terça-feira, 10 de janeiro de 2017

HOMÍLIA DIÁRIA, COMENTÁRIO E REFLEXÃO DO EVANGELHO DO DIA 08/01/2017

Ano A



Mateus 2,1-12

Comentário do Evangelho

Universalidade da salvação

Com o domingo da Epifania termina o tempo do Natal. A solenidade da Epifania do Senhor é a festa da universalidade da salvação oferecida como dom de Deus a toda a humanidade. Desde todo o sempre Deus quis que todos os povos fossem iluminados. Na vigília do Natal, nós já tínhamos ouvido: "O povo que andava nas trevas viu uma grande luz. Sobre aqueles que habitavam a terra da sombra uma luz resplandeceu". O texto de Isaías deste domingo é ainda mais claro: "As nações caminharão à tua luz, os reis,ao brilho do teu esplendor" (Is 60, 3). A cada uma das nações da terra é dirigido este apelo: "Deixa-te iluminar". Todos, judeus e pagãos, são beneficiários da mesma promessa, herdeiros da mesma riqueza da graça de Deus, em Cristo Jesus. No Verbo encarnado todas as fronteiras são rompidas e Deus visita todas as pessoas indistintamente. O texto de Nm 24,17 é portador da seguinte profecia: um dia "se levantará de Jacó uma estrela". Essa profecia, os judeus do primeiro século da nossa era aplicavam à vinda do Messias. Os magos, símbolo das "nações", vindos do Oriente para adorarem o Senhor, trazem os seus presentes, isto é, fazem sua profissão de fé naquele que, por amor de Deus, assumiu a nossa humanidade. Os presentes oferecidos afirmam simbolicamente a divindade, a realeza e o sacerdócio do menino nascido em Belém. De todos nós que nos reunimos para celebrar a solenidade da Epifania do Senhor é exigido o engajamento próprio da fé. O presente a ser oferecido Àquele que assumiu a nossa humanidade é a nossa própria vida, ela mesma dom de Deus. É este engajamento que nos faz sentir a "grande alegria" anunciada aos pastores (Lc 2,10) e que os magos puderam experimentar(cf. Mt 2,10), alegria da salvação, alegria de Deus que nenhuma situação da existência humana pode tirar nem ninguém subtrair.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a teu Filho.
Fonte: Paulinas em 06.01.2013

Comentário do Evangelho

Vimos sua estrela no Oriente

Com a solenidade da Epifania do Senhor, encerramos o ciclo do Advento-Natal. Epifania é uma palavra de origem grega que significa, grosso modo, “o que aparece”, “manifestação”. Na antiguidade cristã, no Oriente, provavelmente em Alexandria, era a festa do nascimento de Jesus, celebrada no dia 6 de janeiro, festa à qual se associou a festa do Batismo do Senhor.
O que era uma promessa feita no século VI a.C., de que todos os povos seriam atraídos para a Luz (cf. Is 60,3), torna-se realidade com o nascimento de Jesus Cristo. No Ocidente, a partir de uma forte devoção desenvolvida na Idade Média, a Epifania passou a ser a “festa dos reis magos”, motivando a origem da festa popular denominada de “folia de reis”.
Os magos são atraídos e conduzidos por sua estrela. A solenidade da epifania, associada à visita dos magos do Oriente ao recém-nascido, Jesus de Nazaré, é a festa da universalidade da salvação de Deus. Desde todo o sempre, o Deus criador de todas as coisas quis atrair a si todas as pessoas. O texto deste domingo, do profeta Isaías, é só um exemplo, entre tantos outros. Com o nascimento daquele que é “o Sol de Justiça”, plenitude e razão de toda a criação, Deus reúne em torno do seu Filho único todos os povos. Em Jesus, o Senhor desperta nos povos o desejo de Deus. É essa realidade que São Paulo afirma na carta aos Efésios: “os pagãos são admitidos à salvação […], são beneficiários da mesma promessa” (Ef 2,6). Os “magos” são astrólogos ou astrônomos que viam nos movimentos das estrelas o sinal de um acontecimento importante. A evocação de Nm 24,17 é evidente na menção da estrela seguida pelos magos. O astro ilumina, orienta, está presente em todos os lugares e dá uma intensa alegria; alegria dada aos pastores, quando do anúncio do nascimento de Jesus pelos anjos (cf. Lc 2,10). Olhando para a estrela, chega-se a Deus feito homem. A inclinação diante do menino é o ato de reconhecimento e submissão ao rei, não somente dos judeus, mas de toda a terra. Os presentes oferecidos são a confissão da fé de todos os povos na divindade, na realeza e no sacerdócio do Verbo que assumiu a nossa humanidade. Com São Leão Magno podemos dizer: “instruídos nestes mistérios da graça divina, celebremos com alegria o dia das nossas primícias e o princípio da vocação dos gentios à fé e à salvação”.
Carlos Alberto Contieri, sj
Oração
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a teu Filho.
Fonte: Paulinas em 05/01/2014

