 02 de janeiro.

O nome de Jesus é grande pelo que significa. O nome de Jesus foi posto por Maria e José, em obediência à ordem que lhe viera de Deus. Disse o Arcanjo a Maria: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus”. (Lc. 1,  31). A São José o Anjo disse: “Não temas receber Maria, tua mulher; porque o que nela se gerou, é obra do Espírito Santo. E dará à luz um filho, e por nome o chamarás Jesus”. (Mt. 1,  20). – Ora, os nomes impostos a alguém por ordem de Deus significam sempre qualquer dom  gratuito concedido pelo céu, assim como foi dado a Abraão. (Gen. 41,  51): “Serás chamado Abraão, porque te constitui pai de muita gente”. A Pedro foi dado o nome significativo: “Tu és Pedra, e sobre esta pedra edificarei minha Igreja”. Porque a Cristo tinha sido conferido o dom da graça, pela qual todos seriam salvos, era conveniente que fosse chamado Jesus, isto é, “Salvador”. (São Tomás de Aquino).
Este nome adorável, que significa salvação, foi predito pelos profetas, que chamaram ao Messias “Emanuel” (Is. 7, 14), isto é, Deus conosco, para assim designar  “a causa da nossa salvação, que é a união da natureza divina com a humana, na pessoa do Filho de Deus, que, como Deus, fica conosco, participando da nossa natureza”. Chamaram-no (Is. 9,  6) “admirável, conselheiro, Deus forte, Pai do futuro século, Príncipe da paz”, títulos estes que designam todos o “caminho e o fim da nossa salvação, sendo nós, pelo admirável conselho e pela virtude divina, conduzidos à herança do futuro século, em que gozaremos da paz perfeita dos filhos de Deus, sob a própria soberania de Deus”.  Chamaram-no: (Zac. 6, 12) “o homem, o nascituro”, para exprimir todo o mistério da Encarnação”. (São Tomás).
O nome de Jesus é o nome próprio do Verbo encarnado; é o nome que nos relembra o maior das obras de Deus e o maior benefício que d´Ele  nos veio. O nome de Deus Redentor inclui o de Deus Criador, se bem que este não contenha aquele, pois a Redenção supõe a criação e a criação não encerra em si necessariamente a Redenção.
O nome de Jesus relembra-nos não só o Salvador e a salvação, que por Ele nos veio, mas também o modo admirável por que fomos salvos. Poderia salvar-nos por meio de uma só palavra, como por uma palavra só criou o mundo; mas quis tomar sobre si nossa enfermidade, para curar e tirar os nossos pecados; quis encarnar-se, nascer num estábulo, viver pobre, sofrer, ser crucificado e morrer por nós. Levou a humildade e obediência até a morte, para assim merecer o nome de Jesus. Aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo – diz São Paulo – “fazendo-se semelhante aos homens e sendo reconhecido pelo exterior como homem. Humilhou-se a si mesmo, feito obediente até a morte e morte de cruz. Pelo que também Deus o exaltou, e lhe deu um nome, que está acima de todo nome. A fim de que ao nome de Jesus todo o joelho se dobre no céu, na terra e nos infernos; e toda a língua confesse que o Senhor Jesus Cristo está na glória de Deus Padre”. (Fil. 2, 7-11).
O nome de Jesus produz admiráveis efeitos naqueles que devotamente o invocam. Como os sacramentos não só significam a graça, mas também a produzem, assim o nome de Jesus não só significa, mas também produz a salvação de quem devotamente o invoca.
“Todo aquele que invocar o nome do Senhor, será salvo”. (Joel, 2, 22; At. 2, 21; Rom. 10, 12). “Do céu abaixo, nenhum outro nome foi dado aos homens pelo o qual nos cumpra fazer a nossa salvação”. (Rom. 4, 12).
O nome de Jesus, devotamente invocado, salva-nos do perigo de sermos vítima do inimigo infernal. Satanás tem um verdadeiro pavor deste Nome. “Os demônios têm medo deste Nome, que os faz tremer. E nós podemos afugentá-los, invocando o Nome de Jesus crucificado”. (São Jerônimo).