Vivendo a Palavra

Nós somos os ‘magos’ de hoje. A estrela brilhou, nós a vimos e nos pusemos a caminho em direção à gruta. Que presentes levamos para o Deus-Menino? A mirra da nossa condição humana, assumida com gratidão e verdade, o ouro com que reconhecemos sua Realeza, e o incenso com que O adoramos como Filho de Deus?
Fonte: Arquidiocese BH em 06.01.2013

Vivendo a Palavra

Aqueles magos do oriente estavam dispostos a buscar o Rei esperado. E encontraram! Como está a nossa vigília? Ainda estamos a caminho ou já encontramos o nosso Rei? Como Ele se mostra, hoje? Nós O aceitamos nos pobres e sofredores? Temos sido capazes de partilhar com Ele nosso tesouro?
Fonte: Arquidiocese BH em 05/01/2014

Recadinho

Dê alguma exemplo de como Deus se manifesta em sua vida. - Enumere alguns presentes que você oferece a Deus. - Você espera que as graças de Deus venham ou se movimenta em sua busca? - Você reza pedindo que Deus lhe manifeste seus desejos a seu respeito? - Sua vida é uma manifestação da bondade de Deus ao mundo?
Padre Geraldo Rodrigues, C.Ss.R
Fonte: a12 - santuario-nacional em 05/01/2014

COMENTÁRIOS DO EVANGELHO

1. VIMOS A SUA ESTRELA...
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Diácono José da Cruz - Diácono da Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP)

Na Liturgia da igreja, ainda dentro das festividades do natal celebra-se nesse domingo a Festa da Epifania que significa Manifestação de Deus. Há quem pense de maneira bem equivocada, que o cristianismo é um grupo fechado para o qual Jesus se manifestou e se revelou com exclusividade e por conta desse pensamento muitos há que se apossam da salvação como se esta também fosse particular. Há outros ainda mais ousados que tendo séria dificuldade para ser seguidor fiel de Cristo e do seu santo evangelho, procuram adaptá-lo de acordo com suas conveniências ou interesses.
No passado realmente Deus escolheu o povo de Israel em particular para revelar-se porém, chegando a plenitude dos tempos, enviou–nos seu Filho Jesus Cristo que veio trazer a Salvação a toda humanidade e não mais a uma pessoa ou a um grupo em particular.
No evangelho desse domingo, uns magos do oriente, sobre os quais há muitas histórias, viram no céu um sinal e seguindo a estrela chegaram até Jesus na manjedoura. Não conheciam as profecias, eram de outra cultura religiosa, mas assim que viram a estrela no céu, puseram-se a caminho.
Não é de hoje que a humanidade sonha com uma Paz que reúna os homens do mundo inteiro, em uma unidade que não exclua a diversidade, afinal a humanidade tem algo em comum, somos todos filhos e filhas de Deus, irmanados em Jesus, de diferente nacionalidade, cultura, contexto histórico, social e político, mas somos iguais porque Jesus veio para todos.
Ser igual não significa necessariamente um mesmo jeito de rezar, de se relacionar com Deus, um mesmo rito e uma mesma maneira de manifestar a fé, se fosse assim, os magos do oriente não teriam jamais visto o sinal no céu. Quando pensamos na unidade de todos os povos e nações diante de Deus, estaríamos sendo ingênuos se desejássemos uma uniformidade, Deus não nos criou em série, mas temos cada um a nossa identidade própria, em uma diversidade, que longe de ser obstáculo para a unidade, é fator que enriquece e que solidifica a unidade.
O que faz a diferença é a fé, através da qual nos abrimos para Deus na medida em que o buscamos. Deus se manifesta a todos mas a reação de cada homem é diferente. Os poderosos e prepotentes como o Rei Herodes, embora tenham o conhecimento sobre a manifestação de Deus, em vez de se alegrarem, se sentem perturbados com esta manifestação divina, que os levará a rever seus princípios e ideologias. Mas em todos os tempos da nossa história sempre houve pessoas como os magos, que ao menor sinal de Deus, se põe a caminho e ao encontrá-lo na simplicidade da vida, não hesitam em adorá-lo e reconhecê-lo como único Deus e Senhor.
Abrir os cofres significa abrir o coração e a mente para uma compreensão clara de quem é Jesus, pois ouro, incenso e mirra significam a divindade, a realeza e a humanidade de Jesus. Deus é muito simples e está sempre ao alcance de todos, nós é que às vezes complicamos demais, quando queremos inventar fórmulas mirabolantes para se experimentar Jesus em nossa vida.
Os Magos na viagem de volta mudaram o percurso, iluminados pela luz da fé, todo aquele que conhece Jesus e o aceita como Salvador e Senhor, começa a percorrer um outro caminho, que não passa pela ambição dos poderosos e auto suficientes, mas sim pelo sonho dos que acreditam e lutam por um mundo novo, onde embora diferentes, todos os homens se reconheçam como irmãos e irmãs em Jesus, Filhos e Filhas de um mesmo Pai, que os criou para viverem na plenitude do amor.
A Jerusalém envolta em luz e que atrai a si todos os homens de todas as nações, não significa apenas um templo, mas sim uma grande assembléia na qual se insere todos os homens e mulheres de boa vontade, inclusive os pagãos, que como nos ensina o apóstolo Paulo, na graça santificante reconheceram a presença de Deus em Jesus Cristo.
José da Cruz é Diácono da
Paróquia Nossa Senhora Consolata – Votorantim – SP
E-mail cruzsm@uol.com.br

2. GUIADOS PELA ESTRELA!
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total a cada mês).

A intenção dos magos era muito simples. Guiados pela estrela, procuravam o "rei dos judeus", com a objetivo de prestar-lhe homenagem. Tratava-se de astrólogos orientais que misturavam seus conhecimentos dos astros com a predição do futuro, o qual, segundo eles, os próprios astros comunicavam. Este foi o motivo que os levou à cidade santa de Jerusalém. Entretanto, o desfecho de sua busca foi encontrar o Messias de Israel, salvador da humanidade.
Um texto do Antigo Testamento afirmava: "Surgirá um astro de Jacó e se levantará um cetro em Israel". A partir disto, passou-se a relacionar o Messias e com a estrela. Tanto assim que um dos muitos pretendentes ao título de Messias ficou conhecido, em Israel, com o apelido de "Filho da Estrela". Portanto, a estrela apontava para o recém-nascido Messias Jesus, e guiou os magos até o lugar onde ele se encontrava.
As lideranças religiosas de Jerusalém, seguras com a sabedoria que possuíam, não chegavam a perceber o que para os pagãos parecia visível: a presença da salvação na história humana. Quiçá a segurança religiosa que julgavam possuir os tornava pouco atentos aos verdadeiros desígnios de Deus. Os pagãos demonstraram mais sensibilidade. Por isso, foram recompensados com a graça de serem de fato os primeiros a reconhecer o Messias Jesus, mesmo não sendo este o motivo primeiro de sua viagem. Sua busca, portanto, foi recompensa muito além de suas expectativas.
Oração
Pai, com discernimento e humildade, os magos deixaram-se guiar até Jesus. Concede-me as mesmas virtudes, para que eu siga o caminho que me leva a teu Filho.
Fonte: NPD Brasil em 06.01.2013