O nome de Jesus dá vigor aos mártires e a todos os fiéis que lutam pela fé. Fá-los triunfar generosamente de todos os obstáculos, de todas as perseguições e da própria morte. O mundo, à semelhança do demônio, seu soberano, se agita ao ouvir o Nome de Jesus. Queria que não mais se pronunciasse este Nome e cheio de ódio, com o Sinédrio de Jerusalém, até hoje declara: “Ameacemo-los, para que daqui em diante não falem neste nome a homem nenhum”. (At. 4,  17). Mas em virtude deste Santo Nome os eleitos, para a confusão do mundo, operam verdadeiros milagres, segundo a profecia do próprio Salvador: “Em meu nome expulsarão os demônios, falarão novas línguas, manusearão as serpentes e, se beberem alguma coisa mortífera, não lhes fará mal; porão as mãos sobre os enfermos e serão curados”. (Mc. 16, 17).
O nome de Jesus produz sempre grande milagre de aplacar as mais furiosas tempestades na alma daqueles que o invocam devotamente. “Há entre vós alguém que se ache triste ? Entre-lhe Jesus no coração e digam-no os lábios; e eis que, ao pronunciar este Nome, as nuvens se dissipam e volta a serenidade. Se entre vós houver quem tenha caído em falta grave e, deixando-se levar pelo desespero, nutrir idéias de suicídio: não voltará ao amor da vida, se invocar este nome da vida ?” (São Bernardo)
Invoquemos, pois, o Santíssimo Nome de Jesus nas tentações, nas perseguições, na aflição. Invoquemo-lo sempre. “Por ele ofereçamos sempre a Deus um sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que  lhe confessam o nome”. (Hebr. 13,  15). “ Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, tudo seja em nome do Senhor Jesus Cristo, rendendo raças por ele a Deus Padre”. (Col. 3,  17). Pronunciemos muitas vezes em vida este Nome de salvação, para que o possamos pronunciar na morte, qual penhor seguro da felicidade eterna.
R E F L E X Õ E S
Santo Inácio, Mártir, cuja festa a Igreja celebra no dia 1 de fevereiro, tinha por costume pronunciar devotamente o nome de Jesus. Deste grande Santo da Igreja antiga conta-se o seguinte: Certa vez os Apóstolos disputavam entre si, qual seria o maior no reino dos céus. Cristo entrou com eles na cidade de Cafarnaum e chamou para junto de si um menino de quatro anos, tomou-o pela mão e disse aos Apóstolos: “Se não vos converterdes e não vos fizerdes como meninos, não entrareis no reino dos céus”. O tal menino, de nome Inácio, muitas vezes ainda procurou aquele lugar, onde Nosso Senhor o tinha chamado, beijava então o chão e dizia aos companheiros: “Foi aqui que Jesus me abraçou”. Inácio cresceu, ordenou-se sacerdote e como Bispo, dirigiu a cidade de Antioquia, onde São Pedro trabalhava durante sete anos. Quando o imperador Trajano chegou a Antioquia e achou abandonados os templos dos deuses, perguntou ao prefeito pelo motivo dessa estranhável circunstância. “O culpado é o bispo dos cristãos, Inácio”, respondeu o prefeito. O santo ancião foi citado perante o imperador, que o recebeu com esta pergunta: “És tu o mau espírito, causador de tanta desordem nesta cidade ?”
Inácio respondeu: “Não é espírito mau aquele que tem Deus no coração”. O imperador: “É a Jesus de Nazaré que te referes ?”  O bispo respondeu afirmativamente e disse mais umas palavras de desaprovação do culto pagão. Trajano enfureceu-se e condenou Inácio “ad leones”, a ser atirado aos leões no circo. Inácio foi levado para Roma, onde sofreu o martírio. Dois leões esfomeados esperavam impacientes a presa. Antes de ser triturado pelos dentes das feras, Inácio disse em voz alta uma oração e terminou com estas palavras: “O Nome de Jesus não desaparecerá dos meus lábios; se isto fosse possível, continuaria inextinguível em meu coração”. Os leões mataram-no e comeram-no, deixando apenas ossos e o coração. O coração apresentava nitidamente os traços do nome de Jesus, formados por veias azuis. As preciosas relíquias foram levadas paraAntioquia, onde os discípulos do mártir as depositaram sobre o altar. Isto aconteceu em 107. Deus honrou aquele Santo, devido à grande devoção que tinha ao SS. Nome de Jesus.
Fonte: Página Oriente em 2014

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