EPIFANIA DO SENHOR

UMA LUZ QUE ILUMINA A TODOS

A visita dos reis magos a Jesus no evangelho de hoje não deve ser interpretada como matéria jornalística nem como página de livro de história. A narrativa faz parte do chamado “Evangelho da Infância” de Jesus. Diz respeito ao seu nascimento e aos seus primeiros anos. Apenas os evangelistas Mateus e Lucas, nos dois primeiros capítulos de seus relatos, ocupam-se de contar sobre esse momento da vida do Filho de Deus.
Afirmar que o “Evangelho da Infância” não é relato histórico não significa dizer que se trata de pura fantasia. A preocupação não é a exatidão histórica, mas catequética, ou seja, busca-se transmitir um ensinamento. Por isso os relatos de um são diferentes dos do outro, visto que cada comunidade tinha suas próprias necessidades de compreensão do sentido da fé. O objetivo, portanto, é anunciar a boa-nova de Jesus. Ele é o enviado do Pai. Por meio dele todas as profecias chegaram à plenitude da revelação e da realização.
Daí que, no caso específico do relato de hoje (Mt 2,1-12), o evangelista se utiliza da figura dos reis magos. Mateus quer afirmar ao seu público – em sua grande maioria vindo do judaísmo – que em Jesus os pagãos também têm acesso à salvação, estão nos projetos e promessas do Senhor.
Desse modo, os reis magos representam os “de fora”, os povos estrangeiros de que fala a primeira leitura (Is 60,1-6). Povo que se põe a caminho de Jerusalém com as suas riquezas para encontrar a luz verdadeira. Jesus é a luz. No entanto, a comunidade para quem veio a luz resiste a acolhê-la. Por isso Mateus reforça: se, por um lado, o “povo eleito” rejeita Jesus, por outro, os “estrangeiros” o adoram. Se Herodes e Jerusalém “ficam perturbados” diante do anúncio do nascimento do menino e planejam a sua morte, os pagãos, por sua vez, sentem grande alegria. E, mais que apenas sentir alegria, reconhecem em Jesus o seu salvador.
Em Cristo, portanto, chegou a salvação definitiva. Esta já não é exclusivamente prêmio destinado a um grupo seleto, mas oferta a todos os povos da terra, sem exceção (Ef 3,2-3.5-6). Cabe à comunidade cristã hoje avaliar suas atitudes, se realmente é acolhedora, fraterna, do Senhor nos ajude a manifestá-lo ao mundo com nosso testemunho de vida.
Pe. Antonio Iraildo Alves de Brito, ssp
Fonte: Paulus em 06.01.2013

HOMILIA DIÁRIA

A Epifania do Senhor, Luz do mundo

Postado por: homilia
janeiro 6th, 2013

A Epifania do Senhor é uma festa religiosa cristã celebrada no dia 6 de janeiro, ou seja, doze dias após o Natal. Para nós cristãos, a Solenidade da Epifania representa a assunção humana de Jesus Cristo, quando o filho do Criador dá-se a conhecer ao Mundo. Na narração bíblica, Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes momentos, porém, o mundo cristão celebra como epifanias três eventos: a Epifania propriamente dita perante os magos do Oriente (como está relatado em Mateus 2,1-12) e que é celebrada no dia 6 de Janeiro; a Epifania a João Batista no Rio Jordão; e a Epifania a Seus discípulos e início de Sua vida pública com o milagre de Caná, quando começa o Seu ministério.
No sentido literário, a “epifania” é um momento privilegiado de revelação, quando acontece um evento ou incidente que “ilumina” a vida do personagem.
O ‘Dia de Reis’, segundo a tradição cristã, seria aquele em que Jesus Cristo, recém-nascido, recebe a visita de “uns magos” que, segundo o hagiológio, foram três Reis Magos, e que a visita ocorrera no dia 6 de janeiro.
A data marca, para nós católicos, o dia da adoração dos Reis, a qual a tradição, surgida no século VIII, converteu nos santos Belchior, Gaspar e Baltazar. Nesta data, ainda, encerram-se os festejos natalinos – sendo o dia em que são desarmados os presépios e, por conseguinte, são retirados todos os enfeites natalinos.
O tema da luz domina a solenidade do Natal e da Epifania, que, antigamente e ainda hoje no Oriente, estavam unidas numa só grande “festa das luzes”. No sugestivo clima da Noite Santa, apareceu a luz; nasceu Cristo “luz dos povos”. É Ele o “sol que surge do alto” (cf. Lc, 1,78). Sol vindo ao mundo para dissipar as trevas do mal e inundá-lo com o esplendor do amor divino. Escreve o evangelista João: “O Verbo era a luz verdadeira que, vindo ao mundo, a todo o homem ilumina” (Jo 1, 9).
“Deus é luz”, recorda sempre São João, sintetizando não uma teoria gnóstica, mas “a mensagem que recebemos dele (1 Jo 1, 5), isto é, de Jesus. No Evangelho, ele lembra de novo a expressão recolhida dos lábios do Mestre: “Eu sou a luz do mundo; quem Me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo 8, 12).
Encarnando, o Filho de Deus manifestou-se como luz. Luz não só para o exterior, na história do mundo, mas também para o interior do homem, na sua história pessoal. Fez-se um de nós dando sentido e valor renovado à nossa existência terrena. Deste modo, no pleno respeito pela liberdade humana, Cristo tornou-se ” lux mundi”, ou seja, a luz do mundo. “Luz que brilha nas trevas” (Jo 1, 5).
Hoje, na Solenidade da “Epifania” – que significa “Manifestação” – volta com vigor o tema da luz. Hoje, o Messias, que em Belém se manifestou a humildes pastores da região, continua a revelar-se luz dos povos de todos os tempos e de todos os lugares. Para os magos, vindos do Oriente para adorá-Lo, a luz do “Rei dos judeus que acaba de nascer” (Mt 2, 2) assume a forma de um astro celeste, muito brilhante, a ponto de atrair o seu olhar e os guiar até Jerusalém. Põe-nos, assim, nas pegadas da antigas profecias messiânicas: “Uma estrela sai de Jacó e um cetro flamejante surge do seio de Israel…” (Nm 24, 17).
Como é sugestivo o símbolo da estrela que se repete em toda a iconografia do Natal e Epifania!
Ainda hoje, evoca profundos sentimentos, mesmo se, como tantos outros sinais do sagrado, corre o risco de se tornar banalizada pelo uso consumista que dela é feito. Todavia, recolocada no seu contexto original, a estrela que contemplamos no presépio fala ao espírito e ao coração do homem do terceiro milênio.
Fala ao homem secularizado, despertando nele a nostalgia da sua condição de viajante à procura da Verdade e desejoso do Absoluto. A própria etimologia do verbo “desejar” evoca a experiência dos navegantes, que se orientam durante a noite observando os astros, que em latim se chamam “sidera”.
Quem não sente a necessidade de uma “estrela” que o guie no seu caminho sobre a Terra? Sentem esta necessidade tanto os indivíduos como as nações. Para vir ao encontro deste desejo de salvação universal, o Senhor escolheu para si um povo, que fosse estrela orientadora para “todas as famílias da terra” (Gn 12, 3). Com a Encarnação de seu Filho, Deus alargou, depois, a eleição a todos os outros povos, sem distinção de raça e cultura. Assim nasceu a Igreja, formada por homens e mulheres que, “unidos em Cristo, são dirigidos pelo Espírito Santo na sua peregrinação para o Reino do Pai e receberam uma mensagem de salvação, que devem comunicar a todos” (Gs 1).
Ressoa, portanto, para toda a Comunidade Eclesial o oráculo do profeta Isaías, que escutamos na Primeira Leitura: “Levanta-te e resplandece, chegou a tua luz; a glória do Senhor levanta-se sobre ti!… As nações caminharão à tua luz, os reis, ao resplendor da tua aurora” (Is 60, 1.3).
Acolhendo Jesus, nossa Luz, sejamos como estrelas que O apontem para a humanidade ou levem a humanidade até Ele, para que O conheça e O adore, e O tenha como a Luz de sua vida. O ouro aponta Jesus como o Rei universal; o incenso, como Deus. Mas Ele é Rei e Deus pelo amor e serviço sem reservas nem medidas, até o extremo da morte, lembrada pela mirra.
Padre Bantu Mendonça
Fonte: Canção Nova em 06/01/2013

Meditando o evangelho

OS PAGÃOS ACOLHEM A SALVAÇÃO

A cena dos magos, vindos do Oriente para visitar o Menino Jesus, evidencia uma questão com que se defrontavam as comunidades cristãs primitivas: por que os pagãos acolhem a salvação e se convertem a Jesus, e os judeus mostram-se tão refratários? Por isso, o relato evangélico estabelece o confronto entre duas posturas: por um lado, a dos magos e, por outro, a de Herodes e de "toda Jerusalém" com ele.
Os magos vêm de longe para um país desconhecido, sob a guia de uma estrela, à procura de um desconhecido "rei dos judeus".
Interrogando aqui e ali, e depois de superar vários obstáculos, chegam até o lugar onde se achava o tão ansiosamente desejado Menino-rei. E logo se prostram em adoração!
Pelo contrário, Herodes e os sábios de Jerusalém, apesar de bem instruídos no tocante ao Messias vindouro e capazes de dar informações precisas a respeito dele, foram incapazes de se moverem para encontrá-lo. Agiram como se fossem meros profissionais das ciências bíblicas e como se estas não lhes dissessem respeito.
Por sua vez, Herodes estava interessado em saber onde se encontrava o pretenso rei dos judeus, mas tão-somente para poder eliminá-lo, sem demora.
Só os pagãos deram claros sinais de fé.
(O comentário do Evangelho abaixo é feito pelo Pe. Jaldemir Vitório – Jesuíta, Doutor em Exegese Bíblica, Professor da FAJE – e disponibilizado no Portal Dom Total - http://www.domtotal.com/religiao/eucaristia/liturgia_diaria.php)
Oração
Espírito que guia para Jesus, conduze-me, cada dia, para aquele que dá sentido à minha vida, porque ele é o único digno de meu louvor e minha adoração.
http://www.domtotal.com/religiao-meu-dia-com-deus.php?data=2017-01-08

REFLEXÕES DE HOJE

DIA O8 DE JANEIRO-DOMINGO

https://liturgiadiariacomentada2.blogspot.com.br

HOMILIA DIÁRIA

Deixemo-nos guiar pela luz de Jesus

Estamos em busca de uma verdade, de uma luz interior, e essa luz está em Jesus

“Quando entraram na casa, viram o menino com Maria, sua mãe. Ajoelharam-se diante dele, e o adoraram. Depois abriram seus cofres e lhe ofereceram presentes: ouro, incenso e mirra..” (Mateus 2,11)

Os magos do Oriente estavam à procura do Menino que havia acabado de nascer e que, no coração deles, era o novo rei de Israel. Queriam encontrá-Lo para adorá-Lo.
É óbvio que, quando Herodes soube disso, ficou furioso, porque não queria ver seu trono ameaçado, quanto menos dividir seu poder com outro. Por isso, o ódio tomou conta do seu coração de forma violenta. No entanto, havia um engano terrível no coração de Herodes! Primeiro, porque Jesus não veio para ocupar tronos humanos, não veio para ocupar ou dividir o Seu reinado com ninguém. O Seu reinado é na alma, é no coração! Segundo, porque Herodes era um tirano, a maldade estava em seu coração. Ele agiu por maldade, por isso, tentou enganar e ludibriar os magos que estavam à procura de Jesus.
Quem está com o coração em Deus não se deixa iludir nem se enganar pelas ilusões do caminho. Quando mantemos nossos olhos fixos na luz de Deus, é ela que nos conduz e nos ilumina para encontrarmos a verdade de Deus onde quer que ela se encontre.
Esses magos foram conduzidos pela sabedoria divina, e por mais que tentassem desviar a rota deles, permanecem firmes na direção certa. Digo isso, porque não só chegaram para adorar Jesus, para encontrá-Lo, mas Herodes queria que, na volta, eles informassem onde estava o Messias encontrado. De forma nenhuma, os magos seguiram a determinação do mal.
Duas coisas são importantes para o nosso coração. A primeira, deixemo-nos guiar por Deus, deixemos que a Sua luz, a Sua estrela, graça e Espírito conduzam nossos passos, guiem nossa vida, porque nós estamos em busca de uma verdade, de uma luz interior, e essa luz está em Jesus!
Uma vez que os magos O encontraram, prostraram-se diante d’Ele para adorá-Lo.
Adorar é colocar-se aos pés, é submeter-se e dizer: “Somente Tu és o meu Senhor, o meu Deus e a razão da minha vida!”. É prostrar-se não só de joelhos, mas de mente e coração; é prostrar a vontade aos pés d’Aquele que é o nosso Salvador. Depois ofereceram-Lhe presentes. Que presente podemos oferecer para Deus, senão a oblação da nossa própria vida? Porque esse é nosso maior dom e maior graça, é o que temos de mais sublime em nós! Por isso, coloquemo-nos aos pés de Jesus, sejamos submissos a Ele e façamos essa grande oferta de nossa vida ao Senhor!
Padre Roger Araújo
Sacerdote da Comunidade Caão Nova, jornalista e colaborador do Portal Canção Nova.

Oração Final
Pai Santo, dá-nos sempre a certeza de estarmos na presença do Amor quando nos colocamos ‘debaixo da figueira’. Que nossa oração seja transparente, verdadeira, e abra as portas do coração para acolher-Te, com o Cristo Jesus, teu Filho e nosso Irmão, na unidade do Espírito Santo.
Fonte: Arquidiocese BH em 05/01/2013




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